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Notícias de economia, do mercado e das empresas do Brasil e do mundo, além de dicas e calculadoras para administrar suas finanças pessoais


Episódio traz entrevista exclusiva do ministro Márcio França, do Empreendedorismo, Micro e Pequenas Empresas, além de dicas da planejadora financeira Viviane Ferreira. Divulgado na última segunda-feira (22), o Desenrola Pequenos Negócios é o novo programa de renegociação de dívidas voltado para microempreendedores individuais (MEIs), microempresas e empresas de pequeno porte do governo federal. A iniciativa faz parte do Programa Acredita, que tem como objetivo aumentar o acesso ao crédito no país. O Desenrola Pequenos Negócios pretende renegociar débitos de empreendedores que faturam até R$ 4,8 milhões por ano. Os interessados poderão quitar, à vista ou parcelado, as dívidas bancárias feitas pelo próprio CNPJ ou pelo Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Para participar da iniciativa, será necessário acessar uma plataforma de renegociação da mesma forma como ocorreu com o Desenrola para pessoas físicas – que quitou mais de R$ 50 bilhões de 14 milhões de pessoas. Para explicar como vai funcionar o Desenrola Pequenos Negócios, este episódio contou com a presença de Márcio França, ministro do Empreendedorismo, Micro e Pequenas Empresas. Veja também a entrevista em vídeo. A edição também falou com a planejadora financeira Viviane Ferreira, para fornecer dicas de como os empreendedores podem aproveitar melhor o novo programa para acabar com os entraves financeiros. OUÇA O PODCAST ABAIXO: * Estagiária sob supervisão de Raphael Martins Ouça também nos tocadores Spotify Amazon Apple Podcasts Google Podcasts Castbox Deezer Logo podcast Educação Financeira Comunicação/Globo O que são podcasts? Podcasts são episódios de programas de áudio distribuídos pela internet e que podem ser apreciados em diversas plataformas — inclusive no g1, no ge.com e no gshow, de modo gratuito. Os conteúdos podem ser ouvidos sob demanda, ou seja, quando e como você quiser! Geralmente, os podcasts costumam abordar um tema específico e de aprofundamento na tentativa de construir um público fiel.

G1

Mon, 29 Apr 2024 05:00:10 -0000 -


Economistas criticam alto custo do repasse, que pode atingir R$ 30,6 bilhões em 2025. Benefício é gasto obrigatório, ou seja, só pode ser alterado ou extinto com uma PEC. Fila em agência da Caixa, em imagem de arquivo MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL O governo federal estima que 25,8 milhões de trabalhadores terão direito a receber o abono salarial em 2025. A informação consta no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2025, enviada ao Congresso Nacional na semana passada. O benefício está na Constituição e prevê o pagamento de até um salário mínimo (R$ 1.412, hoje) por ano a trabalhadores que recebem, em média, até dois salários mínimos mensais (R$ 2.428, pelo valor atual). Para receber, é preciso que o trabalhador: tenha trabalhado pelo menos 30 dias no ano anterior; estejam cadastrados no PIS ou no Pasep há pelo menos cinco anos. O abono salarial é alvo de críticas por alguns economistas, por conta de seu alto custo -- projetado em R$ 30,6 bilhões em 2025 -- e por não ser focado na parcela mais pobre da população. O benefício é classificado como um gasto obrigatório – ou seja, que só pode ser alterado ou extinto mediante Proposta de Emenda Constitucional (PEC). Projetos desse tipo têm uma tramitação mais extensa e precisam de mais votos de deputados e senadores para serem aprovados. Se encerrado o benefício, o espaço liberado para outras despesas superaria R$ 300 bilhões em dez anos – pois o valor é corrigido anualmente. O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou ao g1 que há discussões dentro do governo sobre eventuais aprimoramentos no abono salarial, mas não sobre sua extinção. Sem espaço no orçamento A avaliação de analistas é de que a limitação ou o fim do abono salarial ajudariam a evitar a compressão dos gastos livres dos ministérios. Entre esses gastos livres, estão: luz, telefone, bolsas de estudo, fiscalização ambiental e do trabalho e emissão de passaporte. Sem limitação de despesas obrigatórias, o Tesouro Nacional espera que os gastos livres dos ministérios não tenham mais espaço a partir de 2030. A explicação é que o arcabouço fiscal – as novas regras para as contas públicas, aprovada pelo Congresso Nacional no ano passado – fixou um teto para as despesas do governo federal. Elas não podem subir mais do que 70% da alta da receita, e não podem avançar mais do que 2,5% por ano, acima da inflação (foi proposto um intervalo de alta real de 0,6% a 2,5%). Estudo da Consultoria de Orçamento da Câmara mostra que, entre 2009 e 2016, antes do teto de gastos, as despesas totais do governo (sem contar o orçamento financeiro, da dívida pública) cresceram em média 4,6% ao ano em termos reais (acima da inflação). Ou seja, acima do limite de 2,5% em termos reais da nova regra fiscal. Isso porque despesas previdenciárias, por exemplo, sobem mais do que 2,5% por ano. Por conta do limite de gastos do arcabouço fiscal, economistas avaliam que é importante cortar despesas obrigatórias, por meio de mudanças em leis, para evitar que os gastos livres dos ministérios fiquem sem espaço com o passar do tempo, e também para ajudar a cumprir as metas fiscais. Em 2025, por exemplo, somente 7,4% das despesas do governo podem ser alocadas livremente pelo governo. Elas estão projetadas em R$ 173 bilhões, para uma despesa total de R$ 2,35 trilhões. Em 2028, a projeção da área econômica é que o espaço para gastos livres cairá para 3,8% da despesa total. Câmara aprova arcabouço fiscal, que vai substituir o teto de gastos Críticas ao abono salarial De acordo com análise do economista Fabio Giambiagi publicada em 2022, o abono salarial: não combate o desemprego, pois quem recebe o abono está empregado; não combate a miséria, porque quem recebe o abono não está entre os 20% mais pobres do país. "Ele [abono salarial] ajuda a reduzir a informalidade? Não, porque quem recebe o benefício já está no mercado formal", concluiu, em artigo. Estudo promovido pela equipe econômica de Paulo Guedes, que comandava a Economia na gestão Jair Bolsonaro, também apontou que, do ponto de vista distributivo, a maior parte do benefício tende a se concentrar nas camadas de renda média da população. "Consequentemente, o abono tem pouco efeito sobre o nível geral de desigualdade e pobreza da economia, embora contribua para uma redução da desigualdade dentro do grupo de trabalhadores formais", diz o estudo. A equipe de Paulo Guedes chegou a cogitar mudanças no abono salarial para destinar mais recursos ao Renda Brasil, programa de transferência de renda, mas a iniciativa foi abortada por Bolsonaro. O que diz o Tesouro Nacional Em entrevista ao g1 e à TV Globo, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que há discussões sobre possíveis mudanças no abono salarial, mas não sua extinção. "Muitos discutem se atrelar ele a um objetivo, uma ação, continuar destinando ele. Para ter algum norte específico que possa ter um efeito estrutural. Vincular à educação do filho, mas não há um debate maduro dentro do governo sobre isso. Na esteira de coisas que precisam ser enfrentadas, essa é uma matéria que há discussões e subsídios sobre isso. Não no sentido de cortar o abono, acho que não é esse. A postura do governo dificilmente seria nesse sentido", disse o secretário do Tesouro, Rogério Ceron. De acordo com ele, a vinculação do abono salarial a um objetivo específico é uma proposta já debatida dentro do governo. "Que em algum momento pode ser discutido. Um aprimoramento que continue dando o benefício mas também junto com ele venha um objetivo claro de atendimento de política pública", afirmou o secretário do Tesouro Nacional.

G1

Mon, 29 Apr 2024 03:00:12 -0000 -


Uma dieta bem elaborada para os bovinos é de extrema importância para o fornecimento de energia e longevidade, além de contribuir para a qualidade do sêmen. Nosso Campo mostra como funciona centro de coleta de sêmen de touros Nosso Campo/Reprodução Em uma propriedade no interior de São Paulo, uma área de 150 hectares reúne mais de 30 raças de touros nacionais e importados. São 450 animais eficientes e com altas taxas de fertilidade, característica muito bem aproveitada para aumentar a quantidade de prenhez no campo. 📲 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp No local, em Itatinga (SP), funciona um centro de coleta e processamento de sêmen, um dos oito que existem no Brasil. Os animais que chegam cumprem uma quarentena, passam por uma bateria de exames e avaliações para saber se estão saudáveis. Uma dieta bem elaborada para os bovinos é de extrema importância para o fornecimento de energia e longevidade, além de pastar nos piquetes. Baseada em silagem de milho e feno, feitos dentro da propriedade, ração concentrada à base de soja e milho, além de um núcleo mineral, macros e micros minerais específicos para touros de alta performance. De acordo com o zootecnista, Bruno de Barros, a qualidade do sêmen do animal começa na alimentação, que deve ser repleta de nutrientes para o desenvolvimento reprodutivo. Veja a reportagem exibida no programa em 28/04/2024: Nosso Campo mostra como funciona centro de coleta de sêmen de touros VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo

G1

Sun, 28 Apr 2024 10:30:13 -0000 -


Rota do vinho é destaque no turismo de São Roque (SP), mas quem visita a cidade encontra muito mais. O contato com a natureza e gastronomia variada são outros pontos fortes do município. Pequenas propriedades de São Roque lucram com o turismo Reprodução/Nosso Campo A zona rural de São Roque (SP) possui muitas propriedades ligadas ao turismo. A rota do vinho é uma das principais atrações, mas quem visita a cidade pode aproveitar o contato com a natureza e a gastronomia variada. E é da gastronomia que vem parte do impulso para o agronegócio, outro ponto importante para o município. Lá, a alcachofra ganhou espaço nos campos e nas mesas. A maior parte da venda da flor comestível é feita para o comércio local, atendendo turistas e moradores. Hector levou a esposa para comemorar o aniversário de casamento na cidade, foi a primeira vez do casal em São Roque. “Minha cunhada deu a dica de comprar alcachofra”, comenta. Veja a reportagem exibida no programa em 28/04/2024: Pequenas propriedades de São Roque lucram com o turismo A empresária Ana Lídia viu de perto o crescimento do setor gastronômico. Ela trabalha com o plantio de alcachofra, o que possibilita a criação de receitas com a flor em seu restaurante. Segundo a empresária, o restaurante recebe, em média, 200 visitantes por fim de semana. Ana Lídia, empresária e produtora rural em São Roque (SP), e Thais Pimenta, repórter da TV TEM Reprodução/Nosso Campo As alcachofras de São Roque são germinadas a partir de brotos selecionados. Mas o município não é conhecido apenas pelo plantio da flor, outro destaque na agricultura e gastronomia é o morango. A fruta ajuda no sustento da família Orantas, que tem uma produção orgânica de morango. Segundo a produtora rural Marília Orantas, a família adota medidas naturais para proteger a plantação de pragas e não ter que recorrer a defensivos químicos. Família de Marília Orantas produz morango em São Roque (SP) Reprodução/Nosso Campo O vermelho vibrante e o tamanho do morango chamam atenção. Para chegar neste resultado, a produtora segue algumas estratégias durante o plantio e colheita da fruta. “Tem todo o manejo que a gente cuida, um balanceamento nutricional. Mas é muito importante colher ele maduro. O morango é uma fruta que não amadurece depois que você colhe”, explica Marília. Produção de morango orgânico da Marília Orantas chama atenção dos turistas que visitam São Roque (SP) Reprodução/Nosso Campo São 1,5 mil pés da fruta na produção da família Orantas. Quem turista por lá, pode comer morango direto do pé. As visitas são agendadas e feitas em pequenos grupos. Além dos morangos, a família também cultiva ervas, como louro, lavanda, manjericão e alecrim, que são vendidas desidratadas para quem deseja um produto aromático ou terapêutico. Família Orantas produz ervas para comercialização em São Roque (SP) Reprodução/Nosso Campo A rota gastronômica de São Roque também tem espaço para os fãs de chocolate. Andrea Freire é gerente de uma das lojas da cidade que vende produtos à base do cacau. “O pessoal fica super à vontade na loja. Quem já conhece, sempre volta. Quem não conhece, fica super emocionado quando prova o chocolate daqui,” afirma Andrea. Andrea Freire, gerente de loja de chocolates em São Roque (SP) Reprodução/Nosso Campo São produções agrícolas que impulsionam a economia local, criam empregos e contribuem para o desenvolvimento da comunidade rural e toda a cidade de São Roque. Turismo rural em São Roque (SP) movimenta economia da cidade, gera emprego e renda Reprodução/Nosso Campo VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo

G1

Sun, 28 Apr 2024 10:30:12 -0000 -


O período de colheita da cana está a todo vapor. Em uma usina de Potirendaba (SP), a expectativa é colher mais de 17 milhões de toneladas até o final de novembro. Safra da cana movimenta usinas do interior de SP Reprodução/TV TEM Na região de São José do Rio Preto (SP), a expectativa de safra de cana-de-açúcar sempre é alta. Porém, devido ao clima, tudo indica que a produtividade será inferior ao ano passado. Chuvas em calor não podem faltar ou vir em excesso, caso contrário, o resultado é prejuízo. 📲 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Em uma usina de Potirendaba (SP), que produz em mais quatro cidades do noroeste paulista, a colheita já está a todo vapor. Neste ano, a expectativa é colher 17,7 milhões de toneladas até novembro, volume 10% menor comparado a 2023. Veja a reportagem exibida no programa em 21/04/2024: Safra da cana movimenta usinas do interior de SP Para este ano, a estratégia de produção será completamente diferente. Na safra anterior, as 4,3 milhões de toneladas moídas foram principalmente para o etanol. Agora, a produção do açúcar está compensando mais. “Em 2023, ainda existia uma boa remuneração do etanol, e era possível estabelecer uma boa proporção com os outros produtos. Com a recuada do preço, nosso principal objetivo no momento é destinar a safra para o açúcar”, explica Luiz Gustavo Ares Kabbach, gerente de planejamento da usina. VÍDEOS: veja as reportagens do Nosso Campo Acesse + TV TEM | Programação | Vídeos | Redes sociais Confira as últimas notícias do Nosso Campo

G1

Sun, 28 Apr 2024 10:30:08 -0000 -


Tottori não é apenas a primeira mulher a liderar a companhia aérea: ela iniciou a carreira como comissária de voo. Mitsuko Tottori iniciou a carreira como comissária de bordo. Getty Images via BBC A nomeação de Mitsuko Tottori como a nova CEO da Japan Airlines (JAL) causou uma onda de choque em todo o setor corporativo do Japão. Tottori não é apenas a primeira mulher a liderar a companhia aérea: ela iniciou a carreira como comissária de voo. À época, as manchetes usavam termos que iam desde "primeira mulher" e "primeira ex-comissária de bordo" a "algo incomum" e "de jeito nenhum!" Um site até a descreveu como "uma alienígena" ou "uma mutante", em referência ao fato de ela também ter trabalhado na Japan Air System (JAS), uma companhia aérea muito menor, comprada pela JAL há duas décadas. "Eu não sabia que era uma mutante alienígena", brinca Tottori, em entrevista à BBC News direto de Tóquio. Ela não pertencia ao grupo de elite de empresários que a transportadora costumava nomear para o cargo mais importante. Dos últimos dez homens que ocuparam o cargo, sete foram educados na melhor universidade do país. Já Tottori se formou em uma faculdade de muito menos prestígio, reservada só para mulheres. Com a nomeação de Tottori, a JAL juntou-se ao grupo de menos de 1% das principais empresas do Japão que são lideradas por mulheres. "Não me considero a 'primeira mulher' ou a 'primeira ex-comissária de bordo'. Quero atuar como profissional, por isso não esperava receber tanta atenção." "Mas percebo que o público ou nossos funcionários não me veem necessariamente assim", acrescenta ela. A nomeação dela ocorreu apenas duas semanas depois que os comissários de bordo da JAL foram elogiados no mundo inteiro pela evacuação bem-sucedida dos passageiros de um avião, que colidiu com uma aeronave da guarda costeira durante o pouso, no início de janeiro. Avião pegou fogo após colidir com aeronave menor. Reuters via BBC O voo 516 da Japan Airlines pegou fogo após a colisão na pista do aeroporto de Haneda, em Tóquio. Cinco dos seis tripulantes do avião menor, da guarda costeira, morreram e o capitão ficou ferido. No entanto, poucos minutos após a colisão, todas as 379 pessoas a bordo do Airbus A350-900 escaparam em segurança. O treinamento rigoroso dos comissários de bordo da companhia aérea ganhou destaque internacional. Como ex-comissária de bordo, Tottori aprendeu logo no início da carreira a importância da segurança no ramo da aviação. Quatro meses depois de ela se tornar comissária de bordo em 1985, a Japan Airlines se envolveu no acidente aéreo mais mortal da história, que matou 520 pessoas no Monte Osutaka. "Cada membro da equipe da JAL tem a oportunidade de escalar o Monte Osutaka e falar com aqueles que se lembram do acidente", diz Tottori. "Também exibimos destroços de aeronaves em nosso centro de promoção de segurança. Em vez de apenas ler sobre isso em um livro, olhamos com nossos próprios olhos e sentimos na nossa própria pele o que significou esse acidente." Embora a nomeação dela para o cargo mais alto da empresa tenha sido uma surpresa, a JAL mudou rapidamente desde que entrou em processo de falência em 2010, naquele que foi o maior fracasso empresarial do Japão fora do setor financeiro. A companhia aérea conseguiu continuar a operar graças a um grande apoio financeiro estatal. A empresa também passou por uma reestruturação abrangente, com um novo conselho e uma gestão repaginada. O "salvador" da JAL foi Kazuo Inamori, um monge budista aposentado, então com 77 anos. Sem a influência transformacional dele, é improvável que alguém como Tottori pudesse se tornado líder da JAL posteriormente. Numa entrevista à BBC News em 2012, Inamori não mediu palavras para dizer que a JAL era uma empresa arrogante, que não se importava com os seus clientes. Sob a liderança dele, a companhia aérea promoveu e deu destaque para pessoas que estavam nas operações de linha de frente, como pilotos e engenheiros. "Eu me senti muito desconfortável, porque a empresa não parecia uma companhia privada", declarou Inamori à época (ele morreu em 2022). A JAL percorreu um longo caminho desde então — e a atenção que a primeira mulher presidente da empresa recebe agora não chega a surpreender. O governo japonês tenta há quase uma década aumentar o número de mulheres que lideram empresas no país. A meta é que um terço dos cargos de liderança nas grandes companhias sejam ocupados por mulheres até 2030 — a meta que havia sido estabelecida para 2020 não foi atingida. "Não se trata apenas de mudar a mentalidade dos líderes empresariais, mas também é importante que as mulheres se sintam confiantes para se tornar gestoras", afirma Tottori. "Espero que minha posição encoraje outras mulheres a tentar coisas que antes elas tinham medo." Banco Central do Japão sobe taxa básica de juros do país

G1

Sun, 28 Apr 2024 08:00:34 -0000 -


Com o selo de zona livre de febre aftosa, o setor espera ter uma economia direta de R$ 2,2 bilhões por ano. Produtores de gado de MS apostam na tecnologia para garantir selo de qualidade No Centro-oeste do Brasil, produtores de Mato Grosso do Sul estão investindo em tecnologia para manter o estado como área livre de febre aftosa sem a necessidade de vacinação. Uma boiada vai ser monitorada pela Agência de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul, a IAGRO, da fazenda até o frigorífico. "Se a IAGRO parar a gente, eles vão puxar no tablet deles ou no computador e vai aparecer que a gente fez no aplicativo da IAGRO e o gado já está sendo monitorado", explica o motorista Isaías Soares Lima. Tudo é acompanhado de uma central para garantir que o gado esteja livre de qualquer possibilidade de contaminação. "O animal saiu, foi embarcado em tal momento, em tal lugar, e depois ele foi até o seu destino. Tem todo o roteiro onde ele passou. Se caso ele tiver fora desse roteiro, automaticamente, você tem uma ação que você pode tomar em relação a isso", explica Daniel Ingold, diretor da IAGRO. Se o motorista desviar do trajeto, um sinal é emitido na central de monitoramento e a equipe volante da IAGRO que estiver mais perto do local é acionada para abordar o caminhoneiro na rodovia. Uma média de 300 caminhões são fiscalizados por dia no estado. A atenção é ainda maior nas regiões de fronteira. "Nós ampliamos e intensificamos a fiscalização nas fronteiras com a Bolívia e com o Paraguai, porque são países que ainda não são declarados livres de aftosa sem vacinação", afirma o fiscal Fábio Nantes. Produtores de MS investem em tecnologia para manter o estado como área livre de febre aftosa Reprodução/TV Globo Foi investindo em cuidados mais rigorosos que Mato Grosso do Sul e mais 16 estados foram reconhecidos como zona livre da febre aftosa sem vacinação pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, um quadro bem diferente do enfrentado em 2005, por exemplo, quando um surto de febre aftosa no estado abalou a economia brasileira. Milhares de animais foram sacrificados, vários países proibiram a importação de carne do Brasil. O setor só se recuperou três anos depois. Agora, com o selo de zona livre de febre aftosa, o setor espera ter uma economia direta de R$ 2,2 bilhões por ano. "Nós temos uma redução de custos com a própria vacina, embora não seja o grande fator. O grande fator justamente é o deslocamento do rebanho para aplicação dessa vacina", ressalta Felippe Serigati, pesquisador da FGV Agro. "Economiza tempo, economiza trabalho, economiza dinheiro. É um trabalho que ocupa aí 30 dias às vezes e está toda a equipe só fazendo uma vacina", festeja o produtor rural Hélio Lima. País da pecuária bovina O Brasil é o principal exportador de carne bovina do mundo. A projeção para 2024 é que o país embarque 2,85 milhões de toneladas de proteína. A meta do Ministério da Agricultura é tornar todo o país livre de febre aftosa sem vacinação até 2026 e, com isso, conquistar novos mercados. “Aumenta a vitrine, a gente tem o nosso produto credenciado, devidamente rastreado, devidamente certificado. Os mercados sabem dessa importância, então nós vamos ficar com diálogo, com um relacionamento, com o comércio mais perto da gente com os melhores mercados”, fala o superintendente do ministério em Mato Grosso do Sul, José Antônio Roldão. Na fazenda do Hélio Lima, em Campo Grande, a última vacinação contra a febre aftosa foi há 10 meses e não deve se repetir. “Isso foi muito importante porque economiza tempo, economiza trabalho, economiza dinheiro. É um trabalho que ocupa até 30 dias com toda a equipe só fazendo uma vacina”, conta. LEIA TAMBÉM: Vacinação contra febre aftosa acaba este mês e não será prorrogada no AM, alerta Adaf Proposta de reforma tributária prevê sorteios em dinheiro para quem pedir nota fiscal Número de brasileiros com problemas de pressão alta foi recorde em 2023, aponta levantamento

G1

Sat, 27 Apr 2024 23:58:31 -0000 -


Projeto foi criado pela Embrapa Instrumentação em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Primeiro, foi feito em escala de laboratório e, agora, o objetivo é aumentar a quantidade e encontrar empresas interessadas. Pesquisadores da Embrapa e da UFSCar desenvolvem filme bioplástico com casca de banana Ela é a fruta mais produzida no mundo, cultivada em 125 países, e a preferida entre os brasileiros. "Eu gosto muito da fruta, mas a casca da banana vai pro lixo. Do lixo direto para os laboratórios. Pesquisadores da Embrapa Instrumentação e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) desenvolveram através da casca da banana um filme bioplástico que pode ser utilizado como embalagem primária, aquelas que ficam em contato direto com os alimentos. Além de não agredir o meio ambiente, ela ainda protege o produto embalado. "As cascas têm propriedades antioxidantes. Os filmes e propriedades de bloqueio parcial de luz ultravioleta, reduzindo as taxas de oxidação dos alimentos", diz Henriette Azeredo, pesquisadora da Embrapa. Processo de transformação Pesquisadores brasileiros desenvolvem filme bioplástico com casca de banana que não agride o meio ambiente Reprodução/TV Globo O processo começa com a desidratação das cascas. Depois de trituradas, elas são diluídas. Em um equipamento, a mistura passa por um tratamento que usa água como reagente, um processo muito mais limpo e ecologicamente adequado. "O tratamento hidrotérmico é pioneiro para a produção de filmes bioplásticos a partir de resíduos, e o objetivo dele é desestruturar. Nesse caso, a casca de banana, liberando alguns compostos de interesse que tem dentro dessa estrutura, de modo que, quando a gente vai produzir o filme, eles se reorganizem, possibilitando a formação de um filme coeso, um filme íntegro", diz Rodrigo Duarte Silva, pesquisador da Embrapa. Na sequência, a biomassa é espalhada em lâminas e levadas para as estufas. Cerca de 24 horas depois, o biofilme já esta pronto pra ser usado. "Quando esse material vai para a natureza, ele não é tão persistente como os plásticos convencionais, então ele vai se biodegradar e ser reassimilado ao ciclo biológico, muito mais rapidamente", explica Caio Gomide Otoni, pesquisador da UFSCar. A pesquisa foi publicada pela revista científica americana Journal of Cleaner Production no início do ano. "O processo foi feito em escala de laboratório. O próximo passo seria aumentar a escala e fazer uma escala piloto, até surgirem empresas interessadas para tentar isso em escala maior", finaliza Henriette Azeredo.

G1

Sat, 27 Apr 2024 23:44:50 -0000 -


A estimativa para o próximo sorteio é de R$ 6.500.000,00. Mega-Sena resultado 2718 Reprodução Ninguém acertou as seis dezenas do concurso 2.718 da Mega-Sena e o prêmio acumulou. Os números sorteados pela Caixa Econômica Federal na noite deste sábado (27) foram: 41 - 34 - 59 - 46 - 30 - 06 A estimativa para o próximo sorteio, na terça-feira (30), é de R$ 6.500.000,00. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e aos sábados. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.

G1

Sat, 27 Apr 2024 23:11:26 -0000 -


Soluções de irrigação inteligente prometem diminuir consumo de água em até 50%. Inovações poderão ser conferidas na 29ª edição da Agrishow, em Ribeirão Preto. Tecnologias de irrigação ajudam a enfrentar desafios hídricos no campo Saulo Coelho Nunes/ Embrapa A agricultura é a atividade econômica que mais consome água no planeta, segundo o Fundo de Nações Unidas para a Agricultura e Alimentos (FAO), e quem lida diretamente com a tarefa vital de produzir alimentos enfrenta cada vez mais desafios para manter a produção crescente e a viabilidade financeira em meio às mudanças climáticas. Com um olhar atento para o manejo, diferentes empresas têm apresentado aos produtores rurais novas soluções em irrigação, de gestão remota a técnicas de controle de volume, que ajudam a otimizar recursos hídricos, com avanços que podem trazer respostas positivas tanto para o meio ambiente quanto para os custos na lavoura. Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Parte dessas inovações poderão ser conferidas de perto durante a Agrishow, principal feira de tecnologia agrícola da América Latina, que acontece de 29 de abril a 3 de maio em Ribeirão Preto (SP). “No quesito gerenciamento e manejo da água de irrigação, o Brasil é referência e exportador de tecnologia. A tecnologia brasileira tem sido adotada a largos passos na produção irrigada dos Estados Unidos, Europa. Apesar disso, ainda há muito espaço para avanço na adoção das tecnologias de gerenciamento sustentável da irrigação, sobretudo dentre os pequenos produtores", afirma Vinicius Bof Bufon, pesquisador da Embrapa. Sistema de irrigação da empresa Lindsay Divulgação/ Lindsay Pivôs de irrigação Experiente agricultor que gerencia pouco mais de 3 mil hectares de feijão, milho e soja em uma fazenda no interior do Mato Grosso, Valter Peruzi conta atualmente com 15 pivôs de irrigação, todos capacitados para permitir controle à distância e obter relatórios de atividade. "Temos todas as informações na palma da mão, em qualquer lugar conseguimos saber como o pivô está operando”, diz. Usado em culturas como milho, soja, trigo, algodão, além de pastagens, o pivô de irrigação atende a grandes áreas de forma eficiente. Consiste em uma estrutura de regadores em formato de "U" ou "L" montada sobre rodas que se movem em torno de uma torre de suporte. Segundo o produtor, esses equipamentos ajudam, por exemplo, a elevar em até 50% a produção de soja, além de garantir mais previsibilidade para o cultivo. "As vantagens da irrigação com pivô são muitas. Se uma variedade de soja tem potencial de produzir 80 sacas por hectare, com o pivô o resultado chega a próximo disso. Já sem a irrigação essa média cai para 40 ou 50 sacas por hectare. Outra vantagem é que, independentemente se chover ou não, conseguimos seguir o calendário de plantio e isso faz muita diferença. É uma segurança. Se plantamos temos a certeza que vamos colher." É uma variação desse sistema que a Lindsay América Latina deve lançar na Agrishow: o pivô Corner, que permite ampliar a área produtiva irrigada em até 25%, adaptando-se a áreas desiguais, como bordas de matas e estradas. “Ele consegue se modelar e se adaptar às áreas por sua angulação trazendo ganho de 25% da área irrigada com pouco investimento. Estamos falando da máxima tecnologia, de forma otimizada e alta produtividade, próximo ao teto de tudo", diz Peruzzi, um dos primeiros produtores a utilizar o equipamento. Além disso, a empresa vai lançar um sistema com inteligência artificial que oferece análises detalhadas em tempo real para gerenciamento eficiente da água na irrigação, permitindo ajustes remotos para maximizar os rendimentos. Equipamento automatiza leitura de sensores de solo para otimizar irrigação Divulgação Sensores de solo Em 2023, o Brasil produziu 37,9 milhões de sacas de café arábica, quase 40% da produção mundial dessa variedade. Em Minas Gerais e São Paulo, a Fundação Procafé observou uma elevação de 29% no volume produzido e um dos motivos é associado ao avanço das tecnologias usadas na irrigação. Uma delas é o sensor de solo, também chamado de tensiômetro, que levou a uma redução de 56% no volume de água utilizado na irrigação de cafezais de Pedregulho (SP) sem prejudicar as plantações, segundo um estudo da fundação. A tecnologia, além de monitorar o nível de irrigação retida no solo em tempo real, associa essa informação com o acompanhamento de dados de chuva e umidade relativa do ar. “Os resultados mostraram uma economia expressiva de água em todos os setores analisados. Em média, a irrigação baseada nos sensores demandou 9,2 litros por hora por hectare, enquanto a calculada sem esses sensores foi de 16,4 litros por hora por hectare”, conta o especialista agronômico Rafael Pereira Gonzaga. A economia de água correspondeu a 972 metros cúbicos por hectare indicando que, mesmo com recursos hídricos limitados, um manejo adequado pode otimizar a água na cafeicultura e irrigar mais hectares. Em empresas como a Netafim, presentes na Agrishow deste ano, esse sistema promete níveis de economia de água acima dos 50% em comparação com áreas sem o equipamento. LEIA TAMBÉM Agrishow 2024: o que você precisa saber para visitar feira de agronegócio em Ribeirão Preto Impulsionadas pelo agro, cooperativas de crédito ganham espaço e prometem ampliar recursos a produtores Irrigação controlada A irrigação não demanda necessariamente cobrir a maior parte das áreas. É o que explica Vinícius Bufon. Um estudo realizado em Ribeirão Preto propôs duas abordagens mais sustentáveis para uma usina de cana-de-açúcar com a irrigação de salvamento e a irrigação deficitária. A irrigação de salvamento é aplicada para garantir a sobrevivência da plantação em condições de seca severa e falta de recursos hídricos, com atendimento de água em 32% da área. Na irrigação deficitária, destinada a otimizar os recursos disponíveis e buscar benefícios específicos, esse número aumentaria para 45%. Os dois cenários demonstraram aumentos na eficiência do uso da terra e redução nos custos de produção de cana. Bufon destaca que tanto no primeiro quanto no segundo caso haveria economias significativas no consumo de calcário, gesso, fósforo, nitrogênio, potássio, diesel, etanol e gasolina. “Investir na irrigação da menor fração das áreas é mais vantajoso do que expandir horizontalmente, economizando recursos e reduzindo custos. A expansão horizontal exigiria a aquisição de mais terra, resultando em custos adicionais de formação de canaviais e uma série de outras desvantagens”, afirma o pesquisador da Embrapa. Veja mais notícias da Agrishow 2024 VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

G1

Sat, 27 Apr 2024 22:15:12 -0000 -


Safra em Aguaí (SP) deve ser impactada porque frutos estão sendo queimados no pé pela alta insolação. Produção de laranja de Aguaí é prejudicada por causa do excesso de calor e de chuva Produtores de laranja do interior de São Paulo estão usando "protetor solar" nas laranjeiras para tentar diminuir os prejuízos causados pelo excesso de sol. O calor é um dos fatores que tem prejudicado as últimas safras de laranja. O excesso de sol tem causado queimaduras nos frutos. É como se o óleo essencial presente na casca fritasse a parte externa do fruto. 📲 Participe do canal do g1 São Carlos e Araraquara no WhatsApp Excesso de insolação e altas temperaturas têm queimado laranjas no interior de São Paulo e afetado a safra da fruta Rodrigo Sargaço/EPTV "A fruta exposta ao sol da tarde recebe maior insolação, danifica e acaba queimando, necrosando. A tendência dessa fruta é cair e, se não cair, ela vai ficar seca por dentro no local onde ela recebeu maior temperatura", explica o citricultor Antônio Carlos Simonetti. Pra diminuir o impacto do sol nas frutas, ele tem aplicado um "protetor solar" nas laranjeiras da sua propriedade em Aguaí (SP). O produto é pulverizado sobre as plantas e cria uma camada protetora que bloqueia os efeitos dos raios solares e diminui a temperatura em até 5ºC. Na fazenda, que tem 300 mil pés de laranja plantados, o custo desse cuidado chega a R$ 1 por pé. Mesmo com o cuidado, a quebra de safra na propriedade, que costuma produzir 500 mil caixas de 40,8 kg, deve ser de 20%. Laranjas estão sendo "queimadas" no pé pelo sol excessivo Rodrigo Sargaço/EPTV LEIA MAIS: Calor e greening impactam safra da laranja e preço da fruta alcança maior patamar em 30 anos em São Paulo, aponta estudo da USP Fruta queridinha do Brasil, laranja era usada para prevenir doença em marinheiros Chuvas registradas desde fevereiro são benéficas para safra de laranja, aponta estudo da Esalq-USP El Niño De acordo com os meteorologistas o excesso de calor é provocado pelo El Niño que desde outubro de 2023 já causou três ondas de calor. Uma delas bem na época da florada das laranjeiras, o que impactou na quantidade e tamanho dos novos frutos. A sensação térmica que em setembro, no inicio da florada, chegou a ultrapassar os 46 ºC. O impacto do calor nas plantas novas é ainda maior. Na propriedade do citricultor Éverton Antônio Pires Costa, que tem 45 mil pés de laranja de 2 anos e meio plantados em 95 hectares, a queda na produção deve superar 70%. Produção de laranja no interior de São Paulo nesta safra deverá ser impactada pelo calor excessivo Rodrigo Sargaço/EPTV As laranjeiras, que nessa idade, deveriam produzir entre 100 a 120 frutos, estão produzindo apenas 15 laranjas. Com os plantas vazias, estão ocorrendo floradas fora de época. “Nós tivemos 15 dias atrás uma florada bem significante, mas não teve pegamento porque teve nas últimas semanas um pico altíssimo de temperatura e na madrugada a temperatura caia muito e quando você tem uma diferença muito grande de temperatura a planta sofre um estresse e joga as flores para o chão", afirmou Costa. De onde vem o que eu como: laranja Ele tentou amenizar os efeitos do calor com o aumento da irrigação, mas a medida não teve muito efeito. "A temperatura era muito alta. Chegou a cozinhar os chumbinhos, que a gente chama o fruto que está do tamanho grão de feijão. Quando tem a sensação acima de 43ºC, não consegue segurar ele no pe´", disse. Frutos de laranja são queimados pelo excesso de insolação Rodrigo Sargaço/EPTV Queda de produção e alta de preço A safra 2023/24 de laranja no cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo Mineiro teve uma queda de 2,22% em relação à safra anterior, de acordo com dados divulgados pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), nesta quarta-feira (10), com a produção de 307,22 milhões de caixas. Segundo a instituição, a queda foi provocada pelo clima – com um semestre chuvoso, seguido de um período de seca –, e ao avanço do greening. Preço da laranja foi impactado pela baixa produtividade Reprodução/TV Gazeta A falta de produto no mercado impulsionou o preço. Em fevereiro, o valor da caixa de laranja chegou ao maior patamar dos últimos 30 anos no estado de São Paulo, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A combinação de impactos na safra e alta nos preços fez com o que os estoques de suco de laranja chegassem ao segundo menor nível já registrado, de acordo com a Associação Nacional de Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR). Veja os vídeos da EPTV Central Veja mais notícias da região no g1 São Carlos e Araraquara

G1

Sat, 27 Apr 2024 19:01:47 -0000 -


Inflação alta, taxa de câmbio flutuante e retenção das notas de dinheiro por parte de empresários provocam crise, que gera longas filas em caixas eletrônicos em Havana. Governo lançou programa para incentivar operações com cartão. Pessoas esperam em fila de caixa eletrônico em Havana, em Cuba, em meio a crise de falta de notas de dinheiro no país, em 22 de abril de 2024. Ariel Ley/ AP Alejandro Fonseca ficou várias horas na fila do lado de fora de um banco em Havana, em Cuba, na esperança de sacar pesos cubanos em um caixa eletrônico. Quando estava quase na sua vez, no entanto, o dinheiro do caixa acabou. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Ele subiu com raiva em seu triciclo elétrico e viajou vários quilômetros até outra agência, onde finalmente conseguiu sacar algum dinheiro depois de desperdiçar a manhã inteira. “Não deveria ser tão difícil conseguir o dinheiro que você ganha trabalhando”, disse o jovem de 23 anos à Associated Press. Fonseca faz parte de um número crescente de cubanos frustrados que têm de enfrentar mais um obstáculo enquanto navegam no já complicado sistema monetário da ilha: a falta de dinheiro. Em Havana, longas filas começam a se formar desde as primeiras horas do dia em frente a bancos e caixas eletrônicos da capital Havana. Os moradores relatam que não conseguem encontrar notas de dinheiro o suficiente para pagar operações de rotina, como compra de alimentos básicos. Por que falta dinheiro? Vendedor ambulante de sorvetes conta notas de dinheiro em Havana, em Cuba, em 20 de abril de 2024. Ariel Ley/ AP Especialistas dizem que há várias razões por trás da escassez, mas todas estão relacionadas com a profunda crise econômica que Cuba enfrenta, uma das piores em décadas. Omar Everleny Pérez, economista cubano e professor universitário, diz que os principais culpados são: Déficit fiscal crescente do governo; Inexistência de notas superiores 1.000 pesos cubanos, que no mercado paralelo equivalem a cerca de US$ 3 (R$ 15); Inflação elevada; Retenção das notas de dinheiro por parte de empresários. “Há dinheiro, sim, mas não nos bancos”, disse Pérez, acrescentando que a maior parte do dinheiro está na posse não de trabalhadores assalariados, mas de empresários e proprietários de pequenas e médias empresas que têm maior probabilidade de cobrar dinheiro proveniente de transações comerciais, mas estão relutantes em devolver o dinheiro aos bancos. Isto ocorre, segundo Pérez, ou porque esses empresários não confiam nos bancos locais ou simplesmente porque precisam que os pesos cubanos sejam convertidos em moeda estrangeira. A maioria dos empresários e proprietários de pequenos negócios em Cuba têm de importar quase tudo o que vendem ou pagar em moeda estrangeira pelos fornecimentos necessários ao funcionamento dos seus negócios. Como consequência, muitos acabam acumulando pesos cubanos para depois trocá-los por moeda estrangeira no mercado informal. A conversão desses pesos cubanos para outras moedas representa ainda outro desafio, uma vez que existem várias taxas de câmbio altamente flutuantes na ilha. Por exemplo, a taxa oficial utilizada pelas indústrias e agências governamentais é de 24 pesos por dólar americano, enquanto para indivíduos a taxa é de 120 pesos por dólar. No entanto, o dólar pode valer até 350 pesos cubanos no mercado informal. Pérez observa que em 2018, 50% do dinheiro em circulação estava nas mãos da população cubana e a outra metade nos bancos cubanos. Mas em 2022, o último ano para o qual há informação disponível, 70% do dinheiro estava nas carteiras dos particulares. Procurados pela AP, as autoridades monetárias cubanas não comentaram a crise até a publicação desta reportagem. A escassez de dinheiro ocorre num momento em que os cubanos enfrentam um sistema monetário complexo, no qual circulam várias moedas, incluindo uma moeda virtual, a MLC, criada em 2019. 'Sociedade sem dinheiro' foi programa de governo Em 2023, o governo anunciou várias medidas destinadas a promover uma “sociedade sem dinheiro”, tornando obrigatória a utilização de cartões de crédito para pagar algumas transações – incluindo compras de alimentos, combustível e outros bens básicos. Mas muitas empresas simplesmente se recusam a aceitar os cartões. Para piorar, a inflação do país está alta, o que significa que são necessárias cada vez mais contas físicas para comprar produtos. Segundo dados oficiais, a inflação situou-se em 77% em 2021, depois caiu para 31% em 2023. Mas, para o cubano médio, os números oficiais não refletem a realidade das suas vidas, uma vez que a inflação do mercado pode atingir até três dígitos na economia informal. Por exemplo, uma caixa de ovos, vendida por 300 pesos cubanos em 2019, hoje é vendida por cerca de 3.100 pesos. Ao mesmo tempo, o salário mensal dos funcionários públicos cubanos varia entre 5.000 e 7.000 pesos cubanos, entre US$ 14 e 20 dólares (entre R$ 70 e R$ 100). “Viver numa economia que, além de ter várias moedas, tem várias taxas de câmbio e uma inflação de três dígitos é bastante complicado”, disse Pavel Vidal, especialista em Cuba e professor da Universidade Javeriana de Cali, na Colômbia.

G1

Sat, 27 Apr 2024 17:28:56 -0000 -


São esperadas mais de 195 mil pessoas nos cinco dias. Evento acontece de 29 de abril a 3 de maio das 8h às 18h no Parque Tecnológico. Vista aérea da Agrishow 2023 em Ribeirão Preto, SP Marcelo Moraes/EPTV A 29ª edição da Agrishow em Ribeirão Preto (SP), maior feira de tecnologia agrícola da América Latina, começa nesta segunda-feira (29). A organização espera receber cerca de 195 mil visitantes e mais de 800 expositores nacionais e internacionais. Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Além das áreas de exposição de tecnologia, conectividade, agricultura de precisão, veículos, pneus e diversos outros produtos ligados ao agronegócio o público vai poder participar de palestras, acessar wi-fi gratuito, pontos de hidratação, praça de alimentação e outras comodidades. O g1 lista abaixo uma série de orientações para facilitar a visita do público ao Parque Tecnológico. 📆Quando acontece e onde fica a feira? A Agrishow começa nesta segunda-feira (29) e vai até sexta-feira (3). Neste ano, o evento volta a começar diariamente às 8h e vai até as 18h. A feira acontece no Parque Tecnológico, que fica no quilômetro 321 da Rodovia Prefeito Antônio Duarte Nogueira (SP-322), conhecido como Anel Viário Sul, sentido Sertãozinho – Ribeirão Preto. 🎫Como comprar ingressos? A venda dos ingressos é feita pela internet no valor de R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia-entrada). A plataforma aceita o pagamento apenas no cartão de crédito. A partir do primeiro dia do evento os ingressos serão vendidos também na bilheteria no valor de R$60 (meia) e R$120 (inteira). O pagamento deve ser feito no dinheiro ou com cartão de débito. 📍Como chegar? O Anel Viário Sul é o único meio de acesso à Agrishow, tanto para quem trafega no sentido Sertãozinho/Ribeirão Preto quanto na direção contrária. Devido número de visitantes veículos, há bolsões de estacionamentos nos dois lados, mas com orientações diferentes, dependendo da origem do motorista. O g1 separou informações importantes para ajudar os visitantes no acesso e saída da feira e reuniu vídeos da organização que ajudam o motorista a se localizar (veja abaixo). Sabe chegar à Agrishow 2024? Vídeo explica rotas 🚗Onde estacionar? Além do ingresso para a feira, será possível adquirir antecipadamente o ticket para o estacionamento pela internet no valor de R$ 60. Dentro do estacionamento, haverá uma área dedicada a caravanas. O objetivo, segundo a organização, é promover praticidade e conforto no desembarque e embarque dos participantes desses grupos. A organização oferece também três estacionamentos alternativos para os visitantes com transfer gratuito, com saída a partir de 7h dos locais e retorno da Agrishow até às 19h. O valor será o mesmo do cobrado no estacionamento do evento. Hotel Mont Blan (Avenida Maurílio Biagi, 1.577 – Ribeirânia) Hotel Wyndham Garden (Avenida Wladimir Meirelles Ferreira, 856 – Jardim Botânico) Arena Nicnet Eurobike (Avenida Costábile Romano, s/n – Santa Cruz do José Jacques) 🚐Como vão funcionar as linhas de ônibus? A RP Mobi, empresa que gerencia o trânsito de Ribeirão Preto, anunciou novas opções de linhas de ônibus para os interessados em participar da feira. Veja o itinerário: Ida: Rua Barão do Amazonas/Praça Carlos Gomes, Rua Duque de Caxias, Avenida Jerônimo Gonçalves, Terminal Urbano Plataforma A Ponto 1, Alameda Botafogo, Avenida Jerônimo Gonçalves, Rua Guatapará, Avenida Caramuru, Avenida Adelmo Perdizza, marginal da Rodovia Prefeito Antônio Duarte Nogueira, Rodovia Prefeito Antônio Duarte Nogueira (Anel Viário), até entrada de prestadores de serviço. Volta: entrada de prestadores de serviço da Agrishow, marginal da Rodovia Prefeito Antônio Duarte Nogueira, Rodovia Prefeito Antônio Duarte Nogueira (Anel Viário), Rodovia Geovana Aparecida Deliberto, Marginal da Avenida Bandeirantes (sentido centro), Avenida Bandeirantes, Rua Guatapará, Rua José Bonifácio, Rua Américo Brasiliense, Rua Barão do Amazonas, Rua Barão do Amazonas/Praça Carlos Gomes. Público percorre estandes para conferir novidades para o agronegócio brasileiro na Agrishow 2023 em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 🎤Palestras e entrevistas Durante os cinco dias de feira, os visitantes vão poder assistir palestras e entrevistas com profissionais da área. O projeto 'AgrishowLabs', uma área dedicada a tecnologia no agronegócio, vai abordar temas como inteligência artificial no agro, sustentabilidade, gestão e energias renováveis. Já o 'Agrishow pra Elas' é um espaço para falar sobre a importância do trabalho feminino no agronegócio com convidadas que vivem o dia a dia na área. 🚕Táxis, carros de aplicativo e carona Para facilitar a mobilidade, a organização destinou aos táxis, carros de aplicativos e de carona um ponto de parada exclusivo para embarque e desembarque de passageiros. O local foi instalado em frente à entrada norte do evento - a principal, que pode ser vista da rodovia - próximo ao estacionamento VIP. Os motoristas devem seguir as placas instaladas nas vias de acesso para deixar ou pegar passageiros. 📶Internet grátis Pela primeira vez, a feira vai oferecer wi-fi gratuito aos visitantes por duas horas. Para isso, será preciso fazer um cadastro pelo aplicativo oficial "Agrishow", disponível para Android e iOS. Passado o período de utilização, será possível pagar tarifas para continuar utilizando a rede do evento. 📡Antenas temporárias Outra novidade é a instalação de oito antenas temporárias por parte de operadoras de telefonia - Vivo, Tim e Claro - para melhorar o sinal nos celulares durante a Agrishow. Máquinas gigantes do campo atraem curiosidade do público Na Agrishow 2023 em Ribeirão Preto, SP Érico Andrade/g1 🚩Geolocalização na feira De acordo com a organização são mais de 25 quilômetros de avenidas e ruas que ligam os pavilhões e representações dos expositores. Para facilitar a localização do visitante a feira disponibiliza um aplicativo de celular que traça as rotas mais curtas para quem precisa se deslocar a pé dentro do recinto. Além disso, para este ano, o sistema contará com a função "onde estacionei", que facilitará ao usuário a localização do carro na hora de ir embora. ♿Acessibilidade Visitantes com dificuldades de locomoção ou deficientes devem desembarcar nas entradas principais da feira (Norte ou Sul) e solicitar a um dos funcionários o carrinho elétrico (circular e não exclusivo) nas portarias. O carrinho será utilizado sempre que for preciso deslocamento de um ponto a outro dentro da feira. De acordo com a organização, todos os banheiros da Agrishow estão preparados para atender pessoas com necessidades especiais. 🍴Alimentação e hidratação A área voltada para alimentação corresponde a 12 mil metros quadrados, com ao menos seis restaurantes, além de lanchonetes, mais de 30 food trucks em quatro espaços diferentes e cerca de 20 ambulantes voltados para venda de alimentos. Para dar conta das altas temperaturas que devem variar entre 19° e 26° nos cinco dias de evento, a organização implantou pontos de hidratação espalhados pela feira, que ficarão na frente de todos os banheiros e na praça central. 🧀Pavilhão de Artesanais Criado com o intuito de estimular e valorizar os pequenos produtores, o pavilhão oferece aos visitantes a possibilidade de conhecer e comprar produtos como queijo, mel e charcutaria. A iniciativa é uma parceria da Agrishow com o governo de São Paulo. Agrishow 2023 tem pavilhão com produtos artesanais, como queijo, de diferentes regiões de SP Érico Andrade/g1 🚜Museu do Trator Neste espaço da Agrishow os visitantes podem observar a evolução da tecnologia usada na agricultura e notar a mecanização agrícola durante o tempo. 👍Dicas para visitação O aplicativo da feira disponibiliza uma série de informações, incluindo mapa dos estandes, localização de restaurantes, atrações e lista de expositores. O aplicativo está disponível para sistemas iOS e Android nas lojas virtuais. A organização recomenda aos visitantes o uso de roupas e calçados confortáveis e de preferência fechados, como tênis e botas, mas sem salto, para facilitar o percurso a pé na feira. É importante usar protetor solar, óculos escuros, bonés e chapéus por causa do sol forte que predomina em Ribeirão Preto na época da feira. Público na Agrishow 2023 em Ribeirão Preto, SP, confere desde lançamentos em máquinas a ferramentas e equipamentos para o dia a dia Érico Andrade/g1 Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto e região ´Alimentação e hidratação

G1

Sat, 27 Apr 2024 15:00:04 -0000 -

Linhas gerais da reforma foram aprovadas no ano passado, e agora o governo enviou ao Congresso pontos para serem mais detalhados. O governo entregou ao Congresso na quarta-feira (24) um projeto de regulamentação da reforma tributária. Nesse texto, o governo detalha alguns pontos que constam na reforma, aprovada por deputados e senadores no ano passado, mas que ficaram pendentes de regulamentação posterior. Agora, essa nova etapa da reforma precisa tramitar novamente por Câmara e Senado antes de virar lei. Até lá, deve sofrer modificações em relação ao texto original apresentado pelo governo. Com o texto aprovado no ano passado e o projeto apresentado nesta semana, já é possível ter uma ideia mais definida do que a reforma deve representar para o país. É comum as pessoas se perguntarem se ela vai baixar preços, diminuir impostos e facilitar a vida do consumidor e do empresário. Por se tratar de um tema complexo e com muitas variáveis envolvidas, as respostas nem sempre são simples e diretas. Mas o detalhamento divulgado nos últimos dias mostra um cenário cada vez mais completo. Veja abaixo o que muda em relação a hoje e os possíveis efeitos no dia a dia: Unificação de impostos A proposta de emenda à Constituição (PEC) já aprovada no Congresso prevê unificar impostos sobre o consumo em dois: ▶️ A Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS): terá gestão federal e vai unificar IPI, PIS e Cofins; ▶️ O Imposto sobre Bens e Serviços (IBS): terá gestão compartilhada entre estados e municípios, unificará ICMS (estadual) e ISS (municipal). O que muda: Esses impostos não serão cumulativos, ao contrário do que acontece hoje. Não ser cumulativo significa que, ao longo da cadeia de produção de um item, o imposto vai ser pago apenas uma vez, e não em cada etapa. Hoje, o distribuidor, quando compra do produtor, paga imposto. Depois, o distribuidor vende para o consumidor, que paga imposto em cima do valor já pago na etapa anterior, encarecendo a quantia final. Isso vai acabar. Efeito no dia a dia: De acordo com a equipe econômica do governo, a unificação dos impostos vai simplificar o modelo tributário do Brasil, hoje considerado caótico. Essa simplificação, ainda segundo o governo, junto com a não cumulatividade, tende a baratear custos e eliminar distorções do sistema. O efeito esperado é que as empresas lucrem mais e o consumidor pague menos pelos produtos. Mas ainda não foi definido o valor total dos dois impostos sobre o consumo que vão unificar os demais. O governo calcula que deverá ser algo em torno de 26%, para manter a carga tributária atual. É bom lembrar que haverá uma transição gradual, a partir de 2026 do modelo atual para o modelo com os dois impostos, que só será totalmente implementado em 2033. Os preços vão baixar? Se esses impostos totalizarem mesmo uma alíquota de 26%, significa que alguns produtos que hoje pagam menos imposto que isso passarão a pagar mais. Também haverá o cenário contrário: itens que hoje pagam mais e passarão a uma alíquota menor. Mas ainda não é possível dizer que a reforma vai baratear ou encarecer itens. O governo entende que os efeitos positivos da reforma (simplificação do modelo tributário, fim da cumulatividade, maior transparência nas cobranças) vai dinamizar a economia como um todo e melhorar o poder de compra. Assim, mesmo os produtos que passarão a ser tributados com uma alíquota maior seriam beneficiados com os efeitos da reforma e, em tese, não devem encarecer, ainda segundo o governo. Mas esses efeitos só poderão ser verificados mesmo na prática, quando o novo modelo passar a valer. Regulamentação da reforma tributária chega num momento de cobranças do Congresso Cashback para famílias mais pobres Na regulamentação enviada ao Congresso, o governo detalha um sistema de cashback para famílias mais pobres. Assim, elas teriam devolução de impostos na compra dos produtos. No texto, a equipe econômica recomenda que isso seja feito para famílias com renda de até meio salário mínimo por pessoa (R$ 706, no valor atual). Isso, segundo o governo, abrangeria 73 milhões de pessoas. Os percentuais seriam os seguintes: gás de cozinha: devolução de 100% da CBS (federal) e 20% do IBS (estadual/municipal); luz, água e esgoto: devolução de 50% da CBS e 20% do IBS; os demais produtos: devolução de 20% da CBS e do IBS. Isso também vai ser de implementação gradual, entre 2026 e 2033. Há três possibilidades para operacionalizar esse cashback: desconto nas contas de água, luz, gás encanado, por exemplo, direto nas faturas; crédito posterior para o contribuinte; desconto na boca do caixa, no momento do consumo (se houver possibilidade operacional). Descontos para a cesta básica A regulamentação enviada ao Congresso também prevê descontos nos impostos para itens da cesta básica. O que muda: A regulamentação, no entanto, prevê uma lista menor de produtos na cesta básica em relação às regras atuais. Atualmente há 745 alimentos diferentes beneficiados pela isenção de impostos, segundo relatório do Comitê de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas (CMAP) de 2021. No novo formato, segundo o governo, a lista privilegia os alimentos efetivamente consumidos pela população de baixa renda. A proposta exclui textualmente alimentos como foie gras (fígado de ganso, uma iguaria de alto custo), lagostas, lagostim e bacalhau. Profissionais liberais Hoje, impostos pagos sobre o consumo no setor de serviços não chegam a 26%, suposto valor dos futuros IBS e CBS. Mas a regulamentação do governo prevê descontos para profissionais liberais de 18 áreas. Esses 18 tipos de profissionais pagarão 30% a menos de CBS e IBS. Essas categorias são: administradores; advogados; arquitetos e urbanistas; assistentes sociais; bibliotecários; biólogos; contabilistas; economistas; economistas domésticos; profissionais de educação física; engenheiros e agrônomos; estatísticos; médicos veterinários e zootecnistas; museólogos; químicos; profissionais de relações públicas; técnicos industriais; e técnicos agrícolas. Imposto para bebidas alcóolicas e mais produtos nocivos Além da alíquota geral, de cerca de 26% na soma de CBS e IBS, o governo propõe que alguns produtos específicos tenham tributação ainda maior. É o chamado "imposto do pecado", usado para desestimular o consumo de bens que fazem mal à saúde e ao meio ambiente. A lista incluída pelo governo na regulamentação da reforma tributária prevê imposto mais alto para: cigarros, bebidas alcoólicas, bebidas açucaradas, veículos poluentes extração de minério de ferro, de petróleo e de gás natural. O que ainda vai faltar? Segundo o secretário do Ministério da Fazenda para a reforma tributária, Bernard Appy, outros dois projetos ainda serão enviados para regulamentar a reforma tributária. Eles vão tratar: das regras de transição para a distribuição desses recursos arrecadados para estados e municípios; das transferências de parte desses impostos para fundos de desenvolvimento regional e de compensações de perdas dos estados – dois mecanismos negociados pelos governadores para lidar com os impactos da reforma tributária. O cronograma da Fazenda prevê que a regulamentação será feita entre 2024 e 2025. Com o término dessa fase, poderá ter início, em 2026, a transição dos atuais impostos para o modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) --- com cobrança não cumulativa.

G1

Sat, 27 Apr 2024 14:09:49 -0000 -


Apesar de ser uma das companhias com melhor valorização na bolsa, os resultados financeiros recentes e outros fatores geram preocupação entre os investidores. Elon Musk em foto de 16 de junho de 2023 REUTERS/Gonzalo Fuentes/File Photo A Tesla está hoje longe de ser a queridinha de Wall Street. Já se foi o tempo em que seu valor de mercado ultrapassava US$ 1 trilhão (no fim de 2021) — e tudo indicava que a gigante dos veículos elétricos era imbatível. Naquela época, ela batia recordes de produção e entrega, enquanto o preço de suas ações subia, levando a empresa ao patamar de companhias como Apple e Amazon. Agora, a empresa de Elon Musk, seu fundador e CEO, enfrenta grandes desafios que dificultam avançar num mercado altamente competitivo. As vendas, os lucros, o valor de mercado e a confiança de muitos acionistas na capacidade de inovação e crescimento da companhia a longo prazo caíram. As empresas de veículos elétricos chinesas baixaram seus preços, afetando a demanda por seus automóveis, e as recentes demissões anunciadas por Musk não foram bem recebidas pelo mercado. Alguns dos problemas da empresa começaram em outubro, quando Musk alertou que a demanda estava começando a desacelerar. E quando o seu maior concorrente, a gigante chinesa BYD, ultrapassou brevemente a Tesla como maior vendedor mundial de carros elétricos no último trimestre do ano passado, a situação não parecia nada bem. Os anúncios de corte na produção da Gigafactory da empresa, em Xangai, e os problemas relacionados à produção da picape Cybertruck e dos carros autônomos tampouco ajudaram a melhorar o clima. Uma boa parte dos analistas e investidores afirma que, embora a construção de um veículo totalmente autônomo seja crucial para as perspectivas da Tesla, fabricar um carro elétrico com preço acessível é importante para impulsionar o crescimento hoje. Nesta semana, as notícias não têm sido positivas para a empresa americana, após a publicação de resultados financeiros abaixo das expectativas dos analistas de mercado. Desde a sua criação em 2003, a trajetória da Tesla sempre teve altos e baixos. Muitos se perguntam se esta é mais uma crise que vai passar, como as demais, ou se a gigante automotiva atingiu um ponto de ruptura. A seguir, estão quatro pontos que explicam a crise que a companhia está atravessando. Cybertruck ficou com a janela trincada após impacto de bola de ferro em evento da Tesla em 2019 Divulgação/Tesla 1. Demissões A Tesla anunciou em meados de abril que iria demitir mais de 10% dos seus empregados a nível mundial, como parte de um plano de restruturação que visa reduzir custos e melhorar a posição da empresa. Após anos de rápida expansão, esta restruturação interna — que vai afetar cerca de 15 mil funcionários — gerou preocupação nos mercados, uma vez que se soma a uma redução significativa nas entregas de veículos neste ano. “Não há nada que eu odeie mais, mas tem que ser feito”, disse Musk. Analistas das consultorias Gartner e Hargreaves Lansdown argumentaram que os cortes eram um sinal das pressões de custos, à medida que a fabricante de automóveis investia em novos modelos e inteligência artificial. Há poucos dias, um dos membros da equipe executiva, Andrew “Drew” Baglino, disse em uma postagem no X (antigo Twitter) que havia tomado a “difícil decisão” de deixar a empresa após 18 anos, adicionando mais incerteza às mudanças na companhia. O impacto das mudanças na direção e da estratégia para o futuro da Tesla preocupa os investidores, especialmente no que diz respeito à sucessão na liderança da companhia. Musk comanda a Tesla desde 2008, mas sua atenção tem se dividido entre outros projetos, como a SpaceX e a Neuralink. A saída, em agosto, do então diretor financeiro, Zachary Kirkhorn, outro provável sucessor, também foi interpretada como um sinal de incerteza. O debate tem girado em torno de dois aspectos fundamentais: os desafios que a empresa enfrenta em termos da sua estratégia de crescimento e da sua direção. Veja quem são os bilionários que mais enriqueceram em 2023 2. Lucros Nesta semana, a gigante automotiva divulgou os resultados do seu desempenho durante o primeiro trimestre deste ano. Se já havia preocupação entre alguns investidores, os dados apresentados apenas alimentaram um clima de incerteza quanto aos planos futuros. A Tesla registrou uma queda de 55% nos lucros em relação ao primeiro trimestre do ano passado. E também apresentou uma queda de 9% na receita no mesmo período, o maior declínio ano a ano desde 2012. Outro fator que trabalhou contra a empresa até agora neste ano foi o recall de seu veículo mais recente, a picape Cybertruck. O veículo apresentava um defeito no pedal do acelerador que aumentava o risco de acidentes. 3. Vendas Nos relatórios trimestrais que a Tesla apresenta aos acionistas, a empresa se refere a “entregas”, ou seja, aos veículos que a empresa entrega após ter recebido as encomendas. Desta forma, as entregas de automóveis são o que mais se aproxima do conceito de venda de automóveis, uma vez que as vendas não são definidas com precisão nas comunicações formais da companhia, conforme explica a emissora CNBC. Sendo assim, as entregas de veículos caíram 8,5% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período no ano passado — a primeira queda desde 2020. Esta queda, dizem os especialistas, pode estar relacionada, além das causas subjacentes, a alguns fatores circunstanciais — como interrupções no transporte marítimo global ou um incêndio na sua fábrica europeia. O cenário é complexo não só pela queda nas vendas, mas também pela redução nos preços dos veículos. Há poucos dias, foi anunciado que a empresa reduziria o preço dos modelos Y, X e S em cerca de US$ 2 mil cada. Apesar de todos os desafios, Elon Musk manteve nesta semana um discurso otimista sobre as perspectivas da empresa. Ele disse aos investidores que antecipará o lançamento de novos modelos a partir do segundo semestre de 2025. Em conversa com os acionistas, Musk deixou claro que também tem ambições maiores, como suas apostas em veículos autônomos e no desenvolvimento da inteligência artificial. A Tesla “deveria ser considerada uma empresa de robótica de inteligência artificial", e não uma fabricante de automóveis, declarou Musk. Mas estas ideias foram questionadas por alguns analistas. O Deutsche Bank afirma, por exemplo, que os veículos sem motorista enfrentam “desafios tecnológicos, regulamentares e operacionais”. Elon Musk, bilionário dono da Tesla e da SpaceX, em imagem de maio de 2021 Michele Tantussi/Reuters 4. Valor de mercado As ações da Tesla já tinham caído ao longo do último ano, refletindo fatores como as elevadas taxas de juros em muitos países, que dificultaram o acesso ao financiamento para a compra de seus carros elétricos. O preço das ações da empresa chegou a cair 40% neste ano, levando a empresa a ter um valor de mercado próximo a US$ 460 bilhões — no fechamento de quarta-feira (24/4). E desde novembro de 2021, quando cada ação da companhia valia mais de US$ 400, caiu para cerca de US$ 162. A queda de 40% nas ações da Tesla neste ano fez a empresa cair algumas posições nos rankings das maiores empresas dos Estados Unidos. A companhia ocupava o sétimo lugar em capitalização de mercado dentro do índice S&P 500 no início deste ano, de acordo com o Dow Jones Market Data, mas agora está na 14ª posição. Dentro de um panorama que parece pouco animador, a Tesla explicou nesta semana que iria apresentar “novos modelos” no próximo ano, sem oferecer mais detalhes. E prometeu acelerar o lançamento de modelos com preços mais acessíveis.

G1

Sat, 27 Apr 2024 08:00:53 -0000 -


'Combo explosivo' de fatores levou milhões de argentinos a adotar ativos virtuais como moeda de transação e poupança, além do novo registro que visa regular os provedores de criptomoedas. Em 2023, a Argentina foi o décimo quinto país do mundo com maior adoção de criptomoedas. Getty Images via BBC Passaram-se 15 anos desde o surgimento das criptomoedas, com a invenção do bitcoin, mas em grande parte do mundo ainda há desconfiança em relação a esses ativos virtuais, que continuam a se multiplicar. No entanto, há um punhado de países onde, por diferentes motivos, uma parcela significativa da população adotou essas novas ferramentas financeiras. Um desses países é a Argentina. Embora seja difícil quantificar o fenômeno, uma vez que se trata de atividades não regulamentadas e descentralizadas, e, portanto, não há uma entidade que as reúna, há evidências claras de que muitos argentinos adotaram as criptomoedas. Uma primeira pista está claramente visível: cidades como Buenos Aires estão repletas de publicidades nas ruas que promovem sites de troca de criptomoedas. Mas também há diversos dados do setor que confirmam sua popularidade entre os argentinos. LEIA TAMBÉM Halving do bitcoin: o fenômeno que acontece a cada 4 anos e está impulsionando a criptomoeda Pepecoin: o que a valorização de 7.000% da criptomoeda Pepe diz sobre as 'moedas-meme' Por que Petrobras é petroleira que mais paga dividendos para acionistas no mundo? Em 2023, o país apareceu em 15º lugar no Índice Global de Adoção de Criptomoedas, compilado pela empresa americana Chainalysis, que analisa a indústria com base no volume de transações relatado pelos diversos provedores de serviços. A Argentina foi o segundo maior mercado da América Latina, depois do Brasil. Enquanto isso, uma das plataformas de compra e venda mais populares do país, Lemon, relatou que 4 em cada 10 pessoas que baixaram um aplicativo de criptomoedas na América Latina em 2023 o fizeram a partir da Argentina. A empresa argentina, que juntamente com a Binance - a maior plataforma de moedas digitais do mundo - domina o mercado local, estima que cerca de 3 milhões de pessoas usem plataformas de criptomoedas no país. Estima-se que o número de contas de criptomoedas já seja semelhante ao do mercado tradicional de ações e títulos. Getty Images via BBC Isso colocaria os investimentos em criptomoedas quase ao mesmo nível do mercado de capitais tradicionais, onde são comprados e vendidos títulos negociáveis como ações e títulos. De acordo com dados fornecidos à BBC Mundo pela Bolsas y Mercados Argentinos (BYMA), que reúne os principais atores do mercado de valores, em 2023 houve 3.647.912 contas com operações. Primeiro registro de criptomoedas Outro sinal do crescimento das criptomoedas na Argentina foi a abertura, no final de março, do Registro de Provedores de Serviços de Ativos Virtuais, criado pela Comissão Nacional de Valores (CNV). O presidente da CNV, Roberto Silva, afirmou a este veículo de comunicação que o registro foi estabelecido por lei, seguindo as recomendações do Grupo de Ação Financeira Internacional (GAFI) para prevenir a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo. "O objetivo do registro é identificar os provedores, uma vez que eles passaram a ser sujeitos obrigados", explicou, referindo-se às pessoas físicas ou jurídicas que têm a obrigação legal de relatar à Unidade de Informação Financeira (UIF) sobre a existência de transações suspeitas. Halving do bitcoin: entenda fenômeno que acontece a cada 4 anos Silva afirmou que devem se registrar tanto as empresas de criptoserviços argentinas quanto as de origem estrangeira que direcionam suas operações a residentes argentinos, fazem publicidade no país, usam um domínio '.ar', têm subsidiárias locais ou geram mais de 20% de seu negócio na Argentina. Embora o organismo só divulgue a lista de plataformas de criptomoedas quando o período de convocação, que era de 45 dias, terminar, fontes do setor disseram à BBC Mundo que várias dezenas de empresas já apresentaram sua solicitação. A criação do registro visa evitar que a Argentina entre na "lista cinza" de países com risco de lavagem de dinheiro, o que complicaria as chances do país de renegociar financiamento externo. Mas por que o negócio de criptomoedas se expandiu tanto na Argentina? Estima-se que há cerca de 3 milhões de usuários argentinos de criptomoedas. Getty Images via BBC Um 'combo explosivo' O especialista em criptoativos e professor de Tecnologia e Negócios, Rodrigo Civiello, afirma que a Argentina enfrenta um "combo explosivo" de quatro fatores que explicam por que muitos cidadãos decidiram adotar essa nova ferramenta financeira. 1. Inflação de quase 300% A rápida perda de valor do peso, superior a dois dígitos por mês, leva os argentinos a buscar outra moeda de reserva. 2. Restrições cambiais As restrições à compra de dólares - a forma mais tradicional de poupança dos argentinos - levam muitos a buscar moedas alternativas. 3. Alta informalidade no trabalho Os trabalhadores não registrados representam cerca de 50% do mercado de trabalho e não podem receber através de uma conta bancária, pois não conseguem justificar seus rendimentos. 4. Insegurança "É um fator que não é muito levado em consideração", diz Civiello. "Mas muitas pessoas que compram dólares não querem tê-los em casa. Com as criptomoedas, mesmo que o celular seja roubado, se você tiver a senha da sua conta, pode recuperá-la". "Devido a todos esses fatores, a Argentina está na vanguarda", destaca à BBC Mundo. Segundo a Bloomberg, em fevereiro e março, a compra de criptomoedas na Argentina aumentou tanto que até substituiu a compra de dólares como forma de poupança. "A troca de pesos por dólares, o principal refúgio seguro há décadas, perdeu parte de seu atrativo nos últimos dois meses, já que a taxa de câmbio paralela comumente usada fortaleceu-se em 10% em relação ao dólar, enquanto o Bitcoin disparou quase 60% em relação ao dólar durante o mesmo período", informou a Bloomberg. Embora o Bitcoin - que continua sendo a criptomoeda mais popular do mundo - esteja ganhando adeptos na Argentina, não é a mais usada no país. De acordo com um relatório da exchange mexicana Bitso, 60% dos argentinos preferem as stablecoins, outro tipo de criptoativo considerado mais seguro, pois seu valor está vinculado a outro ativo, como o dólar, tornando-os menos voláteis. De acordo com a Bitso, a Argentina é o único país da região onde a aquisição de dólares digitais (USDC e USDT) supera quase cinco vezes a de outras criptomoedas. Getty Images via BBC Quem utiliza as criptomoedas? Embora os números claramente mostrem que a Argentina é um dos países que mais está adotando criptomoedas no mundo, a verdade é que, para a maioria dos argentinos, elas ainda são algo desconhecido. Civiello explica que seu uso, por enquanto, parece estar principalmente em alguns setores da população. Mas não são os grupos que se poderia pensar. "Muitos imaginam que aqueles que usam criptomoedas são pessoas especializadas em finanças e mercados, mas a realidade é que, embora esses tenham sido os primeiros a usar essa tecnologia disruptiva, agora qualquer pessoa pode abrir uma conta, o que leva apenas cinco minutos", diz ele. Os jovens, especialmente aqueles com empregos informais, são um dos grupos que mais as usam. Outro conjunto que as adotou são os freelancers, trabalhadores sem vínculo empregatício que oferecem serviços para o exterior, afirma o especialista. Dessa forma, conseguem contornar a restrição que impede receber dólares em contas bancárias argentinas (só é possível receber em pesos, e todo dinheiro recebido do exterior é "pesificado" à taxa oficial, que é menor que a do mercado). Um terceiro grupo que usa criptomoedas são os imigrantes. "Temos muita imigração de países vizinhos. Para enviar ou receber dinheiro de seus países de origem, até recentemente, tinham que recorrer a um serviço de transferência de divisas, que cobrava uma taxa de pelo menos 5% e a transferência levava entre dois e cinco dias úteis. Com as criptomoedas, é imediato", diz Civiello. Mas o setor talvez menos pensado que abraçou os ativos virtuais é um dos mais tradicionais do país, e um emblema da Argentina: o campo. Muitos produtores rurais argentinos utilizam uma stablecoin que lhes permite realizar transações com seus grãos. Getty Images via BBC Os produtores rurais, os principais geradores de dólares na Argentina, não apenas adotaram as criptomoedas como uma forma alternativa de comprar a moeda verde no mercado paralelo (aqui chamado de "dólar blue"). Uma produtora rural, que preferiu não revelar seu nome, explicou à BBC Mundo que essas novas tecnologias até permitiram eliminar o dólar da equação, usando as próprias colheitas - especialmente a soja - como "moeda" de troca. "No setor agrícola, usamos um aplicativo chamado Agrotoken, que nos dá um token para cada tonelada de soja", disse. "Tradicionalmente, a unidade de medida no campo é um caminhão, que são 30 toneladas de soja. Antes, se precisasse comprar um insumo que valesse o mesmo que uma tonelada e meia de soja, tinha que vender um caminhão inteiro". "Agora, apenas verificando quantas toneladas de soja tenho armazenadas em bolsas de silo em meu campo, posso 'tokenizar' a quantidade de soja que desejo e usar esses agrotokens para comprar o que preciso, através de um cartão associado à minha conta". O sistema não apenas permite vender apenas a quantidade necessária de cultivo. Além disso, evita ter que transportar os caminhões até as empresas de grãos, já que esse processo caro só é realizado no final, uma vez que os tokens são resgatados. Os tokens até podem ser usados como garantia para solicitar empréstimos em alguns bancos. Regulamentações O que acontecerá agora que foi criado um registro de provedores? Isso poderia desencorajar o uso de criptomoedas? E o que acontecerá com as plataformas que não se registrarem? Segundo a CNV, os provedores que atendem aos requisitos para se registrarem e não o fazem não poderão mais operar legalmente na Argentina. Para a Câmara Argentina Fintech, que reúne empresas de tecnologia que oferecem serviços financeiros, ter "um quadro normativo correto, que promova a inovação e estabeleça os incentivos adequados, ao mesmo tempo em que protege as pessoas que investem neles, é uma grande oportunidade" para o país. "Hoje, a Argentina lidera a indústria de criptomoedas regionalmente, em termos de desenvolvimento tecnológico, empresas e adoção. Acreditamos que essa regulamentação dos Provedores de Serviços de Ativos Virtuais pode ajudar a complementar e consolidar esse processo, com um quadro normativo adequado, e estamos trabalhando nisso", disse à BBC Mundo o diretor executivo da Câmara, Mariano Biocca. Em fevereiro passado, quando a compra de Bitcoin disparou, a ONG Bitcoin Argentina alertou que as denúncias de golpes com criptomoedas quintuplicaram, um problema difícil de combater em um mercado desregulado. Algumas plataformas oferecem cartões pré-pagos que funcionam com fundos em pesos ou criptomoedas. Getty Images via BBC Tanto a Câmara Fintech quanto a CNV enfatizam que o registro regula os provedores, mas não os clientes, nem os ativos em si. No entanto, a lei que criou o registro concede à CNV autoridade para regular e supervisionar o mundo das criptomoedas, e espera-se que o órgão convoque futuramente uma consulta pública antes de decidir como avançar. Enquanto isso, o crescimento das criptomoedas na Argentina pode depender da capacidade do governo de Javier Milei de reduzir a inflação, suspender as restrições sobre o dólar, reduzir a informalidade no mercado de trabalho e melhorar a segurança, os quatro principais fatores que atualmente impulsionam a popularidade do dinheiro digital.

G1

Sat, 27 Apr 2024 08:00:43 -0000 -


Apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 A Caixa Econômica Federal promove neste sábado (27), a partir das 20h, os sorteios dos concursos 2.718 da Mega-Sena e 142 da +Milionária. A +Milionária está estimada em R$ 177 milhões. As chances de vencer são ainda menores do que na Mega tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois trevos. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83.160,00. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e possuir dez faixas de premiação. Saiba mais aqui. +Milionaria: veja como jogar na nova loteria da Caixa Mega-Sena Já a Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 3 milhões para os acertadores das seis dezenas. No concurso da última quinta-feira (25), uma aposta de campinas levou sozinha o prêmio de R$ 5,5 milhões. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.

G1

Sat, 27 Apr 2024 03:00:22 -0000 -


Anúncio foi feito na tarde desta sexta-feira (26), durante visita do presidente Lula (PT) à sede da empresa, em São José dos Campos (SP). Vista da sede da Embraer, em São José dos Campos, interior de SP Luis Lima Jr./Futura Press/Estadão Conteúdo A Embraer -- empresa aeronáutica sediada em São José dos Campos, no interior de SP -- anunciou, nesta sexta-feira (26), durante uma visita do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que deve investir cerca de R$ 2 bilhões no país. Segundo a empresa, o investimento contempla atividade de pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, como as que serão utilizadas no Evtol - popularmente chamado de carro voador; expansão dos serviços aeronáuticos (que inclui conversão de aeronaves de passageiros em cargueiros, defesa e segurança), projetos de aumento de eficiência e ampliação da atividade industrial. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp A Embraer afirmou ainda que o investimento na unidade deve gerar a contratação de pelo menos 900 trabalhadores diretos neste ano. O objetivo do investimento, segundo a empresa, é “atender ao aumento da produção de aeronaves e ao crescimento futuro previsto com o desenvolvimento de novos negócios, produtos e serviços”. Lula (PT) visitou a Embraer nesta sexta-feira (26), em São José dos Campos Divulgação/Embraer Desse total de empregos que serão gerados, 90% devem ser para o setor de operações, com vagas para mecânicos, eletricistas, fresadores, moldadores, técnicos de manutenção de aeronaves e técnico de qualidade com experiência. A Embraer afirmou que também haverá oportunidades para trainee de produção, que passam pelo processo de treinamento e capacitação com os mentores internos, e vagas para engenheiros e outras funções administrativas. Neste ano, a expectativa da empresa é entregar entre 72 e 80 aeronaves comerciais, além de até 135 jatos executivos, gerando uma receita de até R$ 32 bilhões. Atualmente, a Embraer conta com cerca de 19 mil colaboradores diretos em todo o mundo, sendo que 88% atuam no Brasil. No ano passado, a empresa havia reforçado as equipes com a contratação de 1,5 mil novos funcionários. Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina

G1

Fri, 26 Apr 2024 23:31:35 -0000 -


Presidente disse ainda que tinha 'muita gente zangadas' com o preço do arroz e do feijão. Declaração foi dada durante evento de entrega de aeronave da Embraer à Azul, em São José dos Campos, São Paulo. Presidente Lula em evento de entrega de aeronave da Embraer à Azul. Reprodução/ CanalGov O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o Brasil "deu uma vacilada" por não ter importado arroz mais barato da Venezuela. A declaração foi dada na noite desta sexta-feira (26) durante um evento de entrega de aeronave da Embraer à Azul, em São José dos Campos, em São Paulo. "O arroz estava meio caro, feijão estava meio caro. Por isso que tem muita gente zangada, porque por o feijão está caro. O feijão é porque diminuiu a nossa área plantada. E a gente deu uma vacilada, porque a gente deveria ter importado arroz mais barato para a Venezuela. Mas é que a gente ficou na expectativa de que quando começasse a colheita do arroz no Brasil, a gente ia baratear o arroz", afirmou Lula. Área de cultivo de arroz diminui 60,6% em 20 anos Após essa fala, o presidente se voltou para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e questionou se o arroz começou a baixar. Em seguida, Lula afirmou que começou a baixar. "Começou a baixar? Começou a baixar. Eu já estou comendo picanha, com cerveja. Obviamente que não come picanha pode comprar uma verdura saudável plantado pela agricultura familiar." Preço do arroz O arroz, um dos itens mais tradicionais do prato do brasileiro, disparou de preço no Brasil e no mundo. No país, os preços do arroz têm subido desde 2020. Segundo o IBGE, só em 2023, a alta chegou a quase 25%. A queda de produção na última safra no Brasil e nos maiores produtores do alimento no mundo motivou a valorização do produto. O Brasil também tem exportado mais: são 15 novos mercados. Com isso, a saca chegou a quase R$ 130 no fim de 2023. O Rio Grande do Sul responde por 70% da produção nacional e teve o preço da saca do arroz em casca sendo vendida a R$ 106, em março. Um ano antes, custava R$ 87,23. O preço mais alto estimulou mais produtores a plantarem em 2024. A área plantada deve crescer 6,5%, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em Mato Grosso, a cultura do arroz sempre esteve ligada à abertura de novas áreas. Mas, em 2024, está sendo retomada como alternativa de segunda safra. Tanto que a previsão da Conab é de que o cereal seja plantado em 90,4 mil hectares — uma área quase 21 % maior que no ciclo passado.

G1

Fri, 26 Apr 2024 22:01:02 -0000 -


Duas das maiores empresas do setor, que estarão presentes na Agrishow, estimam R$ 112 bilhões em linhas de crédito para a atual safra. Segmento atrai ao menos 15,5 milhões de pessoas e empresas em todo o país. Luciana Abeid Ribeiro Dalmagro, produtora rural de Sales Oliveira (SP) Arquivo pessoal Na quinta geração de uma família de avicultores de Sales Oliveira (SP), além de criar três milhões de frangos por ano, Luciana Abeid Ribeiro Dalmagro produz flores comestíveis usadas na finalização de pratos na alta gastronomia em um modelo de negócios que tem se mostrado próspero. Para gerenciar e expandir suas atividades, ela aderiu a uma cooperativa de crédito e está satisfeita. “Entender que eu faço parte, como cooperada, como sócia, faz muito sentido para mim. É uma mudança muito grande do modelo tradicional bancário, em que a gente é só cliente, e o banco é fornecedor de serviços financeiros. É completamente diferente nas cooperativas. Nós somos parte desse negócio, inclusive com poder de voto, com poder de decisão e mais que isso, com poder de participação”, diz. Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Luciana faz parte das cerca de 15,5 milhões de pessoas e empresas de todo o país que já aderiram ao cooperativismo de crédito, segundo dados do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito e do Banco Central (FGCoop/BCB) divulgados em 2023, como alternativa de gestão financeira, em um movimento que tem se mostrado em ascensão nos últimos anos, sobretudo no agro, em parte devido a benefícios oferecidos com relação aos bancos tradicionais. “Existem semelhanças com os bancos já consolidados, como regulação das taxas pelo mercado, regulação e fiscalização pelo Banco Central, mas enquanto os bancos são sociedades anônimas, as cooperativas de crédito são sociedades de pessoas”, explica o economista Jair Casquel. Esta reportagem faz parte de uma cobertura referente a temas relacionados à Agrishow, uma das maiores feiras de tecnologia agrícola do mundo que acontece em Ribeirão Preto (SP) entre 29 de abril e 3 de maio, com projeção de receber 200 mil pessoas e resultar em pelo menos R$ 13,2 bilhões em contratos. O g1 tem uma página especial sobre o evento. A ascensão do cooperativismo e o crédito rural De acordo com dados do Sistema Nacional de Cooperativismo de Crédito (SNCC), em dezembro de 2023, existiam 847 cooperativas singulares de crédito no Brasil. Dessas, 222 eram independentes, enquanto as demais estavam vinculadas a cooperativas centrais ou confederações. Cresol, Sicredi e Sicoob concentram quase 90% do valor movimentado por cooperativas de crédito. Nos últimos anos, o SNCC apresentou um crescimento acima da média do Sistema Financeiro Nacional (SFN). O ativo total ajustado (ATA) aumentou de R$ 174,3 bilhões em dezembro de 2016 para R$ 371,8 bilhões em dezembro de 2023. Grande parte desse crescimento se deve ao setor agrícola brasileiro. Na safra 2023/24, o Sicredi planeja emprestar aproximadamente R$ 60 bilhões ao setor, um aumento de 17% em relação à temporada anterior. Apesar disso, a combinação de preços das commodities agrícolas em queda, taxas de juros elevadas e a quebra da safra de soja tem levado os produtores rurais a ponderar seus investimentos e o valor deve ficar abaixo do esperado. Mesmo assim, o índice de inadimplência, de 0,5%, é considerado baixo. “A relação com o cooperado, um sócio, é crucial para esse índice”, aponta Gustavo Freitas, diretor-executivo de crédito do Sicredi. LEIA TAMBÉM Armazenagem de grãos: entenda os desafios para conter déficit no país diante de produção crescente Plano Safra: lideranças do agro pedem R$ 36 bilhões para investimento em máquinas agrícolas em 2024 O Sicoob também mantém um plano otimista, apesar da quebra da safra. A instituição projeta aumentar a oferta de crédito em 33% para R$ 52 bilhões neste ciclo. Para a Agrishow, o objetivo é superar os R$ 2 bilhões de crédito oferecidos no ano passado, segundo a instituição. A Cresol não especifica valores financeiros, mas espera chegar a 1 milhão de cooperados ainda em 2024. Cerca de 60% do valor movimentado pela instituição vem do campo. “O crédito rural é único para cada produtor cooperado. A ampliação da rede de agências, com equipes de apoio para assessorar os clientes na tomada de decisão, ajuda a fomentar nossa expansão”, acredita Adriano Michelon, vice-presidente da Cresol. Setor promete vantagens Em seu melhor momento, as cooperativas de crédito investem em publicidade e prometem aos cooperados algumas vantagens com relação aos bancos tradicionais. Entre elas: Participação Democrática: Cada associado tem direito a um voto, independentemente de sua participação no capital social. Reversão das Sobras: O resultado positivo das cooperativas, chamado de “sobras”, é distribuído aos associados com base na utilização dos serviços, não na proporção do capital investido. Limitação: As cooperativas não visam gerar lucros, e a remuneração ao capital social é limitada. Enquanto um banco tem clientes, as cooperativas têm sócios ou cooperados. Para abrir uma conta em um banco, nem sempre é necessário investimento. Em uma cooperativa, por sua vez, é preciso comprar uma cota. Por outro lado, o lucro pode ser parcialmente revertido para os cooperados. Luciana Abeid Ribeiro Dalmagro produz flores comestíveis em Sales Oliveira (SP) Arquivo pessoal “Como cooperado, o participante pode contribuir para o aumento do capital da empresa, fazendo integralizações. Ele empresta capital próprio ou captado no mercado, resgata com juros ou em outros serviços”, explica o economista Jair Casquel. A produtora rural Luciana, de Sales Oliveira, ficou tão convencida que, além de conduzir suas finanças com uma cooperativa de crédito abriu uma conta para o filho de 7 anos. Ela encara o modo como os investimentos são usados como uma inspiração para os próprios negócios da família. “O recurso que gira no ecossistema de uma cooperativa volta para a sociedade impactando pessoas, volta apoiando projetos. Isso é sustentabilidade e isso conta muito para mim e para minha família”, conta. Veja mais notícias da Agrishow 2024 VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

G1

Fri, 26 Apr 2024 21:10:04 -0000 -


Ligações de até seis segundos serão contabilizadas; hoje, a norma é de três segundos. Agência também quer melhorias nas ligações de cobranças e mudanças no 0303. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) publicou nesta sexta-feira (26) um conjunto de regras mais duras para ligações abusivas, realizadas em excesso. A nova norma entra em vigor no dia 1º de junho. Ligações indesejadas de telemarketing têm sido feitas sem o prefixo 0303, obrigatório por norma da Anatel vigente desde o ano passado Reprodução/Bom Dia Brasil Com a norma, a Anatel amplia o tempo de duração do que são consideradas chamadas curtas para até seis segundos. Atualmente, ligações de até três segundos são definidas como curtas. Também se enquadram nesse perfil de ligação as chamadas não completadas, destinadas à caixa postal ou desligadas em até seis segundos – seja por quem fez a ligação ou por quem a recebeu. "Com este novo critério de até seis segundos, as medidas de chamadas inoportunas passam a ser aplicadas", declarou a conselheira Cristiana Camarate. Ou seja, serão bloqueadas por 15 dias as empresas que: realizarem mais de 100 mil chamadas curtas (de até seis segundos) por dia; e tenham mais 85% das ligações realizadas enquadradas nesse perfil. Segundo Camatate, a norma também aprimora o monitoramento pela Anatel. "Uma vez aprimorado o monitoramento, a Anatel já deixa muito claro que, de ofício, ela pode determinar o bloqueio de qualquer empresa que estiver de alguma forma descumprindo a [medida] cautelar." Golpe do call center: criminosos burlam chamadas telefônicas de bancos para aplicar fraudes Chamadas de cobrança Na quinta-feira (25), o conselho diretor da Anatel determinou à área técnica que desenvolva um sistema que permite a validação dos números de telefone por CPF. A medida é vista como uma solução para aprimorar as bases de dados disponíveis às empresas de telemarketing e telecobrança, evitando ligações para números cujos detentores não sejam mais os mesmos da base de dados. Segundo o conselheiro Artur Coimbra, o sistema vai permitir que as empresas de cobrança façam uma consulta à base das operadoras para verificar se o número que pretendem ligar é do CPF devedor. "Ficou muito claro que a grande causa dessa geração de chamadas em grande número pelas empresas de telecobrança se refere a uma base de dados muito ruim, pouco crível, pouco eficaz de números de telefone associados aos dados dos devedores", disse. Coimbra afirma que esse recurso pode reduzir as chamadas de cobrança de 43 ligações para sete ou oito. "Hoje, os dados trazidos pelo setor de telecobrança apontam que, para que se alcance um devedor, para que se consiga falar com um devedor, são necessárias cerca de 43 chamadas, na 44ª você consegue falar com o devedor", declarou. Ampliação do 0303 A agência também aprovou uma proposta de ampliação do uso do prefixo 0303 nas chamadas telefônicas. A medida vai passar por consulta pública. Hoje, só as ligações para oferta de produtos e serviços devem usar o prefixo. Mas a Anatel pretende ampliar a obrigação para chamadas de doações, cobranças e outras atividades façam uso intensivo de ligações. Segundo o superintendente da Anatel, Vinicius Caram, 2.918 empresas estão usando o 0303. Esse número deve aumentar com a ampliação das atividades que devem adotar o prefixo. Além disso, a utilização do 0303 será facultada a quem aderir ao protocolo "stir shaken" – que permite a identificação, na tela do celular, do nome da empresa que está fazendo a ligação e o motivo do contato.

G1

Fri, 26 Apr 2024 18:46:18 -0000 -


O Globo Rural deste domingo mostrou que o cultivo de lavanda no Brasil gera renda para famílias de pequenos agricultores. Aprenda a fazer torta de lavanda O Globo Rural deste domingo mostrou que o cultivo de lavanda no Brasil gera renda para famílias de pequenos agricultores e ensinou a receita para fazer uma torta com a flor. Ficou com água na boca depois da reportagem? Confira a seguir a receita. Torta de lavanda Ingredientes para a torta 4 ovos; 300g de açúcar; 100g de manteiga sem sal, de preferência em temperatura ambiente; 50g de nata ou creme de leite; 150ml de leite integral quente; 500g de farinha de trigo; 1 colher de sopa de fermento químico; 10 flores de lavanda, já desidratadas, como chá; Corante lilás; Ingredientes para a cobertura 250g de chocolate branco; 1 caixa de creme de leite; Flores de lavanda para decorar; Modo de preparo torta Em um liquidificador, misture todos os ingredientes, menos a farinha de trigo e o fermento; Bata bem por 5 minutos; Transfira a mistura para um recipiente e acrescente a farinha aos poucos, com uma peneira e mexendo devagar; Depois acrescente as flores de lavanda desidratadas, as esfarelando com as mãos; Por último, acrescente o fermento químico; Antes de assar, unte uma assadeira redonda com um furo no meio; Leve ao forno durante 40 minutos a 180°C. Modo de preparo cobertura Derreta o chocolate branco picado no micro-ondas, de 30 em 30 segundos para não queimar, mexa bem e acrescente o creme de leite; Misture bem e derrame sobre a torta fria; Decore com as flores naturais da lavanda, que, além de embelezar, vão perfumar a sua torta. Torta de lavanda: receita leva flor na massa e no recheio Reprodução/TV Globo >>>Veja outras receitas <<< Mais assistidos do Globo Rural

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Fri, 26 Apr 2024 17:31:13 -0000 -


A sede do Banco Central em Brasília Raphael Ribeiro/BCB Apesar de o IPCA-15, índice que mede a inflação, de abril ter registrado um número abaixo das previsões, o Banco Central ainda mantém dúvidas no mercado sobre a próxima reunião do Comitê de Política Monetária, marcada para os dias 7 e 8 de maio. Analistas ainda se dividem sobre se o BC vai manter os cortes de 0,50 ponto percentual ou se vai reduzir para 0,25 ponto percentual. O IPCA-15 de abril ficou em 0,21%, 0,15 ponto percentual abaixo do registrado no mês passado, quando ficou em 0,36%. O resultado melhor seria um indicativo de que o Banco Central poderia manter o seu plano de voo original, comunicado na última reunião do Copom, de mais um corte na taxa Selic de 0,50 ponto percentual. Atualmente, a taxa está em 10,75% ao ano. O economista André Perfeito destaca o resultado melhor do que as projeções de mercado, que apontavam para 0,30%, mas continua com a previsão de que o ciclo de redução da taxa de juros vai terminar com a taxa em 9,75%, o que reforça posição de que o Banco Central poderia fazer um corte de 0,25 ponto percentual no início de maio. Caio Megale, economista da XP Investimentos, avalia que o cenário “está bem dividido entre 0,25 e 0,50”. Para ele, a inflação mais baixa de abril é um ponto a favor de um corte de 0,50 ponto percentual, mas o especialista avalia que, por enquanto, a “balança ainda está um pouco inclinada para 0,25”. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, chegou a apontar a possibilidade de o Copom mudar o seu ritmo caso as condições de mercado continuem piorando. É isso que vai pesar até o início de maio. Resultado abaixo das projeções do mercado ; IPCA-15 sobe 3,77% em 12 meses Nesta sexta-feira (26), Campos Neto destacou o dado positivo do IPCA-15, que veio um pouco melhor, mas lembrou que as expectativas para a inflação em 2025 estão piorando e o Banco Central precisa entender as razões para esta piora. Ou seja, isso vai pesar na decisão do Copom. O presidente Lula defende a manutenção do atual ritmo, para que a taxa Selic termine o ano em pelo menos 9%, mas o mercado já está prevendo uma taxa de juros de 9,5%, com alguns economistas, como André Perfeito, falando em 9,75%. Ou seja, o governo Lula pode voltar a pressionar o BC nos próximos meses.

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Fri, 26 Apr 2024 15:42:37 -0000 -


Na véspera, moeda norte-americana avançou 0,28%, cotada a R$ 5,1620. Já o principal índice acionário da bolsa de valores encerrou com queda de 0,08%, aos 124.646 pontos. Freepik N O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, opera em alta nesta sexta-feira (26), com dados benignos do IPCA-15 e a melhora das ações da Petrobras. O dólar opera em queda. A prévia da inflação brasileira registrou uma alta de 0,21% nos preços em abril, e acumulou 3,77% na janela de 12 meses. Os números vieram abaixo das expectativas do mercado financeiro. As projeções eram de alta de 0,29% para abril, chegando a 3,85% em 12 meses. Nos Estados Unidos, a inflação medida pelo índice PCE de preços, favorito do Federal Reserve (Fed, o banco central do país) veio em linha com as expectativas, o que também animou os investidores. Já na cena corporativa, o Conselho de Administração da Petrobras decidiu ontem aprovar a distribuição de 50% dos dividendos extraordinários da estatal. Com a medida, a União, que tem a maioria das ações da empresa, deve receber cerca de R$ 6 bilhões. E o governo já concordou com a distribuição do restante dos dividendos gerados em 2023. Hoje, as ações subiram 1,36%. (veja mais abaixo) Veja abaixo o resumo dos mercados. Dólar O dólar fechou em queda de 0,89%, cotado a R$ 5,1163. Na mínima, foi a R$ 5,1092. Veja mais cotações. Com o resultado, acumula: queda de 1,60% na semana; alta de 2,01% no mês; ganho de 5,44% no ano. Na véspera, a moeda norte-americana fechou em alta de 0,28%, cotada a R$ 5,1620. Ibovespa O Ibovespa fechou em alta de 1,51%, aos 126.526 pontos. Com o resultado, acumula: alta de 1,12% na semana; queda de 1,23% no mês; recuo de 5,71% no ano. Na véspera, o índice teve queda de 0,08%, aos 124.646 pontos. Entenda o que faz o dólar subir ou descer DINHEIRO OU CARTÃO? Qual a melhor forma de levar dólares em viagens? DÓLAR: Qual o melhor momento para comprar a moeda? O que está mexendo com os mercados? Os mercados têm grande alívio nesta sexta-feira, após dados favoráveis de inflação no Brasil e nos Estados Unidos. Por aqui, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) — considerado a prévia da inflação oficial do país — veio abaixo das expectativas. Os investidores aguardavam o resultado com ansiedade desde a mudança da meta fiscal pelo governo federal. Como mostrou o g1, especialistas já esperavam uma revisão, mas a alternativa proposta não foi bem recebida. Analistas já trabalhavam com a possibilidade de o ciclo de queda dos juros terminar antes do previsto. O alerta, por sinal, foi feito tanto pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, como pelo próprio ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Mas o resultado benigno da inflação traz um respiro de que pode não ser necessário mudar os rumos tão rapidamente. "O resultado de hoje parece ter sido favorável, com os serviços subjacentes registrando uma leitura abaixo da mediana histórica e recuando ligeiramente em relação ao IPCA-15 de março", diz Rafael Costa, analista e integrante do time de estratégia macro da BGC Liquidez, em relatório. "As inflações de praticamente todos os núcleos gerais acompanhados pelo Banco Central recuaram e ficaram em patamares bastante baixos para os padrões do período. Temos apenas que tomar cuidado para não extrapolar o otimismo que pode ser gerado devido à boa leitura divulgação." Nos EUA, foi divulgado nesta sexta o índice PCE de preços, favorito do Fed para monitorar a inflação. O indicador subiu 0,3% no mês passado. Nos 12 meses até março, a inflação aumentou 2,7%, depois de avançar 2,5% em fevereiro. Além disso, os dados de fevereiro não foram revisados e mostram um aumento de 0,3% do PCE. Economistas consultados pela agência Reuters previam que o índice subiria 0,3% no mês e 2,6% na base anual. As taxas dos Treasuries de 10 anos, referência global para investimentos, aceleraram a queda depois que dados mostraram que a inflação nos Estados Unidos aumentou moderadamente em março. "Mesmo com os números anualizados um pouco acima do esperado, os dados trimestrais divulgados ontem vieram tão ruins que o mercado certamente se preparava para algo pior", disse Helena Veronese, economista-chefe da B. Side Investimentos, à Reuters. "A chance de o Fed começar a cortar de juros em setembro voltou ao radar." Outro dado importante foi o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no primeiro trimestre de 2024, que veio mais fraco do que o previsto pelo mercado. A taxa anualizada foi de 1,6%, bem menor que os 3,4% no quarto trimestre de 2023. Contra o trimestre anterior, a economia cresceu apenas 0,4% nos primeiros três meses do ano. Os analistas esperavam um crescimento de 2,2% de janeiro a março, de acordo com o consenso do Market Watch. Essa foi a primeira estimativa do Departamento do Comércio, publicada na quinta-feira (25). Os EUA publicam o seu crescimento a uma taxa anualizada, que compara o PIB com o do trimestre anterior e depois projeta a variação para todo o ano ao ritmo desses três meses. Antes, o mercado esperava que os juros começassem a cair ainda no primeiro semestre deste ano. Porém, com dados ainda fortes da economia americano — e, com destaque, ainda, para a inflação que não volta à meta de 2% do Fed —, investidores já acreditam que o ciclo de baixas pode demorar mais tempo para ter início. Juros mais altos na maior economia do mundo acabam levando investimentos para dentro do país, o que retira dinheiro de outros mercados, principalmente os emergentes, caso do Brasil. Neste contexto, o dólar ganha vantagem frente o real. De volta ao cenário interno, a agenda corporativa melhorou tanto pela melhora da inflação como pela notícia vinda da Petrobras. O Conselho de Administração da empresa aprovou a distribuição de 50% dos dividendos extraordinários da estatal. Com a medida, a União, que tem a maioria das ações da empresa, deve receber cerca de R$ 6 bilhões. Ao todo, serão liberados cerca de R$ 21,95 bilhões em dividendos extraordinários, de um total de R$ 43,5 bilhões. Os pagamentos serão feitos em duas parcelas: em maio e em junho deste ano. Além disso, o Palácio do Planalto também deu aval para o pagamento dos outros 50% dos dividendos extraordinários restantes no segundo semestre deste ano. A informação é do blog da Julia Duailibi. A nova perspectiva fez as ações preferenciais da Petrobras subirem mais de 2% nesta quinta-feira e mais 1,3% nesta sexta. Por fim, nesta semana o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entregou o primeiro projeto de lei para regulamentar a reforma tributária sobre o consumo. Ele levou o texto pessoalmente a Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, e ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A reforma foi aprovada via proposta de emenda à Constituição (PEC) no ano passado. Esse texto, de 2023, trouxe apenas as linhas gerais da reforma tributária. Agora, é preciso aprovar a regulamentação, que será feita via projetos de lei. Entre os pontos a ser regulamentados estão os produtos que vão compor a cesta básica e o chamado “imposto do pecado”, criado para desestimular artigos nocivos à saúde e ao meio ambiente.

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Fri, 26 Apr 2024 14:39:26 -0000 -


A prévia da inflação acumula alta de 3,77% na janela de 12 meses. Os números vieram abaixo das expectativas do mercado financeiro. IPCA-15: Prévia da inflação desacelera para 0,21% em abril O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) — considerado a prévia da inflação oficial do país — registrou uma alta de 0,21% nos preços em abril, informou nesta sexta-feira (26) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A maior influência vem novamente do grupo de Alimentação e bebidas, com alta de 0,61% no mês e impacto de 0,13 ponto percentual (p.p.) no índice geral. Ainda assim, o índice teve desaceleração de 0,15 p.p. na comparação com o mês anterior, quando teve alta de 0,36% para março. Em abril de 2023, o IPCA-15 foi de 0,57%. Com os resultados, o IPCA-15 acumulou 3,77% na janela de 12 meses. Os números vieram abaixo das expectativas do mercado financeiro. As projeções eram de alta de 0,29% para abril, chegando a 3,85% em 12 meses. Oito dos nove grupos pesquisados pelo IBGE tiveram alta de preços em abril. Apenas Transportes teve deflação no mês (-0,49%), com a principal queda vinda da passagem aérea, que teve um recuo de 12,2% e contribuiu com -0,09 p.p. no índice geral. Os combustíveis também tiveram alívio (-0,03%), com queda da gasolina (-0,11%), do gás veicular (-0,97%) e do óleo diesel (-0,43%). O etanol teve alta de 0,87% no mês. Veja abaixo a variação dos grupos em abril Alimentação e bebidas: 0,61%; Habitação: 0,07%; Artigos de residência: 0,03%; Vestuário: 0,41%; Transportes: -0,49%; Saúde e cuidados pessoais: 0,78%; Despesas pessoais: 0,40%; Educação: 0,05%; Comunicação: 0,17%. Alimentos seguem pressionando Dentro do grupo Alimentação e bebidas (0,61%), o destaque foi novamente a Alimentação no domicílio, que reúne os preços de alimentos in natura. No mês de abril, o subgrupo subiu 0,74%, com altas do tomate (17,87%), do alho (11,60%), da cebola (11,31%), das frutas (2,59%) e do leite longa vida (1,96%). O IBGE registra quedas da batata-inglesa (-8,72%) e das carnes (-1,43%). Já a Alimentação fora do domicílio continua subindo em ritmo mais contido. No mês, desacelerou para 0,25% contra 0,59% no mês de março. O IBGE destaca uma alta menos intensa da refeição (0,76% em março para 0,07% em abril). Junto com a alimentação, pesou no resultado do mês o grupo Saúde e cuidados pessoais (0,78% de alta, com 0,10 p.p. no índice). Segundo o IBGE, a maior contribuição (0,05 p.p.) veio dos produtos farmacêuticos (1,36%), após a autorização do reajuste de até 4,50% nos preços dos medicamentos, a partir de 31 de março. Também mereceu destaque o plano de saúde (0,77%), que segue incorporando as frações mensais dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2023 a 2024. O tomate (17,87%) teve a alta mais expressiva no IPCA-15 do mês de abril Reprodução/TV Gazeta Maiores contribuições Veja os itens com maior contribuição positiva no IPCA-15. Tomate: 17,87% no mês e 0,05 p.p. Plano de saúde: 0,77% no mês e 0,03 p.p. Cebola: 11,31% no mês e 0,02 p.p. Cinema, teatro e concertos: 3,76% no mês e 0,02 p.p. Mamão: 14,29% no mês e 0,02 p.p. Veja os itens com maior contribuição negativa no IPCA-15. Passagem aérea: -12,20% no mês e -0,09 p.p. Batata-inglesa: -8,72% no mês e -0,02 p.p. Contrafilé: -3,49% no mês e -0,01 p.p. Arroz: -1,89% no mês e -0,01 p.p. Pacote turístico: -2,10% no mês e -0,01 p.p.

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Fri, 26 Apr 2024 12:00:17 -0000 -


Remuneração dos acionistas da estatal disparou com aumento dos lucros e redução dos investimentos da empresa. Dividendos distribuídos pela Petrobras tiveram forte alta nos últimos três anos GETTY IMAGES via BBC A distribuição de dividendos (remuneração aos acionistas com parcela do lucro) pela Petrobras virou alvo de intensa discórdia, após a empresa ampliar fortemente esses pagamentos em 2022 e 2023, período em que se destacou como a petroleira que mais pagou dividendos no mundo (US$ 57,6 bilhões). De um lado, parte do governo e grupos que defendem o papel central da estatal no desenvolvimento do país querem que a empresa reduza o pagamento aos acionistas para ampliar seus investimentos, por exemplo, com a construção de novas refinarias (unidades que transformam óleo bruto em combustíveis) e fontes alternativas de energia. VEJA TAMBÉM ENTREVISTA EXCLUSIVA: Desenrola para empresas e novo programa de crédito - ministro Márcio França fala ao g1 De outro lado, analistas de mercado e acionistas da empresa defendem que a empresa mantenha o alto patamar de distribuição de dividendos, o que torna suas ações mais atrativas. Eles argumentam que a empresa já tem um nível elevado de investimentos e que certos projetos de interesse do governo, como as refinarias, não seriam lucrativos. Em meio a essa disputa, os acionistas da empresa aprovaram nesta quinta-feira (25/04) distribuir R$ 21,95 bilhões em dividendos extraordinários, referentes aos lucros de 2023, depois que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva tentou bloquear a liberação desses recursos em março. Os dividendos extraordinários são aqueles pagos além do mínimo previsto em regras de mercado e da própria empresa. A Petrobras já havia anunciado um total de R$ 72,4 bilhões em dividendo ordinários referentes aos ganhos de 2023, parte dos quais já foi paga no ano passado. A aprovação do pagamento extra agora reflete um recuo do Palácio do Planalto, após as ações da estatal levarem um tombo de 10% em um dia, no mês passado, devido à insatisfação do mercado com a decisão inicial. Embora a Petrobras seja uma companhia de capital aberto, a União mantém controle acionário da empresa e, por isso, é determinante na decisão de liberação desses recursos. No entanto, a mudança de rumo não deixa de ter um lado positivo para o governo. Como maior acionista da Petrobras, a União deve receber R$ 6 bilhões dos dividendos extras liberados, valor que pode contribuir para reduzir o rombo nas contas federais. Nos últimos dois anos, os valores recebidos somaram R$ 83,9 bilhões. Petrobras volta atrás e decide distribuir metade dos dividendos extraordinários Por que Petrobras se tornou a maior pagadora? Levantamento do especialista em dados financeiros Einar Rivero, da Elos Ayta Consultoria, para a BBC News Brasil, mostra que os dividendos distribuídos pela Petrobras tiveram forte alta nos últimos três anos. A estatal pagou R$ 72,7 bilhões em 2021, R$ 194,6 bilhões em 2022, e R$ 98,2 bilhões em 2023. Considerando os valores em dólar, a empresa aparece como a maior pagadora de dividendos entre as grandes petroleiras nos dois últimos anos, quando os desembolsos somaram US$ 57,6 bilhões, superando em muito as outras três maiores pagadoras no período, como Exxon Mobil (US$ 29,8 bilhões), Chevron (US$ 22,3 bilhões) e Petrochina. (US$ 20,4 bilhões). Os valores contabilizados por Einar Rivero representam o que de fato saiu do caixa da empresa no período, em dividendos e juros sob capital próprio (um outro tipo de dividendo). Parte do que é pago em um ano é referente aos ganhos do exercício anterior, e assim sucessivamente. A quantia total paga de 2021 a 2023 (R$ 365,5 bilhões) é seis vezes maior do que tudo que foi distribuído entre 2010 e 2020 (R$ 59,3 bilhões). O aumento recente reflete a maior lucratividade da empresa — em momento de disparada da cotação do petróleo — e a decisão de guardar uma parte menor desses ganhos para investimentos. A Petrobras registrou seus dois maiores lucros da história em 2022 (R$ 188,3 bilhões) e 2023 (R$ 124,6 bilhões). Nesse período, investiu quase R$ 25 bilhões em 2022 e R$ 42,2 bilhões em 2023. São números expressivos, mas bem abaixo do registrado entre 2010 e 2015 (média anual de R$ 77,1 bilhões em investimentos), durante o governo Dilma Rousseff (PT). Foi um período marcado por fortes investimentos para a exploração das reservas de petróleo no pré-sal, mas também por projetos controversos, como obras com desvios de recursos, escândalo revelado pela operação Lava Jato. Para o engenheiro químico Felipe Coutinho, presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras (AEPET), esses altos investimentos feitos anos atrás se refletem na alta dos lucros hoje. Na sua visão, a política de reduzir investimentos e maximizar o pagamento de dividendos não é sustentável para a empresa. Ele nota que, ao mesmo tempo que os dividendos pagos são os maiores do mundo, os investimentos dos últimos anos ficaram abaixo das principais concorrentes. "O dividendo que é distribuído hoje, o lucro que é gerado hoje, é resultado do investimento do passado", afirma. "Então, se você não faz investimento na proporção necessária para encontrar petróleo na mesma medida que você esgota (as reservas), se não investe para agregar valor ao petróleo com refino, transporte e comercialização, se não investe na petroquímica, se não investe no que vai te gerar receita futura, na verdade você compromete o futuro da empresa", argumenta. Críticos da gestão da empresa durantes os primeiros governos petistas reconhecem a importância dos investimentos para exploração do pré-sal, mas avaliam que outros projetos tocados pela Petrobras seguiram mais a visão política do governo, do que uma avaliação do que seria a forma mais rentável de aplicar os ganhos da companhia. Para esse grupo, decisões erradas de investimentos, o controle dos preços dos combustíveis (quando a Petrobras vende gasolina e diesel a preços menores do que os praticados internacionalmente) e os impactos dos escândalos de corrupção são fatores que explicam os quatro anos em que a empresa registrou prejuízos, somando mais de R$ 70 bilhões em perdas de 2014 a 2017. "Em 2015, devido a todos os escândalos, a Petrobras não pagou dividendos. E em 2016 e 2017, o valor somado foi de R$ 777 milhões, o que para a Petrobras é nada", nota Rivero. Na sua avaliação, os governos Michel Temer e Jair Bolsonaro promoveram a retomada dos dividendos, com um patamar razoável de investimento, com média anual de R$ 28 bilhões entre 2017 e 2022. "Poderia se deduzir (dos números): uma empresa saneada, posteriormente a todos os escândalos, conseguiu investir e, além de investir, pagar ainda dividendos", afirma. 'Dividendos altos refletem riscos maiores', diz professor GETTY IMAGES via BBC Para o professor de finanças Rafael Schiozer, da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP), as ações da empresa desabaram em março porque os acionistas entenderam que o governo estaria segurando caixa para fazer "investimentos de cunho político, que não se pagam, com retorno menor que o custo de capital da empresa". "São investimentos fora da área core (principal negócio) da Petrobras, em que a Petrobras realmente é muito competente, que são a exploração e produção no pré-sal. Por exemplo, a Petrobras não tem retorno muito bom nesses projetos de refino. Os últimos, inclusive, destruíram valor (da empresa)", argumenta. Para Schiozer, o que é insustentável não é a empresa deixar de investir, mas alocar recursos em projetos que não são rentáveis. Na sua avaliação, os recordes em pagamento de dividendos não são um problema e é natural que a Petrobras pague mais que suas concorrentes. "Obviamente, uma petroleira num mercado emergente tem que dar retorno maior para o acionista, porque o risco é muito maior. E, no caso da Petrobras, mais ainda, porque ainda tem o risco de influência política", disse. Na visão do economista Adilson de Oliveira, professor aposentado da UFRJ, a distribuição de dividendos é de interesse da empresa. "Manter um nível de dividendos razoável é importante para que as pessoas continuem investindo na Petrobras, continuem comprando ações da Petrobras", afirma. Ele diz que os pagamentos elevados refletem a alta lucratividade da empresa no pré-sal. "A Petrobras passou a gerar dividendos extraordinários porque o custo de produção da Petrobras no pré-sal é na faixa dos US$ 25 o barril, e ela vende isso há US$ 80 agora, mas chegou a vender a US$ 90", ressalta. "Então, imagina a margem de lucro monumental que a empresa tem, e o governo, evidentemente, gostaria de se apropriar desses recursos para seus projetos específicos, e não necessariamente os projetos da empresa", acrescenta. Interesses dos acionistas x interesses do país? Por trás do embate dos dividendos, há duas visões sobre o papel da Petrobras. Há segmentos da sociedade e do governo que entendem que a estatal, maior empresa brasileira, deve ser usada para alavancar o crescimento do país e garantir segurança energética. Já outros entendem que a companhia, ao ter ações em bolsa, deve ser gerida com foco em resultados. Na visão desse grupo, o bom desempenho financeiro da empresa traz naturalmente reflexos positivos para a economia e o governo, como a geração de empregos e o pagamento de impostos. A discórdia sobre os investimentos em refinarias reflete essas diferentes visões. Para o engenheiro químico Felipe Coutinho, presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras (AEPET), é fundamental que a empresa invista no setor, para reduzir a dependência do país da importação de combustíveis. Hoje, a estatal exporta óleo bruto e importa derivados. Além disso, ele refuta que a estratégia de investir em refino não seja rentável. "O resultado do segmento de refino, transporte e comercialização (de combustíveis) varia de acordo com o preço do petróleo. É uma questão contábil. Quando o preço do petróleo está relativamente baixo, a Petrobras, como qualquer outra empresa, registra resultados contábeis maiores nesse segmento", afirma. "E quando o preço do petróleo está relativamente alto, as empresas registram um desempenho contábil maior na exploração e produção (de óleo bruto). Então, a atuação integrada da Petrobras visa fazer com que a empresa seja rentável e sustentável independente da variação do preço", acrescenta. O diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Pedro Rodrigues, por sua vez, é mais um que crítica os investimentos em refinarias. Na sua visão, porém, o problema não está apenas nesse setor. Na sua visão, também há projetos ruins na área de transição energética, como a criação de sete usinas eólicas offshore (no mar), em diferentes Estados ao longo da costa brasileira. "O problema da Petrobras, é que a cada quatro anos (com a mudança de governo), o rumo da empresa muda da água para o vinho. Eu vejo que os investimentos que a nova direção tem indicado tem muito mais retorno político do que retorno econômico", avalia. "Por exemplo, o volume de dinheiro indicado para a construção de eólicas offshore. Eu nem sei se Siemens tem turbina suficiente para atender esse volume (de energia), ou se o Brasil tem demanda suficiente para esse volume. Então, é uma coisa que não faz sentido", critica.

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Fri, 26 Apr 2024 11:15:54 -0000 -


Em entrevista exclusiva ao podcast Educação Financeira, ministro das Micro e Pequenas Empresas explica como funcionará o programa de renegociação de dívidas para CNPJs e os planos para destravar empréstimos para o setor. Ministro Márcio França, fala ao g1 sobre o programa Acredita Anunciado na segunda-feira (22), o Desenrola Pequenos Negócios tem chance de estar operando já na semana que vem. É o que revela Márcio França, ministro do Empreendedorismo, Micro e Pequenas Empresas, em entrevista ao g1 e ao podcast Educação Financeira. A nova versão do programa de renegociação de dívidas do governo federal foca agora em MEIs, micro e pequenas empresas, com faturamento anual bruto de até R$ 4,8 milhões. O ministro diz que a meta do governo é oferecer suporte para que os empreendedores possam se livrar de entraves financeiros para investir no crescimento do negócio. "Quem tiver com qualquer problema financeiro e tiver com vontade de continuar (a empreender), vai encontrar um bom incentivo. Porque se seguir o parâmetro do que aconteceu na faixa 2 do Desenrola da pessoa física, nós vamos ter descontos de 40 a 90% (do valor total da dívida)", disse o ministro. A expectativa é que o Ministério da Fazenda publique ainda nesta sexta-feira (26) uma portaria com orientações para que bancos e instituições financeiras se habilitem para negociar as dívidas de empreendedores no novo Desenrola. Por enquanto, o que se sabe sobre o programa é que os empreendedores poderão renegociar dívidas bancárias feitas em seu CNPJ ou dívidas com o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Será possível quitar à vista ou optar pelo parcelado. Márcio França, ministro das Micro e Pequenas Empresas, fala ao g1 sobre o programa Acredita Fábio Tito/g1 O Desenrola Pequenos Negócios faz parte do Programa Acredita do governo federal, que pretende ampliar o acesso ao crédito no Brasil. Além da medida para renegociação de dívidas, o programa também prevê uma linha de crédito específica para as microempresas: o ProCred 360, uma versão atualizada do Pronampe. A regra para acessar crédito por meio desta linha é que a empresa tenha um faturamento anual bruto de, no máximo, R$ 360 mil. Para o programa, o governo vai disponibilizar uma fatia de R$ 4 bilhões do Fundo Garantidor de Operações (FGO), que servirá como garantia para que os bancos emprestem dinheiro para os empreendedores. Os juros serão fixados em Selic (taxa básica da economia brasileira, hoje em 10,75% ao ano), mais uma taxa de 5% ao ano. A empresa poderá pegar um empréstimo equivalente a até 30% do seu faturamento bruto anual. Para negócios liderados por mulheres, o limite sobe para 50% do faturamento. A expectativa é que o ProCred 360 comece em até dois meses e que os empreendedores tenham um período de carência de seis meses para começar a pagar. O ministro foi recebido no estúdio do g1 para esclarecer detalhes sobre o programa e também sobre os demais pilares do Acredita. Abaixo, os cortes de cinco destaques da entrevista: Empreendedor precisa de ajuda, 'especialmente para crescer', diz França A 'grande conquista' seria fazer o informal virar formal 'Não posso obrigar o banco a emprestar se o CNPJ estiver todo complicado' 'Se tem uma porta de saída para o Bolsa Família, é empreender' 'O crédito nas periferias é um crédito extremamente ingrato' Márcio França, ministro das Micro e Pequenas Empresas, fala ao g1 sobre o programa Acredita Fábio Tito/g1 VEJA TAMBÉM Como organizar as ideias para começar a empreender Como se organizar para fazer o seu negócio crescer Dicas de como se organizar financeiramente para largar tudo para começar a empreender Tudo sobre a declaração de MEIs no Imposto de Renda 2024 Empreendedor precisa de ajuda, 'especialmente para crescer', diz França Márcio França, ao g1: 'Quem fatura R$ 40 mil, vai ficar com uma faixa de R$ 3 mil por mês' Na apresentação do programa Acredita, o governo federal citou dado da Serasa que mostra que mais de 6 milhões de micro e pequenas empresas estão inadimplentes no país. Perguntado pelo g1 se a meta do Desenrola Pequenos Negócios era atingir a todos eles, França afirmou que é isso que gostaria. "Seria ideal. Claro, a gente imagina que muitas dessas pessoas podem ter também encerrado seus negócios. Às vezes a pessoa montou, desiludiu ou então arrumou um emprego no meio do caminho. E você sabe que muita gente vai empreender às vezes não é um empreendedor por vocação, ele foi por necessidade das circunstâncias, como aconteceu muito, né? (...) Mas, depois, se a pessoa também pega jeito e aquilo começa a dar lucro, ela gosta da história." "Só que muita gente sempre vê a empresa pelo faturamento, né? A gente mesmo usa essa expressão: faturou quanto? (...) Dá a impressão que ficou tudo no bolso da pessoa. A rigor, uma empresa bem administrada, se estiver bem enxuta — por exemplo, um restaurante, um bar, uma lanchonete — se ela deixar 8%, 7% é um bom retorno." "Então, eu falei isso para o presidente Lula: 'Presidente, quem fatura R$ 500 mil por ano, por exemplo, — que vai dar R$ 40 mil por mês, por exemplo — ele vai ficar com uma faixa de R$ 3 mil líquido por mês, ele não faz muita coisa com esse negócio'. Ele sobrevive, né?" "Então, ele é uma pessoa que precisa realmente de uma ajuda. E especialmente para ele crescer. Com esses cortes lineares, de MEI e de Simples, é uma barreira mesmo, né? Então, a pessoa fica sendo empurrada a uma síndrome de Peter Pan de ficar sempre pequeno. Quando, na verdade, nosso objetivo é que a empresa cresça. Ninguém quer ser 'micro' nada, né?" A 'grande conquista' seria fazer o informal virar formal Márcio França, ao g1: A 'grande conquista' será fazer com que informais se formalizem O ministro Márcio França foi perguntado sobre o novo programa ProCred, de crédito a micro e pequenos empreendedores. As bases são parecidas com as do Pronampe, mas o ministro explica que a principal diferença entre eles é um corte no teto do faturamento anual: os empréstimos estarão disponíveis para empresas que faturem até R$ 360 mil. O governo espera que, com esse corte no teto do faturamento, as empresas de menor porte consigam um acesso mais fácil às linhas de crédito do que foi com o antigo programa. Os juros mais baixos, de Selic + 5%, seriam um incentivo para que micro e pequenos empresários se formalizem para que façam investimentos produtivos. "E isso também vem numa mesma toada, de a gente tentar fazer com que as pessoas que são informais se formalizem. Porque a nossa grande conquista vai ser pegar os 20 milhões de pessoas informais, (...) e fazer esse informal virar formal." "Como é que ele vai virar formal? Ele tem que ser incentivado, senão ele fala: 'Ah, eu vou virar formal para quê, né?' Então, agora tem aí uma coisa. Olha, se você quiser virar formal, se você quiser virar MEI, por exemplo, você tem a chance de trocar a sua moto numa prestação que vai ficar com R$ 100 de prestação agora. Se você não quiser, você vai pegar no banco, vai pagar R$ 400. Então, esse é o incentivo da pessoa, né?" 'Não posso obrigar o banco a emprestar se o CNPJ estiver todo complicado' Márcio França ao g1: 'Não posso obrigar banco a emprestar se CNPJ estiver todo complicado' O ministro Márcio França explica que o Desenrola Pequenos Negócios será lançado na frente dos demais pilares do programa Acredita para limpar caminho para a tomada de crédito pelo ProCred 360. A expectativa é que a renegociação de dívidas esteja disponível para as empresas já nas próximas semanas, enquanto o início dos empréstimos pela nova linha de crédito deve ser em dois meses. França destaca que a resolução dos problemas financeiros é uma etapa importante para que os próprios bancos estejam mais abertos a negociar empréstimos para o empreendedor. O ministro pontua que não é uma regra que o pequeno empresário passe primeiro pelo Desenrola para, então, tentar crédito pelo ProCred 360, mas garante que as instituições financeiras devem priorizar as empresas que estão com as dívidas, pelo menos, renegociadas para liberar qualquer valor de empréstimo. "Não dá para a gente fazer o empréstimo, porque o banco segue um critério. A gente vai garantir, com o FGO, a inadimplência de uma parte dessas pessoas. É por isso que o juro cai, mas eu não posso obrigar o banco a emprestar se a pessoa tiver toda complicada na vida dela, se o CNPJ dela é todo complicado. Então, por isso a pessoa desenrolando o CNPJ, evidentemente que vai abrir a chance de ela poder pegar o valor emprestado." "Não há uma regra que obrigue [a passar primeiro pelo Desenrola]. Porque se o banco quiser, ele pode fazer um empréstimo. Às vezes a dívida da pessoa é uma dívida prescrita, ou é uma coisa que está em discussão judicial, mas é evidente que os bancos têm preferência e fazem primeiro para quem tem o nome desenrolado, né? Então, por isso, Desenrola sai na frente." 'Se tem uma porta de saída para o Bolsa Família, é empreender' Márcio França, ao g1: 'Se tem uma porta de saída para o Bolsa Família, é empreender' Uma das críticas de especialistas aos programas de crédito para micro e pequenas empresas, inclusive ao novo ProCred, é o fato de que os bancos veem a pequena empresa como um dos maiores riscos de crédito, o que retrai o fornecimento de empréstimos. França diz que faz parte do desafio convencer as instituições financeiras a confiar nos empreendedores e cabe ao governo dar as melhores condições de garantia. Diz ainda que não se deve deixar de lado a pequena empresa, que é o principal motor de empregos do país. O ministro segue dizendo que o empreendedorismo — queira ou não — ganhou protagonismo no formato de trabalho do brasileiro. "O brasileiro, de maneira geral, 60% gostariam... Acho que o sonho do brasileiro, tirando ter a casa própria, uma família, se ele pudesse, era ter uma empresa e poder não ficar dependente de um emprego mais formal." "Então, de alguma forma, eu penso que em determinados lugares do Brasil, em especial lugares mais longe, remotos, com tanta área que nós temos de preservação no Brasil, você não pode esperar que vai surgir uma indústria lá, surgir um emprego formal. Se tem alguma chance de a pessoa sobreviver, é empreendendo, né?" "A gente fez uma pesquisa (...). De quem hoje está no topo do Bolsa Família, que recebe acima de R$ 800, (...) 44% empreendem. Você pode olhar dos dois jeitos. Pode falar: 'Poxa, mas então ele não devia estar na Bolsa Família'. Eu acho que essa pessoa também tem que ser ajudada." "Porque a gente quer que essas pessoas, cada vez mais, se organizem. Porque, se tem uma porta de saída para o Bolsa Família, é a pessoa poder empreender. Quem sabe ela consegue se deslanchar, né? É que, nesse caso, o crédito fica mais difícil ainda." 'O crédito nas periferias é um crédito extremamente ingrato' Márcio França, ao g1: 'O crédito nas periferias é um crédito extremamente ingrato' Ainda falando sobre o acesso ao crédito para os empreendedores de baixa renda, Márcio França destaca que, nas periferias, as condições para conseguir um empréstimo são ainda piores, com altas taxas de juros — justamente pelo pouco alcance que essas pessoas têm do crédito de bancos. Nesse sentido, o ministro reforça que o papel do governo, é servir como um estimulador, fazendo com que as instituições financeiras se aproximem desse público. Por isso, uma das vertentes do programa Acredita é liberar os R$ 4 bilhões do FGO como garantia para que os bancos emprestem dinheiro. "A realidade brasileira é feita de muita gente com valentia. Mas, sem o crédito, a verdade é que sem o crédito, a pessoa fica acuada, né?" "O crédito nas periferias, nas comunidades, ele é um crédito extremamente ingrato. A pessoa trabalha com cartão de crédito. Se você for numa comunidade, você vai ver que tem lá uma pessoa que, se você quer R$ 300, a pessoa te dá os R$ 300 pelo PIX e põe esse valor no cartão de crédito dela e vai te cobrar, evidentemente, o preço (dos juros) do valor do cartão de crédito. Aí, você vai pagar 10% ao mês." "Então é isso que inibe muito essa vontade das pessoas. As pessoas se perdem muito facilmente com juros, né? Então, o grande desafio é fazer o juro cair. Mas, e para convencer o banco, né? Porque a gente tem essa questão de risco. O empreendedor ele, ele vai querer, mas a gente tem que convencer o banco de que é verdade. Esse também é nosso eterno desafio". "Se nós entendemos que o Banco Central tem que derrubar as taxas cada vez mais, nós temos que confiar nas pessoas também para que a gente derrube as taxas para elas também. (...) Se eu posso colocar um benefício fiscal para, por exemplo, grandes produtores de evento que, com R$ 4 bilhões no Perse, por que eu não posso fazer isso pra uma pessoa que produz bolo na comunidade, para comprar uma batedeira e produzir mais bolo?"

G1

Fri, 26 Apr 2024 08:00:28 -0000 -


Este foi o segundo corte na taxa básica neste mês, à medida que o governo se torna cada vez mais confiante em conter a inflação. Banco Central da Argentina Ronaldo Schemidt / AFP O banco central da Argentina reduziu a taxa de juros de referência de 70% para 60% ao ano, informou a autoridade monetária nesta quinta-feira (25), no segundo corte na taxa básica neste mês, à medida que o governo se torna cada vez mais confiante em conter a inflação. O corte de juros ocorre em meio ao crescente otimismo do banco central quanto à redução da taxa de inflação mensal mais rapidamente do que o esperado pelos analistas, o que é fundamental para a recuperação econômica do país, onde os preços sobem quase 300% ao ano. A decisão confirma uma notícia anterior da Reuters, citando três fontes do setor financeiro local, que disseram que o órgão de definição da política monetária havia avisado operadores sobre o corte de 10 pontos em um memorando. Há duas semanas, o banco central da Argentina cortou a taxa de juros básica em mais 10 pontos percentuais, citando uma desaceleração "acentuada" da inflação em meio a uma dura e dolorosa campanha de austeridade sob o comando do novo presidente ultraliberal Javier Milei. As políticas fiscais rígidas de Milei estimularam o ânimo dos investidores na Argentina, impulsionando ações, títulos e o peso, mas os níveis de pobreza estão aumentando junto com a recessão econômica, à medida que a atividade, a produção e o consumo caem. Argentina: 150 mil pessoas protestam contra cortes nas universidades públicas

G1

Fri, 26 Apr 2024 00:59:10 -0000 -

Ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal, acolheu ação do governo e suspendeu a lei aprovada pelo Congresso. Desoneração da folha abrange 17 setores que mais empregam na economia. A Frente Parlamentar do Empreendedorismo, em nota assinada pelo seu presidente, deputado Joaquim Passarinho (PL-MA), defendeu a desoneração da folha de pagamentos de empresas dos 17 setores que mais empregam na economia. Para ele, a desoneração gera emprego e renda e diminui o custo Brasil. A nota foi divulgada após o ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter barrado a desoneração, em medida liminar (provisória), acolhendo pedindo judicial do governo. Passarinho criticou a iniciativa do governo de contestar na Justiça a desoneração, que foi prorrogada pelo Congresso em votações na Câmara e no Senado no fim de 2023. "Não há dúvidas de que o movimento do Poder Executivo contribuirá para prolongar o tensionamento nas relações com o Legislativo, que fez valer em cada um dos votos no Congresso Nacional o anseio da sociedade civil organizada, que procura segurança jurídica e redução do Custo Brasil para gerar empregos e renda. Nesse sentido, a judicialização da política simboliza um retrocesso em termos sociais e econômicos", escreveu o deputado. A Frente Parlamentar do Empreendedorismo disse ainda que espera que o plenário do STF, que vai analisar a liminar de Zanin, reverta a decisão e retome a desoneração. "A Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE) acredita no cumprimento de decisões judiciais, mas reitera a confiança de que o pleno do Supremo Tribunal Federal (STF) irá corroborar a decisão soberana do Congresso Nacional, que legislou em favor da manutenção desta fundamental política pública", conclui o texto. Decisão de Zanin Em sua decisão, o ministro Zanin concordou com o argumento do governo de que a renúncia não pode ser dada sem que ocorra a indicação do impacto orçamentário. Segundo o Zanin, sem essa previsão há risco de um desajuste significativo nas contas públicas e até mesmo do esvaziamento do regime fiscal. Zanin estabeleceu que a suspensão valerá até que seja indicado o impacto fiscal da medida. A decisão do ministro será julgada no plenário virtual do STF a partir da meia noite desta sexta-feira. Os ministros podem inserir seus votos no sistema eletrônico até o dia 6 de maio. Entenda a lei A lei da desoneração foi promulgada pelo Congresso no ano passado e permite que 17 setores intensivos em mão de obra substituam a alíquota previdenciária de 20% sobre os salários por uma alíquota de 1% a 4,5% por cento sobre a receita bruta. Entre os setores beneficiados pela mudança estão: 🏭 industrial: couro, calçados, confecções, têxtil, proteína animal, máquinas e equipamentos ☎️ serviços: tecnologia da informação, tecnologia da informação e comunicação, call center e comunicação 🚌 transportes: rodoviário de cargas, rodoviário de passageiros urbano e metroferroviário 🏗️ construção: construção civil e pesada A desoneração também vale para municípios com até 156 mil habitantes. A lei chegou a ser vetada pelo presidente Lula no fim de 2023, mas os parlamentares derrubaram o veto e ela estava em vigor até a decisão de Zanin.

G1

Thu, 25 Apr 2024 23:56:51 -0000 -


Veja as dezenas sorteadas: 06 - 22 - 34 - 36 - 44 - 50. Quina teve 31 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 52,4 mil. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O sorteio do concurso 2.717 da Mega-Sena foi realizado na noite desta quinta-feira (25), em São Paulo. Uma aposta de Campinas (SP) acertou as seis dezenas e levou sozinha o prêmio de R$ 5.581.371,93. Veja os números sorteados: 06 - 22 - 34 - 36 - 44 - 50 De acordo com a Caixa Econômica Federal, a aposta foi feita pela internet. O vencedor realizou um jogo simples, de seis números, e optou pela teimosinha — que permite concorrer com a mesma aposta por concursos consecutivos. 5 acertos - 31 apostas ganhadoras: R$ 52.426,96 4 acertos - 1.883 apostas ganhadoras, R$ 1.233,01 O próximo sorteio da Mega será no sábado (27), com prêmio estimado em R$ 3 milhões. Mega-Sena, concurso 2.717 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.

G1

Thu, 25 Apr 2024 23:03:08 -0000 -

Governo detalhou projeto de regulamentação da reforma em apresentação que durou praticamente o dia inteiro. 18 tipos de profissionais liberais deverão pagar 30% menos do futuro imposto unificado. A regulamentação da reforma tributária, enviada pelo governo ao Congresso nesta quarta-feira (24), prevê que 18 tipos de profissionais liberais pagarão menos impostos sobre suas atividades. A reforma simplifica os impostos sobre consumo e unifica vários deles em apenas dois: o CBS e IBS, estaduais e federais. A alíquota desse imposto não está definida ainda. O Ministério da Fazenda calcula algo em torno de 26%. De qualquer forma, a regulamentação prevê que esses 18 tipos de profissionais pagarão 30% a menos de CBS e IBS. Essas categorias são: administradores; advogados; arquitetos e urbanistas; assistentes sociais; bibliotecários; biólogos; contabilistas; economistas; economistas domésticos; profissionais de educação física; engenheiros e agrônomos; estatísticos; médicos veterinários e zootecnistas; museólogos; químicos; profissionais de relações públicas; técnicos industriais; e técnicos agrícolas. Klava: Lira quer votar regulamentação da reforma tributária no 1º semestre, antes das eleições municipais Apresentação durou o dia inteiro O Ministério da Fazenda apresentou o projeto de regulamentação da reforma em um evento para jornalistas que durou o dia inteiro. Começou pouco antes das 11h e foi até as 19h. O projeto tem 300 páginas. A espinha dorsal da reforma tributária foi aprovada no ano passado pelo Congresso em forma de proposta de emenda à Constituição (PEC). A PEC já previa que projetos a ser enviados pelo governo definiriam detalhes que ficaram em aberto. É isso que agora o governo começa a fazer. A grande medida da reforma é a unificação de impostos sobre o consumo. O governo, neste momento, não quer diminuir nem aumentar a carga tributária total. A ideia é simplificar o sistema, considerado caótico atualmente. Os ganhos seriam melhor ambiente de negócios, mais transparências nas cobranças, menos burocracia e desperdícios. Principais pontos da regulamentação Alguns pontos da regulamentação apresentada pelo governo, e que ainda precisa tramitar e ser aprovado por Câmara e Senado, devem ter impacto direto na vida de consumidores e empresários. Alguns dos principais são: Cashback A proposta enviada ao Congresso prevê um mecanismo de "cashback" – ou seja, que os impostos cobrados no consumo sejam "devolvidos" às famílias. No texto, a equipe econômica recomenda que isso seja feito para famílias com renda de até meio salário mínimo por pessoa (R$ 706, no valor atual). Os percentuais seriam os seguintes: gás de cozinha: devolução de 100% da CBS (federal) e 20% do IBS (estadual/municipal); luz, água e esgoto: devolução de 50% da CBS e 20% do IBS; outros produtos: devolução de 20% da CBS e do IBS. O texto não deixa claro como será a operação desse "cashback" – se o valor será creditado no cartão do Bolsa Família ou do Cadastro Único (CadÚnico), por exemplo. 'Imposto do pecado' Além da alíquota geral, que deve ficar entre 26% e 27% na soma de CBS e IBS, o governo propõe que alguns produtos específicos tenham tributação ainda maior. É o chamado "imposto do pecado", usado para desestimular o consumo de bens que fazem mal à saúde e ao meio ambiente. A lista incluída pelo governo na regulamentação da reforma tributária prevê imposto mais alto para: cigarros, bebidas alcoólicas, bebidas açucaradas, veículos poluentes extração de minério de ferro, de petróleo e de gás natural. Saúde e educação A proposta costurada entre o governo federal e os estados prevê que serviços privados de saúde e educação tenham um desconto de 60% nos impostos pagos. A regra também valerá para uma lista de 850 medicamentos. Outros 383 remédios e insumos serão 100% isentos. Se essa regra for aprovada, quem contratar serviços privados de saúde e educação vai pagar apenas 40% da chamada alíquota geral (aquela que pode chegar a 27%, segundo estimativas). Com isso, o governo busca evitar que haja aumento nos preços de hospitais, clínicas de saúde, laboratórios, escolas e universidades particulares, por exemplo.

G1

Thu, 25 Apr 2024 22:54:29 -0000 -

Congresso recebeu texto na quarta-feira (24). Regras incluem 'cashback' de imposto, cesta básica sem itens de luxo e desconto para educação e saúde. Ministério da Fazenda detalha projeto para regulamentar a reforma tributária Congresso recebeu texto na quarta-feira (24). Regras incluem 'cashback' de imposto, cesta básica sem itens de luxo e desconto para educação e saúde. O governo detalhou, nesta quinta (25), o projeto de lei para regulamentar a reforma tributária. Haddad foi ao Congresso na quarta (24) para entregar o texto. A reforma foi aprovada no ano passado via PEC, mas tinha apenas linhas gerais. Agora, é preciso definir as regras, que serão feitas via projetos de lei. As regras entregues pelo governo incluem o patamar de cobrança dos novos impostos, 'cashback', cesta básica sem itens de luxo e mais. Veja 5 pontos. O texto prevê ainda redução e isenção de imposto para remédios e nova taxa para compras internacionais. O presidente da Câmara, Arthur Lira, afirmou que o Congresso deve aprovar a reforma tributária até o fim de 2024

G1

Thu, 25 Apr 2024 22:21:10 -0000 -

Zanin estabeleceu que a suspensão valerá até que seja indicado o impacto fiscal da medida. Segundo o ministro, sem essa previsão, há risco de um desajuste significativo nas contas públicas. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin atendeu a um pedido do governo e suspendeu nesta quinta-feira (25) trechos da lei que prorrogou até 2027 a desoneração da folha de pagamentos de empresas e de municípios. O pedido da Advocacia-Geral da União foi enviado ao STF na quarta (24). Planalto e AGU entraram no STF questionando a constitucionalidade da lei que prorrogou a desoneração da folha salarial de empresas e municípios até 2027 O ministro concordou com o argumento do governo de que a renúncia não pode ser dada sem que ocorra a indicação do impacto orçamentário. Segundo o Zanin, sem essa previsão há risco de um desajuste significativo nas contas públicas e até mesmo do esvaziamento do regime fiscal. Zanin estabeleceu que a suspensão valerá até que seja indicado o impacto fiscal da medida. A decisão do ministro será julgada no plenário virtual do STF a partir da meia noite desta sexta-feira. Os ministros podem inserir seus votos no sistema eletrônico até o dia 6 de maio. Entenda a lei A lei da desoneração foi promulgada pelo Congresso no ano passado e permite que 17 setores intensivos em mão de obra substituam a alíquota previdenciária de 20% sobre os salários por uma alíquota de 1% a 4,5% por cento sobre a receita bruta. Entre os setores beneficiados pela mudança estão: 🏭 industrial: couro, calçados, confecções, têxtil, proteína animal, máquinas e equipamentos ☎️ serviços: tecnologia da informação, tecnologia da informação e comunicação, call center e comunicação 🚌 transportes: rodoviário de cargas, rodoviário de passageiros urbano e metroferroviário 🏗️ construção: construção civil e pesada A desoneração também vale para municípios com até 156 mil habitantes. A lei chegou a ser vetada pelo presidente Lula no fim de 2023, mas os parlamentares derrubaram o veto e ela estava em vigor até a decisão de Zanin.

G1

Thu, 25 Apr 2024 22:12:31 -0000 -

Alíquotas serão definidas até 2026, com entrada em vigor a partir de 2027. Detalhes sobre o projeto da reforma tributária foram apresentados nesta quinta-feira (25) pelo Ministério da Fazenda, durante coletiva de imprensa de mais de sete horas. O governo vai tributar bebidas por volume e teor alcoólico, com as alíquotas do “imposto do pecado” que serão maior sobre a vodca do que sobre a cerveja, por exemplo. As alíquotas serão definidas até 2026, com entrada em vigor a partir de 2027. As informação foram dadas pelo Ministério da Fazenda, nesta quinta-feira (25), durante uma coletiva de imprensa que durou mais de sete horas. Chamado de “imposto do pecado”, o imposto seletivo vai servir para desestimular o consumo de produtos que sejam prejudiciais à saúde e ao meio ambiente (leia mais abaixo). Klava: Lira quer votar regulamentação da reforma tributária no 1º semestre, antes das eleições municipais Segundo a proposta de regulamentação enviada ao Congresso Nacional, as bebidas alcoólicas serão tributadas por dois impostos, cujas alíquotas ainda serão definidas: alíquota percentual por volume; alíquota específica sobre o teor alcoólico. Ou seja, um litro de vodca com um teor alcoólico de 50% será mais tributado do que um litro cerveja com teor alcoólico de 5%. Isso por conta do teor de álcool na bebida, ainda que as duas tenham o mesmo volume. "Se eu tomo 1 litro de cerveja e 100 ml de whisky, eu estou tomando a mesma quantidade de álcool. E essa tributação dessa quantidade é uma só. O valor de qual vai ser a alíquota vai ser definido na lei ordinária", disse o secretário extraordinário para a reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy. Contudo, segundo o auditor fiscal da Receita Pablo Moreira, a carga tributária não deve aumentar com a reforma. Ou seja, as bebidas tributadas pelos impostos atuais teriam uma redução com as alíquotas uniformes previstas pela reforma tributária. O “imposto do pecado” elevaria esses tributos para igualar à carga tributária atual. Segundo Moreira, hoje, esses produtos já pagam alíquota de ICMS e PIS/Cofins acima da média. Por isso, a carga tributária não deve aumentar. O "imposto do pecado" será cobrado sobre cigarros, bebidas alcoólicas, sobre bebidas açucaradas, veículos poluentes e sobre a extração de minério de ferro, de petróleo e de gás natural. A proposta consta em projeto de regulamentação da reforma tributária sobre o consumo, enviado ao Congresso nesta quarta-feira (24).

G1

Thu, 25 Apr 2024 22:11:51 -0000 -

Governo criou um 'redutor social' de R$ 100 mil que será deduzido do valor de venda do imóvel para fins de aplicação dos impostos. A carga tributária sobre os imóveis populares, como os do programa Minha Casa, Minha Vida, deve cair com a reforma tributária. A informação foi dada pelo secretário extraordinário para a reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy. "Estamos trazendo progressividade para a tributação de bens imóveis", disse. No projeto de lei que regulamenta a reforma, o governo criou um “redutor social” de R$ 100 mil, que será deduzido do valor de venda do imóvel para fins de aplicação dos impostos. Lira diz que dá para aprovar reforma tributária até o fim do ano Esse valor será aplicado a todos os imóveis, sejam eles populares ou de luxo. Contudo, como os imóveis populares costumam ser mais baratos, o peso do “redutor social” é maior, levando a uma redução da carga tributária para o segmento da população beneficiada por programas sociais de moradia. “Portanto, estou reduzindo o custo dos imóveis populares e estou sim aumentando um pouco o custo dos imóveis de alto padrão. E quanto mais alto padrão, maior a alíquota que vai ser aplicada”, disse. A proposta de regulamentação do governo prevê dois redutores na base de cálculo do tributo: “redutor de ajuste” e “redutor social”. o “redutor de ajuste” é a dedução do custo do terreno no caso de incorporação por construtoras/imobiliárias; o “redutor social” são os R$ 100 mil deduzidos da base de cálculo. Appy deu o exemplo de um imóvel no valor de R$ 200 mil, onde o preço do terreno tenha sido de R$ 50 mil. Na hora de calcular o imposto: o valor do terreno (R$ 50 mil) será deduzido do valor de venda do apartamento (R$ 200 mil); sobram R$ 150 mil, dos quais haverá mais uma dedução, no valor de R$ 100 mil — o chamado "redutor social"; ou seja, a base de cálculo final será de R$ 50 mil. Sobre esse valor será aplicado 80% da alíquota de referência — estimada em 25,6%. "Vale para todos os imóveis, não só o Minha Casa Minha Vida. Só que, para o imóvel de R$ 2 milhões, R$ 100 mil é irrelevante. Para o imóvel de R$ 200 mil, R$ 100 mil [de dedução da base de cálculo] é um efeito muito grande", declarou Appy.

G1

Thu, 25 Apr 2024 21:05:18 -0000 -

Auxílio-creche e auxílio-saúde também serão reajustados; valores caem a partir de 1º de junho. Governo enfrenta no momento uma greve de professores e funcionários de universidades federais. O governo informou nesta quinta-feira (25) que vai reajustar em 52% o auxílio-alimentação dos servidores públicos federais. O valor foi fechado após uma roda de negociações com a categoria. Assim, o benefício passará de R$ 658 para R$ 1 mil a partir de 1º de junho. O acordo fechado com a categoria contempla também aumento no auxílio saúde, de R$144,38 para cerca de R$ 215. O auxílio-creche passa de R$ 321 para R$ 484,90. Os reajustes ocorrem em um momento em que o governo enfrenta uma greve de professores e demais servidores de universidades federais e institutos federais. O interesse do Palácio do Planalto é que o movimento grevista não se alastre pelo funcionalismo. Nas contas do Ministério da Gestão, os reajustes concedidos nos auxílios do funcionalismo vão representar ganho de renda de mais de 4,5%, em médias, para os 200 mil trabalhadores federais que ganham até R$ 9 mil. Para os que ganham os menores valores do funcionalismo, esse ganho de renda média chegará a 23%, segundo a pasta. Professores e servidores entraram em greve em 61 universidades e institutos federais do país

G1

Thu, 25 Apr 2024 19:27:35 -0000 -


Equipe econômica enviou ao Congresso nesta quarta-feira proposta para regulamentar reforma tributária. Executivo quer concluir regulamentação até o fim de 2025. A proposta do governo federal e dos estados para a cesta básica nacional, na regulamentação da reforma tributária, incluiu as proteínas (carnes bovina, suína, ovina, caprina e de aves e produtos de origem animal) na tributação parcial. Pelo projeto, enviado nesta semana ao Congresso Nacional, esses produtos serão tributados na proporção de 40% da alíquota cheia, que é estimada em 26,5% pela área econômica. Na cesta básica nacional em vigor hoje esses produtos são isentos de impostos federais. Proposta do governo prevê mudanças em tributos que incidem sobre as carnes Mariane Rossi/G1 Questionado sobre a promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de baixar o preço da picanha, o secretário extraordinário para reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, afirmou que haverá redução no peso dos tributos para todas as carnes. Isso porque, segundo Appy, atualmente as proteínas são tributadas pelo ICMS estadual -- mesmo que sejam isentas dos impostos federais (por estarem na cesta básica nacional). O governo diz, com isso, que o peso dos impostos sobre as carnes, de uma forma geral, está em 12,7% atualmente (considerando o ICMS estadual e, também, resíduos tributários, ou seja, impostos sobre impostos). Com a tributação parcial instituída pela reforma tributária, que vai passar a cobrar impostos não cumulativos, a área econômica diz que o peso dos tributos vai cair para 10,6%. De acordo com o secretário Bernard Appy, do Ministério da Fazenda, a população de baixa renda, cerca de 73 milhões de pessoas, terá direito ao abatimento de 20% no chamado "cashback" -- devolução do imposto pago. Para esse público, a alíquota seria menor ainda, de 8,5%. Entenda a regulamentação da reforma tributária Reforma tributária e a cesta básica Na proposta do governo de regulamentação da reforma tributária o governo propôs, juntamente com os estados, uma redução no número de produtos para a cesta básica nacional. A ideia é a de que a cesta básica contará com isenção dos futuros impostos sobre o consumo (CBS, o imposto sobre valor agregado do governo federal, e o IBS dos estados e municípios). Uma das diretrizes, explicou o governo, foi a priorização de alimentos majoritariamente consumidos pelos mais pobres, com o propósito de assegurar que o máximo possível do benefício tributário seja apropriado pelas famílias de baixa renda. "Para embasar a seleção destes alimentos, foi construído um indicador que mensura a relação entre o quanto cada alimento pesa no orçamento de alimentos das famílias de baixa renda e o quanto pesa no orçamento de alimentos das demais famílias, a partir das informações da Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE", informa o documento. Além disso, informou que outro princípio que embasou a proposta foi que a seleção dos alimentos, com tributação reduzida, não inclua aqueles cujo consumo seja concentrado "entre os mais ricos".

G1

Thu, 25 Apr 2024 17:53:33 -0000 -


Ao todo, serão liberados cerca de R$ 21,95 bilhões em dividendos extraordinários referentes a 2023. A União, principal acionista da empresa, deve receber R$ 6 bilhões com a medida. Petrobras perde R$ 55 bilhões em valor de mercado após decisão de não pagar dividendos extraordinários aos acionistas Jornal Nacional/ Reprodução O Conselho de Administração da Petrobras aprovou nesta quinta-feira (25), em assembleia geral dos acionistas, a distribuição de 50% dos dividendos extraordinários da estatal. Com a decisão, a União, que tem a maioria das ações da empresa, deve receber cerca de R$ 6 bilhões. Ao todo, serão liberados cerca de R$ 21,95 bilhões em dividendos extraordinários, de um total de R$ 43,5 bilhões. Os pagamentos serão feitos em duas parcelas: em maio e em junho deste ano. Em comunicado ao mercado, a Petrobras informou que a remuneração total aos acionistas referente a 2023 será de R$ 94,3 bilhões. Esse valor inclui as antecipações aprovadas ao longo do ano passado e pagas até março de 2024 (R$ 58,2 bilhões) mais a proposta de dividendos complementares. (veja a íntegra do comunicado mais abaixo). Os dividendos são uma parcela do lucro da companhia que é repartida entre os acionistas. Já o dividendos extraordinários (ou complementares) são aqueles pagos além do mínimo obrigatório. Ou seja, a empresa não tem que pagá-los necessariamente. A decisão anunciada em março de não pagar esses dividendos extras gerou polêmica para o governo federal. Na ocasião, as ações da Petrobras despencaram 10% na bolsa de valores brasileira em apenas um dia. Agora, o cenário é outro. Após a decisão desta quinta, o blog da Julia Duailibi apurou que o Palácio do Planalto também deu aval para o pagamento dos outros 50% dos dividendos extraordinários restantes no segundo semestre deste ano. A nova perspectiva fez as ações preferenciais da Petrobras (sem direito a voto) subirem mais de 2% no Ibovespa nesta quinta-feira. O resultado significou um ganho de R$ 12,7 bilhões em valor de mercado para a empresa, cujo valor total chegou a R$ 561,4 bilhões. De acordo com levantamento de Einar Rivero, sócio-fundador da Elos Ayta Consultoria, a cifra fica apenas R$ 5,5 bilhões abaixo de seu recorde histórico, registrado no último dia 19 de fevereiro, quando a Petrobras atingiu R$ 566,9 bilhões em valor de mercado. A decisão de pagar apenas metade dos dividendos extraordinários também vinha sendo criticada por analistas do mercado financeiro. Um relatório publicado pela Genial Investimentos, por exemplo, apontava preocupação com os rumos dos investimentos da companhia. "Ainda que os dividendos sejam bem-vindos, a retenção de parte desse valor nos dá a ideia de que a empresa deve majorar investimentos em negócios que julgamos pouco interessantes, seja pelo retorno esperado ou pela baixa expertise da empresa no desenvolvimento dele", diz no relatório. Conselho de administração da Petrobras decide propor pagamento dos dividendos extraordinários Na última reunião do Conselho de Administração, realizada na sexta-feira (19), o colegiado entendeu que a capacidade de financiamento dos projetos da Petrobras subiu de 65% para 85%, em razão do aumento do preço do barril do petróleo. E, por conta disso, o conselho não se opôs à proposta da diretoria de pagar os dividendos extraordinários em 50%. Também na reunião da semana passada, o Conselho destacou que fatores como a alta no preço do petróleo aumentaram a capacidade de financiamento dos projetos da Petrobras. Polêmica dos dividendos Em 7 março, o Conselho de Administração da Petrobras decidiu reter o pagamento de todos os dividendos extraordinários. A decisão ocorreu após a divulgação do resultado do quarto trimestre de 2023 da empresa. Foram anunciados R$ 14,2 bilhões em dividendos para o trimestre, dentro do modelo de pagamento mínimo da companhia, o que gerou polêmica. A diretoria da Petrobras chegou a propor o pagamento de metade dos dividendos extraordinários, mas, na época, os representantes do governo no Conselho de Administração votaram contra a proposta, que acabou rejeitada. A União tem a maioria do conselho. Dos 11 conselheiros, o governo tem seis deles. A estratégia do governo ao não pagar os extraordinários foi fortalecer o cofre. Essa verba não pode ser usada para investimento, mas fica numa caixa de contingência. Dessa forma, o governo entendeu que passaria para o mercado uma imagem de robustez, ainda mais num momento em que a Petrobras busca financiamentos para investimentos. Mas, por outro lado, o mercado interpreta o não pagamento dos dividendos extraordinários como uma menor atratividade dos papeis da empresa, o que fez os preços das ações despencarem. No dia seguinte à polêmica envolvendo esses dividendos, as ações da Petrobras tiveram queda de 10% na bolsa de valores brasileira em apenas um dia. A decisão também fez com que o governo fosse criticado pelo mercado e por analistas por uma suposta interferência na Petrobras. Veja a íntegra do comunicado da Petrobras A Petróleo Brasileiro S.A.- Petrobras, em continuidade ao Fato Relevante divulgado em 07 de março de 2024, informa que a Assembleia Geral Ordinária (AGO), em reunião ainda em andamento, aprovou a remuneração aos acionistas relativa ao Exercício Social de 2023, no valor total de R$ 94.354.315.809,82. Esse valor inclui as antecipações aprovadas ao longo de 2023 e pagas até março de 2024 (R$ 58.214.901.362,50) mais a proposta de dividendos complementares no valor de R$ 36.139.414.447,32 (que equivalem a R$ 2,79957250 por ação ordinária e preferencial). Considerando a atualização monetária pela taxa SELIC de 31/12/2023 até hoje, esse valor tem um acréscimo de R$ 0,09538421 por ação. Desta forma, o valor total bruto remanescente a ser distribuído aos acionistas, considerando a atualização monetária até hoje, é equivalente a R$ 2,89495671 por ação e será pago em duas parcelas iguais nos meses de maio e junho de 2024, da seguinte forma: (i) primeira parcela, no valor de R$ 1,44747835 por ação preferencial e ordinária; sendo R$ 0,56890230 referente à aplicação da fórmula da Política de Remuneração aos Acionistas e R$ 0,87857605 referente aos dividendos extraordinários; (ii) segunda parcela, no valor de R$ 1,44747836 por ação preferencial e ordinária; sendo R$ 0,56890230 referente à aplicação da fórmula da Política de Remuneração aos Acionistas e R$ 0,87857606 referente aos dividendos extraordinários. Forma de distribuição: As duas parcelas de pagamento serão realizadas na forma de dividendos. Datas de corte: Os pagamentos de dividendos terão datas de corte distintas, conforme abaixo: Valores de dividendos referentes à aplicação da fórmula da Política de Remuneração aos Acionistas: a data de corte é o dia 25 de abril de 2024 para os detentores de ações de emissão da Petrobras negociadas na B3 e o record date será o dia 29 de abril de 2024 para os detentores de ADRs negociadas na New York Stock Exchange (NYSE). As ações da Petrobras serão negociadas ex-direitos na B3 e na NYSE a partir de 26 de abril de 2024. Valores referentes aos dividendos extraordinários: a data de corte será o dia 02 de maio de 2024 para os detentores de ações de emissão da Petrobras negociadas na B3 e o record date será o dia 06 de maio de 2024 para os detentores de ADRs negociadas na New York Stock Exchange (NYSE). As ações da Petrobras serão negociadas ex-direitos na B3 e na NYSE a partir de 03 de maio de 2024. Data de pagamento: para os detentores de ações de emissão da Petrobras negociadas na B3 nas respectivas datas de corte, o pagamento da primeira parcela será realizado no dia 20 de maio de 2024 e o da segunda parcela no dia 20 de junho de 2024. Os detentores de ADRs receberão os pagamentos a partir de 28 de maio de 2024 e 27 de junho de 2024, respectivamente. Atualização dos valores por ação: Os valores dos dividendos extraordinários por ação podem sofrer variação até a data de corte em decorrência do programa de recompra de ações. Na data de corte, caso haja alteração dos valores por ação, a Petrobras irá comunicar os novos valores ao mercado. Os valores das duas parcelas continuarão a ser atualizados pela variação da taxa Selic de 31 de dezembro de 2023 até a data dos efetivos pagamentos. Eleições para o conselho A União é a principal acionista da Petrobras. E, em 20 de março, a empresa anunciou os nomes de oito indicados pelo governo ao Conselho de Administração da estatal. A eleição ocorre nesta quinta, durante a assembleia geral dos acionistas, que também trata dos dividendos. O resultado ainda não foi divulgado. Os nomes indicados pela União para compor o conselho foram: Pietro Abramo Sampaio Mendes: presidente do Conselho de Administração Jean Paul Prattes: presidente da empresa (cargo que já exerce) e membro do Conselho de Administração Benjamin Alves Rabello Filho: membro do conselho Rafael Dubeux (atual secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda): membro do conselho Bruno Moretti: membro do conselho Ivanyra Maura de Medeiros: membro do conselho Renato Campos Galuppo Vitor Saback

G1

Thu, 25 Apr 2024 17:45:36 -0000 -


De acordo com a companhia, R$ 13 bilhões do total previsto até 2030 serão destinados ao polo automotivo da montadora na cidade de Goiana, em Pernambuco. Além disso, 10 novos modelos devem chegar em 2024. Logotipo da Stellantis na entrada da fábrica da montadora em Hordain, na França. Foto de julho de 2021. Reuters/Pascal Rossignol/Foto de arquivo Após anunciar investimentos de R$ 30 bilhões no Brasil de 2025 a 2030, a montadora Stellantis, dona de marcas como Fiat e Jeep, detalhou nesta quinta-feira (25) seu plano estratégico de atuação no país. De acordo com a companhia, R$ 13 bilhões do total previsto para os próximos seis anos serão aplicados no polo automotivo da empresa na cidade de Goiana, em Pernambuco, para "ampliar significativamente o parque local de fornecedores nos próximos anos". "A cadeia de valor deverá contar com mais de 100 fornecedores instalados em Pernambuco, desenvolvendo e produzindo componentes e soluções para a propulsão híbrida e elétrica, descarbonizando a mobilidade e gerando novos empregos na região", informou a montadora. LEIA TAMBÉM Da saída da Ford ao recorde de investimentos: o ânimo das montadoras no Brasil Juros mais baixos e alta de vendas: como será comprar carro zero em 2024 Da isenção à reoneração: o vaivém dos impostos sobre combustíveis desde 2021 Inaugurado em 2015, o polo automotivo da companhia é responsável pela produção de quatro de seus principais modelos: Jeep Renegade, Jeep Compass, Jeep Commander e Fiat Toro. O local também concentra o desenvolvimento de novas tecnologias — que se somam agora "aos esforços de inovação em hibridização e eletrificação". Conforme já mostrou o g1, esse é um caminho que tem sido perseguido pelo mercado automotivo brasileiro como um todo. Recentemente, montadoras anunciaram, juntas, o valor recorde de R$ 125 bilhões em investimentos no país, com foco justamente na eletrificação dos veículos. LEIA MAIS. Da saída da Ford ao recorde de investimentos: o que reacendeu o ânimo das montadoras no Br O principal destino dos R$ 30 bilhões divulgados pela Stellantis — o maior valor já anunciado por uma única montadora no país — será o desenvolvimento de tecnologia bio-hybrid, modelo que combina a eletrificação com motores flex movidos a etanol. Entre 2025 e 2030, a previsão é que sejam criadas: 4 novas plataformas (bio-hybrid); 40 novos modelos de veículos; 8 powertrains (grupo motopropulsor do veículo). Segundo Carlos Tavares, diretor-executivo da Stellantis, a empresa mira sobretudo clientes brasileiros de classe média, seu principal público consumidor. A montadora também projeta, ao todo, 10 novos veículos em 2024. Além dos já lançados Fiat Titano e Jeep Compass e Commander com motor Hurricane, a companhia terá: o Citröen Basalt, cujo lançamento já foi anunciado; o Novo Peugeot 2008, divulgado nesta semana; e outros cinco modelos que serão anunciados ao longo do ano. Novo Peugeot 2008 Divulgação/Stellantis Investimentos na América do Sul — e modelo inédito na Argentina Além dos R$ 30 bilhões em investimentos no Brasil, a Stellantis informou que irá destinar R$ 2 bilhões à Argentina até 2030. Entre as novidades, a montadora também anunciou o início da produção do Novo Peugeot 2008 em El Palomar, na Argentina. Esse será o primeiro veículo SUV fabricado pela Stellantis no país. Segundo a companhia, serão investidos mais de US$ 270 milhões (R$ 1,3 bilhão) para produzir o novo modelo, que se somarão aos US$ 320 milhões (R$ 1,6 bilhão) já investidos na transformação industrial de El Palomar e na implementação da plataforma modular CMP — base para a produção de modelos compactos.

G1

Thu, 25 Apr 2024 17:30:07 -0000 -


Edifício-sede da Petrobras, no centro do Rio Marcos Serra Lima/g1 Os acionistas da Petrobras decidiram, em assembleia geral nesta quinta-feira (25), distribuir 50% dos dividendos extraordinários da estatal, ou seja, cerca de R$ 21,95 bilhões, de um total de R$ 43,5 bilhões. Com a decisão, o Tesouro Nacional deve receber pelo menos R$ 6 bilhões para reforçar o caixa da União. Os dividendos são uma parcela do lucro da empresa que é repartida entre os acionistas. Os extraordinários são aqueles pagos além do mínimo obrigatório. Ou seja, a empresa não tem que pagá-los necessariamente. Foi justamente a decisão de não pagar esses dividendos extras que gerou polêmica para o governo em março, e fez com que as ações da Petrobras despencassem 10% na bolsa de valores brasileira em apenas um dia (veja detalhes abaixo). Inicialmente, os conselheiros da estatal indicados pelo governo eram contrários à distribuição dos dividendos. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a vetar a liberação dos valores, seguindo posição dos ministros da Casa Civil, Rui Costa, e de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Depois de uma batalha sobre o tema, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, convenceu Lula que a medida é importante, já que o governo fica com 37% do valor. Em reunião na última sexta-feira (19), o Conselho de Administração da Petrobras já tinha dado o aval e permitido que a proposta da diretoria, de pagar metade dos dividendos extraordinários, fosse encaminhada à assembleia de acionistas. Na reunião da semana passada, o conselho entendeu que fatores como a alta no preço do petróleo aumentaram a capacidade de financiamento dos projetos da estatal. Mudanças no Conselho de Administração Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, em 02/02/2023 REUTERS/Pilar Olivares A distribuição de metade dos dividendos extraordinários quase derrubou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates. Entre os indicados pelo governo para o conselho da empresa, ele se absteve e foi o único que não se posicionou diretamente pela retenção dos dividendos — atitude que não foi muito bem recebida no Palácio do Planalto. Agora, a mesma proposta que ele defendia, criticada pela Casa Civil e pelo Ministério de Minas e Energia, foi aprovada em caráter final pelos acionistas. A assembleia ainda deve analisar a renovação do Conselho de Administração da estatal. Já é dado como certo que será aprovado o nome do secretário-executivo-adjunto de Fazenda, Rafael Dubeux, indicado por Fernando Haddad. Ele deve substituir o conselheiro Sérgio Rezende, indicado por Lula. Pietro Mendes deve seguir na presidência do conselho. Ele é uma escolha de Alexandre Silveira. Relembre a crise dos dividendos Petrobras: entenda a polêmica dos dividendos Em 7 março, o Conselho de Administração da Petrobras decidiu reter o pagamento de todos os dividendos extraordinários. A decisão ocorreu após a divulgação do resultado do quarto trimestre de 2023 da empresa. A diretoria da Petrobras chegou a propor o repasse de metade dos dividendos extraordinários, mas, na época, os representantes do governo no Conselho de Administração, que são maioria, votaram contra a proposta, que acabou rejeitada. O objetivo do governo era fortalecer o cofre. Essa verba não pode ser usada para investimento, mas fica numa caixa de contingência. Dessa forma, o governo entendeu que passaria para o mercado uma imagem de robustez, ainda mais em um momento em que a Petrobras busca financiamentos para investimentos. Por outro lado, o não pagamento dos dividendos extraordinários fez com que o mercado visse menos atratividade nas ações da empresa, o que fez os preços dos papeis despencarem. A decisão também fez com que o governo fosse criticado pelo mercado e por analistas, por suposta interferência na Petrobras. Fritura de Prates e ação de Haddad Lula e Haddad se reúnem para discutir crise na Petrobras e dividendos da estatal A abstenção do presidente da empresa, Jean Paul Prates, na votação se tornou mais um capítulo em uma disputa que também envolve o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, por influência na companhia. Prates e Silveira se desentendem desde o início do governo, nos bastidores e por meio de declarações públicas. A situação de Prates se tornou delicada e ele passou por um processo de fritura junto ao Planalto. A saída dele do cargo chegou a ser dada como certa, mas não aconteceu. A permanência de Jean Paul Prates no comando da Petrobras ganhou força depois de duas reuniões entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a portas fechadas, no início deste mês. Depois disso, a situação de Prates mudou. O ministro da Fazenda foi um dos poucos que defenderam a permanência dele no comando da estatal, e a opinião de Haddad costuma ter peso nas definições de Lula. Haddad se mostrou incomodado com a turbulência na companhia, e também deu o amparo técnico para a aprovação do pagamento dos dividendos extraordinários. O ministro teve a percepção de que vai precisar de mais recursos para conseguir manter a esperança do déficit zero em 2024. E como o governo vai ficar com parte dos valores dos dividendos, viu uma possibilidade de garantir mais recursos.

G1

Thu, 25 Apr 2024 17:22:26 -0000 -

Devolução consta no projeto que regulamenta a reforma aprovada em 2023. Governo quer começar a transição para o novo modelo em 2026; mecanismo para devolver valores não foi definido. Cerca de 73 milhões de brasileiros teriam direito ao "cashback" – devolução do imposto pago – que está sendo proposto pela equipe econômica e pelos estados na regulamentação da reforma tributária. A informação foi divulgada pelo diretor de programa da Secretaria Extraordinária da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Rodrigo Orair, nesta quinta-feira (25). "Estamos falando mais da metade das famílias onde estão as crianças brasileiras", acrescentou. Pela proposta do governo, a devolução de impostos será destinadas às famílias com renda per capita de até meio salário-mínimo para a população inscrita no Cadastro Único (CadÚnico) do governo federal. Pela proposta, haverá devolução de: 100% para do imposto pago no caso da CBS (IVA federal) e de 20% para o IBS (IVA estadual e municipal), no caso do gás de cozinha 50% para a CBS e 20% para o IBS, no caso de energia elétrica, água e esgoto; 20% para a CBS e para o IBS, nos demais casos. "A autonomia federativa é preservada ao se prever que os entes poderão, por lei específica, fixar percentuais superiores de devolução da sua parcela da CBS ou do IBS (não podendo exceder 100%)", diz a proposta. De acordo com Rodrigo Orair, há três possibilidades para operacionalizar esse "cashback": desconto nas contas de água, luz, gás encanado, por exemplo, direto nas faturas; crédito posterior para o contribuinte; desconto na boca do caixa, no momento do consumo (se houver possibilidade operacional). O Rio Grande do Sul já adota mecanismos de "cashback" para parte do ICMS – veja no vídeo abaixo, de 2023: Modelo de ‘cashback’ proposto pelo relatório preliminar da reforma tributária já é aplicado no RS Regulamentação A proposta de emenda constitucional da reforma tributária sobre o consumo foi aprovada no fim do ano passado, e promulgada pelo Congresso Nacional. No texto, pontos importantes, como o fim da cumulatividade, a cobrança dos impostos no destino, simplificação e fim de distorções na economia (como passeio de notas fiscais e do imposto cobrado "por dentro") já foram assegurados. Entretanto, vários temas sensíveis ficaram para o ano de 2024, pois o texto da PEC indica a necessidade de regulamentação de alguns assuntos por meio de projetos de lei. É o que o governo começou a enviar ao Legislativo nesta semana. Não pagar imposto sobre imposto é uma qualidade, avalia Míriam sobre reforma tributária Esse primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária possui cerca de 300 páginas, 500 artigos e vários anexos. Além disso, também traz oito páginas tratando apenas da revogação de regras atuais que serão extintas no futuro. Além desse projeto, disse ele, haverá outros dois: um sobre a transição na distribuição da receita (para os estados e municípios) e com questões relativas a contencioso administrativo; um para tratar das transferências de recursos aos fundos de desenvolvimento regional e de compensações de perdas dos estados. O cronograma da Fazenda prevê que a regulamentação será feita entre 2024 e 2025. Com o término dessa fase, poderá ter início, em 2026, a transição dos atuais impostos para o modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) --- com cobrança não cumulativa. Reforma tributária: governo propõe cesta básica nacional livre de impostos

G1

Thu, 25 Apr 2024 16:55:41 -0000 -

Segundo secretário da reforma, Bernard Appy, sistema pode funcionar de forma similar aos programas Nota Legal. Primeira parte da regulamentação da reforma foi enviada nesta semana ao Congresso. Haddad entrega ao Congresso primeira parte da regulamentação da reforma tributária A reforma tributária sobre o consumo, cuja proposta de regulamentação foi enviada nesta semana ao Congresso Nacional, abre a possibilidade de sorteios anuais milionários para os contribuintes que pedirem nota fiscal eletrônica. A informação é do secretário extraordinário para a reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy. "É dinheiro na veia [na conta corrente], tipo nota legal [programa que alguns estados implementam atualmente]", declarou. O objetivo é justamente estimular que todas as vendas de produtos e serviços sejam registradas e que o imposto seja pago. O formato como isso será feito, entretanto, será definido posteriormente, pois não consta ainda na regulamentação da reforma tributária. O texto diz apenas que poderão ser criados "programas de incentivo à cidadania fiscal, com vistas a incentivar o consumidor final a solicitar a emissão de nota fiscal". E que estes, por sua vez, "poderão ser financiados por montante correspondente a até 0,05% do valor da arrecadação do IBS e da CBS". Segundo Appy, a ideia é instituir um mecanismo progressivo, no qual as pessoas de menor renda poderiam receber mais tíquetes (para os futuros sorteios) do que os contribuintes mais ricos – tendo, assim, mais chances de ganhar. "Poderão ser feitos sorteios para quem pedir nota fiscal. Aí todo mundo tem interesse, pessoa de menor renda tem mais chance. Não está na lei complementar, mas a ideia é ir nesse sentido", declarou o secretário extraordinário. De acordo com ele, o patamar fixado na regulamentação da reforma tributária, de 0,05% do valor da arrecadação do IBS e da CBS (os futuros impostos sobre o consumo) representaria, atualmente, um valor entre R$ 600 milhões e R$ 700 milhões. O cronograma da Fazenda prevê que a regulamentação será feita entre 2024 e 2025. Com o término dessa fase, poderá ter início, em 2026, a transição dos atuais tributos para o modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) – com cobrança não cumulativa.

G1

Thu, 25 Apr 2024 16:24:46 -0000 -

Atualmente, compras internacionais de até US$ 50 não pagam tributos federais, como o de importação, o PIS e a Cofins. Primeira parte da regulamentação da reforma foi enviada nesta semana ao Congresso. As compras de brasileiros no exterior de até US$ 50 – que atualmente não pagam impostos federais, como imposto de importação, PIS e Cofins – serão tributadas normalmente pelos futuros impostos sobre o consumo (CBS e IBS – os IVAs federal, estadual e municipal). A informação foi divulgada nesta quinta-feira (25) pelo secretário extraordinário da reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy. De acordo com ele, será cobrada a chamada alíquota padrão – incidente também sobre o mercado interno –, estimada em 26,5%. "Vai passar a recolher IBS e CBS, vai ser alíquota padrão. Todos valores, qualquer valor. No novo modelo, qualquer remessa internacional paga imposto. É o conceito de neutralidade. No fundo, os estados já estão falando em subir a alíquota, não vai ficar muito diferente do que está hoje", disse o secretário Appy a jornalistas. A decisão sobre tributar normalmente compras do exterior está no projeto de lei para regulamentar a reforma tributária, enviado ao Congresso Nacional. Atualmente, os estados cobram uma alíquota de 17% sobre compras em sites internacionais abaixo de US$ 50. O governo federal não está cobrando imposto de importação, e nem PIS e Cofins. No começo do mês, os estados avaliaram subir o ICMS sobre remessas do exterior para até 25%, mas adiaram a decisão. O cronograma da Fazenda prevê que a regulamentação será feita entre 2024 e 2025. Com o término dessa fase, poderá ter início, em 2026, a transição dos atuais tributos para o modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) – com cobrança não cumulativa. Remessa Conforme Demanda e trâmite nos impostos aumentam prazo de entrega de compras internacionais online fora das novas regras de tributação Hoje, a isenção do imposto de importação federal é aplicada desde que as empresas façam adesão a um programa de conformidade, chamado de "Remessa Conforme". Se não aderirem, pagam 60% de imposto de importação – o mesmo valor que é cobrado para encomendas acima de US$ 50. Segundo dados da Receita Federal, em 2023, os consumidores brasileiros gastaram R$ 6,42 bilhões, em um total de pouco mais de 210 milhões de encomendas internacionais. Em 2022, foram gastos cerca de R$ 2,57 bilhões em 178,6 milhões de compras do exterior. O valor é menos da metade do total de 2023. Com o novo programa, a Receita Federal informou que houve um "aumento expressivo" de 1.596% no total de declarações de importação das remessas postais (por meio dos Correios) em 2023. Apesar de a alíquota federal do imposto de importação estar atualmente zerada, a equipe econômica tem informado que elevará a tributação no futuro. Se isso acontecer, os impostos sobre encomendas internacionais serão maiores ainda.

G1

Thu, 25 Apr 2024 15:25:36 -0000 -

Regulamentação da reforma foi entregue pelo governo ao Congresso e ainda será votada. Texto prevê 850 medicamentos com imposto menor e outros 383 com imposto zerado. O governo federal enviou ao Congresso na quarta-feira (24) um projeto de lei com a regulamentação da reforma tributária sobre o consumo. A reforma foi aprovada e promulgada no fim do ano passado, mas tratava apenas de linhas gerais. Agora, a regulamentação aborda temas específicos. O projeto de lei de regulamentação inclui uma lista de 850 medicamentos que teriam imposto reduzido. Outros 383 ficariam isentos de tributos, segundo o texto. Na prática, a redução ou isenção de impostos deve evitar a alta dos produtos, mas isso depende também das empresas farmacêuticas repassarem a queda nos impostos ao consumidor. Se a proposta for aprovada, a lista de medicamentos com imposto reduzido terá uma taxação de 40% da chamada "alíquota geral", ou seja, 40% do patamar médio de tributação. Essa alíquota geral – para todos os produtos que não têm regras específicas – deve ficar em 26,5%, segundo estimativa do Ministério da Fazenda. No caso dos medicamentos da lista, o imposto total cobrado seria menor, de cerca de 10,6%. O secretário da Fazenda para a reforma tributária, Bernard Appy, afirma que, com a aprovação da proposta, haverá "uma redução relevante de custos" dos medicamentos. "Não só alíquotas, mas hoje tem cumulatividade que vai deixar de existir. Quando o medicamento tem ICMS [atualmente] e vai para alíquota reduzida, há uma redução grande [no peso dos tributos], de 20% para 10%. Se já tem alíquota zero, continua isento, mas ganha porque não tem mais cumulatividade”, afirmou. Entenda em 5 pontos o que prevê a proposta encaminhada pelo governo Compras internacionais terão de pagar futuro imposto sobre consumo Governo propõe que 'imposto do pecado' seja cobrado sobre cigarros, bebidas alcoólicas, açucaradas, carros e petróleo Ministério da Fazenda estima alíquota de 26,5% nos impostos sobre o consumo, uma das maiores do mundo A lista de medicamentos que pode ter a alíquota reduzida, segundo a proposta do governo, inclui (veja lista completa mais abaixo): tadalafila: ajuda a aumentar o fluxo de sangue no pênis e pode auxiliar homens a manter uma ereção. prednisona: tem efeito anti-inflamatório, antirreumático e antialérgico. omeprazol: usado, por exemplo, para tratamento de úlceras no estômago e intestino e esofagite de refluxo. lorazepam: ansiolítico (de efeito calmante). losartana: medicamento para pressão. metformina: usado no tratamento de diabetes. Já a lista de medicamentos com imposto zerado (lista completa mais abaixo), de acordo com o projeto, contempla, por exemplo: vacinas contra Covid-19, dengue e febre amarela também sejam isentos. citrato de sildenafila: indicado para o tratamento da disfunção erétil. Haddad entrega ao Congresso primeira parte da regulamentação da reforma tributária Confira, abaixo, os remédios que terão redução de 60%: Para encontrar, basta digitar o princípio ativo do produto no campo "search" abaixo. A lista não inclui os nomes comerciais dos medicamentos. Medicamentos com imposto reduzido Confira, abaixo, os remédios isentos de impostos pelo projeto: Para encontrar, basta digitar o princípio ativo do produto no campo "search" abaixo. A lista não inclui os nomes comerciais dos medicamentos. Medicamentos com isenção de impostos Não pagar imposto sobre imposto é uma qualidade, avalia Míriam sobre reforma tributária

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Thu, 25 Apr 2024 15:12:01 -0000 -

Congresso recebeu projeto que regulamenta reforma aprovada em 2023. Regras incluem 'cashback' de imposto, cesta básica sem itens de luxo e desconto para educação e saúde. Haddad entrega ao Congresso primeira parte da regulamentação da reforma tributária O governo enviou ao Congresso nesta quarta-feira (24) o primeiro projeto de lei para regulamentar a reforma tributária sobre o consumo. No ano passado, o Congresso aprovou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) com as linhas gerais da reforma, como a unificação de impostos e o fim da cobrança acumulada. Agora, começa a discussão sobre regras mais específicas. O novo projeto avança em cinco tópicos principais. Entenda, abaixo, o que a proposta prevê sobre: o patamar de cobrança dos novos impostos; a tributação da cesta básica; o 'cashback' para famílias mais pobres; o 'imposto do pecado'; a tributação sobre saúde e educação. Bruno Carazza comenta sobre a regulamentação da Reforma Tributária De quanto será a cobrança? O texto não crava a alíquota exata para os dois impostos que, no futuro, vão concentrar cinco impostos existentes hoje: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). A fase de transição da reforma tributária prevê um "período de testes" para calibrar o valor. A ideia é manter a carga tributária atual: nem aumentar, nem reduzir a cobrança. Desde o ano passado, estimativas apontam que o IBS e a CBS, somados, devem chegar a 27% do valor do bem ou serviço – um dos percentuais mais altos do mundo. Nesta quarta, o Ministério da Fazenda estimou um percentual um pouco menor, de 26,5%. Voltar à lista. Vale para a cesta básica? A reforma tributária vai manter o espírito de isentar os impostos sobre os itens da cesta básica – alimentos e produtos de higiene pessoal consumidos por todos os brasileiros, e que têm maior impacto no orçamento das famílias de baixa renda. A regulamentação, no entanto, prevê uma lista menor de produtos na cesta básica em relação às regras atuais. Atualmente há 745 alimentos diferentes beneficiados pela isenção de impostos, segundo relatório do Comitê de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas (CMAP) de 2021. No novo formato, segundo o governo, a lista privilegia os alimentos efetivamente consumidos pela população de baixa renda. A proposta exclui textualmente alimentos como foie gras (fígado de ganso, uma iguaria de alto custo), lagostas, lagostim e bacalhau. Veja aqui a lista completa de alimentos e produtos que terão imposto zero ou alíquota menor Voltar à lista. Vai ter 'cashback'? A proposta enviada ao Congresso prevê um mecanismo de "cashback" – ou seja, que os impostos cobrados no consumo sejam "devolvidos" às famílias. No texto, a equipe econômica recomenda que isso seja feito para famílias com renda de até meio salário mínimo por pessoa (R$ 706, no valor atual). Os percentuais seriam os seguintes: gás de cozinha: devolução de 100% da CBS (federal) e 20% do IBS (estadual/municipal); luz, água e esgoto: devolução de 50% da CBS e 20% do IBS; outros produtos: devolução de 20% da CBS e do IBS. O texto não deixa claro como será a operação desse "cashback" – se o valor será creditado no cartão do Bolsa Família ou do Cadastro Único (CadÚnico), por exemplo. Voltar à lista. E o 'imposto do pecado'? Além da alíquota geral, que deve ficar entre 26% e 27% na soma de CBS e IBS, o governo propõe que alguns produtos específicos tenham tributação ainda maior. É o chamado "imposto do pecado", usado para desestimular o consumo de bens que fazem mal à saúde e ao meio ambiente. A lista incluída pelo governo na regulamentação da reforma tributária prevê imposto mais alto para: cigarros, bebidas alcoólicas, bebidas açucaradas, veículos poluentes extração de minério de ferro, de petróleo e de gás natural. Voltar à lista. Gastos com saúde e educação serão tributados? A proposta costurada entre o governo federal e os estados prevê que serviços privados de saúde e educação tenham um desconto de 60% nos impostos pagos. A regra também valerá para uma lista de 850 medicamentos. Outros 383 remédios e insumos serão 100% isentos. Se essa regra for aprovada, quem contratar serviços privados de saúde e educação vai pagar apenas 40% da chamada alíquota geral (aquela que pode chegar a 27%, segundo estimativas). Com isso, o governo busca evitar que haja aumento nos preços de hospitais, clínicas de saúde, laboratórios, escolas e universidades particulares, por exemplo. Voltar à lista. O que ainda vai faltar? Segundo o secretário do Ministério da Fazenda para a reforma tributária, Bernard Appy, outros dois projetos ainda serão enviados para regulamentar a reforma tributária. Eles vão tratar: das regras de transição para a distribuição desses recursos arrecadados para estados e municípios; das transferências de parte desses impostos para fundos de desenvolvimento regional e de compensações de perdas dos estados – dois mecanismos negociados pelos governadores para lidar com os impactos da reforma tributária. O cronograma da Fazenda prevê que a regulamentação será feita entre 2024 e 2025. Com o término dessa fase, poderá ter início, em 2026, a transição dos atuais impostos para o modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) --- com cobrança não cumulativa. Impacto na economia, valor agregado e cobrança no destino O governo espera que, com a simplificação tributária, haja um aumento de produtividade e, consequentemente, redução de custos para consumidores e produtores, estimulando a economia. Analistas e o governo estimam que a reforma tributária sobre o consumo tem potencial para elevar o PIB potencial do Brasil em no mínimo 10% nas próximas décadas. Com a implementação do IVA, os tributos passariam a ser não cumulativos. Isso significa que, ao longo da cadeia de produção, os impostos seriam pagos uma só vez por todos os participantes do processo. Atualmente, cada etapa da cadeia paga os impostos individualmente, e eles vão se acumulando até o consumidor final. Com o IVA, as empresas poderiam abater, no recolhimento do imposto, o valor pago anteriormente na cadeia produtiva. Só recolheriam o imposto incidente sobre o valor agregado ao produto final. Outra mudança é que o tributo sobre o consumo (IVA) seria cobrado no "destino", ou seja, no local onde os produtos são consumidos, e não mais onde eles são produzidos. Há um período de transição de cerca de 50 anos da cobrança na origem para o destino. Isso contribuiria para combater a chamada "guerra fiscal", nome dado a disputa entre os estados para que empresas se instalem em seus territórios. Para isso, intensificam a concessão de benefícios fiscais.

G1

Thu, 25 Apr 2024 11:40:54 -0000 -


Implantado há mais de 30 anos no Brasil, sistema demanda paciência de produtores, mas rende sustentabilidade e lucro, dizem especialistas. Embrapa encabeça projeto para massificar estratégia no país. Sistema de integração entre lavoura e pecuária completa 30 anos no Brasil Juliana Sussai/Embrapa “Enquanto a maioria dos criadores está preocupada em manter o boi gordo, a gente tem que tomar cuidado pra ver se ele não está engordando demais”, brinca o produtor rural Pedro Augusto de Figueiredo Carvalho Bolognini. Além das 90 cabeças de gado Nelore, número que espera dobrar em breve, os 80 hectares de duas fazendas que administra em Cajuru (SP), na região de Ribeirão Preto (SP), também abrigam uma crescente plantação de soja graças ao sistema de Integração Lavoura-Pecuária (ILP). Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Uma técnica em implantação no país há mais de três décadas que tem se consolidado, ano após ano, como uma solução não só lucrativa, como também sustentável para o campo, que compensa os investimentos iniciais. “O objetivo principal da ILP é otimizar ao máximo o uso dos recursos naturais disponíveis, água, luz e nutrientes, para aumentar a produção na mesma área com diferentes atividades com lucratividade e respeitando o meio ambiente”, afirma Emerson Borghi, pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste. Esta reportagem faz parte de uma cobertura referente a temas relacionados à Agrishow, uma das maiores feiras de tecnologia agrícola do mundo que acontece em Ribeirão Preto (SP) entre 29 de abril e 3 de maio, com projeção de receber 200 mil pessoas e resultar em pelo menos R$ 13,2 bilhões em contratos. O g1 tem uma página especial sobre o evento. O produtor rural Pedro Augusto de Figueiredo Carvalho Bolognini na fazenda da família, em Cajuru (SP) Arquivo pessoal O que é a Integração Lavoura-Pecuária? A ILP consiste na combinação planejada de atividades agrícolas com a criação de animais dentro da mesma propriedade rural. A ILP pode combinar não só o plantio de soja com o gado, como o cultivo de grãos como feijão com a criação de suínos e ovinos. Essa integração pode ocorrer por consórcio, sucessão ou rotação. A seguir, entenda como funciona cada modalidade: Consórcio: no consórcio, as culturas agrícolas e as pastagens são cultivadas simultaneamente na mesma área. É um trabalho sincronizado, em que cada parceiro complementa o outro. Exemplo: o milho pode ser cultivado juntamente com uma forrageira, como a braquiária, que serve tanto como cobertura do solo quanto como alimento para o gado. Essa interação promove uma melhor utilização do espaço e dos recursos, maximizando os benefícios para o solo e para os animais. Sucessão: na sucessão, as culturas agrícolas e as pastagens são cultivadas em sequência, em períodos alternados ao longo do tempo. Exemplo: em uma área pode-se cultivar soja em um ano, seguida por milho no ano seguinte e depois pastagem. Essa alternância permite uma recuperação mais completa do solo e uma diversificação maior de produtos ao longo do tempo. Rotação: na rotação, as culturas agrícolas e as pastagens são cultivadas em uma sequência fixa, seguindo um cronograma pré-estabelecido. Exemplo: em uma área pode-se cultivar soja, seguida por milho, depois sorgo e, por fim, pastagem, repetindo esse ciclo a cada ano. Essa regularidade permite um manejo mais previsível e uma otimização dos recursos disponíveis. A evolução da ILP no Brasil A ILP não surgiu de forma repentina. Ela foi desenvolvida ao longo dos anos, adaptando-se às diferentes condições do solo e clima do país. Inicialmente, a técnica ganhou espaço em regiões onde a agricultura e a pecuária coexistiam. Com o tempo, especialistas perceberam que essa integração poderia trazer vantagens significativas. No Brasil, a ILP foi introduzida no final da década de 1990 como uma resposta aos desafios enfrentados pelos produtores. A necessidade de se diversificar a produção, otimizar o uso do solo e reduzir custos levou à adoção dessa estratégia. “Existem relatos muito antigos de povos nômades que faziam o mesmo princípio da ILP. Eles consorciam diferentes espécies na mesma área para explorar todo o potencial do lugar para produzir seu alimento”, explica Borghi. Outros países adotam o sistema, mas o Brasil é o único país do mundo que consegue fazer até três safras por ano utilizando a ILP. Ou seja: o produtor pode ter uma safra de verão, uma segunda safra de grãos e, ainda no mesmo ano, a pastagem para consumo animal, a chamada "safrinha de boi". Lavoura de soja cultivada em palhada de braquiária em sistema de integração lavoura-pecuária Gabriel Rezende Faria/ Embrapa Benefício a médio e longo prazo Pedro Augusto conta que não foi consenso na família investir R$ 150 mil em reforma de pastagem, correção do solo e equipamentos sem a garantia de ganhos imediatos. Dois anos depois, no entanto, o retorno começa a se observar tanto na qualidade do gado quanto do plantio de soja, que ocupa ao menos 50 hectares. “Meu avô decidiu implantar o sistema ILP e no começo foi difícil acreditar que tanto investimento ia retornar”, diz. Essa capacidade de esperar é o maior desafio para a implantação do sistema, como explica o engenheiro agrônomo João Brunelli Júnior. “Além disso, há uma dificuldade técnica, porque não há uma receita pronta. Cada propriedade significa um planejamento novo”, diz. João é do departamento de extensão rural da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), ligada à Secretaria de Agricultura do estado de São Paulo, e faz parte da Rede ILPF, que integra órgãos de todo o Brasil com o objetivo de massificar o sistema Integração Lavoura-Pecuária. “Estamos realizando uma capacitação técnica continuada de mais de 130 profissionais da Cati, incluindo agrônomos, veterinários e zootecnistas. Paralelamente, estamos acompanhando 65 propriedades rurais em todas as regiões do estado, nas quais estamos em uma atividade teórico-prática, iniciando o planejamento e execução dos primeiros passos”, explica. LEIA TAMBÉM Mesmo com commodities em baixa, agro brasileiro tem faturamento recorde com exportações; entenda Plano Safra: lideranças do agro pedem R$ 36 bilhões para investimento em máquinas agrícolas em 2024 ‘Sisteminha’: projeto de incentivo a agricultura familiar transforma quintal em miniatura de fazenda Soja: carro-chefe da ILP Entre as diversas culturas que movimentam a agricultura brasileira, a soja tem sido o carro chefe da ILP. Isso porque, segundo os especialistas, ela representa maior rentabilidade, conta com um mercado aquecido e permite a inclusão da pastagem no mesmo solo, na sequência, para o gado. Pedro Augusto é exemplo dessa combinação. “São 80 hectares que ocupam duas fazendas diferentes. Dividimos em dez piquetes [áreas delimitadas e cercadas onde os animais são mantidos temporariamente para alimentação, descanso ou manejo], 30 hectares são de pasto o ano todo e os outros 50 são de soja." E se não é possível fazer a segunda safra por questões climáticas ou outros fatores, a "safrinha de boi" é uma alternativa lucrativa não só para a braquiária, usada na alimentação dos animais e que ajuda a nutrir o solo para a cultura de grãos da safra seguinte. O milho também é uma excelente opção, principalmente para os pecuaristas que querem ou precisam de silagem, método de conservação de alimentos para os animais. “Quando consorciado com forrageiras como a braquiária, após a colheita da silagem ou após a colheita de grãos, a forrageira se beneficia das temperaturas altas e do final do período chuvoso para se estabelecer, sendo a pastagem que será utilizada no período de outono/primavera na sequência”, explica João Brunelli Júnior. Exemplo disso é a Fazenda Granja Santana, que fica na cidade de Abaeté (MG). Com aptidão leiteira, mas com grande parte do solo degradado, a área passou por uma transformação há sete anos. Os 75 hectares foram divididos em cinco piquetes. Em 2017, a produção de leite chegava a 450 litros por dia, sendo 38 vacas em lactação e 68 animais compondo o rebanho. “Atualmente, a área recuperada na propriedade apresenta alta produtividade, com 45 vacas em lactação que produzem 750 litros de leite diariamente, chegando a um rebanho de 145 animais”, conta o engenheiro agrônomo da Embrapa Milho e Sorgo Sinval Resende Lopes, coordenador do projeto. Veja mais notícias da Agrishow 2024 VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

G1

Thu, 25 Apr 2024 10:01:06 -0000 -


Fruta se destaca pelo sabor e aroma marcantes, mas também oferece vários benefícios à saúde; saiba mais ouvindo o podcast 'De onde vem o que eu como'. Mexerica, ponkan, murcote, mimosa e bergamota: a aparência e o gosto podem até confundir, mas nem todas fazem parte da mesma família. Na verdade, a maioria pode ser chamada de tangerina. A exceção fica por conta da murcote, que é a menos parecida entre elas. A doçura equilibrada e a facilidade ao descascar e separar os gomos da tangerina contribuem para que ela seja uma das escolhas favoritas entre os lanches rápidos. Mas os benefícios não acabam aí. O episódio do podcast "De onde vem o que eu como" explica que a fruta também está entre as preferidas dos nutricionistas por ser rica em fibras, vitaminas A e C e ainda ter baixo teor calórico. 🎧OUÇA o episódio (acima) e, abaixo, conheça as variedades da tangerina e seus os benefícios. Olé, ponkan, dekopon e mexerica-do-Rio: alguns dos tipos de tangerina que podem ser encontrados na feira Fábio Tito/g1 Originária do sudeste da Ásia, a tangerina tem um dos cultivos mais antigos do mundo: começou 1.000 anos antes de Cristo, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). De lá pra cá, a fruta conquistou outros países, incluindo o Brasil, que hoje é o quinto maior produtor de tangerina. 🫨 Tem diferença? Basta dar uma passada na feira para encontrar uma variedade de tangerina, que recebem nomes diferentes, cada uma com suas próprias características. A mexerica e a ponkan, por exemplo, são bem parecidas, mas têm suas particularidades. Outros nomes como bergamota, mimosa e carioquinha não são termos técnicos, mas, formas populares de se referir às tangerinas. Já a murcote é a mais distinta, por isso fica de fora da família. Tangerina também é conhecida como mexerica, bergamota e carioquinha Fábio Tito/g1 🍊Ponkan: a mais popular do grupo no Brasil, veio do cruzamento da tangerina da China com a laranja pomelo, conhecida também como "grapefruit" – uma fruta parecida com a laranja, com casca lisa e polpa avermelhada. A ponkan é mais doce do que as outras tangerinas e, por isso, tem tantos fãs. 🍊Murcote: não é uma tangerina, e sim, uma tangor. Olhando por fora, até lembra a tangerina, mas se analisar bem, tem suas diferenças. A começar pela casca, mais difícil de tirar com as mãos. Os gomos são mais unidos e dão mais trabalho para separar. 🔽Conheça outras espécies: A família das tangerinas mais populares no Brasil Arte/g1 🍊Benefícios à saúde A tangerina não pode ser resumida apenas em sabor e aroma. A fruta tem diversos nutrientes que contribuem para a saúde. Veja abaixo os principais benefícios. GIF - Mexerica, ponkan, bergamota, carioquinha, mimosa, tangerina Fábio Tito/g1 ➡️Rica em vitaminas: como a A, que age principalmente na saúde dos olhos. E a vitamina C, que reforça o sistema imunológico e ajuda no combate a resfriados. ➡️Fonte de fibras: auxilia o bom funcionamento do intestino, aliviando a constipação, e deixa sensação de saciedade por mais tempo. ➡️Minerais: o magnésio contribui para a saúde dos ossos e músculos. O potássio age na regulação da pressão arterial e na função muscular, além de promover a saúde dos rins. Sobre a diferença nutricional entre as espécies de tangerina, a nutricionista no Hospital Oswaldo Cruz Fernanda Maluhy conta que não muda muito. "Não é muito significante. A murcote, tem um pouquinho mais de fibras. E também, um pouquinho mais de vitaminas e minerais." Leia também: 3 sobremesas com tangerina para aproveitar a fruta; Pequi assusta por causa dos espinhos, mas é 'celebridade' no Cerrado; aprenda a comer do jeito certo; De onde vem a tapioca, o acarajé e a feijoada? Teste seus conhecimentos no quiz. Ouça outros episódios do podcast: Veja a série de vídeos do "De onde vem o que eu como": De onde vem a tangerina De onde vem o que eu como: laranja De onde vem o que eu como: baunilha De onde vem o que eu como: mandioca

G1

Thu, 25 Apr 2024 08:43:05 -0000 -


Episódio conta sobre a diferença das variedades de tangerina como a ponkan, murcote, mexerica, bergamota, entre outros. CLIQUE ACIMA PARA OUVIR Você pode ouvir o "De onde vem o que eu como" no Globoplay, no Spotify, no Castbox, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, na Deezer ou na sua plataforma de áudio preferida. Assine ou siga o “De onde vem” para ser avisado sempre que tiver novo episódio. A tangerina tem origem na Ásia. E no Brasil, pode ser chamada por diversos nomes como ponkan, murcote, mexerica, bergamota, entre outros. Neste episódio do podcast "De onde vem o que eu como", você vai saber: Quem é ou não da família das tangerinas; Quais são os benefícios à saúde; E quais são as variedades de tangerina que temos hoje. O podcast "De onde vem o que eu como'" é produzido por: Mônica Mariotti, Luciana de Oliveira, Carol Lorencetti e Helen Menezes. Apresentação deste episódio: Luciana de Oliveira e Carol Lorencetti.  Alguns dos principais tipos de tangerina Fábio Tito/g1 Leia também: 3 sobremesas com tangerina para aproveitar a fruta; Pequi assusta por causa dos espinhos, mas é 'celebridade' no Cerrado; aprenda a comer do jeito certo; De onde vem a tapioca, o acarajé e a feijoada? Teste seus conhecimentos no quiz. 🎧OUÇA OUTROS EPISÓDIOS: 📺ASSISTA TAMBÉM: De onde vem a tangerina De onde vem o que eu como: laranja De onde vem o que eu como: limão De onde vem o que eu como: flores comestíveis Tangerina é o tema do 86º episódio do podcast 'De onde vem o que eu como'. Comunicação/Globo

G1

Thu, 25 Apr 2024 08:40:05 -0000 -


Além da produção de orgânicos, iniciativa estimula conexão das crianças com a terra e a conscientização ambiental na Zona Sul da capital paulista. Quebrada Orgânica: projeto na periferia de São Paulo muda relação da comunidade com a alimentação O projeto Quebrada Orgânica está transformando a maneira como a comunidade de Jardim Riviera, localizada na Zona Sul de São Paulo, encara a relação entre alimentação e meio ambiente (veja mais no vídeo acima). A iniciativa criada em 2018 pelo casal Joy Izauri e Robert Placides começou a ganhar forma com o cultivo de alimentos orgânicos para seus filhos. Quando souberam da novidade, os vizinhos começaram a usufruir dos produtos, fortalecendo a rede de ajuda coletiva. Projeto Quebrada Orgânica Fabio Tito/g1 "As pessoas [periféricas] se sentem diferentes quando estão na terra. E se você pensar que hoje tem gente que simplesmente cresce em comunidades e não sabe como é produzido o alimento", diz Joy. GENTE DO CAMPO: série do g1 apresenta pessoas inspiradoras do agro DE ONDE VEM: por que a mandioca tem substância tóxica? Atualmente, a Quebrada Orgânica vai além da produção de alimentos. Os organizadores também promovem eventos anuais para compartilhar práticas sustentáveis e estimular a criatividade, sobretudo de crianças, com programas que incluem até o uso de tintas orgânicas. O próximo encontro será dia (24) de maio. Créditos 'De onde vem o que eu como': Coordenação: Luciana de Oliveira Edição e finalização: Luiz Gabriel Franco Narração: Gabi Gonçalves Reportagem: Murillo Otavio Produção: Murillo Otavio Roteiro: Murilo Otavio Coordenação de vídeo: Tatiana Caldas e Mariana Mendicelli Coordenação de arte: Guilherme Gomes Direção de arte e ilustrações: Vitória Coelho Fotografia: Fábio Tito Veja fotos do projeto: Projeto Quebrada Orgânica Fabio Tito/g1 Projeto Quebrada Orgânica Fabio Tito/g1 Projeto Quebrada Orgânica Fabio Tito/g1 Projeto Quebrada Orgânica Fabio Tito/g1 Projeto Quebrada Orgânica Fabio Tito/g1 Mandioca tem substância tóxica, você sabe qual é? Assista ao vídeo abaixo para conhecer De onde vem o que eu como: mandioca Assista ao vídeo abaixo para saber como é produzida a baunilha De onde vem o que eu como: baunilha

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Thu, 25 Apr 2024 08:30:05 -0000 -


Ao contrário de algumas partes de Israel, onde há otimismo quanto à capacidade de enfrentar a tempestade e continuar a atrair investidores, na Cisjordânia e em Gaza há pouca esperança de que as coisas voltem ao normal. A Cidade Velha de Jerusalém deveria estar repleta de visitantes nesta época do ano. Getty Images via BBC Mais de seis meses após o início da devastadora guerra em Gaza, o impacto do conflito nas economias israelense e palestina tem sido enorme. Quase toda a atividade econômica em Gaza foi exterminada e o Banco Mundial afirma que a guerra também atingiu duramente as empresas palestinas na Cisjordânia ocupada. Enquanto os israelenses celebram o festival judaico Pessach, a tão alardeada "nação das start-ups" luta para manter sua fama atrativa para os investidores. As ruas de paralelepípedos da Cidade Velha de Jerusalém estão estranhamente silenciosas. Não há longas filas para visitar os locais sagrados — pelo menos aqueles que permanecem abertos. LEIA TAMBÉM Brasil volta a ranking de 25 países mais atrativos para investimentos Venda de motos novas cresce 21% no 1º trimestre; veja as mais vendidas As empresas chinesas que usam o México como porta de entrada para os EUA Logo depois da Páscoa e do Ramadã, e bem no meio do Pessach, todos os quatro bairros da Cidade Velha deveriam estar repletos de visitantes. Apenas 68 mil turistas chegaram a Israel em fevereiro, segundo o Departamento Central de Estatísticas do país. Isso representa uma queda enorme em relação aos 319.100 visitantes no mesmo mês do ano passado. Embora possa ser surpreendente que quaisquer visitantes passem por Jerusalém num momento de tanta tensão, muitos dos que o fazem são peregrinos religiosos de todo o mundo que provavelmente pagaram por suas viagens com bastante antecedência. A Zak's Jerusalem Gifts foi uma das poucas lojas na rua Christian Quarter, na Cidade Velha, situada na Jerusalém Oriental ocupada, que se deu ao trabalho de abrir no dia em que a reportagem passou por ali. Agricultura ameaçada "Na verdade, só temos feito vendas online", diz Zak, cujo negócio é especializado em antiguidades e moedas bíblicas. "Não há pessoas reais. Na semana passada, após a escalada entre Irã-Israel, os negócios caíram novamente. Portanto, esperamos apenas que depois do feriado aconteça algum grande milagre." Não é apenas na Cidade Velha de Jerusalém que eles precisam de um milagre. Cerca de 250 quilômetros mais a norte, na volátil fronteira de Israel com o Líbano, trocas de tiros quase diárias com o Hezbollah desde o início da guerra em Gaza forçaram o Exército israelense a fechar grande parte da área e 80 mil residentes foram evacuados mais a sul. Um número semelhante de libaneses foi forçado a abandonar as suas casas do outro lado da fronteira. A agricultura nesta parte de Israel é outro setor econômico que foi duramente atingido. Ofer "Poshko" Moskovitz não tem permissão para entrar em seu pomar de abacates no kibutz de Misgav Am por causa de sua proximidade com a fronteira. Mas ele ocasionalmente se aventura de qualquer maneira, caminhando melancolicamente entre as árvores, para contemplar todo o seu "dinheiro caindo no chão". "Tenho que ir colher o pomar porque é muito importante para a próxima plantação", diz Poshko. "Se eu não colher esta fruta, a próxima safra será muito ruim." Ele diz que está perdendo muito dinheiro porque não consegue colher os abacates — cerca de 2 milhões de shekels (R$ 2,7 milhões) nesta temporada, diz ele. Embora proporcionem o sustento de milhares de pessoas, a agricultura e o turismo representam partes relativamente pequenas das economias israelense e palestina. Mas o que mostra o quadro mais amplo? Na semana passada, a agência de classificação S&P Global cortou as classificações de longo prazo de Israel (de AA-menos para A-plus), refletindo uma perda de confiança do mercado após o aumento das tensões entre Israel e o Irã e preocupações de que a guerra em Gaza possa se espalhar por todo o Oriente Médio. Presidente Biden assina lei com ajuda de US$ 95 bi a Israel, Ucrânia e Taiwan Essa perda de confiança também se refletiu na queda do PIB israelense, que diminuiu 5,7% no último trimestre de 2023. Muitos israelenses, no entanto, dizem que as renomadas empresas de tecnologia e o setor de start-ups do país estão se revelando mais "à prova de guerra" do que era esperado. A cidade costeira de Tel Aviv fica a apenas 54 km de Jerusalém. Mais pertinente, talvez, é o fato de estar a menos de 70 km de Gaza. Por ali, em alguns momentos, nem parece que Israel está envolvido na sua guerra mais longa desde a independência em 1948. As famílias aproveitam o sol do início do verão, os casais almoçam nos vários restaurantes de praia ao ar livre e os jovens dedilham violões nos espaços verdes entre a estrada costeira e o Mediterrâneo. O pano de fundo é uma cidade economicamente ativa e em rápido crescimento. "Eles brincam que a ave nacional de Israel deveria ser o guindaste [de construção]", diz Jon Medved, fundador e CEO da plataforma global de investimento de risco online Our Crowd. Personagem envolvente com uma visão esmagadoramente otimista do seu mundo, Medved diz que, "no primeiro trimestre deste ano, quase US$ 2 bilhões foram investidos em start-ups israelenses. Estamos tendo um dos melhores anos que já tivemos." Medved insiste que, apesar de tudo, Israel ainda é a "nação das start-ups" e uma boa opção para potenciais investidores. "Existem 400 empresas multinacionais que têm operações aqui. Nenhuma multinacional encerrou as suas operações em Israel desde a guerra." Até certo ponto, Elise Brezis concorda com a avaliação de Medved. O professor de economia da Universidade Bar-Ilan, localizada no subúrbio de Tel Aviv, reconhece que, apesar dos números do PIB do último trimestre, a economia de Israel continua "notavelmente resiliente". "Quando se trata de turismo, sim, e tivemos redução nas exportações. Mas também tivemos redução nas importações", diz Brezis. "Então, na verdade, a balança de pagamentos ainda está bem. O que é tão problemático é que, a partir dos dados, você realmente não sente que exista uma situação tão terrível em Israel." Mas o professor Brezis detecta um mal-estar mais amplo na sociedade israelense que não se reflete nos dados econômicos. "A economia de Israel pode ser robusta, mas a sociedade israelense não é robusta neste momento. É como olhar para uma pessoa e dizer: 'Uau, o salário dele é alto', [...] mas na verdade ela está deprimida. E ela está pensando: 'O que farei da minha vida?' - isso é exatamente Israel hoje." Se as perspectivas em Israel são mistas, então, do outro lado da barreira de separação que divide Jerusalém e Belém, a visão do lado palestino é esmagadoramente sombria. O turismo na Igreja da Natividade em Belém 'parou imediatamente' depois que o Hamas atacou Israel em outubro passado. Reuters Economia 'em suspenso' O turismo é especialmente importante para as economias de cidades como Belém, na Cisjordânia ocupada. Embora algumas pessoas ainda se dirijam aos pontos turísticos de Jerusalém, no local onde os cristãos acreditam que Jesus nasceu, o turismo "parou imediatamente" na cidade depois de 7 de outubro do ano passado, diz Samir Hazboun, presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Belém. Foi quando o Hamas atacou comunidades israelenses perto de Gaza, matando cerca de 1.200 pessoas, principalmente civis, fazendo cerca de 250 reféns e desencadeando a guerra atual. Há aqui uma enorme dependência da economia de Israel - mas Israel praticamente fechou a Cisjordânia, que não tem acesso ao Mar Mediterrâneo, depois de 7 de outubro e isto teve um impacto desastroso na vida e no trabalho de muitos palestinos, diz Hazboun. "A província de Belém está fechada neste momento", diz ele. "Existem cerca de 43 portões [na barreira de segurança israelense], mas apenas três estão abertos. Assim, entre 16.000 e 20.000 trabalhadores palestinos da nossa área que trabalhavam em Israel perderam imediatamente sua renda." A Câmara de Comércio afirma que as receitas dos palestinos locais que trabalham em Israel representavam 22 bilhões de shekels (R$ 30 bilhões) anualmente. "Podemos imaginar o impacto na economia", diz Hazboun, que está particularmente preocupado com as perspectivas para os palestinos mais jovens quanto mais a guerra continuar e mais as economias de Israel e da Cisjordânia se dissociarem. "A geração mais jovem agora está desempregada, não trabalha. Muitos deles são pessoas talentosas", lamenta. "Em junho haverá cerca de 30 mil novos graduados das universidades palestinas. O que eles farão?" Na própria Gaza, a economia foi completamente destruída por seis meses de guerra. Os implacáveis bombardeios aéreos e operações terrestres de Israel mataram 34.183 pessoas, a maioria mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde administrado pelo Hamas. Ao contrário de algumas partes de Israel, onde há otimismo quanto à capacidade de enfrentar a tempestade e continuar a atrair investidores, na Cisjordânia e em Gaza há pouca esperança de que as coisas voltem a qualquer tipo de normalidade.

G1

Thu, 25 Apr 2024 08:02:50 -0000 -


Produtores de Bragança Paulista (SP) estão otimistas com a produção deste ano. Expectativa era iniciar a colheita no fim de maio, mas as máquinas já começaram a trabalhar nas fazendas. Grão de café especial Divulgação/Realcafé As ondas de calor que atingiram o Estado em 2024 fizeram as colheitadeiras e os produtores de café de Bragança Paulista, no interior de SP, trabalharem mais cedo. A quarta-feira (24) foi de colheita em uma fazenda na Bocaina, em Bragança -- atividade que estava prevista para começar somente no fim do mês de maio, que é o período onde tradicionalmente começa a colheita dos grãos. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp Diferentemente do morango produzido também em Bragança Paulista, o calor fez com que os pés de café ‘trabalhassem mais rapidamente’ e os frutos ficaram maduros mais cedo. Colheita de café começa mais cedo em Bragança Paulista Segundo o presidente da Associação de Cafeicultores de Bragança Paulista, José Oscar Ferreira Cintra, o calor extremo é incomum para a região bragantina, tendo causado o adiantamento da colheita. “Nós tivemos nos últimos três, quatro anos excesso de calor, de frio, de falta de chuva, então houve uma mudança realmente. Muita gente diz que não, que são ciclos, mas esses ciclos estão realmente muito acima e muito abaixo do que normalmente é considerado o clima da nossa região”, explicou. Ainda de acordo com o presidente, os grãos serão menores nessa safra, mas haverá grande quantidade de café. “Eu, particularmente, acho que vai ser um café de boa qualidade, porém, ele não está num tamanho de grão. Vamos ter grãos menores, então menos peso, mas vai ter muito café”, completou. Grãos de café Divulgação O José Adil é um dos produtores de café em Bragança Paulista. Segundo ele, o clima está favorável à plantação dos grãos na cidade. "Está sendo melhor do que o ano passado. O clima, para nós, foi bom. Choveu bem e estamos iniciando a colheita agora. O clima está bom, está sol e nós precisamos do sol", comentou. Na fazenda dele, existem pés de café que estão produzindo há pelo menos 20 anos. Neste ano, a expectativa é de pelo menos cinco mil toneladas de café. Após a colheita, os pés passam por uma revitalização e já começam a produzir novamente. "O café, em um ano, produz bastante, no outro ano ele produz um pouco menos, mas neste ano está bom. O café está bem graúdo", finalizou. Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina

G1

Thu, 25 Apr 2024 07:00:44 -0000 -


As apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.717 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 6 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta quinta-feira (25), em São Paulo. No concurso da última terça (23), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.

G1

Thu, 25 Apr 2024 03:00:15 -0000 -

Segundo o presidente do Senado, é 'compromisso' tratar do tema, mesmo que a pauta do parlamento seja esvaziada no segundo semestre. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta quarta-feira (24) que a regulamentação da reforma tributária é "prioridade" e será aprovada pelo Congresso ainda este ano. Segundo ele, é "compromisso" tratar do tema, mesmo com as eleições municipais, que acabam esvaziando a pauta do parlamento no segundo semestre. "E agora, esse ano de 2024, passa a ser um ano de prioridade para esse tema da regulamentação. Mesmo sendo o ano eleitoral, nós teremos todo o compromisso para ainda esse ano, assim como fizemos com a Emenda Constitucional no ano passado", pontuou Pacheco. "Entregarmos para a sociedade brasileira essa lei aprovada para poder termos enfim uma reforma tributária com um sistema de arrecadação mais justo, mais igual, menos burocratizado, mais simplificado, com um imposto único", prosseguiu o senador. Haddad entrega regras para reforma tributária O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entregou pessoalmente o projeto para regulamentar a reforma tributária sobre o consumo, primeiro ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e depois a Pacheco, na tarde desta quarta. Haddad afirmou que Lira se comprometeu a analisar o tema até o recesso parlamentar, na segunda quinzena de julho. Por isso, o ministro projeta que o senadores só votarão os textos no segundo semestre. A proposta principal, com as linhas gerais da reforma, foi aprovada no ano passado. Mas, para que seja regulamentada, é necessária a aprovação de outros projetos de lei. Nesta quarta, ocorreu a entrega, pelo governo, do primeiro projeto. Entre os pontos a ser regulamentados estão a unificação de tributos, os produtos que vão compor a cesta básica e o chamado “imposto do pecado”, criado para desestimular artigos nocivos à saúde e ao meio ambiente. Um ponto importante a ser definido é o valor do imposto sobre valor agregado (IVA), que vai substituir uma série de tributos hoje existentes. Segundo o secretário da reforma tributária, Bernard Appy, esse valor deve ficar em torno de 26%.

G1

Thu, 25 Apr 2024 00:27:07 -0000 -

Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que decisão é difícil e 'não vai ser motivo de comemoração'. O governo ainda não tem uma posição formada sobre a conclusão da usina nuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro, segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em conversa com jornalistas nesta quarta-feira (24). "Estávamos aguardando os estudos do BNDES que estão sendo entregues agora, e a partir desses estudos uma decisão vai ter que ser tomada", disse. Segundo Silveira, "qualquer decisão não vai ser motivo de comemoração porque fazer tem custo, não fazer tem custo também indireto". O ministro disse que o assunto pode ser pautado na próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), ainda sem data. O ministro confirmou que a tarifa de Angra 3 está em torno de R$ 675 a R$ 700 por megawatt-hora (MWh). "Claro que esse preço é decrescente, importante falar isso, começa com isso e termina com R$ 300. Só que não terminar também tem um custo de quase R$ 20 bilhões, que foi gasto lá." Angra 3 divide opiniões. Um estudo preliminar da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), divulgado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), apontou custos de R$ 43 bilhões para os consumidores com a conclusão da usina. O setor contestou os dados do TCU, reforçando que o estudo era preliminar e não refletia os custos reais da usina, objeto de estudo pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os custos de conclusão das obras de Angra 3 serão pagos no valor de venda da energia ao mercado regulado – ou seja, aos consumidores das distribuidoras, como o consumidor residencial e rural, além de comércios e empresas menores. Em 2019, a Eletronuclear contratou o BNDES para estruturar um modelo de financiamento para a conclusão das obras. O banco também analisa uma estratégia de reestruturação das dívidas de Angra 3. O banco concluiu que o melhor modelo seria a contratação de serviços de engenharia para a conclusão das obras e de financiamento no mercado – a ser remunerado pela tarifa de energia. Alexandre Silveira: Petrobras não pode ter único objetivo de "ter lucros exorbitantes"

G1

Thu, 25 Apr 2024 00:21:34 -0000 -

Proposta está em projeto de lei que regulamenta a reforma tributária. Governo busca terminar regulamentação será feita entre 2024 e 2025 para ter início, em 2026, a transição dos atuais impostos para o modelo de impostos não cumulativos. A área econômica divulgou nesta quarta-feira (24) sua proposta de regulamentação da reforma tributária sobre o consumo -- aprovada e promulgada no fim do ano passado -- e propôs que serviços ligados a escolas e hospitais particulares tenham um desconto de 60% no imposto pago. Também propôs que uma lista de 850 medicamentos tenham imposto reduzido, com abatimento de 60% no imposto pago -- como da tadalafila (que ajuda a aumentar o fluxo de sangue no pênis e pode auxiliar homens a manter uma ereção). Enquanto, para outros 383 medicamentos, como vacinas contra Covid-19, dengue e febre amarela, por exemplo, a proposta é que sejam isentos. Se aprovada a proposta, no caso dos serviços de saúde e educação particulares beneficiados, terão alíquota reduzida (40% do valor pago na chamada alíquota geral, que é paga pelos produtos e serviços não beneficiados). Com isso, o governo busca evitar que haja aumento nos preços. Por estarem no setor de serviços, na ponta (prestação direta para os contratantes e intensos em mão de obra), o setor entende que isso poderia ser repassado aos consumidores, elevando o preços de serviços de saúde (hospitais e laboratórios), assim como as escolas e universidades particulares, entre outros. O setor de serviços, que tem menos abatimentos do que a indústria, principalmente se estiver na prestação direta ao consumidor (ponta final da cadeia), alega que os novos impostos incidirão sobre 100% das despesas com folha de pagamento. Por isso, a Confederação Nacional de Bens, Serviços e Turismo (CNC) propõe que sejam oferecidos descontos nos impostos para empresas que geram mais postos de trabalho. A alíquota geral que será paga pelos setores sem benefício, segundo estimativas do governo, pode chegar a 27% -- uma das maiores do mundo. A alíquota final dos impostos, porém, só será conhecida nos próximos anos -- após a realização de um período de testes para "calibrar" o valor -- necessário para manter a carga tributária atual. Nesta semana, o secretário extraordinário do Ministério da Fazenda para a reforma tributária, Bernard Appy, observou que a PEC aprovada já continha benefícios para saúde e educação privada, e negou que todo o setor de serviços terá alta de tributos. Segundo ele, quem está no "meio da cadeia", consumindo insumos para a venda de produtos acabados a outras empresas, por exemplo, de produção poderá abater os tributos pagos em momentos anteriores -- o que não acontece atualmente. "Se o setor de serviços está no meio da cadeia, serviço prestado à empresas, ele com certeza absoluta vai ser beneficiado. Hoje pode até pagar ISS, mas não está pegando crédito. Por exemplo, energia elétrica. No novo modelo, vai recuperar 100% do crédito e vai transferir 100% para a etapa seguinte. O efeito final é que ele está reduzindo o custo líquido", avaliou Appy, durante evento na Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE). A proposta também contempla uma lista de dispositivos médicos, como cateteres e sondas, entre outros, com alíquota reduzida dos impostos sobre o consumo, assim como dispositivos de acessibilidade para pessoas com deficiência. O governo e estados também propuseram que uma lista de insumos agrícolas e aquícolas tenha imposto reduzido. Veja os serviços de saúde e educação com alíquota reduzida, pela proposta Ensino Infantil, inclusive creche e pré-escola Ensino Fundamental Ensino Médio Ensino Técnico de Nível Médio Ensino para jovens e adultos destinado àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria Ensino Superior, compreendendo os cursos e programas de graduação, pós-graduação, de extensão e cursos sequenciais Ensino de sistemas linguísticos de natureza visual-motora e de escrita tátil Ensino de línguas nativas de povos originários Educação especial destinada a portadores de deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, de modo isolado ou agregado a qualquer das etapas de educação Serviços cirúrgicos Serviços ginecológicos e obstétricos Serviços psiquiátricos Serviços prestados em Unidades de Terapia Intensiva Serviços de atendimento de urgência Serviços hospitalares não classificados em subposições anteriores Serviços de clínica médica Serviços médicos especializados Serviços odontológicos Serviços de enfermagem Serviços de fisioterapia Serviços laboratoriais Serviços de diagnóstico por imagem Serviços de bancos de material biológico humano Serviços de ambulância Serviços de assistência ao parto e pós-parto Serviços de psicologia Serviços de vigilância sanitária Serviços de epidemiologia Serviços de vacinação Serviços de fonoaudiologia Serviços de nutrição Serviços de optometria Serviços de instrumentação cirúrgica Serviços de biomedicina Serviços farmacêuticos Serviços de cuidado e assistência a idosos e pessoas com deficiência em unidades de acolhimento Veja os serviços de produções nacionais, artísticas, culturais, de eventos, jornalísticas a audiovisuais com alíquota reduzida, pela proposta Serviços de produção de programas de televisão, videoteipes e filmes Serviços de produção de programas de rádio Serviços de agências de notícias para jornais e periódicos Serviços de agências de notícias para mídia audiovisual Serviços de produção audiovisual, de apoio e relacionados não classificados em subposições anteriores Serviços de organização e promoção de atuações artísticas ao vivo Serviços de produção e apresentação de atuações artísticas ao vivo Serviços de atuação artística Serviços de autores, compositores, escultores, pintores e outros artistas, exceto os de atuação artística Serviços de museus Serviços de assistência e organização de convenções, feiras de negócios, exposições e outros eventos Licenciamento de direitos de obras literárias Licenciamento de direitos de autor de obras cinematográficas Licenciamento de direitos de autor de obras jornalísticas Licenciamento de direitos conexos de artistas intérpretes ou executantes em obras audiovisuais Licenciamento de direitos conexos de produtores de obras audiovisuais Licenciamento de direitos de obras audiovisuais destinadas à televisão Licenciamento de direitos de obras musicais e fonogramas Cessão temporária de direitos de obras literárias Cessão temporária de direitos de autor de obras cinematográficas Cessão temporária de direitos de autor de obras jornalísticas Cessão temporária de direitos conexos de artistas intérpretes ou executantes em obras audiovisuais Cessão temporária de direitos conexos de produtores de obras audiovisuais Cessão temporária de direitos de obras audiovisuais destinadas à televisão Cessão temporária de direitos de obras musicais e fonogramas Governo detalha regras para a implantação da reforma tributária; texto está no Congresso Regulamentação Pontos importantes, como o fim da cumulatividade, a cobrança dos impostos no destino, simplificação e fim de distorções na economia (como passeio de notas fiscais e do imposto cobrado "por dentro") já foram assegurados na PEC da reforma tributária -- aprovada e promulgada no fim do ano passado pelo Legislativo. Entretanto, vários temas sensíveis ficaram para o ano de 2024, pois o texto da PEC indica a necessidade de regulamentação de alguns assuntos por meio de projetos de lei. É o que o governo começou a enviar ao Legislativo nesta semana. Esse primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária possui cerca de 300 páginas, 500 artigos e vários anexos. Além disso, também traz oito páginas tratando apenas da revogação de regras atuais que serão extintas no futuro. Além desse projeto, disse ele, haverá outros dois: um sobre a transição na distribuição da receita (para os estados e municípios) e com questões relativas a contencioso administrativo; um para tratar das transferências de recursos aos fundos de desenvolvimento regional e de compensações de perdas dos estados. O cronograma da Fazenda prevê que a regulamentação será feita entre 2024 e 2025. Com o término dessa fase, poderá ter início, em 2026, a transição dos atuais impostos para o modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) --- com cobrança não cumulativa. Reforma tributária Pela proposta de emenda à Constituição (PEC), cinco tributos serão substituídos por dois Impostos sobre Valor Agregado (IVAs) — com legislação única, sendo um gerenciado pela União e outro com gestão compartilhada entre estados e municípios: ▶️ Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS): com gestão federal, vai unificar IPI, PIS e Cofins; ▶️ Imposto sobre Bens e Serviços (IBS): com gestão compartilhada estados e municípios, unificará ICMS (estadual) e ISS (municipal). ▶️ Além da CBS federal e do IBS estadual e municipal, será cobrado um imposto seletivo (sobre produtos nocivos à saúde) e um IPI sobre produtos produzidos pela Zona Franca de Manaus -- mas fora da região com benefício fiscal. Estimativas apontam que os futuros impostos sobre o consumo, para manter a atual carga tributária - considerada elevada -, somariam cerca de 27% - e estariam entre os maiores do mundo. A alíquota final dos impostos, porém, só será conhecida nos próximos anos -- após a realização de um período de testes para "calibrar" a alíquota. Impacto na economia, valor agregado e cobrança no destino O governo espera que, com a simplificação tributária, haja um aumento de produtividade e, consequentemente, redução de custos para consumidores e produtores, estimulando a economia. Analistas e o governo estimam que a reforma tributária sobre o consumo tem potencial para elevar o PIB potencial do Brasil em no mínimo 10% nas próximas décadas. Com a implementação do IVA, os tributos passariam a ser não cumulativos. Isso significa que, ao longo da cadeia de produção, os impostos seriam pagos uma só vez por todos os participantes do processo. Atualmente, cada etapa da cadeia paga os impostos individualmente, e eles vão se acumulando até o consumidor final. Com o IVA, as empresas poderiam abater, no recolhimento do imposto, o valor pago anteriormente na cadeia produtiva. Só recolheriam o imposto incidente sobre o valor agregado ao produto final. Outra mudança é que o tributo sobre o consumo (IVA) seria cobrado no "destino", ou seja, no local onde os produtos são consumidos, e não mais onde eles são produzidos. Há um período de transição de cerca de 50 anos da cobrança na origem para o destino. Isso contribuiria para combater a chamada "guerra fiscal", nome dado a disputa entre os estados para que empresas se instalem em seus territórios. Para isso, intensificam a concessão de benefícios fiscais.

G1

Thu, 25 Apr 2024 00:08:57 -0000 -


O cronograma da Fazenda prevê que a regulamentação será feita entre 2024 e 2025. Com o término dessa fase, poderá ter início, em 2026, a transição dos atuais impostos para o modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) -- com cobrança não cumulativa. A equipe econômica divulgou nesta quarta-feira (24) o primeiro projeto de lei para regulamentar a reforma tributária sobre o consumo - cuja Proposta de Emenda Constitucional (PEC) foi aprovada no ano passado e promulgada pelo Congresso Nacional. Esse texto, de 2023, trouxe apenas as linhas gerais da reforma tributária. Na PEC aprovada no ano passado, pontos importantes, como o fim da cumulatividade de tributos, a cobrança dos impostos no destino, simplificação e fim de distorções na economia (como passeio de notas fiscais e do imposto cobrado "por dentro") já foram assegurados. Entretanto, vários temas sensíveis ficaram para o ano de 2024, pois o texto da PEC indica a necessidade de regulamentação de alguns assuntos por meio de projetos de lei. É o que o governo começou a enviar ao Legislativo nesta semana. No primeiro projeto de regulamentação, entregue pelo ministro Haddad ao Legislativo nesta quarta-feira (24), o governo traz propostas para a cesta básica, para o "cashback" -- a devolução de impostos para a população de baixa renda -- e para o imposto seletivo, entre outros temas. Haddad entrega Projeto de Regulamentação de Reforma Tributária ao presidente da Câmara, Arthur Lira, nesta quarta-feira (24). Marina Ramos/Câmara dos Deputados Esse projeto inicial de regulamentação possui cerca de 300 páginas, 500 artigos e vários anexos. Além disso, também traz oito páginas tratando apenas da revogação de regras atuais que serão extintas no futuro. "Fizemos opção de fazer essa construção conjuntamente com os estados e municípios, pois estamos tratando de dois tributos que terão a mesma legislação. Não teria sentido fazer uma proposta do governo, sem considerar os estados e municípios. Nesse processo, buscamos ouvir o setor privado. Seria o ideal colocá-los em consulta pública, mas o prazo do Congresso acabou virando uma limitação", afirmou o secretário Bernard Appy, do Ministério da Fazenda, nesta terça-feira (23). Além desse projeto, disse ele, haverá outros dois: um sobre a transição na distribuição da receita (para os estados e municípios) e com questões relativas a contencioso administrativo; um para tratar das transferências de recursos aos fundos de desenvolvimento regional e de compensações de perdas dos estados. O cronograma da Fazenda prevê que a regulamentação será feita entre 2024 e 2025. Com o término dessa fase, poderá ter início, em 2026, a transição dos atuais impostos para o modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) --- com cobrança não cumulativa. Propostas no projeto Abaixo, veja as principais propostas no projeto apresentado: Cesta básica Governo propôs que cesta básica, com isenção de impostos, tenha menos produtos: Atualmente, segundo relatório do Comitê de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas (CMAP), formado por vários ministérios, feito em 2021, as regras atuais contemplam a desoneração de 745 alimentos diferentes abrangidos pelas leis de desoneração de tributos federais. A proposta do governo e estados limita a lista de produtos isentos e também de produtos com alíquota reduzida (desconto de 60%). Veja detalhes aqui. Cashback Equipe econômica recomendou 'cashback' às famílias com renda per capita de até meio salário-mínimo: Pela proposta, haverá devolução de 100% para do imposto pago no caso da CBS (IVA federal) e de 20% para o IBS (IVA estadual e municipal), no caso do gás de cozinha; de 50% para a CBS e 20% para o IBS, no caso de energia elétrica, água e esgoto; e de 20% para a CBS e para o IBS, nos demais casos. Veja detalhes aqui. 'Imposto do pecado' Governo propôs que 'imposto do pecado' seja cobrado sobre cigarros, bebidas alcoólicas, açucaradas, carros e petróleo. O objetivo é que bens e serviços que sejam prejudiciais à saúde e ao meio ambiente tenham um imposto maior do que o restante da economia. "As alíquotas a serem aplicadas serão definidas posteriormente por lei ordinária", diz o texto do projeto. Veja detalhes aqui. imposto menor para escolas, hospitais privados e medicamentos A área econômica propôs, com os estados, que serviços ligados a escolas e hospitais particulares tenham um desconto de 60% no imposto pago, assim como medicamentos. Se aprovada a proposta, esses serviços particulares terão, com isso, alíquota reduzida (40% do valor pago na chamada alíquota geral, que é paga pelos produtos e serviços não beneficiados). Com isso, o governo busca evitar que haja aumento nos preços. Veja detalhes aqui. Reforma tributária Pela proposta de emenda à Constituição (PEC), cinco tributos serão substituídos por dois Impostos sobre Valor Agregado (IVAs) — com legislação única, sendo um gerenciado pela União e outro com gestão compartilhada entre estados e municípios: ▶️ Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS): com gestão federal, vai unificar IPI, PIS e Cofins; ▶️ Imposto sobre Bens e Serviços (IBS): com gestão compartilhada estados e municípios, unificará ICMS (estadual) e ISS (municipal). ▶️ Além da CBS federal e do IBS estadual e municipal, será cobrado um imposto seletivo (sobre produtos nocivos à saúde) e um IPI sobre produtos produzidos pela Zona Franca de Manaus -- mas fora da região com benefício fiscal. Estimativas apontam que os futuros impostos sobre o consumo, para manter a atual carga tributária - considerada elevada -, somariam cerca de 27% - e estariam entre os maiores do mundo. A alíquota final dos impostos, porém, só será conhecida nos próximos anos -- após a realização de um período de testes para "calibrar" o valor -- necessário para manter a carga tributária atual. Governo detalha regras para a implantação da reforma tributária; texto está no Congresso Impacto na economia, valor agregado e cobrança no destino O governo espera que, com a simplificação tributária, haja um aumento de produtividade e, consequentemente, redução de custos para consumidores e produtores, estimulando a economia. Analistas e o governo estimam que a reforma tributária sobre o consumo tem potencial para elevar o PIB potencial do Brasil em no mínimo 10% nas próximas décadas. Com a implementação do IVA, os tributos passariam a ser não cumulativos. Isso significa que, ao longo da cadeia de produção, os impostos seriam pagos uma só vez por todos os participantes do processo. Atualmente, cada etapa da cadeia paga os impostos individualmente, e eles vão se acumulando até o consumidor final. Com o IVA, as empresas poderiam abater, no recolhimento do imposto, o valor pago anteriormente na cadeia produtiva. Só recolheriam o imposto incidente sobre o valor agregado ao produto final. Outra mudança é que o tributo sobre o consumo (IVA) seria cobrado no "destino", ou seja, no local onde os produtos são consumidos, e não mais onde eles são produzidos. Há um período de transição de cerca de 50 anos da cobrança na origem para o destino. Isso contribuiria para combater a chamada "guerra fiscal", nome dado a disputa entre os estados para que empresas se instalem em seus territórios. Para isso, intensificam a concessão de benefícios fiscais.

G1

Wed, 24 Apr 2024 23:57:29 -0000 -

Proposta está em projeto de lei que regulamenta a reforma tributária. Governo busca terminar regulamentação será feita entre 2024 e 2025 para ter início, em 2026, a transição dos atuais impostos para o modelo de impostos não cumulativos. O governo federal propôs, junto com os estados, que o imposto seletivo, chamado de "imposto do pecado", seja cobrado sobre cigarros, bebidas alcoólicas, sobre bebidas açucaradas, veículos poluentes e sobre a extração de minério de ferro, de petróleo e de gás natural. A proposta consta em projeto de regulamentação da reforma tributária sobre o consumo. O objetivo é que bens e serviços que sejam prejudiciais à saúde e ao meio ambiente tenham um imposto maior do que o restante da economia. "O presente Projeto especifica os produtos sobre os quais o Imposto Seletivo incidirá, bem como a forma pela qual se dará a tributação sobre cada categoria de produto. As alíquotas a serem aplicadas serão definidas posteriormente por lei ordinária", diz o texto do projeto. Deste modo, não é possível saber até o momento, entretanto, se a cobrança do imposto do pecado aumentará a carga tributária (valor cobrado em impostos) em relação ao sistema atual -- nos quais esses produtos já têm uma taxação mais alta. O Sindicato Nacional da Indústria das Cervejas (Sindicerv), que reúne 85% das fabricantes nacionais, estima que uma lata de cerveja contém, atualmente, cerca de 56% em impostos federais e estaduais. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), a carga tributária dos seguintes produtos é a seguinte: vinho é de cerca de 44% (nacional) e de 58% (importados). vodka e wiskie: 67%. cachaça: quase 82% refrigerantes: cerca de 45% O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimou que, em 2017, a carga tributária sobre os cigarros variou entre 69% a 83% do preço total. Segundo a Associação dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a carga tributária sobre carros varia entre 37% e 44% do valor do automóvel. Bruno Carazza comenta sobre a regulamentação da Reforma Tributária Argumentos Cigarros: "Em relação aos produtos fumígenos, estes são universalmente apontados como prejudiciais à saúde em uma vasta gama de estudos acadêmicos. Os produtos fumígenos de consumo mais difundido são os cigarros. A tributação incidente sobre esses produtos é um instrumento estatal notoriamente efetivo para desestimular o tabagismo (,...) O Projeto propõe, ainda, que os charutos, cigarrilhas e os cigarros artesanais possam ter o mesmo tratamento tributário dispensado aos demais produtos". Veículos poluentes: "A incidência do IS (imposto seletivo) sobre a aquisição de veículos, aeronaves e embarcações justifica-se por serem emissores de poluentes que causam danos ao meio ambiente e ao homem. Em relação aos veículos, a proposta é que as alíquotas do Imposto Seletivo incidam sobre veículos automotores classificados como automóveis e veículos comerciais leves e variem a partir de uma alíquota base, de acordo com os atributos de cada veículo (...) Assim, serão considerados para fins da alíquota final do Imposto Seletivo os seguintes atributos para cada veículo: (i) potência do veículo; (ii) eficiência energética; (iii) desempenho estrutural e tecnologias assistivas à direção; (iv) reciclabilidade de materiais; (v) pegada de carbono; e (vi) densidade tecnológica. Portanto, a alíquota base de cada veículo poderá ser majorada ou decrescida de acordo com os critérios elencados acima". Bebidas alcoólicas: "O consumo de bebidas alcoólicas representa grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Estudos da Organização Mundial da Saúde indicam que este consumo está associado a ampla gama de Doenças Crônicas Não Transmissíveis – DCNT, como doenças cardiovasculares, neoplasias e doenças hepáticas. Além disso, o uso excessivo de álcool está relacionado a problemas de saúde mental, bem como a ocorrência de violência e acidentes de trânsito (...) Como o efeito negativo de álcool está relacionado à quantidade de álcool consumida, propõe-se um modelo semelhante ao utilizado para os produtos do fumo, pelo qual a tributação se dará através de uma alíquota específica (por quantidade de álcool) e uma alíquota ad valorem". Bebidas açucaradas: "Há consistentes evidências de que o consumo de bebidas açucaradas prejudica a saúde e aumenta as chances de obesidade e diabetes em diversos estudos realizados pela Organização Mundial da Saúde – OMS. E a tributação foi considerada pela OMS como um dos principais instrumentos para conter a demanda deste tipo de produto. Neste sentido, segundo a OMS, oitenta e três países membros da organização já tributam bebidas açucaradas, principalmente refrigerantes. Considerando que o setor econômico possui uma estrutura concentrada nos fabricantes e fragmentada nas fases de distribuição e varejo, o anteprojeto estabelece como contribuinte o fabricante na primeira venda, o importador na importação e o arrematante na hipótese de arrematação em hasta pública". Minerais extraídos: "O Projeto propõe a incidência do IS sobre a extração de minério de ferro, de petróleo e de gás natural. A proposta prevê a incidência do IS na primeira comercialização pela empresa extrativista, ainda que o minério tenha como finalidade a exportação. Há também hipótese de incidência na transferência não onerosa de bem mineral extraído ou produzido (...) Está prevista a redução da alíquota a zero para o gás natural que seja destinado à utilização como insumo em processo industrial". Regulamentação Pontos importantes, como o fim da cumulatividade, a cobrança dos impostos no destino, simplificação e fim de distorções na economia (como passeio de notas fiscais e do imposto cobrado "por dentro") já foram assegurados na PEC da reforma tributária -- aprovada e promulgada no fim do ano passado pelo Legislativo. Entretanto, vários temas sensíveis ficaram para o ano de 2024, pois o texto da PEC indica a necessidade de regulamentação de alguns assuntos por meio de projetos de lei. É o que o governo começou a enviar ao Legislativo nesta semana. Esse primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária possui cerca de 300 páginas, 500 artigos e vários anexos. Além disso, também traz oito páginas tratando apenas da revogação de regras atuais que serão extintas no futuro. Além desse projeto, disse ele, haverá outros dois: um sobre a transição na distribuição da receita (para os estados e municípios) e com questões relativas a contencioso administrativo; um para tratar das transferências de recursos aos fundos de desenvolvimento regional e de compensações de perdas dos estados. O cronograma da Fazenda prevê que a regulamentação será feita entre 2024 e 2025. Com o término dessa fase, poderá ter início, em 2026, a transição dos atuais impostos para o modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) --- com cobrança não cumulativa. Reforma tributária Pela proposta de emenda à Constituição (PEC), cinco tributos serão substituídos por dois Impostos sobre Valor Agregado (IVAs) — com legislação única, sendo um gerenciado pela União e outro com gestão compartilhada entre estados e municípios: ▶️ Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS): com gestão federal, vai unificar IPI, PIS e Cofins; ▶️ Imposto sobre Bens e Serviços (IBS): com gestão compartilhada estados e municípios, unificará ICMS (estadual) e ISS (municipal). ▶️ Além da CBS federal e do IBS estadual e municipal, será cobrado um imposto seletivo (sobre produtos nocivos à saúde) e um IPI sobre produtos produzidos pela Zona Franca de Manaus -- mas fora da região com benefício fiscal. Estimativas apontam que os futuros impostos sobre o consumo, para manter a atual carga tributária - considerada elevada -, somariam cerca de 27% - e estariam entre os maiores do mundo. A alíquota final dos impostos, porém, só será conhecida nos próximos anos -- após a realização de um período de testes para "calibrar" o valor -- necessário para manter a carga tributária atual. Impacto na economia, valor agregado e cobrança no destino O governo espera que, com a simplificação tributária, haja um aumento de produtividade e, consequentemente, redução de custos para consumidores e produtores, estimulando a economia. Analistas e o governo estimam que a reforma tributária sobre o consumo tem potencial para elevar o PIB potencial do Brasil em no mínimo 10% nas próximas décadas. Com a implementação do IVA, os tributos passariam a ser não cumulativos. Isso significa que, ao longo da cadeia de produção, os impostos seriam pagos uma só vez por todos os participantes do processo. Atualmente, cada etapa da cadeia paga os impostos individualmente, e eles vão se acumulando até o consumidor final. Com o IVA, as empresas poderiam abater, no recolhimento do imposto, o valor pago anteriormente na cadeia produtiva. Só recolheriam o imposto incidente sobre o valor agregado ao produto final. Outra mudança é que o tributo sobre o consumo (IVA) seria cobrado no "destino", ou seja, no local onde os produtos são consumidos, e não mais onde eles são produzidos. Há um período de transição de cerca de 50 anos da cobrança na origem para o destino. Isso contribuiria para combater a chamada "guerra fiscal", nome dado a disputa entre os estados para que empresas se instalem em seus territórios. Para isso, intensificam a concessão de benefícios fiscais.

G1

Wed, 24 Apr 2024 23:46:12 -0000 -

Proposta está em projeto de lei que regulamenta a reforma tributária. Governo busca terminar regulamentação será feita entre 2024 e 2025 para ter início, em 2026, a transição dos atuais impostos para o modelo de impostos não cumulativos. A equipe econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs, por meio de projeto de regulamentação da reforma tributária, a devolução de imposto pago para a população inscrita no Cadastro Único (CadUnico) do governo federal. Pela proposta, a devolução de impostos será destinada às famílias com renda per capita de até meio salário-mínimo Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), o Cadastro Único tinha, em março deste ano, quase 42 milhões de famílias cadastradas -- um total de 96,5 milhões de pessoas. Quase metade de toda população brasileira, estimada em 203 milhões em 2022. Pela proposta, haverá devolução de: 100% para do imposto pago no caso da CBS (IVA federal) e de 20% para o IBS (IVA estadual e municipal), no caso do gás de cozinha 50% para a CBS e 20% para o IBS, no caso de energia elétrica, água e esgoto; 20% para a CBS e para o IBS, nos demais casos. "A autonomia federativa é preservada ao se prever que os entes poderão, por lei específica, fixar percentuais superiores de devolução da sua parcela da CBS ou do IBS (não podendo exceder 100%)", diz a proposta. 73 milhões teriam direito ao 'cashback' de impostos na reforma tributária, diz Fazenda Regulamentação Pontos importantes, como o fim da cumulatividade, a cobrança dos impostos no destino, simplificação e fim de distorções na economia (como passeio de notas fiscais e do imposto cobrado "por dentro") já foram assegurados na PEC da reforma tributária -- aprovada e promulgada no fim do ano passado pelo Legislativo. Entretanto, vários temas sensíveis ficaram para o ano de 2024, pois o texto da PEC indica a necessidade de regulamentação de alguns assuntos por meio de projetos de lei. É o que o governo começou a enviar ao Legislativo nesta semana. Esse primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária possui cerca de 300 páginas, 500 artigos e vários anexos. Além disso, também traz oito páginas tratando apenas da revogação de regras atuais que serão extintas no futuro. Além desse projeto, disse ele, haverá outros dois: um sobre a transição na distribuição da receita (para os estados e municípios) e com questões relativas a contencioso administrativo; um para tratar das transferências de recursos aos fundos de desenvolvimento regional e de compensações de perdas dos estados. O cronograma da Fazenda prevê que a regulamentação será feita entre 2024 e 2025. Com o término dessa fase, poderá ter início, em 2026, a transição dos atuais impostos para o modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) --- com cobrança não cumulativa. Reforma tributária Pela proposta de emenda à Constituição (PEC), cinco tributos serão substituídos por dois Impostos sobre Valor Agregado (IVAs) — com legislação única, sendo um gerenciado pela União e outro com gestão compartilhada entre estados e municípios: ▶️ Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS): com gestão federal, vai unificar IPI, PIS e Cofins; ▶️ Imposto sobre Bens e Serviços (IBS): com gestão compartilhada estados e municípios, unificará ICMS (estadual) e ISS (municipal). ▶️ Além da CBS federal e do IBS estadual e municipal, será cobrado um imposto seletivo (sobre produtos nocivos à saúde) e um IPI sobre produtos produzidos pela Zona Franca de Manaus -- mas fora da região com benefício fiscal. Estimativas apontam que os futuros impostos sobre o consumo, para manter a atual carga tributária - considerada elevada -, somariam cerca de 27% - e estariam entre os maiores do mundo. A alíquota final dos impostos, porém, só será conhecida nos próximos anos -- após a realização de um período de testes para "calibrar" o valor -- necessário para manter a carga tributária atual. Impacto na economia, valor agregado e cobrança no destino O governo espera que, com a simplificação tributária, haja um aumento de produtividade e, consequentemente, redução de custos para consumidores e produtores, estimulando a economia. Analistas e o governo estimam que a reforma tributária sobre o consumo tem potencial para elevar o PIB potencial do Brasil em no mínimo 10% nas próximas décadas. Com a implementação do IVA, os tributos passariam a ser não cumulativos. Isso significa que, ao longo da cadeia de produção, os impostos seriam pagos uma só vez por todos os participantes do processo. Atualmente, cada etapa da cadeia paga os impostos individualmente, e eles vão se acumulando até o consumidor final. Com o IVA, as empresas poderiam abater, no recolhimento do imposto, o valor pago anteriormente na cadeia produtiva. Só recolheriam o imposto incidente sobre o valor agregado ao produto final. Outra mudança é que o tributo sobre o consumo (IVA) seria cobrado no "destino", ou seja, no local onde os produtos são consumidos, e não mais onde eles são produzidos. Há um período de transição de cerca de 50 anos da cobrança na origem para o destino. Isso contribuiria para combater a chamada "guerra fiscal", nome dado a disputa entre os estados para que empresas se instalem em seus territórios. Para isso, intensificam a concessão de benefícios fiscais.

G1

Wed, 24 Apr 2024 23:20:18 -0000 -

Proposta está em projeto de lei que regulamenta a reforma tributária. Governo busca terminar regulamentação será feita entre 2024 e 2025 para ter início, em 2026, a transição dos atuais impostos para o modelo de impostos não cumulativos. O governo propôs, juntamente com os estados, uma redução no número de produtos para a cesta básica nacional, que contará com isenção dos futuros impostos sobre o consumo (CBS, o imposto sobre valor agregado do governo federal, e o IBS dos estados e municípios). A cesta básica, por definição, pressupõe um conjunto mínimo de bens que deveria conter para atender às necessidades de uma família. A depender da definição utilizada, o termo pode se referir apenas aos alimentos incluídos na rotina da família ou incluir outros itens, como produtos de limpeza e higiene pessoal. Cesta básica: entenda o que dizem as leis sobre e o que pode mudar com a reforma tributária "Coerentemente com esta diretriz, no Projeto, um dos princípios norteadores para a seleção dos alimentos a serem beneficiados por alíquotas favorecidas foi a priorização dos alimentos in natura ou minimamente processados e dos ingredientes culinários, seguindo-se as recomendações de alimentação saudável e nutricionalmente adequada do Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde", diz a proposta do governo e dos estados. Uma segunda diretriz da proposta, de acordo com o texto, foi a priorização de alimentos majoritariamente consumidos pelos mais pobres, com o propósito de assegurar que o máximo possível do benefício tributário seja apropriado pelas famílias de baixa renda. "Para embasar a seleção destes alimentos, foi construído um indicador que mensura a relação entre o quanto cada alimento pesa no orçamento de alimentos das famílias de baixa renda e o quanto pesa no orçamento de alimentos das demais famílias, a partir das informações da Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE", informa o documento. E acrescentou ainda: "O terceiro e último dos princípios que norteou a seleção dos alimentos foi assegurar que os alimentos da atual Cesta Básica do PIS/Cofins tenham sua tributação reduzida, com exceção daqueles de consumo muito concentrado entre os mais ricos", diz o texto. Reforma tributária: governo propõe cesta básica nacional livre de impostos Cesta básica atual Atualmente, segundo relatório do Comitê de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas (CMAP), formado por vários ministérios, feito em 2021, as regras atuais contemplam a desoneração de 745 alimentos diferentes abrangidos pelas leis de desoneração de tributos federais. A cesta básica atual contém itens que não são necessariamente consumidos pela população de baixa renda, mas que são isentos de impostos federais. Tais como: salmão; bacalhau; queijos como ricota e provolone; fígado de pato e de ganso ("foie gras"); óleo de coco; cogumelos e trufas; nozes, macadâmia e tâmaras. Nova cesta básica nacional Alíquota zero A cesta básica com alíquota zero, proposta pelo governo, tem menos produtos. São eles: Arroz Leite fluido pasteurizado ou industrializado, na forma de ultrapasteurizado, leite em pó, integral, semidesnatado ou desnatado; e fórmulas infantis definidas por previsão legal específica; Manteiga Margarina Feijões Raízes e tubérculos Cocos Café Óleo de soja Farinha de mandioca Farinha, grumos e sêmolas, de milho, e grãos esmagados ou em flocos, de milho Farinha de trigo Açúcar Massas alimentícias Pão do tipo comum (contendo apenas farinha de cereais, fermento biológico, água e sal) Desconto de 60% no valor dos impostos Carnes bovina, suína, ovina, caprina e de aves e produtos de origem animal (exceto Foies gras) e miudezas comestíveis de ovinos e caprinos Peixes e carnes de peixes (exceto salmonídeos, atuns; bacalhaus, hadoque, saithe e ovas e outros subprodutos) Crustáceos (exceto lagostas e lagostim) Leite fermentado, bebidas e compostos lácteos; Queijos tipo mozarela, minas, prato, queijo de coalho, ricota, requeijão, queijo provolone, queijo parmesão, queijo fresco não maturado e queijo do reino; Mel natural Mate Farinha, grumos e sêmolas, de cerais; grãos esmagados ou em flocos, de cereais Tapioca e seus sucedâneos Massas alimentícias Sal de mesa iodado Sucos naturais de fruta ou de produtos hortícolas sem adição de açúcar ou de outros edulcorantes e sem conservantes Polpas de frutas sem adição de açúcar ou de outros edulcorantes e sem conservantes Associação de supermercados A proposta do governo federal para a nova cesta básica, sem a cobrança de impostos, contraria a sugestão da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). A entidade divulgou uma proposta, no começo deste mês, que prevê uma desoneração para uma ampla gama de produtos -- cerca de 600 itens (nomenclaturas comuns do Mercosul - NCMs). Entre os produtos com imposto zero, a Abras propôs que fossem incluídos o foie gras (fígado gordo de pato ou ganso), o bacalhau, trufas (fungos subterrâneos, ingrediente caro usado em pratos e doces requintados) e lagostas. Entenda a discussão Ao desonerar a cesta básica, o governo abre mão de arrecadação. Isso agrava o rombo das contas públicas - que somou R$ 230 bilhões no ano passado. O governo busca zerar o déficit neste ano. Segundo estimativa da Receita Federal, a desoneração da cesta básica custará R$ 39 bilhões aos cofres públicos em 2024. Além da renúncia de fiscal, ou seja, do valor que o governo deixa de arrecadar, outra discussão é o impacto da cesta básica no tamanho do imposto que será cobrado sobre o consumo de outros produtos -- a chamada alíquota geral. Estimada, por enquanto, em cerca de 27,5% - entre as maiores do mundo -, a alíquota geral dos futuros IVAs (impostos sobre o consumo) pode ser ainda mais pressionada para cima se a lista dos produtos incluídos na cesta básica com alíquota zero for muito extensa. Alguns estudos apontam que o uso do "cashback" (devolução dos impostos pagos na cesta básica) seria uma alternativa menos custosa e mais eficaz para beneficiar a camada mais pobre da população, favorecendo a redistribuição de renda. Regulamentação da reforma tributária Pontos importantes, como o fim da cumulatividade, a cobrança dos impostos no destino, simplificação e fim de distorções na economia (como passeio de notas fiscais e do imposto cobrado "por dentro") já foram assegurados na PEC da reforma tributária -- aprovada e promulgada no fim do ano passado pelo Legislativo. Entretanto, vários temas sensíveis ficaram para o ano de 2024, pois o texto da PEC indica a necessidade de regulamentação de alguns assuntos por meio de projetos de lei. É o que o governo começou a enviar ao Legislativo nesta semana. Esse primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária possui cerca de 300 páginas, 500 artigos e vários anexos. Além disso, também traz oito páginas tratando apenas da revogação de regras atuais que serão extintas no futuro. Além desse projeto, disse ele, haverá outros dois: um sobre a transição na distribuição da receita (para os estados e municípios) e com questões relativas a contencioso administrativo; um para tratar das transferências de recursos aos fundos de desenvolvimento regional e de compensações de perdas dos estados. O cronograma da Fazenda prevê que a regulamentação será feita entre 2024 e 2025. Com o término dessa fase, poderá ter início, em 2026, a transição dos atuais impostos para o modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) --- com cobrança não cumulativa. Pontos básicos Pela proposta de emenda à Constituição (PEC), cinco tributos serão substituídos por dois Impostos sobre Valor Agregado (IVAs) — com legislação única, sendo um gerenciado pela União e outro com gestão compartilhada entre estados e municípios: ▶️ Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS): com gestão federal, vai unificar IPI, PIS e Cofins; ▶️ Imposto sobre Bens e Serviços (IBS): com gestão compartilhada estados e municípios, unificará ICMS (estadual) e ISS (municipal). ▶️ Além da CBS federal e do IBS estadual e municipal, será cobrado um imposto seletivo (sobre produtos nocivos à saúde) e um IPI sobre produtos produzidos pela Zona Franca de Manaus -- mas fora da região com benefício fiscal. Estimativas apontam que os futuros impostos sobre o consumo, para manter a atual carga tributária - considerada elevada -, somariam cerca de 27% - e estariam entre os maiores do mundo. A alíquota final dos impostos, porém, só será conhecida nos próximos anos -- após a realização de um período de testes para "calibrar" o valor -- necessário para manter a carga tributária atual. Impacto na economia, valor agregado e cobrança no destino O governo espera que, com a simplificação tributária, haja um aumento de produtividade e, consequentemente, redução de custos para consumidores e produtores, estimulando a economia. Analistas e o governo estimam que a reforma tributária sobre o consumo tem potencial para elevar o PIB potencial do Brasil em no mínimo 10% nas próximas décadas. Com a implementação do IVA, os tributos passariam a ser não cumulativos. Isso significa que, ao longo da cadeia de produção, os impostos seriam pagos uma só vez por todos os participantes do processo. Atualmente, cada etapa da cadeia paga os impostos individualmente, e eles vão se acumulando até o consumidor final. Com o IVA, as empresas poderiam abater, no recolhimento do imposto, o valor pago anteriormente na cadeia produtiva. Só recolheriam o imposto incidente sobre o valor agregado ao produto final. Outra mudança é que o tributo sobre o consumo (IVA) seria cobrado no "destino", ou seja, no local onde os produtos são consumidos, e não mais onde eles são produzidos. Há um período de transição de cerca de 50 anos da cobrança na origem para o destino. Isso contribuiria para combater a chamada "guerra fiscal", nome dado a disputa entre os estados para que empresas se instalem em seus territórios. Para isso, intensificam a concessão de benefícios fiscais.

G1

Wed, 24 Apr 2024 23:15:21 -0000 -


Duas apostas que acertaram cinco dezenas e dois trevos vão levar R$ 278,3 mil cada. Próximo sorteio será no sábado (27). Volantes do concurso +Milionária, da Caixa Econômica Federal. Marcello Casal Jr/Agência Brasil 2 O sorteio do concurso 141 da +Milionária foi realizado na noite desta quarta-feira (24), em São Paulo, e nenhuma aposta acertou a combinação de seis dezenas e dois trevos. Com isso, o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 177 milhões. De acordo com a Caixa Econômica Federal, duas apostas acertaram cinco dezenas e dois trevos e vão levar R$ 278.310,37 cada. Veja os números sorteados: Dezenas: 02 - 20 - 21 - 30 - 40 - 44 Trevos: 3 - 6 Os outros ganhadores foram: 5 acertos + 1 ou nenhum trevo - 19 apostas ganhadoras: R$ 13.020,37 4 acertos + 2 trevos - 122 apostas ganhadoras: R$ 2.172,60 4 acertos + 1 ou nenhum trevo - 1724 apostas ganhadoras: R$ 153,74 3 acertos + 2 trevos - 2309 apostas ganhadoras: R$ 50 3 acertos + 1 trevo - 18018 apostas ganhadoras: R$ 24 2 acertos + 2 trevos - 19528 apostas ganhadoras: R$ 12 2 acertos + 1 trevo - 146253 apostas ganhadoras: R$ 6 +Milionária, concurso 141 Reprodução/Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo mais abaixo) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que chegam a R$ 83,1 mil. A +Milionária teve seu primeiro sorteio em maio de 2022. Na época, a Caixa informou que ela foi a primeira modalidade "a oferecer prêmio mínimo de dois dígitos de milhões". Cada concurso distribui o valor mínimo de R$ 10 milhões. Saiba mais aqui. Além disso, a +Milionária se destaca por ter dez faixas de premiação. São elas: 6 acertos + 2 trevos 6 acertos + 1 ou nenhum trevo 5 acertos + 2 trevos 5 acertos + 1 ou nenhum trevo 4 acertos + 2 trevos 4 acertos + 1 ou nenhum trevo 3 acertos + 2 trevos 3 acertos + 1 trevo 2 acertos + 2 trevos 2 acertos + 1 trevo Veja no vídeo abaixo como jogar na +Milionária: +Milionaria: veja como jogar na nova loteria da Caixa

G1

Wed, 24 Apr 2024 23:03:03 -0000 -


Informação foi dada pelo ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, em conversa com jornalistas. Governo analisa renovação de contratos de 20 empresas de distribuição. O Ministério de Minas e Energia vai impor regras mais duras nos novos contratos das distribuidoras de energia elétrica, com menos restrições para cassar as concessões. A informação foi dada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em conversa com jornalistas nesta quarta-feira (24). O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira. Divulgação/Secom/MME "Hoje, [para] a caducidade ou a intervenção, mas em especial a caducidade, os contratos têm mecanismos de defesa muito desequilibrados a favor das distribuidoras. Nós vamos tornar mais rígidos os critérios e ao mesmo tempo vamos tornar os mecanismos do Estado mais fortes para caso o descumprimento das regras", afirmou o ministro. De acordo com Silveira, as regras atuais dos contratos de distribuição tornam a declaração de caducidade, ou seja, a cassação do contrato "inviável". "Uma aventura de uma declaração de uma caducidade pode custar muito aos cofres da União porque eles têm muitos direitos, muito mais direitos que deveres", declarou o ministro. Silveira disse que a pasta discute ainda barrar a renovação no caso de empresas que estejam enfrentando processo de cassação de contratos. Essa regra pode ser estendida a empresas do mesmo grupo econômico – ou seja, um eventual processo de cassação da Enel SP pode afetar renovação do grupo em outras localidades, como no Rio de Janeiro, por exemplo. Novas regras Segundo Silveira, o governo deve cobrar algumas premissas no processo de renovação das concessões, como: aumento das exigências para duração e frequência das interrupções no fornecimento de energia; medição de percepção social da qualidade de serviços, que no lugar de ser medida sobre a área de concessão da distribuidora, deve ser em territórios menores – como bairros, por exemplo; maior investimento das distribuidoras nas redes de média e baixa tensão; criar uma linha mais próxima entre distribuidoras e prefeituras. Leia também: Quem pode suspender concessão da Enel? Com fim do contrato em 2028, especialistas dizem não haver tempo para definir novo operador Em 5 anos, multas do Procon contra Enel por interrupção de energia e cobranças indevidas superam R$ 51 milhões 20 empresas No momento, o governo está definindo os critérios para renovar por mais 30 anos os contratos de 20 empresas de distribuição, que atendem a cerca de 60% do mercado. Entre as empresas, estão Enel SP e Light, por exemplo. As primeiras concessões começam a vencer em 2025, com a EDP do Espírito Santo. A distribuidora já pediu a renovação, mas o governo ainda precisa definir as diretrizes por meio de um decreto. Segundo o ministro, a pasta deve concluir a norma na próxima semana. Atualmente, o Ministério de Minas e Energia tem um processo de cassação em andamento: o da Amazonas Energia. A extinção do contrato foi recomendada pela Aneel em novembro de 2023, depois de verificar que a empresa não tem condições financeiras de manter a concessão. A Amazonas Energia foi intimada pela agência em setembro de 2022, dando início ao processo de caducidade. "Não tem nenhuma dúvida que a única forma da Amazonas Energia sobreviver é com mudança regulatória legal", disse Silveira. Alexandre Silveira: Petrobras não pode ter único objetivo de "ter lucros exorbitantes"

G1

Wed, 24 Apr 2024 23:01:54 -0000 -


Ministro de Minas e Energia disse que uma das contrapartidas pode ser antecipação da negociação de regras de venda da energia e previsibilidade nas tarifas de serviços. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta quarta-feira (24) que vai pedir contrapartidas do Paraguai no processo de negociação da tarifa de serviços da usina hidrelétrica de Itaipu. Ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira. TON MOLINA/ESTADÃO CONTEÚDO "Se tiver qualquer concessão do Brasil, tem que ter contrapartida delas", afirmou em conversa com jornalistas. Brasil e Paraguai estão em impasse sobre o valor a ser cobrado pela energia de Itaipu. Os paraguaios querem um preço em torno de US$ 22 por quilowatt-mês (KW), enquanto o Brasil pretende manter a tarifa em US$ 16,71 por KWh. Para os brasileiros, uma tarifa alta significa maior custo de energia. Já os paraguaios têm na venda da energia de Itaipu uma fonte de recursos importante para a realização de investimentos. "Tem outras questões que atendem ao interesse do Brasil de curto e médio prazo e essas questões eu vou levar ao Paraguai semana que vem", declarou Silveira. Hidrelétrica de Itaipu produz a maior quantidade de energia dos últimos 5 anos Sem aumento O ministro disse que um dos pontos seria colocar um prazo para a negociação do Anexo C do Tratado de Itaipu – que define as regras de comercialização da energia da usina. Contudo, Silveira disse que não admite aumento na tarifa cobrada pelas distribuidoras que compram energia de Itaipu. A tarifa de serviços de Itaipu é um dos componentes da tarifa cobrada pelas distribuidoras, definida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). "Temos que manter a portaria que foi aprovada pela Aneel, quando no princípio da nossa gestão a gente reduziu a tarifa. A verdade é essa, na época era de US$ 20,90 para US$ 16,71. Então essa premissa para a gente é inexorável", disse Silveira. Em dezembro, por falta de consenso entre os dois países, a Aneel definiu uma tarifa provisória de US$ 17,66 por quilowatt-hora (Kwh) – considerada nos reajustes das tarifas das distribuidoras do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, que compram energia de Itaipu. O ministro disse que voltou "mais otimista" de viagem ao Paraguai, na última semana. "Eu não acredito que passará das próximas duas ou três semanas o desfecho desse acordo", declarou. Entenda a tarifa A tarifa de serviços de Itaipu é chamada de Custo Unitário de Serviços de Eletricidade (Cuse). É um encargo pago por brasileiros e paraguaios para cobrir os custos de Itaipu com: administração, operação e manutenção da usina; repasses em royalties e participações governamentais pelo uso da água; dívida de construção da usina.

G1

Wed, 24 Apr 2024 23:00:06 -0000 -

Senacon também determinou que a empresa apresente os procedimentos de reparação que são aplicados pela empresa em casos como esse. A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), ligada ao Ministério da Justiça, notificou nesta quarta-feira (24) a companhia aérea Gol para explicar a morte de um cachorro que foi transportado pela companhia. Nas explicações, a empresa deverá detalhar a metodologia e a política de transporte de animais. A Senacon também determina que a Gol apresente os procedimentos de reparação que são aplicados pela empresa em casos como esse. O prazo para a Gol enviar essas informações é de dois dias. Ministro anuncia investigação federal na Anac após morte do cão Joca na Grande SP Cachorro tinha 5 anos O cachorro que morreu era da raça golden retriever e tinha cinco anos. Segundo o tutor do golden retriever, o veterinário tinha dado um atestado indicando que o animal suportaria uma viagem de duas horas e meia. Mas a Gol errou o destino. O pet deveria ter sido levado do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, para Sinop (MT), mas foi colocado num avião que embarcou para Fortaleza (CE). O animal acabou sendo mandado de volta para Guarulhos e, quando o tutor chegou para encontrá-lo, o cão estava morto.

G1

Wed, 24 Apr 2024 22:32:45 -0000 -

O projeto de regulamentação da reforma tributária foi entregue pelo ministro Fernando Haddad nesta quarta-feira (24) ao Congresso Nacional. O secretário extraordinário do Ministério da Fazenda para a reforma tributária, Bernard Appy, estimou nesta quarta-feira (24) que a alíquota média dos tributos sobre o consumo na reforma tributária está em 26,5%. "A estimativa é muito próxima do que tinha antes. Com o desenho, de 25,7% a 27,3%, com uma média de 26,5%. A referência é a media, mas a expectativa é que seja ainda menor", declarou Appy, na Câmara dos Deputados. Haddad entrega regras para reforma tributária Em novembro do ano passado, a projeção era de que a alíquota poderia ser um pouco maior: de 27,5%. De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o sistema digital nos novos impostos sobre valor agregado, que vai possibilitar uma queda na evasão de impostos e aumentar a base tributária, tende a fazer com que essa alíquota seja mais baixa do que os 26,5% estimados nesta semana. O ministro alega que, atualmente, os tributos cobrados sobre o consumo no país são maiores ainda, em cerca de 34% – há dificuldade em calcular os impostos porque eles estão embutidos nos preços dos produtos. Em 26,5%, a alíquota, estimada pelo governo federal para os futuros impostos sobre o consumo, seria uma das mais altas do mundo, segundo dados da Tax Foundation – uma organização sem fins lucrativos que atua há mais de 80 anos fazendo avaliações sobre impostos e coletando dados. Essa é apenas uma estimativa da futura alíquota. O valor final da alíquota final dos impostos só será conhecido nos próximos anos – após a realização de um período de testes para "calibrar" o valor – necessário para manter a carga tributária atual. Reforma tributária: imposto de 25% sobre o consumo seria um dos maiores do mundo Imposto em outros países De acordo com informações da Tax Foundation, mais de 170 países adotam o modelo de cobrança do IVA, incluindo todos os países europeus. A média do IVA nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o chamado "clube dos ricos", é de 19%; A taxa padrão média da União Europeia é de 21%, seis pontos percentuais acima da taxa mínima de IVA exigida pela regulamentação da região; Japão tem um imposto sobre valor agregado de 10%; Hungria tem o maior IVA do mundo em 27%; Croácia, Dinamarca e Suécia possuem um imposto sobre o consumo de 25%; Luxemburgo tem uma taxa de 16%, Malta de 18% e Alemanha de 19%. A única grande economia do mundo sem IVA são os Estados Unidos. No país, cada estado tem seu próprio regime sobre vendas, em vez de um imposto federal. A média dos impostos sobre o consumo nos EUA, porém, é baixa: de 7,4%. Reforma tributária O projeto de regulamentação da reforma tributária foi entregue pelo ministro Fernando Haddad nesta quarta-feira (24) ao Congresso Nacional. O documento busca detalhar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC), que foi aprovada no ano passado e promulgada pelo Congresso Nacional. Esse texto, de 2023, trouxe apenas as linhas gerais da reforma tributária. Na PEC aprovada no ano passado, pontos importantes, como o fim da cumulatividade de tributos, a cobrança dos impostos no destino, simplificação e fim de distorções na economia (como passeio de notas fiscais e do imposto cobrado "por dentro") já foram assegurados. Como a Reforma Tributária vai simplificar a definição de preços Entretanto, vários temas sensíveis ficaram para o ano de 2024, pois o texto da PEC indica a necessidade de regulamentação de alguns assuntos por meio de projetos de lei. É o que o governo começou a enviar ao Legislativo nesta semana. Nesse primeiro projeto de regulamentação, entregue nesta quarta, o governo trouxe propostas para a cesta básica, para o "cashback" -- a devolução de impostos para a população de baixa renda -- e para o imposto seletivo, entre outros temas. O documento, entretanto, ainda não foi tornado público.

G1

Wed, 24 Apr 2024 21:31:52 -0000 -


O cronograma da Fazenda prevê que a regulamentação será feita entre 2024 e 2025. Com o término dessa fase, poderá ter início, em 2026, a transição dos atuais impostos para o modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) --- com cobrança não cumulativa. Haddad entrega regras para reforma tributária O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi ao Congresso nesta quarta-feira (24) entregar o primeiro projeto de lei para regulamentar a reforma tributária sobre o consumo. Haddad fez a entrega pessoalmente a Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara. A reforma foi aprovada via proposta de emenda à Constituição (PEC) no ano passado. Esse texto, de 2023, trouxe apenas as linhas gerais da reforma tributária (veja detalhes mais abaixo). Agora, é preciso aprovar a regulamentação, que será feita via projetos de lei. Entre os pontos a ser regulamentados estão a unificação de tributos, os produtos que vão compor a cesta básica e o chamado “imposto do pecado”, criado para desestimular artigos nocivos à saúde e ao meio ambiente. Haddad entrega Projeto de Regulamentação de Reforma Tributária ao presidente da Câmara, Arthur Lira, nesta quarta-feira (24). Marina Ramos/Câmara O governo ainda não divulgou os detalhes do texto do projeto que entregou para a Câmara. Esse primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária possui cerca de 300 páginas, 500 artigos e vários anexos. Além disso, também traz oito páginas tratando apenas da revogação de regras atuais que serão extintas no futuro. Um ponto importante a ser definido é o valor do imposto sobre valor agregado (IVA), que vai substituir uma série de tributos hoje existentes. Segundo o secretário da reforma tributária, Bernad Appy, esse valor deve ficar em torno de 26%. Haddad disse que quer um valor menor que 34%, mas que isso dependerá das exceções à regra, ou seja, de quantos setores poderão pagar IVAs diferentes. Vários setores buscam ser beneficiados nesse ponto. "Uma coisa que é importante frisar é que temos hoje uma alíquota de 34%. Queremos baixar essa alíquota. Agora, isso vai depender das exceções à regra e da digitalização para diminuir a evasão e ampliar a base tributária", completou Haddad. Ainda de acordo com Haddad, a reforma tributária e sua regulamentação vão dinamizar a economia, remover obstáculos ao setor produtivo e baratear textos para o consumidor: "Isso significa dizer que os investimentos no Brasil serão desonerados, exportações serão desoneradas, consumos de produtores populares, alimentos, produtos industrializados consumidos por famílias mais pobres terão preço melhor. Isso significa dizer que não haverá cumulatividade nos impostos. Significa dizer que não vamos exportar impostos, o que encarece nossos produtos no mercado internacional. Há quem projete o impacto no PIB entre 10% e 20%", continuou. Haddad foi ao Congresso entregar projetos que regulamentam a reforma tributária Reprodução Além desse projeto apresentado nesta quarta, segundo a Fazenda, haverá outros dois: um sobre a transição na distribuição da receita (para os estados e municípios) e com questões relativas a contencioso administrativo; um para tratar das transferências de recursos aos fundos de desenvolvimento regional e de compensações de perdas dos estados. O cronograma da Fazenda prevê que a regulamentação será feita entre 2024 e 2025. Com o término dessa fase, poderá ter início, em 2026, a transição dos atuais impostos para o modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) --- com cobrança não cumulativa. ""Fizemos opção de fazer essa construção conjuntamente com os estados e municípios, pois estamos tratando de dois tributos que terão a mesma legislação. Não teria sentido fazer uma proposta do governo, sem considerar os estados e municípios. Nesse processo, buscamos ouvir o setor privado. Seria o ideal colocá-los em consulta pública, mas o prazo do Congresso acabou virando uma limitação", afirmou o secretário Bernard Appy, do Ministério da Fazenda, nesta terça-feira (23). Entenda o que já foi aprovado na reforma Pela proposta de emenda à Constituição (PEC), cinco tributos serão substituídos por dois Impostos sobre Valor Agregado (IVAs) — com legislação única, sendo um gerenciado pela União e outro com gestão compartilhada entre estados e municípios: ▶️ Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS): com gestão federal, vai unificar IPI, PIS e Cofins; ▶️ Imposto sobre Bens e Serviços (IBS): com gestão compartilhada estados e municípios, unificará ICMS (estadual) e ISS (municipal). ▶️ Além da CBS federal e do IBS estadual e municipal, será cobrado um imposto seletivo (sobre produtos nocivos à saúde) e um IPI sobre produtos produzidos pela Zona Franca de Manaus -- mas fora da região com benefício fiscal. Estimativas apontam que os futuros impostos sobre o consumo, para manter a atual carga tributária - considerada elevada -, somariam cerca de 27% - e estariam entre os maiores do mundo. A alíquota final dos impostos, porém, só será conhecida nos próximos anos -- após a realização de um período de testes para "calibrar" o valor -- necessário para manter a carga tributária atual. Impacto na economia, valor agregado e cobrança no destino O governo espera que, com a simplificação tributária, haja um aumento de produtividade e, consequentemente, redução de custos para consumidores e produtores, estimulando a economia. Analistas e o governo estimam que a reforma tributária sobre o consumo tem potencial para elevar o PIB potencial do Brasil em no mínimo 10% nas próximas décadas. Com a implementação do IVA, os tributos passariam a ser não cumulativos. Isso significa que, ao longo da cadeia de produção, os impostos seriam pagos uma só vez por todos os participantes do processo. Atualmente, cada etapa da cadeia paga os impostos individualmente, e eles vão se acumulando até o consumidor final. Com o IVA, as empresas poderiam abater, no recolhimento do imposto, o valor pago anteriormente na cadeia produtiva. Só recolheriam o imposto incidente sobre o valor agregado ao produto final. Outra mudança é que o tributo sobre o consumo (IVA) seria cobrado no "destino", ou seja, no local onde os produtos são consumidos, e não mais onde eles são produzidos. Há um período de transição de cerca de 50 anos da cobrança na origem para o destino. Isso contribuiria para combater a chamada "guerra fiscal", nome dado a disputa entre os estados para que empresas se instalem em seus territórios. Para isso, intensificam a concessão de benefícios fiscais.

G1

Wed, 24 Apr 2024 20:48:26 -0000 -

Limite para o empréstimo com desconto na folha de pagamento será reduzido de 1,72% ao mês para 1,68% ao mês. Novo teto entra em vigor cinco dias úteis após a publicação no 'DOU'. O Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) aprovou, por unanimidade, nesta quarta-feira (24) a redução da taxa máxima de juros cobrada em empréstimos consignados para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Essa foi a sétima queda no governo Lula, ou seja, desde o início de 2023. O teto para o empréstimo consignado convencional, com desconto em folha de pagamento, para esse público foi reduzido de 1,72% ao mês para 1,68% ao mês. Para operações nas modalidades de cartão de crédito e cartão consignado de benefícios, a taxa máxima de juros foi ajustada de 2,55% ao mês para 2,49% ao mês. Ao oferecer a linha, bancos e instituições financeiras precisam respeitar os limites estabelecidos pelo CNPS. O novo teto entra em vigor cinco dias úteis após a publicação da decisão no Diário Oficial da União (DOU). A proposta de redução foi feita pelo Ministério da Previdência Social. Atualmente, há 63,7 milhões de contratos de consignado ativos, segundo dados do governo. Reduções desde março de 2023 O ciclo de reduções no teto começou em março do ano passado, quando o CNPS decidiu reduzir o teto dos juros do consignado convencional para beneficiários do INSS de 2,14% para 1,70%, o que gerou um impasse com os bancos. À época, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e outros bancos privados suspenderam temporariamente a oferta desse crédito, afirmando que as taxas não cobririam os custos da operação. O conselho naquele momento então aprovou um 'meio termo', e o teto ficou estabelecido em 1,97%. Com a redução anunciada hoje, o teto fica abaixo do índice que causou a suspensão de oferta pelos bancos. Em agosto, houve nova redução, e o teto dos juros passou de 1,97% ao mês para 1,91% no caso do empréstimo consignado convencional. Em outubro, o CNPS fez nova redução na taxa máxima de juros do consignado com desconto em folha e o teto caiu de 1,91% para 1,84% - novamente, a decisão veio após novo anúncio de corte da Selic. Já em dezembro, esse teto foi reduzido de 1,84% para 1,80% ao mês. Na época, a decisão foi tomada depois de um impasse entre o ministério e representantes do setor financeiro sobre o ritmo de redução do teto do consignado para beneficiários do INSS Em janeiro, após novas negociações, o CNPS reduziu mais uma vez o teto de 1,80% para 1,76% ao mês, com nova redução em fevereiro, para 1,72% ao mês. O Conselho tem mantido uma linha de reduzir o teto de consignado após reduções na taxa Selic -- a última ocorreu na reunião de março do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que decidiu reduzir a Selic em 0,5 ponto percentual, de 11,25% ao ano para 10,75% ao ano. Taxa Selic: entenda o que é a taxa básica de juros da economia brasileira

G1

Wed, 24 Apr 2024 20:43:30 -0000 -

Segundo Empresa de Pesquisa Energética, país pode dobrar produção mantendo nível atual de emissão de gases de efeito estufa. Ministério trabalha em um programa de transição para energia limpa. O país pode perder R$ 3,7 trilhões entre 2032 e 2055 em arrecadação de impostos e royalties se deixar de investir em exploração de petróleo. Os dados foram apresentados pela estatal Empresa de Pesquisa Energética (EPE) nesta quarta-feira (24). Segundo a diretora da EPE Heloisa Borges, desse total: R$ 2,91 trilhões se referem aos royalties e participações especiais; R$ 824 bilhões se referem a arrecadação de impostos. Além disso, haveria uma redução de R$ 167,4 bilhões no Fundo Social do Pré-Sal no período de 2024 a 2055. O Fundo Social é mantido por recursos devidos à União pelos contratos de produção de petróleo no pré-sal, que são destinados a programas e projetos de desenvolvimento social. "O mote principal aqui é que esses recursos de óleo e gás são essenciais para financiar a transição energética", disse o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Pietro Mendes. O setor de energia é responsável por cerca de 4% das emissões de gases de efeito estufa no Brasil. Segundo Borges, é possível dobrar a produção de petróleo no país mantendo o nível atual de emissões, com medidas de mitigação. Frente parlamentar vai atuar pela exploração na área de petróleo, que inclui o Amap Plano Nacional O Ministério de Minas e Energia pretende aprovar no Conselho Nacional de Planejamento Energético (CNPE) uma proposta de criação do Plano Nacional de Transição Energética. "Estamos levando ao CNPE uma proposta para que possamos ter de maneira estruturada e transparente esse conjunto de medidas que buscam organizar os esforços que precisamos fazer", declarou o secretário de Transição Energética da pasta, Thiago Barral. A proposta pretende integrar políticas e programas ligados à descarbonização da matriz energética nacional. Segundo Barral, o BNDES, a EPE, a FGV e a Agência Internacional de Energia são parceiros no projeto. Segundo a pasta, a transição energética --ou seja, a substituição de fontes poluentes por fontes renováveis-- deve ser puxada pelo consumo e não pela redução da produção. A lógica é que à medida em que o consumo dessas fontes seja reduzido, a produção também cairá. Do contrário, o Brasil correria o risco de se tornar um importador de petróleo, gás e combustíveis fósseis para abastecer um consumo que se manteve.

G1

Wed, 24 Apr 2024 20:13:17 -0000 -

Atualmente, a desoneração da folha permite que empresas de 17 setores intensivos em mão de obra, com mais de 9 milhões de trabalhadores, substituam a alíquota previdenciária, de 20% sobre os salários, por uma alíquota de 1% a 4,5%, sobre a receita bruta. O governo pediu nesta quarta-feira (24) que o Supremo Tribunal Federal (STF) declare inconstitucional a desoneração da folha salarial de setores da economia e de municípios "sem a adequada demonstração do impacto financeiro da medida". Desonerar um setor significa que ele terá redução ou isenção de tributos. Atualmente, a desoneração da folha permite que empresas de 17 setores intensivos em mão de obra, com mais de 9 milhões de trabalhadores, substituam a alíquota previdenciária, de 20% sobre os salários, por uma alíquota de 1% a 4,5%, sobre a receita bruta. Também vale para municípios com até 142 mil habitantes. Os benefícios foram prorrogados até 2027. O governo também pediu que o Supremo declare como constitucional a medida provisória 1.202 de 2023, que limita a compensação tributária para créditos oriundos de decisões judiciais transitadas em julgado (quando não há mais chance de recursos). Segundo dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), 40 ações já foram apresentadas à Justiça, sendo que oito delas já foram concedidas decisões dispensando contribuintes de observar a regra, com impacto estimado em R$ 169,7 milhões. A ação é assinada pelo presidente Lula e pelo ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias. Ainda não há relator do caso no STF. Para o governo, a prorrogação da desoneração não poderia ter ocorrido sem a indicação do impacto financeiro, o que acabou violando a Constituição, a Lei de Responsabilidade Fiscal e a pela Lei de Diretrizes Orçamentárias. "A lacuna é gravíssima, sobretudo se considerado o fato de que a perda de arrecadação anual estimada pela Receita Federal do Brasil com a extensão da política de desoneração da folha de pagamento é da ordem de 10 bilhões de reais anuais", diz a ação. Em nota, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) criticou a ação do governo. "É lamentável retirar a redução da alíquota para aqueles que estão na ponta, prestando serviços públicos essenciais à população, enquanto há benefícios a outros segmentos, com isenção total a entidades filantrópicas e parcial a clubes de futebol, agronegócio e micro e pequenas empresas". A CNM afirmou que "o movimento municipalista reitera que a Lei 14.784/2023, nesses três primeiros meses do ano, garantiu uma economia de R$ 2,5 bilhões, do total de R$ 11 bilhões estimados para o ano".

G1

Wed, 24 Apr 2024 19:43:09 -0000 -


Governo busca acordo para aprovação do projeto, que enfrenta resistências entre senadores da oposição. Se aprovado, texto libera o Executivo a gastar cerca de R$ 15 bi neste ano. Governo federal planeja recriar o DPVAT Jornal Nacional/ Reprodução A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado adiou nesta quarta-feira (24) a análise do projeto que retoma o seguro para vítimas de acidente de trânsito, conhecido como DPVAT. Se for aprovado, o texto também permitirá a ampliação em cerca de R$ 15 bilhões dos gastos do governo em 2024 (saiba mais). O adiamento da discussão foi sugerido pelo líder do governo na Casa e relator da proposta no colegiado, senador Jaques Wagner (PT-BA). O projeto deve voltar à pauta da CCJ daqui a duas semanas. O texto enfrenta resistências entre parlamentares da oposição (leia mais detalhes sobre a proposta). Sessão do Congresso O governo contava com a aprovação da proposta na CCJ e pelo plenário do Senado ainda nesta quarta. Isso antes da realização da sessão conjunta do Congresso – prevista para a esta noite – na qual devem ser analisados vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O entendimento é que o trecho do projeto do DPVAT que permite a ampliação de gastos do governo poderia compensar a perda orçamentária com a derrubada de um veto de Lula a R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão. Na última semana, o presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), chegou a anunciar um acordo prévio para liquidar a análise do projeto ainda nesta quarta. Na abertura da sessão, no entanto, Alcolumbre reconsiderou uma medida que previa um prazo mais curto para análise do texto. Ele justificou a mudança com a decisão que retirou a urgência constitucional do projeto. E também levou em conta a não aprovação nesta terça (23) de um requerimento para acelerar a análise da proposta, com votação diretamente plenário principal da Casa. Nos bastidores, a avaliação é que a retirada de pauta do projeto e o adiamento da análise fazem parte de um movimento para postergar a sessão do Congresso. Na terça (23), de acordo com interlocutores, o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), chegou a pedir ao presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que adiasse a sessão dos vetos. Pacheco condicionou o adiamento à chancela de parlamentares da Câmara dos Deputados, que estão reunidos nesta quarta para avaliar a pauta do Congresso. No início da manhã, auxiliares do presidente do Congresso afirmaram que havia “50% de chances” de adiar a reunião destinada à análise dos vetos. O senador ainda não bateu o martelo. Seguro obrigatório Senado Federal analisa volta de cobrança do Seguro DPVAT; entenda projeto de lei A proposta que retoma o DPVAT foi aprovada pela Câmara dos Deputados no início deste mês. Segundo a proposta, o instrumento passará a se chamar Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidente de Trânsito (SPVAT). A contratação será obrigatória para todos os proprietários de carros e motos. A cobertura do SPVAT poderá pagar indenizações por: morte invalidez permanente, total ou parcial e reembolso de despesas com assistências médicas, serviços funerários e reabilitação profissional das vítimas Os valores das indenizações e do seguro não são definidos na proposta e devem ser estabelecidos em regulamentação posterior. A gestão do SPVAT será da Caixa Econômica Federal. Cobrança extinta em 2020 A cobrança do DPVAT foi extinta durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). A última vez que os donos de veículos pagaram o DPVAT foi em 2020. Desde 2021, a gestão do saldo remanescente passou da seguradora Líder para a Caixa Econômica Federal. No início deste ano, entretanto, o governo Lula informou que os recursos estavam acabando. Com isso, enviou um projeto de lei complementar ao Congresso para recriar o seguro. Folga de R$ 15 bilhões A pedido do governo, durante a análise na Câmara, foi incluído um dispositivo que, na prática, permite ao governoaumentar os gastos em 2024, em um valor cerca de R$ 15,7 bilhões. A medida modifica o novo arcabouço fiscal. Pela regra em vigor, o Planalto só pode abrir o crédito suplementar se a avaliação das receitas for positiva no relatório do Orçamento do segundo bimestre, programada para 22 de maio. No texto aprovado pelos deputados, o governo poderá antecipar o crédito, com base na primeira avaliação bimestral de receitas e despesas, divulgada no dia 22 de março.

G1

Wed, 24 Apr 2024 14:00:23 -0000 -

Secretário extraordinário da Fazenda para o tema, Bernard Appy não quis adiantar conteúdo. Reforma foi aprovada em 2023; definição das regras é meta do Executivo para este ano. O governo federal deve enviar ao Congresso Nacional nesta quarta-feira (24) o primeiro e mais abrangente projeto para regulamentar a reforma tributária sobre o consumo, aprovada no ano passado. O envio foi confirmado nesta terça (23) pelo secretário extraordinário do Ministério da Fazenda para a reforma tributária, Bernard Appy. A equipe econômica, no entanto, mantém sigilo sobre os detalhes do texto. Appy afirmou que o projeto já finalizado tem cerca de 500 artigos e uma série de anexos. Segundo ele, há oito páginas tratando apenas da revogação de regras atuais que serão extintas para o futuro, por exemplo. "Fizemos opção de fazer essa construção conjuntamente com os estados e municípios, pois estamos tratando de dois tributos que terão a mesma legislação. Não teria sentido fazer uma proposta do governo, sem considerar os estados e municípios. Nesse processo, buscamos ouvir o setor privado. Seria o ideal colocá-los em consulta pública, mas o prazo do Congresso acabou virando uma limitação", afirmou o secretário Bernard Appy, do Ministério da Fazenda. Esse projeto principal, explicou o secretário, traz as regras gerais do IBS e CBS (os impostos sobre o consumo federal, estadual e municipal), além dos regimes específicos para as empresas e, também, a proposta para o imposto seletivo. Além desse projeto, disse ele, haverá outros dois: um sobre a transição na distribuição da receita (para os estados e municípios) e com questões relativas a contencioso administrativo; um para tratar das transferências de recursos aos fundos de desenvolvimento regional e de compensações de perdas dos estados. "Desenho que está sendo feito é para dar segurança às empresas, fechar brechas de sonegação. Para o bom pagador, vai melhorar. Para o mau pagador, eu espero que fique pior. Não posso entrar em detalhes. Há simplificação, o que é fundamental para a gente, a não cumulatividade está totalmente garantida dentro do desenho que está sendo construído", afirmou Appy, do Ministério da Fazenda. Como a Reforma Tributária vai simplificar a definição de preços Entenda a regulamentação As linhas gerais da reforma tributária sobre o consumo foram aprovadas pelo Congresso Nacional no ano passado, após décadas de discussão no Legislativo. Pontos importantes, como o fim da cumulatividade (cada setor paga o seu imposto, se creditando do que foi pago na etapa anterior), cobrança dos impostos no destino (onde os produtos são consumidos, após uma longa transição), simplificação e fim de distorções na economia (como passeio de notas fiscais e do imposto cobrado "por dentro") já foram assegurados. Entretanto, vários temas sensíveis ficaram para o ano de 2024, pois o texto aprovado indica a necessidade de regulamentação de alguns assuntos por meio de projetos de lei. É a chamada regulamentação da reforma -- que o governo deve começar a enviar ao Legislativo nesta semana. 🔎 Para entender: leis complementares servem para regulamentar dispositivos específicos da Constituição. A aprovação depende de número menor de votos, em comparação às PECs — 257 deputados (em dois turnos) e 41 senadores (em somente um turno). O cronograma da Fazenda prevê que a regulamentação será feita entre 2024 e 2025. Com o término dessa fase, poderá ter início, em 2026, a transição dos atuais impostos para o modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA). Reforma Tributária: Congresso tem 180 dias para detalhar funcionamento na prática Entre esses temas, estão: ▶️Definição das alíquotas necessárias dos IVAs federal, estadual e municipal, assim como do imposto seletivo, para manter a carga tributária estável. Estimativas do governo apontam que a alíquota padrão (para setores sem benefício) pode chegar a 27%, o que seria uma das maiores do mundo. ▶️Deliberação sobre quais itens serão incluídos na cesta básica, que contará com isenção dos futuros impostos sobre consumo federal, estadual e municipal. Quanto maior for a lista de produtos da cesta básica com alíquota zero, maior tende a ser a alíquota padrão (cobrada dos setores sem benefícios). ▶️Determinação de quais produtos e serviços poderão contar com alíquotas reduzidas. A PEC traz as categorias que serão beneficiadas com alíquotas reduzidas, mas o benefício terá de ser detalhado, em lei complementar, por bens e serviços. Quanto mais produtos beneficiados, maior terá de ser a alíquota padrão (para setores sem benefício). ▶️Regimes específicos de tributação para o setor financeiro, incluindo o ramo de seguros, além de combustíveis para operações com imóveis (incorporação, aluguel, imóveis residenciais e comerciais). Se esses setores contarem com tributação menor do que atualmente, tende a haver impacto na alíquota dos demais setores. ▶️Produtos que terão cobrança do imposto seletivo — apelidado de "imposto do pecado" —, criado para desestimular produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente. Armas e munições também seriam taxados pelo imposto, mas o trecho foi barrado pelos deputados na votação dos destaques (sugestões de alteração do texto) no segundo turno. ▶️Funcionamento do "cashback", a devolução de parte do imposto pago às famílias de baixa renda. Lei complementar definirá quem poderá receber o benefício, como ele será pago, e quais bens e serviços seriam objetivo de devolução de imposto. ▶️A criação do Fundo de Desenvolvimento Sustentável dos Estados da Amazônia e do Amapá, com o objetivo de fomentar o desenvolvimento e a diversificação das atividades econômicas na região, também será regulamentada por meio de lei complementar. ▶️Lei complementar também trará as regras de um regime fiscal favorecido para os biocombustíveis e para o hidrogênio de baixa emissão de carbono, para que tenham tributação menor que de combustíveis fósseis.

G1

Wed, 24 Apr 2024 12:13:44 -0000 -


Grandes frigoríficos e grupos varejistas devem seguir regras de práticas socioambientais na criação de gado. Os índices de desmatamento no Cerrado estão em alta nos últimos meses. Área desmatada no Cerrado Jornal Nacional/ Reprodução O Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) lançou nesta terça-feira (23) o Protocolo de Monitoramento Voluntário de Fornecedores de Gado do Cerrado, bioma que vem registrando crescentes taxas de desmate nos últimos meses. O projeto define compromissos ambientais para a pecuária no bioma elencando um conjunto de regras feitas por várias organizações para ajudar os fazendeiros a desenvolverem práticas socioambientais na criação de gado. Desde 2020, o Protocolo tem sido desenvolvido por um trabalho conjunto das organizações Proforest, Imaflora e National Wildlife Federation (NWF). Grandes frigoríficos e grupos varejistas alimentares do país - JBS, Minerva, Marfrig, Frigol, Masterboi, Grupo Pão de Açúcar, Carrefour Brasil e Arcos Dourados - já aderiram à iniciativa, que recebeu contribuições do WWF Brasil, empresas de alimentos, compradores, do Ministério Público Federal, associações pecuárias e membros da sociedade civil. "O Protocolo do Cerrado é uma importante ferramenta para o setor se preparar para as crescentes demandas do mercado para a carne brasileira. É resultado de uma ampla convergência entre varejistas, frigoríficos e sociedade civil para equilibrar os anseios de proteção dos recursos naturais e dos direitos humanos em relação às realidades da produção no campo", disse Isabella Freire, diretora executiva da Proforest, em um comunicado. Segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no Cerrado, a taxa de desmatamento no primeiro trimestre deste ano atingiu seu pico desde 2019. Comparado a 2023, houve um aumento de 4,1%, com uma área desmatada de 1.476 km² de janeiro a março de 2024, em comparação com os 1.417 km² desmatados no mesmo período do ano anterior. O governo federal atribui esse aumento do desmatamento no Cerrado à política de exploração do solo na região que abrange esse bioma. Como vai funcionar o projeto O Protocolo do Cerrado estabelece diversas regras para os produtores, para garantir que eles estão cadastrados corretamente e não desmatando áreas protegidas: Ele leva em conta se há denúncias de trabalho escravo ou embargos ambientais, e verifica se os animais são transportados legalmente. Embora não conceda um selo oficial, o Protocolo ajuda a melhorar como a cadeia de suprimentos é controlada e influencia as decisões de compra de produtos pecuários. As informações dos participantes também serão disponibilizadas online para compradores e investidores, tornando tudo mais transparente. Inspirado no "Boi na Linha" da Amazônia, iniciativa criada em 2019 pelo Imaflora, o Protocolo do Cerrado também busca soluções para a produção sustentável na região. Utilizamos os cinco anos de experiência para levar a outro bioma soluções que respaldam a produção frente aos mercados mais exigentes, ajudam a consolidar a prática da pecuária sustentável e contribuem para o enfrentamento da crise climática. LEIA TAMBÉM: Cerrado tem a savana mais rica do mundo, mas é tratado como 'bioma do sacrifício' Mais de 60% das áreas da Amazônia em regeneração voltaram a ser desmatadas, apontam dados inéditos do Inpe Brasil precisa reduzir desmatamento da Amazônia em 48% para cumprir metas do Acordo de Paris, diz Observatório do Clima VÍDEO: Número de queimadas aumenta 59% em 2024 no Cerrado Cerrado: número de queimadas aumenta 59% em 2024

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Wed, 24 Apr 2024 11:00:14 -0000 -


A ZAMP, dona do Burger King e Popeyes no Brasil, apresentou uma oferta não vinculante para a SouthRock, para estudar os documentos da operação do Starbucks no país. A proposta foi aceita e, agora, inicia-se uma etapa de diligência de questões financeiras e legais. Loja da Starbucks Divulgação/SouthRock A marca Starbucks Brasil pode mesmo mudar de mãos em breve. A ZAMP, que opera também as redes Burger King e Popeyes no Brasil, deu o primeiro passo oficial para ser também dona da rede de cafeterias por aqui. Na última sexta-feira (19), a franqueadora fez uma proposta de oferta não vinculante à SouthRock Capital para a possível aquisição dos bens e direitos referentes às operações da rede por aqui. A oferta não vinculante é uma etapa que antecede a aquisição de uma empresa. Nela, a companhia interessada avalia as informações sobre o negócio, verifica as autorizações necessárias para a aquisição e, confirmando-se o interesse, apresenta uma oferta final, para assinatura de contrato. A SouthRock Capital era a responsável por operar as lojas da Starbucks no país, mas está em recuperação judicial desde dezembro do ano passado e perdeu os direitos de uso da marca. As dívidas — inclusive com a matriz americana de cafeterias — passam de R$ 1,8 bilhão. A situação da SouthRock fez surgir a dúvida se a Starbucks encerraria as atividades no Brasil. Mas, em fevereiro, a ZAMP iniciou as tratativas de licenciamento da marca com a própria matriz da Starbucks nos Estados Unidos. Agora, o processo de diligência serve para entender as contas da operação e se é possível aproveitar os ativos que a SouthRock já tem para que a marca comece a operar com novo dono. Embora os termos da proposta da ZAMP à SouthRock sejam confidenciais, o g1 conversou com especialistas que deram algumas pistas do que o mercado pode esperar desse negócio. Nesta reportagem, você vai ver: O que é uma oferta não vinculante As diferenças para uma empresa em recuperação judicial Quais as expectativas para os próximos passos O que diz a ZAMP A operação do Starbucks no Brasil A recuperação judicial da SouthRock O que é uma oferta não vinculante Uma oferta não vinculante é uma espécie de carta de interesse oficial durante um possível processo de fusão ou aquisição. Na sigla em inglês, é chamada de NBO (Non Binding Offer). Por esse documento, a companhia interessada em adquirir determinados ativos ou toda a operação de uma empresa apresenta seu desejo de realizar a compra e pede, em contrapartida, mais informações sobre o negócio, para que seja possível realizar uma diligência. "Fazendo um paralelo com o nosso dia a dia, é como uma negociação de compra de um imóvel. Você assina um termo de compromisso de compra e venda, e pede para ver os documentos. O contrato sai se todos esses documentos seguirem as condições do comprador, como estar tudo regulado, sem protestos", explica Nelson Bandeira, advogado especialista em finanças corporativas da consultoria de fusões e aquisições Magma. No mundo corporativo, essas condições podem variar muito de negócio para negócio, mas Bandeira destaca pontos como quais são as dívidas da empresa a ser comprada e os resultados financeiros das operações, para entender se aquela compra tem potencial para bons retornos. Uma oferta não vinculante pode ou não trazer uma estimativa de preços e forma de pagamento, a depender do que for exigido pelas partes envolvidas na negociação. De maneira geral, esse tipo de oferta não cria uma obrigação de efetivação da compra, mesmo que todos os critérios exigidos pelo possível comprador sejam cumpridos pelo vendedor, destaca Joyl Gondim, sócio da área de fusões e aquisições do Demarest Advogados. No entanto, cada proposta pode apresentar suas particularidades, para que as partes tentem se proteger judicialmente caso o negócio não vá adiante. Os especialistas ouvidos pelo g1 explicam que, em um caso como o do Starbucks Brasil, que envolve grandes empresas e é bastante midiático, existe a possiblidade de as companhias terem firmado um acordo de exclusividade de negociações. Nesta hipótese, a SouthRock se comprometeria a negociar a venda da operação do Starbucks apenas com a ZAMP durante um prazo determinado pelo documento. Bandeira ressalta que, em situações assim, é comum que a oferta também estipule regras e multas. "A vendedora se compromete a dar exclusividade para a possível compradora por certo prazo, sob o risco de pagar uma indenização caso quebre o acordo. Já a outra parte, se mesmo com a diligência mostrando que está tudo certo e dentro dos critérios estabelecidos decidir não comprar, pode ter que pagar uma multa. Tudo vai depender do que for proposto na oferta", comenta o especialista. Já em um cenário mais competitivo, com empresas fora de recuperação judicial, por exemplo, Gondim, da Demarest, afirma que é comum que várias empresas interessadas apresentem ofertas não vinculantes e que, durante os processos de diligência, a própria companhia vendedora tenha que escolher entre os possíveis compradores. "É possível que vários grupos estejam ali correndo em paralelo em uma disputa para ver quem vai fazer a melhor oferta. O principal critério é financeiro, mas não é só sobre quem paga mais. Tem outras condições relevantes, como forma de pagamento ou uma eventual retenção de preço, por exemplo", diz Gondim. Starbucks vai fechar? Entenda crise da marca no Brasil As diferenças para uma empresa em recuperação judicial Quando a empresa está em recuperação judicial, a diligência precisa passar, ainda, pela aprovação dos credores. Nelson Bandeira, da Magma, pontua que a venda da operação do Starbucks entra como parte do pagamento das dívidas da SouthRock no processo de recuperação, independentemente da classe de dívida (sejam dívidas trabalhistas ou com instituições financeiras, por exemplo). Por isso, um dos requisitos a serem preenchidos pela empresa em recuperação judicial é conseguir um aval na Justiça dos credores para a possível movimentação do negócio. "Quando você tem uma oferta dessa dentro de uma recuperação judicial, a empresa vai ter que ir ao processo, falar com o juiz e com o comitê de credores para que eles também aprovem essa possível venda. Isso vai integrar o plano de recuperação judicial", diz Bandeira. Os especialistas explicam que os credores podem se opor a uma eventual venda caso considerem que o negócio não seja interessante financeiramente. Outro ponto de destaque é que, em uma recuperação judicial, a negociação durante a etapa da oferta não vinculante pode deixar boa parte das dívidas (ou passivos) da operação com a empresa vendedora. Em geral, quando não há recuperação, é comum que a compra envolva tanto os ativos quanto os passivos da companhia. No caso do Starbucks, Joyl Gondim, do Demarest, destaca que a autorização para uma possível transção tem que passar também pela matriz da empresa no exterior. Número de empresas em recuperação judicial sobe no país Quais as expectativas para os próximos passos Mesmo sem a obrigação da compra por meio de oferta não vinculante, a expectativa dos analistas para o caso Starbucks é que a negociação deve avançar. Basta que a diligência da ZAMP confirme os números e não haja impeditivos. Não há uma regra que determine o tempo de duração de uma oferta não vinculante, mas os especialistas afirmam que as questões costumam se resolver, em média, entre 90 e 180 dias. Se a ZAMP decidir continuar com a compra, o próximo passo será apresentar uma oferta vinculante, que é a proposta final, com valores, forma de pagamento e outras condições acertadas entre as empresas. "Na oferta não vinculante, a empresa vai colocar uma expectativa de valor e de como o processo seria conduzido, com base nas estimativas que se tem no mercado", pontua Gondim. Só depois de todas as checagens que a possível compradora bate o martelo no preço que aceita pagar. Se chegarem a um acordo, ZAMP e SouthRock devem assinar contrato e, então, a operação do Starbucks no Brasil passaria para o controle da dona do Burger King e Popeyes no país. O que diz a ZAMP A informação da oferta não vinculante à SouthRock foi confirmada pela ZAMP em um comunicado ao mercado. "A Companhia iniciará uma diligência nos Ativos Starbucks Brasil a fim de confirmar seu interesse na aquisição dos referidos ativos e apresentar uma oferta vinculante", disse a ZAMP, em nota. "As partes se comprometeram a envidar esforços para, caso a Companhia apresente uma proposta vinculante, negociar e celebrar documentos definitivos detalhando os termos e condições da aquisição dos Ativos Starbucks Brasil, a qual estará sujeita aos procedimentos da recuperação judicial, na forma da lei e à celebração de contratos definitivos com a Starbucks Corporation, além de outras condições suspensivas usuais em operações dessa natureza", finaliza a empresa. O g1 procurou a ZAMP para mais informações sobre o assunto, mas a companhia disse que está em período de silêncio e não vai comentar. A operação do Starbucks no Brasil As primeiras notícias sobre o interesse da ZAMP nos direitos de operar o Starbucks no Brasil começaram em fevereiro, com o início das tratativas da companhia com a matriz americana da rede de cafeterias. A SouthRock, que é operadora, também, da Subway e Eataly, perdeu o direito de usar a marca da Starbucks. Em seu pedido inicial de recuperação judicial, a SouthRock chegou a afirmar que a continuidade da operação da Starbucks no país seria essencial para a manutenção das atividades do grupo e sua reestruturação. Por isso, pediu a suspensão da rescisão de contrato com a matriz. A Justiça, no entanto, não aceitou o pedido. Recuperação judicial da SouthRock Segundo a própria SouthRock, a situação vinha se deteriorando desde 2020, primeiro ano da pandemia de Covid-19. Naquele ano, as vendas do grupo despencaram 95%, seguidas por uma queda de 70% em 2021 e de 30% em 2022. A empresa disse que suas operações foram prejudicadas, entre outros pontos, pela alta instabilidade no país, pela volatilidade da taxa de juros e pelas constantes variações cambiais. "Motivo pelo qual a plena recomposição de seu fluxo de caixa ainda não foi atingida", escreveu a empresa no documento de recuperação. "Foi este o cenário que, lamentavelmente, gerou essa crise sem precedentes da empresa após o estado de calamidade pública instaurado". Meses depois de começar a recuperação judicial do Starbucks no Brasil, a SouthRocks também entrou com um pedido, em março, de proteção das dívidas referentes à operação da Subway no país. O valor da dívida é estimado em R$ 482 milhões.

G1

Wed, 24 Apr 2024 09:00:43 -0000 -


Estima-se que 10% dos brasileiros trabalhem à noite. Estudos apontam que essas pessoas correm mais risco de sofrer de doenças cardiovasculares, distúrbios gastrointestinais, diabetes, câncer e problemas de saúde mental. Estima-se que 10% dos brasileiros trabalhem à noite GETTY IMAGE / via BBC Simone Camargo trabalha há três anos como motorista de aplicativo madrugada adentro. Até março de 2024, ela começava a dirigir às 16h e só parava cerca de 12 horas depois, em torno das 4h. Entretanto, desde que começou a fazer a jornada noturna, passou a ganhar peso e a se sentir cada vez mais cansada. "Digo que quem trabalha à noite não tem mais vida". "Você dorme sete horas durante o dia, mas o sono não rende igual o noturno". Segundo Claudia Moreno, pesquisadora do departamento de Saúde e Sociedade da Universidade de São Paulo (USP), que estuda os impactos da jornada noturna na saúde do trabalhador, os efeitos que Simone sente em sua saúde por trabalhar à noite não são incomuns. "Assim como a coruja é habituada com a noite, o ser humano é com o dia." "Dormir é essencial para a saúde, assim como beber água, comer e praticar atividade física", diz a pesquisadora, que também é porta-voz da Associação Brasileira do Sono (ABS). Moreno explica que o ciclo circadiano, sistema temporal interno do nosso organismo chamado popularmente de relógio biológico, é alinhado com a alternância entre o dia e a noite, o claro e o escuro. Assim, ao trabalhar à noite, ocorre uma inversão do padrão natural de atividade e repouso. Em regra, explica a pesquisadora, essa inversão teria que ocorrer também com o padrão de todas as funções do organismo, como a liberação de hormônios e as enzimas que auxiliam na digestão. A questão é que a velocidade de ajuste ao "novo" horário não ocorre da mesma forma para todas as funções do organismo. "A temperatura corporal, por exemplo, leva dias para alterar seu padrão, isto é, a pessoa trabalha com a temperatura do corpo adequada para dormir e não para exercer qualquer atividade", diz Moreno. Motoristas de apps: entenda o projeto e veja argumentos a favor e contra — e qual o caminho até virar lei Consequências para a saúde No Brasil, estima-se que 10% dos trabalhadores atuem na jornada noturna. O último grande levantamento do tipo realizado, em 2016, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que 6,9 milhões de trabalhadores brasileiros trabalham nesta jornada. Lais Aparecida Marques, de 36 anos, é uma delas. Ela faz a cobrança em um pedágio do trecho rodoviário da SP-255, em Itaí, no interior de São Paulo, e dá expediente das 22h às 6h. "No começo, a dificuldade foi com a adaptação do sono e do meu corpo entender a mudança do novo hábito", conta Lais. "Tinha a impressão de que o sono de dia era mais leve, menos profundo." Isso ocorre porque o sono diurno não é igual ao noturno: dorme-se menos durante o dia e o sono é de pior qualidade, explica Moreno. O trabalho noturno também pode fazer com que um trabalhador não consiga dormir a quantidade mínima de horas que o corpo exige (Leia abaixo sobre os direitos dos trabalhadores com carteira assinada que trabalham no período noturno). Segundo Francisco Cortes Fernandes, presidente da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT), uma pessoa adulta precisa de seis a oito horas de sono por dia. O problema é que uma pessoa que trabalha à noite tende a dormir menos, visto que a vida social "não trabalha à noite". "A pessoa que trabalhou a noite vai ficar acordada para levar o filho à escola ou para fazer tarefas comuns do dia a dia”, aponta Ada Ávila Assunção, professora de saúde pública da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Isso gera menos horas de descanso e, consequentemente, cochilos involuntários, o chamado sono inoportuno, sensação de cansaço e desânimo. Além disso, um trabalhador noturno dificilmente dorme tudo que precisa em um único período e parcela o sono em duas ou mais ocasiões durante o dia. "Com isso, essa pessoa continuará com um débito de sono, que a longo prazo contribui para o desenvolvimento de doenças, especialmente, as relacionadas com o próprio sono, como a insônia, por exemplo", aponta Moreno. Por que 'ofertas de empregos fantasmas' estão em alta no LinkedIn e outras plataformas Menos sono, mais doenças Pesquisadores ouvidos pela BBC News Brasil apontam que trabalhadores noturnos correm mais risco de sofrerem de doenças cardiovasculares, distúrbios gastrointestinais e metabólicos (diabetes tipo 2; síndrome metabólica); câncer (mama, próstata e colorretal); problemas de saúde mental e relacionados à reprodução. Segundo Ada Ávila Assunção, professora de saúde pública da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), isso acontece devido o corpo enfrentar o paradoxo de ter de funcionar quando está em baixa produção de elementos fundamentais para aquelas funções. "Para se ter uma ideia, estudos mostram que enfermeiras que trabalham à noite durante ao menos dois anos apresentam 81% mais risco de desenvolver hipertensão arterial quando comparadas àquelas que trabalham durante o dia", ressalta Assunção. Outro estudo realizado por pesquisadores franceses, publicado na revista científica International Journal of Cancer, mostrou que mulheres que trabalham em jornada noturna também apresentam mais chances de desenvolver câncer de mama. A explicação é que a iluminação artificial do período noturno pode afetar o funcionamento da glândula pineal, responsável pela produção de melatonina, e reduzir a produção desse hormônio. Isso porque a melatonina, que tem um papel crucial em regular o ciclo de sono, é fabricada pelo organismo na ausência de luz. "Por sua vez, a supressão da melatonina aumenta a produção de estrogênio. Quando esse hormônio aumenta, a chance de câncer de mama aumenta também", explica Moreno. Enfermeiras que trabalham à noite apresentam mais chance de desenvolver hipertensão arterial, diz estudo GETTY IMAGES / Via BBC Esse efeito é ainda mais intenso em trabalhadoras noturnas que enfrentam situações estressantes, segundo o estudo. "Nessas situações, são produzidas substâncias nocivas que tem a ver com a geração de células cancerígenas”, explica Ada. No Brasil, uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP) também revelou que profissionais de saúde noturnos têm risco aumentado de sofrerem de sobrepeso ou obesidade. De acordo com o estudo, horários irregulares das refeições combinado com dessincronização do ciclo circadiano, privação do sono e sedentarismo contribuem para o maior risco. Moreno acrescenta ainda que mulheres grávidas não devem trabalhar mais de um turno noturno por semana para reduzir o risco de aborto espontâneo. Em busca de qualidade de vida, a motorista de aplicativo Simone resolveu mudar sua rotina para diminuir a quantidade de horas trabalhadas na madrugada. Agora, começa às 14h e para às 2h. "É uma forma que encontrei de conseguir dormir mais à noite e voltar a fazer coisas que gostava", diz ela. "Antes, minha vida era somente trabalhar e dormir". Trabalhadores perdem dinheiro ao cair no golpe do exame admissional; entenda o que diz a lei Quais são os direitos do trabalhador noturno? Os efeitos colaterais do trabalho noturno podem ser sentidos a curto e longo prazo GETTY IMAGES / via BBC No Brasil, a legislação trabalhista proíbe que menores de 18 anos trabalhem em jornadas noturnas, que vão das 22h às 5h. "Essa medida visa garantir não somente a segurança, como o desenvolvimento saudável dos menores", diz Mauricio Nahas Borges, advogado e membro da Comissão da Advocacia Trabalhista da OAB-SP. Borges explica ainda que o trabalhador noturno tem direito a receber um acréscimo de até 20% no valor pago pela hora trabalhada, o chamado adicional noturno. Além disso, se o empregado iniciar sua jornada às 22h de um dia e tiver esta jornada estendida para o período diurno, ou seja, após às 5h, o adicional noturno deve ser pago para todas as horas daquela jornada. Outra diferença é a hora reduzida. Enquanto a hora normal do trabalhador diurno dura 60 minutos, a hora noturna, segundo a lei, nas atividades urbanas, é computada como sendo de 52 minutos e 30 segundos. Isso significa que, na prática, ao final de uma jornada de oito horas, por exemplo, o trabalhador vai receber por nove horas trabalhadas, acrescidas do adicional de 20%. Segundo Francisco Cortes Fernandes, da ANAMT, essas regras trabalhistas visam mitigar os impactos da jornada noturna na saúde do empregado. "Além dessas medidas, também é importante evitar jornadas de trabalho noturnas prolongadas e mais de três turnos noturnos consecutivos", alerta Fernandes. Emprego: 10 dicas para usar o LinkedIn e conquistar a vaga dos sonhos em 2024 Veja mais em: Entenda se empresa pode reduzir salário

G1

Wed, 24 Apr 2024 08:38:25 -0000 -


Levantamento da consultoria Kearney foi feito em janeiro deste ano, antes da piora na perspectiva de redução de juros nos EUA e da mudança da meta fiscal brasileira. País está na 19ª posição entre os que mais devem atrair recursos nos próximos três anos. Painel mostra variação de mercado na B3, em São Paulo. Amanda Perobelli/Reuters O Brasil voltou ao ranking mundial de países mais atrativos para investimentos. É o que mostra o Índice de Confiança para Investimento Estrangeiro Direto, realizado anualmente pela consultoria Kearney. A pesquisa realizou as entrevistas com empresários em janeiro deste ano. O país aparece na 19ª colocação entre as 25 nações mais bem avaliadas por executivos das principais empresas do mundo. Em 2022, o Brasil figurou na 22ª colocação. Em 2023, não apareceu na lista. O levantamento considera as perspectivas de investimentos dos empresários para os próximos três anos. Ou seja, quanto melhor a posição, mais provável a intenção dos executivos de aplicar recursos no país. São entrevistados os executivos de empresas com receitas anuais iguais ou acima de US$ 500 milhões. Ao todo, as companhias estão sediadas em 30 países e abrangem todos os setores. Pelo fato de a sondagem ter sido realizada no início do ano, a percepção dos investidores naquele momento acabou deixando de lado fatos importantes para a tomada de decisão do empresariado. De lá para cá, ganharam o noticiário questões como o aumento das tensões entre Israel e Irã no Oriente Médio, a mudança da perspectiva de queda de juros nos Estados Unidos e os novos capítulos sobre meta fiscal do governo brasileiro. (entenda mais abaixo) A liderança do ranking ficou com os Estados Unidos, a principal economia mundial. Os norte-americanos encabeçam a lista há 12 anos. A segunda colocação neste ano ficou com o Canadá, seguido pela China, pelo Reino Unido e pela Alemanha. Veja a o ranking completo: EUA Canadá China (inclui Hong Kong) Reino Unido Alemanha França Japão Emirados Árabes Unidos Espanha Austrália Itália Singapura Suíça Arábia Saudita Suécia Nova Zelândia Portugal Índia Brasil Coreia do Sul México Taiwan Polônia Argentina Dinamarca Segundo o relatório, o entusiasmo dos investidores com o Brasil tinha relação com o anúncio do ministro dos Transportes, Renan Filho, em setembro de 2023, de que o país esperava atrair cerca de R$ 180 bilhões em investimentos privados para projetos ferroviários e rodoviários para os próximos três anos. A afirmação do ministro, citada pela consultoria Kearney, foi feita durante uma viagem de Renan Filho a Lisboa, em Portugal, para a apresentação de projetos a investidores europeus. Na ocasião, Renan Filho afirmou que o governo deverá investir cerca de R$ 80 bilhões até 2026, enquanto os investimentos do setor privado podem atingir o dobro. A ferrovia Transnordestina, em construção há 15 anos, poderia ser a chave para essa expansão, segundo o ministro. O que mudou? O principal: desde a última decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), foram divulgados novos dados da economia norte-americana que indicaram um mercado de trabalho aquecido e aceleração da inflação no país. Como resultado, o mercado já não espera uma redução dos juros americanos em um futuro próximo. Quando os juros estão elevados por lá, a rentabilidade das Treasuries, os títulos públicos norte-americanos e os mais seguros do mundo, é maior. Assim, quem busca segurança e boa remuneração prioriza o investimento no país. Com dados fortes vindos dos EUA, os investidores estrangeiros já haviam retirado mais de R$ 20 bilhões da bolsa brasileira no primeiro trimestre, segundo dados da B3. Considerando abril, já há saldo negativo acumulado de US$ 29 bilhões neste ano, conforme levantamento de Einar Rivero, sócio-fundador da Elos Ayta Consultoria. Em reportagem no fim de março, analistas ouvidos pelo g1 atribuíram a situação majoritariamente a fatores externos, mas também às intervenções do governo federal em empresas de peso no índice de ações trouxeram prejuízo extra ao país. RELEMBRE AQUI. A situação já havia levado muitos dólares para os Estados Unidos, mas a cotação da moeda norte-americana explodiu quando o governo brasileiro anunciou uma mudança das metas fiscais para os próximos anos. No dia 15 de abril, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou uma redução de meta para um déficit zero em 2025. A previsão do ano passado, usada pelos investidores para a análise, era de superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB). A alteração da meta significa abrir mais espaço para gastos, diante de uma dificuldade para aumentar receitas no próximo ano. Na prática, o mercado financeiro não vê com bons olhos o afrouxamento do novo arcabouço fiscal e acaba tirando investimentos do país. Mudar meta fiscal não é o ideal, diz Campos Neto Países emergentes Além do ranking geral, a pesquisa da consultoria Kearney também traz uma avaliação de confiança para investimento estrangeiro nos países emergentes. Nesse grupo, o Brasil ocupou a quinta posição, atrás da China, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Índia. Veja abaixo: China (inclui Hong Kong) Emirados Árabes Unidos Arábia Saudita Índia Brasil México Polônia Argentina Tailândia Malásia África do Sul Indonesia Filipinas Chile Egito Turquia Romênia Vietnã Costa Rica Peru Colombia Hungria Uruguai República Dominicana Omã

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Wed, 24 Apr 2024 07:30:06 -0000 -


Apostas podem ser feitas até as 19h em casas lotéricas, pelo site da Caixa Econômica Federal ou pelo aplicativo do banco. Volantes do concurso +Milionária, da Caixa Econômica Federal. Marcello Casal Jr/Agência Brasil O concurso 141 da +Milionária pode pagar um prêmio de R$ 176 milhões para quem acertar seis dezenas e dois trevos. O sorteio ocorre às 20h desta quarta-feira (24), em São Paulo. No concurso do último sábado (20), ninguém levou o prêmio máximo. A aposta mínima para a +Milionária custa R$ 6 e pode ser realizada até as 19h em casas lotéricas, pelo site da Caixa Econômica Federal ou pelo aplicativo do banco. A +Milionária soma dois sorteios semanais: às quartas e sábados. +Milionaria: veja como jogar na nova loteria da Caixa Sobre a +Milionária As chances de vencer na loteria são ainda menores do que na Mega-Sena tradicional: para levar o prêmio máximo, é preciso acertar seis dezenas e dois “trevos”. (veja no vídeo acima) O valor de uma aposta simples é de R$ 6. Com ela, o apostador pode escolher 6 números de 50 disponíveis e mais 2 trevos, dentre os seis disponíveis. Para apostas múltiplas, é possível escolher de seis a 12 números e de dois a seis trevos, com preços que podem chegar a R$ 83,1 mil. A +Milionária se destaca por oferecer o prêmio principal mínimo de R$ 10 milhões por sorteio e por possuir dez faixas de premiação. Saiba mais aqui.

G1

Wed, 24 Apr 2024 03:00:27 -0000 -

Abono será pago a pessoas que receberam benefícios como aposentadoria ou auxílio-acidente neste ano. Nos anos anteriores, pagamento foi antecipado para estimular a economia. Primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. INSS começa a pagar 13º de aposentados e pensionistas nesta quarta (24) Começa nesta quarta-feira (24) o pagamento do abono anual aos beneficiários da Previdência Social, também conhecido como "13º do INSS" para quem recebe até 1 salário mínimo. Para quem recebe mais, os pagamentos começam no dia 2 de maio. Primeiros a receber serão os beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) com final 1. No mês passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou um decreto que antecipou o repasse. Terão direito ao abono pessoas que, em 2024, tenham recebido auxílio por incapacidade temporária, auxílio-acidente, aposentadoria, pensão por morte ou auxílio-reclusão da Previdência Social. Mais de 33,7 milhões serão beneficiados. Tradicionalmente, o abono seria pago no segundo semestre de cada ano. No entanto, nos últimos anos, o governo passou a antecipar o benefício com o objetivo de estimular a economia. Em 2022 e em 2023, por exemplo, o abono foi pago em maio e junho. De acordo com o decreto, o abono será pago em duas parcelas. Veja abaixo. Veja o calendário de pagamento do 13º do INSS ▶️ PARA QUEM RECEBE ATÉ 1 SALÁRIO MÍNIMO Final do NIS: 1 - pagamentos em 24/4 e 24/5 Final do NIS: 2 - pagamentos em 25/4 e 27/5 Final do NIS: 3 - pagamentos em 26/4 e 28/5 Final do NIS: 4 - pagamentos em 29/4 e 29/5 Final do NIS: 5 - pagamentos em 30/4 e 31/5 Final do NIS: 6 - pagamentos em 2/5 e 3/6 Final do NIS: 7 - pagamentos em 3/5 e 4/6 Final do NIS: 8 - pagamentos em 6/5 e 5/6 Final do NIS: 9 - pagamentos em 7/5 e 6/6 Final do NIS: 0 - pagamentos em 8/5 e 7/6 ▶️ PARA QUEM RECEBE MAIS QUE 1 SALÁRIO MÍNIMO Final do NIS: 1 e 6 - pagamentos em 2/5 e 3/6 Final do NIS: 2 e 7 - pagamentos em 3/5 e 4/6 Final do NIS: 3 e 8 - pagamentos em 6/5 e 5/6 Final do NIS: 4 e 9 - pagamentos em 7/5 e 6/6 Final do NIS: 5 e 0 - pagamentos em 8/5 e 7/6 LEIA TAMBÉM Saiba tudo sobre o Imposto de Renda 2024 Veja quem é obrigado a declarar Veja como baixar o programa Veja o calendário dos lotes de restituição

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Wed, 24 Apr 2024 03:00:15 -0000 -


Veja as dezenas sorteadas: 05 - 20 - 27 - 28 - 48 - 49. Quina teve 24 apostas ganhadoras; cada uma vai levar R$ 58,5 mil. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O sorteio do concurso 2.716 da Mega-Sena foi realizado na noite desta terça-feira (23), em São Paulo. Nenhuma aposta acertou as seis dezenas, e o prêmio para o próximo sorteio acumulou em R$ 6 milhões. Veja os números sorteados: 05 - 20 - 27 - 28 - 48 - 49 5 acertos - 24 apostas ganhadoras: R$ 58.527,17 4 acertos - 1.750 apostas ganhadoras: R$ 1.146,65 O próximo sorteio da Mega será na quinta-feira (25). Mega-Sena, concurso 2.716 Reprodução/Caixa Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.

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Tue, 23 Apr 2024 23:05:48 -0000 -


Confira os números sorteados: 24 - 25 - 32 - 68 - 71. Aposta de Curitiba (PR) feita pela internet ganhou R$ 51.066.753,16, o maior prêmio da história. Uma aposta simples de Curitiba (PR) feita pela internet acertou as cinco dezenas e levou sozinha o prêmio de R$ 51.066.753,16, o maior da história dos concursos regulares da Quina. Veja abaixo os números do sorteio do concurso 6423 da Quina realizado nesta terça-feira (23): 24 - 25 - 32 - 68 - 71 Confira quantas apostas foram premiadas no concurso 6420: 5 acertos: 1 aposta ganhadora, R$ 51.066.753,16 4 acertos: 122 apostas ganhadoras, cada uma vai receber R$ 10.824,76; 3 acertos: 11.444 apostas ganhadoras, cada uma vai receber R$ 109,90; 2 acertos: 309.286 apostas ganhadoras, cada uma vai receber R$ 4,06. Próximo sorteio acontece nesta quarta-feira (24). O prêmio previsto é de R$ 700 mil. Resultado da Quina, concurso 6423 Divulgação/Caixa Como jogar na Quina Como funciona a Quina Para jogar na Quina, é preciso escolher de 5 a 15 números dentre os 80 disponíveis. Também é possível optar pela Surpresinha da Quina – nesse caso, os números são escolhidos pela Caixa Econômica Federal, que administra a loteria. O valor da aposta e a chance de acerto variam de acordo com a quantidade de números escolhidos: Chances de acerto e valor da aposta São premiadas as apostas que acertarem de 2 a 5 números. A divisão do prêmio é a seguinte: 35% do valor do prêmio entre quem acertou 5 números; 15% entre quem acertou 4; 10% entre quem acertou 3; 10% entre quem acertou 2. O que é a Teimosinha da Quina Na Teimosinha da Quina, o apostador concorre com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos. Volantes da quina Stephanie Fonseca/G1 Sorteio da Quina A Quina tem 6 sorteios semanais, que ocorrem de segunda-feira a sábado, às 20h. O que é a Quina de São João A Quina de São João tem o sorteio realizado uma vez por ano em uma data próxima ao dia 24 de junho, dia de São João. Os prêmios são maiores que os dos concursos regulares.

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Tue, 23 Apr 2024 23:02:04 -0000 -


Monitoramento foi feito entre 2020 e 2023 e em menos de 1% da área total ocupada pela cafeicultura, foram encontrados traços de retiradas de áreas florestais Pesquisa mostra que presença de abelhas pode aumentar a produção do café em Rondônia Rede Amazônica/Reprodução Um estudo conduzido pela Embrapa comprovou a sustentabilidade do café produzido na região "Matas de Rondônia". O estudo, feito com o uso da geotecnologia e com o apoio de imagens de satélite, registou desmatamento zero em 7 dos 15 municípios que compõem a região. A área classificada como "Matas de Rondônia" na Identificação Geográfica abrange 15 municípios. São eles: Alta Floresta D'Oeste Alto Alegre dos Parecis Alvorada D'Oeste Cacoal Castanheiras Espigão D'Oeste Ministro Andreazza Nova Brasilândia D'Oeste Novo Horizonte do Oeste Primavera de Rondônia Rolim de Moura Santa Luzia D'Oeste São Felipe D'Oeste São Miguel do Guaporé Seringueiras Dados positivos O monitoramento foi feito entre 2020 e 2023 e em menos de 1% da área total ocupada pela cafeicultura, foram encontrados traços de retiradas de áreas florestais. Ou seja, o estudo mostra que mais da metade dos municípios que compõem a região "Matas de Rondônia" são cobertos por florestas. 🌳 São 2,2 milhões de hectares com vegetação nativa. Além disso, o estudo também destaca a contribuição das reservas indígenas. Segundo a Embrapa, são os indígenas "que preservam e conservam grandes “blocos” de florestas nativas primárias num total de 1,2 milhão de hectares". Leia mais: Na Amazônia, indígenas produzem café premiado sem agrotóxicos e irrigação Ainda de acordo com a Embrapa, dos 37 mil imóveis rurais da região das Matas de Rondônia, declarados no Cadastro Ambiental Rural (CAR), menos de 9 mil se dedicam à cafeicultura, e, destes, 95% são pequenas propriedades familiares, com 3,5 ha cultivados com café, em média. Robusta Amazônico O café de Rondônia conquistou, em junho de 2021, a primeira Indicação Geográfica com Denominação de Origem (DO) para café canéfora sustentável. Para denominar essa nova Identificação Geográfica, foi feito um estudo, que começou em 2018. 📌 Os robustas amazônicos são resultado do cruzamento dos cafés Conilon e Robusta especialmente selecionados. O relatório do Exame de Mérito realizado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) descreve o perfil sensorial do café como: doce, chocolate, amadeirado, frutado, especiaria, raiz e herbal. “Uma nova ótica sensorial com paleta específica e característica dos cafés canéfora”. Leia também: Entenda o que muda com a indicação geográfica conquistada por três produtos em Rondônia

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Tue, 23 Apr 2024 22:47:16 -0000 -


Texto aprovado pelos deputados será analisado agora pelo Senado. Após acordo, número de setores beneficiados foi reduzido de 44 para 30. A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (23) um projeto de lei que limita as atividades beneficiadas pelo Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). Criado durante a pandemia, o programa concede benefícios fiscais para empresas do setor (entenda mais abaixo). O texto segue para análise pelo Senado Federal. Relatora do projeto, deputada Renata Abreu (Pode-SP). Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados A partir de um acordo costurado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, junto a líderes da Câmara, foi possível estipular um limite de gasto de R$ 15 bilhões com as isenções fiscais até 2026. A duração do programa será, portanto, limitada de duas formas: ao atingir o valor de R$ 15 bilhões ou ao chegar em dezembro de 2026. O projeto também restringiu as atividades econômicas (CNAE) beneficiadas pelo programa das atuais 44 para 30. O governo havia pedido 12. Entre os setores que perderam o benefício estão: albergues, exceto assistenciais; campings; pensões (alojamento); produtora de filmes para publicidade; serviços de reservas e outros serviços de turismo; serviço de transporte de passageiros - locação de automóveis com motorista; e organização de excursões em veículos rodoviários próprios, intermunicipal, interestadual e internacional. “Naturalmente, no meu relatório principal eu mantive os 44 CNAEs [atividades], mas no colégio de líderes com a apresentação dos números era necessário do número de CNAEs para adequação orçamentárias e garantir que ambos os regimes tributários fossem mantidos no programa”, explicou relatora, deputada Renata Abreu (Podemos-SP). O programa O programa foi criado durante a pandemia de Covid-19 como forma de socorrer o setor de eventos, um dos mais atingidos pelas medidas de isolamento social do período. Entre as medidas previstas no Perse estão a concessão de benefícios fiscais e a possibilidade de renegociação de dívidas com descontos para empresas desta área. A lei previa alíquota zero dos seguintes impostos sobre as receitas obtidas pelas empresas do setor de eventos: PIS/Pasep; Cofins; CSLL e Imposto de Renda. O governo Lula, no entanto, no esforço de fazer caixa para aumentar a arrecadação e tentar cumprir a meta fiscal, tentou enxugar o programa por medida provisória. "Com a redução drástica de atividades (...), o programa atende o número que o governo espera", disse Renata. "Estamos discutindo agora a prestação de contas com uma periodicidade, então a Receita tem que publicar bimestralmente os números por atividade que estão sendo utilizados pelo Perse, uma prestação de contas." Como ficou Segundo o texto, as empresas aptas a se beneficiarem do programa deverão ter habilitação prévia da Receita Federal. Caso a Receita não avalie a situação em 30 dias, a habilitação será automática. As empresas tributadas com base no lucro real terão alíquotas zeradas em 2025 e 2026 apenas sobre as contribuições PIS/Pasep e para a Cofins. Essas empresas deverão retomar integralmente, a partir de 2025, a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e o Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ). Já para as empresas de lucro presumido, a isenção é total sobre os quatro impostos até 2026.

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Tue, 23 Apr 2024 22:43:30 -0000 -

Na segunda-feira, em semana que Congresso deve analisar vetos, governo liberou R$ 2,5 bilhões em emendas. Mas deputados querem mais: retomar dispositivos que estabelecem calendário para as emendas no 1º semestre. O governo acelerou a liberação de emendas ao Congresso nesta semana, às vésperas da sessão que analisará vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apesar disso, o ritmo dos repasses ainda gera críticas, especialmente na Câmara dos Deputados, onde o desgaste com o Palácio do Planalto tem sido maior. Por isso, mesmo líderes aliados a Lula reconhecem que há risco de o governo sofrer derrotas nas votações de vetos. Uma delas poderá impor ao presidente um cronograma para liberação de emendas, o que reduz a margem para a articulação política do governo usar esses recursos como moeda de troca com parlamentares. Nesta segunda-feira (22), foram liberados mais cerca de R$ 2,7 bilhões em emendas. Com isso, já foram autorizados R$ 5,5 bilhões a deputados e senadores neste ano. “Há um objetivo claro do governo em acelerar a execução para a gente manter esse ritmo de retomada da economia e ritmo da execução dos programas”, disse nesta segunda-feira o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação política e gestão das emendas. “O problema é que cresceram demais”, diz Míriam sobre emendas parlamentares Pelos números apresentados por ele, mais R$ 1 bilhão devem ser repassados nesta semana. Recentemente, Padilha protagonizou um mal-estar público com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que o chamou de "incompetente". Sessão nesta quarta A liberação também acontece às vésperas de uma sessão do Congresso, em que deputados e senadores devem analisar os vetos presidenciais à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e ao Orçamento de 2024. A sessão está marcada para quarta-feira (24), mas aliados do governo tentam adiar a votação, que é prorrogada há semanas. O risco de derrota de Lula e a falta de acordo sobre os vetos é o principal motivo para eventual adiamento. Leia também: Após embate com Lira, governo recoloca Padilha na liberação de emendas e acirra desgaste com Câmara Veja os tipos de emendas parlamentares e a verba prevista para cada uma em 2024 Em meio à disputa por emendas, Lira diz que Orçamento é de todos os brasileiros, não só do Executivo O Congresso aprovou, no fim do ano passado, dispositivos na LDO para que o Palácio do Planalto fosse obrigado a pagar, até fim de junho, uma parte das emendas na área de saúde e assistência social. Lula vetou esses trechos, que davam segurança aos parlamentares de que esses recursos seriam liberados ainda no primeiro semestre - demanda que ganha um peso extra em ano eleitoral, quando o empenho das emendas só pode acontecer até o dia 30 de junho. Decreto de Lula Diante do mal-estar com o Congresso, Padilha costurou uma solução e o governo apresentou, em fevereiro, um decreto com uma projeção para esses desembolsos. Na ocasião, o ministro prometeu ainda R$ 14,5 bilhões em emendas de saúde e assistência social até o fim de junho. Mas, até agora, foram autorizados cerca de R$ 5 bilhões. "Vocês sabem que a Lei de Diretrizes Orçamentárias tinha proposta de cronograma de acelerar a execução no primeiro semestre dos recursos de repasses a fundo da saúde e assistência social, do SUS [Sistema Único de Saúde] e do SUAS [Sistema Único de Assistência Social]. O governo tem concordância em acelerar essa execução. Teve um veto por conta de uma coisa que havíamos anunciado, que é a Lei de Responsabilidade Fiscal", justificou Padilha em fevereiro. O decreto trata de um limite de pagamentos. Por exemplo, até abril deveriam ser liberados R$ 11,2 bilhões em emendas impositivas (individuais e de bancada) e R$ 2,45 bilhões em emendas de comissão. Embora o pagamento não seja imperativo a partir do decreto, parlamentares tinham uma expectativa de que os valores estivessem mais próximos do teto previsto e veem uma quebra de acordo em valores tão distantes do que foi empenhado até agora - R$ 5,5 bilhões. Na avaliação do governo, o decreto é melhor do que o calendário vetado - que amarra ainda mais o Executivo nesta liberação. Integrantes do governo também minimizam o risco de o veto do calendário cair e dizem que o governo vai cumprir o que foi acordado. Risco de derrubada Relator da LDO, o deputado Danilo Forte (União-CE) diz que a aceleração nos repasses de emendas nos últimos dias “é muito bem-vinda”, mas associa a medida a um receio do governo de que os parlamentares derrubem o veto feito ao calendário das emendas. “Condeno que liberem isso às vésperas da sessão do Congresso”, disse. “Quem vive de promessa é santo.” “Se estivesse tudo dentro do cronograma [de pagamento das emendas] construído, estava tudo melhor para o governo. Inclusive para o Padilha”, afirmou, em referência ao desgaste causado entre o ministro e o presidente da Câmara. Para que um veto seja derrubado, é necessária aprovação da maioria absoluta dos deputados (257 votos) e dos senadores (41 votos). Para o relator da LDO, o Senado não deve segurar o veto, ainda que seja uma Casa mais próxima do governo. “O Senado vai ser contra os prefeitos? Vai brigar com os deputados? E o Senado também quer emenda. O Senado não vai contra os parlamentares.” Outros vetos Entre os vetos, há ainda o corte de R$ 5,6 bilhões nas emendas indicadas pelas comissões do Congresso. O governo já disse que aceita recompor cerca de R$ 3 bilhões, ou seja, num valor menor. Alguns parlamentares defendem a derrubada total do valor, mas a sinalização é que esse montante interessa mais à cúpula do Congresso - que tem mais poder sobre os recursos indicados nas comissões. Como as emendas de comissão não são impositivas (não são de pagamento obrigatório), parlamentares do “baixo clero” defendem que a derrubada do veto ao calendário de liberação de emendas trará maior garantia no pagamento desses recursos. “Estamos trabalhando num pacote de vetos a serem derrubados de forma comum, pontos importantes, em especial na LDO”, afirmou Padilha nesta segunda-feira. A lista, segundo integrantes do governo, não inclui o cronograma de pagamento de emendas, que o governo tentará manter vetado.

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Tue, 23 Apr 2024 21:02:14 -0000 -


Segundo Renata Abreu (Podemos-SP), líderes partidários da Câmara fecharam um acordo com ministro da Fazenda para reformular o Perse. Votação de proposta deve ocorrer nesta terça. Deputada Renata Abreu, relatora do projeto que reformula programa voltado ao setor de eventos Luis Macedo/Câmara dos Deputados O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e líderes partidários da Câmara chegaram a um acordo para votação do projeto que reformula Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). O anúncio do entendimento foi feito pela deputada Renata Abreu (Podemos-SP), relatora da proposta. Com isso, a Câmara deve votar ainda nesta terça-feira (23) o texto que limita as despesas com o programa até 2026 ao valor de R$ 15 bilhões. O montante disponível começará a contar a partir deste mês de abril. A duração do programa será, portanto, limitada de duas formas: ao atingir o valor de R$ 15 bilhões ou ao chegar em dezembro de 2026. O valor de R$ 15 bilhões para o Perse até 2026 já havia sido anunciado pelo ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) nesta segunda-feira (22). Redução das atividades beneficiadas Programa se recuperação para o setor de eventos vai ser mais restrito, diz Míriam Leitão A relatora do projeto também anunciou que as atividades econômicas beneficiadas pelo programa serão reduzidas das atuais 44 para 29. O programa foi criado durante a pandemia de Covid-19 como forma de socorrer o setor de eventos, um dos mais atingidos pelas medidas de isolamento social do período. A relatora também anunciou que há acordo entre os partidos para que não sejam feitas alterações ao projeto com votações de trecho separadamente, os chamados destaques. "Com a redução drástica de atividades de 44 para 29, o programa atende o número que o governo espera", disse a relatora logo após reunião entre deputados e o ministro Haddad. "Estamos discutindo agora a prestação de contas com uma periodicidade, então a Receita tem que publicar bimestralmente os números por atividade que estão sendo utilizados pelo Perse, uma prestação de contas."

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Tue, 23 Apr 2024 19:35:22 -0000 -

Polícia Federal investiga invasão do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) e desvio de dinheiro. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (23) que já foi informado sobre quem invadiu o sistema de pagamentos do governo, o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi). O ministro não informou a identidade da pessoa. A Polícia Federal iniciou investigações sobre a invasão nos últimos dias. Os trabalhos são tocados por especialistas em segurança cibernética da corporação. A invasão ocorreu a um sistema de autenticação e a partir deste o usuário entrou no Siafi com o cadastro de um usuário real. Supostamente, valores teriam sido transferidos, mas ainda não há informações oficiais sobre desvios de verbas públicas e valores. “Não acredito que esteja completo o ciclo de investigação. Mas ela teve início e parece que um dos responsáveis já foi identificado. Não tenho o nome, nada disso, porque a investigação está sendo feita sob sigilo justamente para evitar que as coisas não cheguem ao fim”, afirmou Haddad. Como mostrou o blog da Daniela Lima, a auditoria aponta que, até aqui, os criminosos tentaram desviar ao menos R$ 3,5 milhões, em diversas operações ilegais. O ministro, porém, ainda não confirmou essa quantia. “Não sei o valor”, declarou Haddad. Segundo a fonte da PF, o caso começou a ser investigado por especialistas em segurança cibernética da corporação há cerca de duas semanas. A invasão ocorreu a um sistema de autenticação e a partir deste o usuário entrou no Siafi com o cadastro de um usuário real. Após o caso ter sido revelado, o Ministério da Fazenda informou, em nota, que “o episódio não configura uma invasão, mas sim uma utilização indevida de credenciais obtidas de modo irregular”. Segundo a pasta, “as tentativas de realizar operações na plataforma foram identificadas e não causaram prejuízos à integridade do sistema”. Reforma tributária Mais cedo, nesta terça-feira, Haddad participou de encontro com líderes na Residência Oficial da Câmara dos Deputados. Ele disse que discutiu o projeto de regulamentação da tributária que será apresentado nesta semana ao Congresso, mas que não tratou de detalhes da proposta, como alíquotas e composição da cesta básica. “Não fizemos isso, porque o Congresso vai ter o tempo dele para deliberar. Tem alguma margem, como toda lei. Mas nosso entendimento é que está indo uma lei bastante digerida. O trabalho técnico está feito e aí vai ter uma dimensão mais política que o Congresso vai tomar”, declarou o ministro. Haddad reconheceu que o texto pode ter mudanças. “Tirar um item da cesta básica, acrescentar. Essas coisas acontecem”, citou como exemplo. A ideia do governo é finalizar o projeto e entregar à Câmara, por onde a proposta começará a tramitar. Haddad informou que o texto deverá ter quase 300 páginas e que revogará muitas leis em vigor. Ele voltou a prever que a regulamentação da reforma deverá ser sancionada até o fim do ano. Em Washington, Haddad defende imposto para super-ricos

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Tue, 23 Apr 2024 18:44:01 -0000 -

De acordo com o governo, estudos mostram que o preço ao consumidor não deve sofrer impacto. Medida deverá passar pelos parceiros do Mercosul e entrar em vigor em cerca de 30 dias. O comitê da Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu nesta terça-feira (23) aumentar o imposto de importação para 25% para alguns produtos de aço. A medida, que ainda tem que passar pelo aval dos parceiros do Mercosul, deve entrar em vigor em cerca de 30 dias. Depois, vai valer por um ano. Segundo o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento e Indústria, Geraldo Alckmin, a medida atende ao pedido de entidades siderúrgicas e serve para reduzir a ociosidade da indústria nacional. "Você tem uma indústria que está com uma ociosidade muito grande, mais de 40% de ociosidade em algumas áreas, uma indústria importante, uma indústria de base, essencial para o país", declarou. O ministro afirmou ainda que a medida serve para preservação da indústria nacional. "Diria que foi uma medida de preservação do emprego e preservação de estímulo até a novos investimentos, modernização, mas que na realidade é extremamente cuidadosa", continuou. A Camex vai estabelecer cotas de volume de importação para aplicação do imposto. Ou seja, o aumento de imposto só deve valer para as importações que superarem as cotas estabelecidas. Dessa forma, o aumento será aplicado a cada classificação de produto de aço cujas compras externas tenham superado, em 2023, 30% da média das aquisições no período de 2020 a 2022. "A nossa análise é que nós vamos ficar grande parte dentro da cota, sem nenhuma alteração, mas o que extrapolar 30% acima da média aí sim aplica a nova alíquota de importação", afirmou Alckmin. Dia Nacional do Aço: região segue como referência nacional na produção do material De acordo com o governo, os estudos mostram que o preço ao consumidor não deve sofrer impacto. Segundo Alckmin, as entidades pleitearam a inclusão de 35 produtos de aço na lista que terá aumento de imposto. O governo acatou o pedido para 15 desses produtos --que eram tributados no intervalo de 10% a 14%. A medida vale para produtos como: laminados planos, de ferro ou aço não ligado, com medidas e espessuras determinadas; fios-máquinas de ferro ou aço não ligado, com medidas e espessuras determinadas; barras de ferro ou aço não ligado; tubos e perfis ocos utilizados em oleodutos ou gasodutos; tubos de ligas de aços, não revestidos, sem costura, para revestimento de poços, etc.; tubos soldados de outras seções. Segundo Alckmin, a Camex também decidiu nesta terça-feira (23) zerar o imposto de imposto de importação sobre 225 produtos, como antenas parabólicas para radares e aparelhos ortopédicos. Além disso, o comitê executivo da Câmara aprovou a concessão de financiamento pré-embarque para exportação pela indústria de defesa e pequenas empresas. De acordo com o ministro, a medida depende de aval do Conselho Monetário Nacional (CMN).

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Tue, 23 Apr 2024 17:38:58 -0000 -

Secretário extraordinário da Fazenda para o tema, Bernard Appy não quis adiantar conteúdo. Reforma foi aprovada em 2023; definição das regras é meta do Executivo para este ano. O primeiro e mais abrangente projeto do governo para regulamentar a reforma tributária sobre o consumo tem quase 300 páginas e deverá ser enviado nesta quarta-feira (24) ao Congresso Nacional, informou o secretário extraordinário do Ministério da Fazenda para a reforma tributária, Bernard Appy. Durante participação em evento da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), entretanto, ele não quis antecipar pontos do projeto. "Fizemos opção de fazer essa construção conjuntamente com os estados e municípios, pois estamos tratando de dois tributos que terão a mesma legislação. Não teria sentido fazer uma proposta do governo, sem considerar os estados e municípios. Nesse processo, buscamos ouvir o setor privado. Seria o ideal colocá-los em consulta pública, mas o prazo do Congresso acabou virando uma limitação", afirmou o secretário Bernard Appy, do Ministério da Fazenda. Segundo ele, esse principal projeto da reforma tributária, a ser enviado nesta semana, contém cerca de 500 artigos, além de uma série de anexos. "Só de revogações [das regras atuais, que serão extintas no futuro], tinha oito páginas de itens. Só para ter uma ideia do tamanho da complexidade que é o nosso sistema tributário. Essa é a parte boa", acrescentou Appy. Esse projeto principal, explicou o secretário, traz as regras gerais do IBS e CBS (os impostos sobre o consumo federal, estadual e municipal), além dos regimes específicos para as empresas e, também, a proposta para o imposto seletivo. Além desse projeto, disse ele, haverá outros dois: um sobre a transição na distribuição da receita (para os estados e municípios) e com questões relativas a contencioso administrativo, enquanto um terceiro projeto (lei ordinária) tratará das transferências de recursos aos fundos de desenvolvimento regional e de compensações de perdas dos estados. "Desenho que está sendo feito é para dar segurança às empresas, fechar brechas de sonegação. Para o bom pagador, vai melhorar. Para o mau pagador, eu espero que fique pior. Não posso entrar em detalhes. Há simplificação, o que é fundamental para a gente, a não cumulatividade está totalmente garantida dentro do desenho que está sendo construído", afirmou Appy, do Ministério da Fazenda. Como a Reforma Tributária vai simplificar a definição de preços Entenda a regulamentação As linhas gerais da reforma tributária sobre o consumo foram aprovadas pelo Congresso Nacional no ano passado, após décadas de discussão no Legislativo. Pontos importantes, como o fim da cumulatividade (cada setor paga o seu imposto, se creditando do que foi pago na etapa anterior), cobrança dos impostos no destino (onde os produtos são consumidos, após uma longa transição), simplificação e fim de distorções na economia (como passeio de notas fiscais e do imposto cobrado "por dentro") já foram assegurados. Entretanto, vários temas sensíveis ficaram para o ano de 2024, pois o texto aprovado indica a necessidade de regulamentação de alguns assuntos por meio de projetos de lei. É a chamada regulamentação da reforma -- que o governo deve começar a enviar ao Legislativo nesta semana. 🔎 Para entender: leis complementares servem para regulamentar dispositivos específicos da Constituição. A aprovação depende de número menor de votos, em comparação às PECs — 257 deputados (em dois turnos) e 41 senadores (em somente um turno). O cronograma da Fazenda prevê que a regulamentação será feita entre 2024 e 2025. Com o término dessa fase, poderá ter início, em 2026, a transição dos atuais impostos para o modelo de Imposto sobre Valor Agregado (IVA). Reforma Tributária: Congresso tem 180 dias para detalhar funcionamento na prática Entre esses temas, estão: ▶️Definição das alíquotas necessárias dos IVAs federal, estadual e municipal, assim como do imposto seletivo, para manter a carga tributária estável. Estimativas do governo apontam que a alíquota padrão (para setores sem benefício) pode chegar a 27%, o que seria uma das maiores do mundo. ▶️Deliberação sobre quais itens serão incluídos na cesta básica, que contará com isenção dos futuros impostos sobre consumo federal, estadual e municipal. Quanto maior for a lista de produtos da cesta básica com alíquota zero, maior tende a ser a alíquota padrão (cobrada dos setores sem benefícios). ▶️Determinação de quais produtos e serviços poderão contar com alíquotas reduzidas. A PEC traz as categorias que serão beneficiadas com alíquotas reduzidas, mas o benefício terá de ser detalhado, em lei complementar, por bens e serviços. Quanto mais produtos beneficiados, maior terá de ser a alíquota padrão (para setores sem benefício). ▶️Regimes específicos de tributação para o setor financeiro, incluindo o ramo de seguros, além de combustíveis para operações com imóveis (incorporação, aluguel, imóveis residenciais e comerciais). Se esses setores contarem com tributação menor do que atualmente, tende a haver impacto na alíquota dos demais setores. ▶️Produtos que terão cobrança do imposto seletivo — apelidado de "imposto do pecado" —, criado para desestimular produtos nocivos à saúde e ao meio ambiente. Armas e munições também seriam taxados pelo imposto, mas o trecho foi barrado pelos deputados na votação dos destaques (sugestões de alteração do texto) no segundo turno. ▶️Funcionamento do "cashback", a devolução de parte do imposto pago às famílias de baixa renda. Lei complementar definirá quem poderá receber o benefício, como ele será pago, e quais bens e serviços seriam objetivo de devolução de imposto. ▶️A criação do Fundo de Desenvolvimento Sustentável dos Estados da Amazônia e do Amapá, com o objetivo de fomentar o desenvolvimento e a diversificação das atividades econômicas na região, também será regulamentada por meio de lei complementar. ▶️Lei complementar também trará as regras de um regime fiscal favorecido para os biocombustíveis e para o hidrogênio de baixa emissão de carbono, para que tenham tributação menor que de combustíveis fósseis.

G1

Tue, 23 Apr 2024 16:23:19 -0000 -


Medida reduz de 60% para 20% o percentual de tributação sobre os ganhos com corridas. Proposta deve seguir para votação na Câmara dos Deputados. Motorista de aplicativo Uber Dan Gold/ Unsplash A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou, por unanimidade , nesta terça-feira (23) um projeto que, na prática, reduz a cobrança do Imposto de Renda sobre ganhos de motoristas autônomos com o transporte de passageiros. A medida contempla, por exemplo, taxistas e motoristas de aplicativo. O texto diminui o percentual de tributação do IR — de 60% para 20% — sobre os rendimentos obtidos pelos motoristas. Em acordo com o Ministério da Fazenda, o relator da proposta, senador Sérgio Petecão (PSD-AC), propôs compensar a perda de arrecadação, em 2024, com um aumento de 0,1 ponto percentual na tributação sobre bancos e instituições financeiras (entenda mais abaixo). Também a pedido do governo, Petecão inseriu no projeto que o benefício para os motoristas valerá somente por cinco anos. Aprovada em caráter terminativo, a proposta deverá seguir para análise da Câmara dos Deputados, caso não haja recurso para análise no plenário principal do Senado. Atualmente, taxistas e motoristas de aplicativo têm um desconto de 40% sobre a tributação dos rendimentos no Imposto de Renda. A legislação permite que as categorias informem somente 60% do valor que obtiveram com as corridas — quando a soma ultrapassar a faixa de isenção do IR (atualmente em R$ 24.511,92 anuais). O benefício surgiu como forma de compensar gastos dos motoristas autônomos com, por exemplo, manutenção do veículo e combustível. A sobra — isto é, os 40% descontados — é reconhecida como isenta e não tributável na declaração. A medida aprovada pela CAE nesta terça amplia, portanto, esse desconto para 80%. Pela lei, o benefício é somente aplicado aos ganhos obtidos com o transporte de passageiros e não pode ser utilizado em outras fontes de renda do motorista. Em seu parecer, Petecão argumentou que o novo percentual de tributação representa com “maior fidedignidade a receita livre de custos auferida pelos motoristas autônomos”. “Parte substancial do faturamento [dos motoristas] é utilizada para pagar os elevados custos associados ao serviço que presta, como gasolina, manutenção com revisões, troca de óleo e pneus etc. além do custo financeiro associado à aquisição do veículo”, escreveu. Autor da proposta, o presidente da CAE, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), afirmou que a medida vai beneficiar cerca de 1 milhão de motoristas de aplicativo, 400 mil taxistas e 300 mil mototaxistas. Motoristas de app: projeto prevê remuneração mínima Perda de arrecadação Já prevendo a aprovação da proposta pela Câmara e eventual sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda em 2024, o Ministério da Fazenda propôs mecanismo para compensar a perda de arrecadação do governo com o benefício neste ano. Segundo a pasta, anualmente, a ampliação do desconto no imposto poderá levar a uma perda de R$ 57 milhões nos cofres da União. O mecanismo previsto no texto para compensar os valores perdidos é a elevação de 0,1 ponto percentual nas alíquotas da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL) aplicadas sobre seguradoras e instituições financeiras; e de bancos. Pelo projeto, até o fim de 2024, a CSLL passará: de 15% para 15,1% sobre seguradoras e instituições financeiras e de 20% para 20,1% sobre bancos O aumento na cobrança da CSLL somente entraria em vigor depois de três meses da eventual sanção de Lula, respeitando o princípio tributário da chamada "noventena". A partir de 2025, as compensações deverão ser contempladas e previstas nas leis orçamentárias anuais.

G1

Tue, 23 Apr 2024 16:18:09 -0000 -

No primeiro trimestre, arrecadação somou R$ 660 bilhões e também bateu recorde histórico para esse período. Números foram divulgados pela Secretaria da Receita Federal. A arrecadação do governo federal com impostos, contribuições e demais receitas somou R$ 190,6 bilhões em março deste ano, informou nesta terça-feira (23) a Receita Federal. O resultado representa aumento real de 7,22% na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando a arrecadação somou R$ 177,7 bilhões (valor corrigido pela inflação). Esse também foi a maior arrecadação já registrada para meses de março desde o início da série histórica, em 1995, ou seja, em 30 anos. A arrecadação recorde de março acontece após o governo ter aprovado no Congresso, em 2023, medidas como: a tributação de fundos exclusivos, de "offshores"; e mudanças na tributação de incentivos (subvenções) concedidos por estados, entre outros. De acordo com Claudemir Malaquias, chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, o bom resultado da arrecadação em março está relacionado com o desempenho da atividade econômica, em expansão. Além disso, segundo ele, também houve queda nas compensações no pagamento de tributos efetuados pelas empresas, um ingresso adicional de R$ 3,3 bilhões decorrente da tributação de fundos exclusivos e alta de receita por conta do bom desempenho do emprego e da massa salarial. "E o último fator é a reoneração [aumento de tributos] de combustíveis", acrescentou Malaquias, da Receita Federal. De acordo com ele, ainda não é possível ver desaceleração no ritmo de crescimento da arrecadação. Nos três primeiros meses deste ano, ainda segundo dados oficiais, a arrecadação federal somou R$ 660,8 bilhões, o que representa um crescimento real (acima da inflação) de 8,4% em relação ao mesmo período do ano passado -- quando somou R$ 609,9 bilhões (valores corrigidos). No primeiro trimestre, a arrecadação também bateu recorde histórico para esse período. Especialistas dizem que é preciso equilíbrio nas contas públicas para que haja confiança Mês de março De acordo com dados da Receita Federal, alguns fatores contribuíram para a alta da arrecadação federal em março deste ano: O Fisco confirmou que a tributação de fundos exclusivos ajudou no aumento da arrecadação em março, no valor de R$ 3,38 bilhões, assim como a retomada da tributação integral sobre combustíveis. Com essa tributação, a arrecadação de IR sobre rendimentos de capital teve alta real de 48%, para R$ 10,5 bilhões. O PIS/Pasep e a Cofins tiveram um aumento real de 20,6% na arrecadação, para R$ 40 bilhões em fevereiro, por conta do aumento no volume de vendas e de serviços, assim como pelo acréscimo da arrecadação relativa ao setor de combustíveis – que teve a tributação total retomada. O IRRF - Rendimentos do Trabalho apresentou um aumento real de 3,8%, para R$ 18,02 bilhões, por conta do aumento da “Participação nos Lucros ou Resultados - PLR” (+22,90%), entre outros. Déficit zero A alta da arrecadação está na mira do governo para tentar zerar o rombo das contas públicas neste ano, meta que consta na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano. Porém, há um intervalo de tolerância de 0,25 ponto percentual do arcabouço fiscal (a nova regra das contas públicas) de até R$ 28,75 bilhões para cima ou para baixo em relação ao objetivo de zerar o rombo neste ano. O objetivo é considerado ousado pelo mercado financeiro, que projeta um rombo em torno de R$ 80 bilhões para 2024. Em 2023, o governo federal registrou um déficit primário (sem contar as despesas com juros) de R$ 230,5 bilhões em 2023. Foi o segundo pior resultado da série histórica, que começa em 1997. Segundo o Tesouro Nacional, o valor alto decorreu, entre outros fatores, do pagamento de R$ 92,4 bilhões em precatórios herdados do governo anterior. No começo deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo buscará o "superávit" nas suas contas neste ano, ou seja, arrecadar mais do que gastar. Mas indicou que, se não for viável, não haverá problemas. Para atingir a meta de voltar ao azul em suas contas em 2024, o governo terá de aumentar a receita líquida (após as transferências constitucionais aos estados e municípios) em cerca de R$ 280 bilhões neste ano. O valor consta no orçamento deste ano, já aprovada pelo Legislativo. Para 2025 e 2026, o governo já propôs a revisão das metas fiscais para um resultado positivo menor -- abrindo um espaço de cerca de R$ 160 bilhões adicionais em despesas nos dois anos. A equipe econômica também informou que prevê contas no vermelho até o fim do governo Lula. Mudanças em impostos Em busca do déficit zero neste ano, o governo aprovou, no ano passado, uma série de medidas para aumentar a arrecadação federal. São elas: Volta da regra que favorece o governo em casos de empate no Carf, órgão colegiado responsável pelo julgamento de recursos de empresas multadas pela Receita Federal – com arrecadação esperada de R$ 54,7 bilhões em 2024. MP que altera de tributação de incentivos (subvenções) concedidos por estados sobre o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) – com receita esperada de R$ 35 bilhões neste ano. Mudanças no regime dos juros sobre capital próprio, que consiste em uma forma de distribuição dos lucros de uma empresa de capital aberto (que tem ações na bolsa) aos seus acionistas. Tributação de "offshores" e dos dos chamados fundos exclusivos; Taxação do mercado de apostas eletrônicas em jogos esportivos.

G1

Tue, 23 Apr 2024 13:30:05 -0000 -


Na África e nos EUA, por questões de custos ou sustentabilidade, a folha de boldo é vista por alguns como alternativa ao papel higiênico. BBC - A planta usada como alternativa ao papel higiênico na África e nos EUA BBC Será que o Plectranthus barbatus, popularmente conhecido como boldo, é uma alternativa sustentável aos caros papéis higiênicos no continente africano? Martin Odhiambo, fitoterapeuta do Museu Nacional do Quênia, diz que sim. "Pode ser o futuro papel higiênico." Assim como ocorreu com muitos outros produtos, o preço do papel higiênico aumentou em toda a África. Embora ele seja fabricado no continente, a pasta de papel utilizada na sua produção é, muitas vezes, importada. Martin, especializado em plantas tradicionais, acredita que a resposta ao aumento dos custos já pode existir no continente. "A Plectranthus barbatus é o papel higiênico africano. Muitos jovens hoje em dia desconhecem essa planta, mas ela tem potencial para ser uma alternativa, amiga do ambiente, ao papel higiênico", diz ele. As folhas dela são macias, diz Martin, e têm cheiro de menta. Benjamin, que utiliza o boldo há mais de 25 anos, cultiva a planta no quintal dele BBC LEIA TAMBÉM: Eutanásia: veja quais países permitem a prática, realizada pela primeira vez no Peru 1kg por R$ 1 milhão: entenda por que o roubo de pedras da vesícula de boi tem se tornado cada vez mais comum A planta é cultivada amplamente em toda a África e ainda é usada em áreas rurais, o que a torna facilmente acessível. As folhas têm tamanho semelhante a um quadrado de papel higiênico industrial, e podem ser usadas em vasos sanitários modernos com descarga. Benjamin, que utiliza Plectranthus barbatus há mais de 25 anos, cultiva a planta no quintal dele, perto de sua casa em Meru, no Quênia. Ele diz: "Aprendi sobre a planta com meu avô, em 1985, e a uso desde então. É macia e tem um cheiro agradável." Mas ela poderia ser usada por mais pessoas? A produção em larga escala ainda é algo distante. No entanto, o seu potencial está sendo explorado em outros países. Robin Greenfield, um ativista ambiental nos Estados Unidos, diz que usa folhas de boldo há cinco anos. Robin cultiva mais de cem pés de boldo em seu viveiro na Flórida. Ele compartilha mudas por meio de uma iniciativa que incentiva as pessoas a cultivarem seu próprio papel higiênico. Robin cultiva mais de cem pés de boldo em seu viveiro na Flórida para usar como papel higiênico BBC "Há muitas pessoas que associam o uso da planta como papel higiênico à pobreza, mas devo lembrá-los que, quando usam papel higiênico industrial, continuam usando plantas. A diferença é que elas apenas têm uma indústria com elas", diz ele. Robin diz que recebeu comentários positivos de pessoas que usaram a planta. Ele diz que são pessoas que valorizam a sustentabilidade do cultivo do seu próprio papel higiênico. "Para quem hesita em experimentar o boldo como papel higiênico, eu diria para abandonar as preocupações sobre o que as pessoas pensam de você. E simplesmente dizer: vou ser eu mesmo. E isso pode significar me limpar com algumas folhas bem macias que eu mesmo planto." Este conteúdo foi criado com financiamento da Fundação Bill e Melinda Gates. VÍDEO: aprenda a fazer o chá de boldo Aprenda a fazer o chá de boldo VÍDEO: plantas medicinais usadas por povos indígenas são alvo de pesquisa Parte 2: Plantas medicinais usadas por povos indígenas é tema de pesquisa no Pará

G1

Tue, 23 Apr 2024 12:54:12 -0000 -

Números foram divulgados nesta terça-feira (23) pelo Banco Central. Novas projeções foram divulgadas após o governo ter proposto mudança nas metas fiscais, o que permitirá expansão maior dos gastos. Os analistas do mercado financeiro elevaram a projeção para o crescimento da economia brasileira neste ano -- que ultrapassou a marca dos 2%. Eles também passaram a projetar mais inflação, um queda menor da taxa básica de juros nos próximos anos e elevaram as expectativas para a o dólar no fim de 2024 e de 2025. As informações constam no relatório "Focus", divulgado nesta terça-feira (23) pelo Banco Central. O levantamento ouviu mais de 100 instituições financeiras, na semana passada, sobre as projeções para a economia. A mudança nas expectativas do mercado financeiro ocorre após o governo confirmar a proposta de reduzir as metas para o saldo positivo nas contas públicas neste e nos próximos anos. A meta, que era de superávit já em 2025, passou a ser de déficit zero. Se aprovada a proposta, a equipe econômica ganhará um espaço de cerca de R$ 160 bilhões para novos gastos em 2024 e 2025. Após as alterações, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, já avisou na última semana que o trabalho da instituição para conter a inflação ficou "custoso e difícil" -- indicando que o ritmo antes esperado de queda dos juros pode mudar. Produto Interno Bruto Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, a projeção do mercado subiu de de 1,95% para 2,02%. Foi a décima alta seguida no indicador. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia. Já para 2025, a previsão de alta do PIB do mercado financeiro ficou estável em 2%. Em 2023, o PIB do Brasil cresceu 2,9%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Inflação Para a inflação deste ano, os analistas dos bancos elevaram a expectativa de inflação de 3,71% para 3,73%. Com isso, a expectativa dos analistas para a inflação de 2024 se mantém abaixo do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta central de inflação é de 3% neste ano, e será considerada formalmente cumprida se o índice oscilar entre 1,5% e 4,5% neste ano. Especial g1: o que é inflação Entenda: como a inflação mexe no seu bolso Para 2025, a estimativa de inflação avançou de 3,56% para 3,60% na última semana. No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, o BC já está mirando, neste momento, na meta do ano que vem, e também em 12 meses até meados de 2025. Quanto maior a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam, sem que o salário acompanhe esse crescimento. Taxa de juros Os economistas do mercado financeiro elevaram as estimativas para a taxa básica de juros da economia brasileira para o final deste ano e de 2025. Atualmente, a taxa Selic está em 10,75% ao ano, após seis reduções seguidas promovidas pelo Banco Central. Para o fechamento de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia subiu de 9,13% para 9,50% ao ano. Para o fim de 2025, por sua vez, o mercado financeiro subiu a projeção de 8,5% para 9% ao ano. Isso quer dizer que os economistas passaram a ver uma queda menor dos juros neste ano e em 2025. Outras estimativas Veja abaixo outras estimativas do mercado financeiro, segundo o BC: Dólar: a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2024 subiu de R$ 4,97 para R$ 5. Para o fim de 2025, a estimativa continuou em R$ 5,05. Balança comercial: para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção subiu de US$ 79,8 bilhões para US$ 80 bilhões de superávit em 2024. Para 2025, a expectativa para o saldo positivo permaneceu em US$ 75 bilhões. Investimento estrangeiro: a previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil neste ano subiu de US$ 67 bilhões para US$ 67,3 bilhões de ingresso. Para 2025, a estimativa de ingresso avançou de US$ 73,4 bilhões para US$ 73,5 bilhões. Taxa Selic: entenda o que é a taxa básica de juros da economia brasileira

G1

Tue, 23 Apr 2024 11:32:41 -0000 -


Volume produzido pela agricultura cresce mais de 10 milhões de toneladas por ano, mas capacidade de estocagem não chega à metade. Representante setorial estima investimento anual de R$ 15 bilhões para conter diferença. Silo de armazenamento de grãos no campo Divulgação A produção de grãos como soja, milho e feijão no país cresce, em média, 10,9 milhões de toneladas por ano, mas o incremento na capacidade de guardar todo esse volume que projeta o Brasil no exterior não chega nem à metade dessa evolução, com 4,8 milhões. Estratégica para evitar desperdícios, reduzir custos e aumentar a competitividade no exterior, a armazenagem de grãos é um dos principais desafios do setor agrícola brasileiro, que atualmente lida com um déficit total de aproximadamente 120 milhões de toneladas. Siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Algo que passa principalmente por investimentos, afirma Paulo Bertolini, presidente da Câmara Setorial de Equipamentos para Armazenagem de Grãos da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (CSEAG/Abimaq). "O principal fator associado ao déficit de armazenagem é a falta de investimento em estruturas de processamento e armazenagem de grãos. Essa falta de investimento que acompanha o crescimento da agricultura brasileira, essa dinâmica formidável que é agricultura brasileira, não tem acontecido nas últimas décadas", afirma. O setor de silos e de armazenagem é um dos que movimentam negócios na Agrishow, uma das maiores feiras de tecnologia agrícola do mundo que acontece em Ribeirão Preto (SP) entre 29 de abril e 3 de maio, com projeção de receber 200 mil pessoas e resultar em pelo menos R$ 13,2 bilhões em contratos. O g1 tem uma página especial com a cobertura do evento. Milho está entre os principais grãos plantados no verão Gilson Abreu/AEN Produção x armazenagem de grãos O Brasil fechou o ciclo 2022/2023 com 320,1 milhões de toneladas de grãos, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em alta de 17,4% sobretudo por ganhos de produtividade e com destaque para o milho, responsável por mais de 60% da área cultivada. Para o período entre 2023/2024, a projeção mais recente prevê uma queda de 8%, com uma produção de 294 milhões de toneladas. Ainda assim, a atual capacidade de armazenamento é insuficiente. Segundo informações compiladas pela CSEAG em relatório divulgado no fim de março, até o ano passado o potencial de estoque era de 201 milhões de toneladas. Sem investimentos significativos, a tendência é de que essa diferença continue a subir. "A projeção continua acima de 100 milhões de déficit de armazenagem. Não tem nada, nenhum indicativo de que isso mude." Os atuais valores reproduzem uma tendência observada nos últimos anos (veja gráfico acima) em que a diferença entre o que o Brasil produz e consegue armazenar apenas aumentou. Em 2017, por exemplo, o déficit era de 59 milhões de toneladas, ou seja, três vezes e meia menor do que o atual. Com grão a mais e armazéns de menos, a saída, para produtos como o milho, é deixar o excedente a céu aberto, o que representa prejuízos, tanto com desperdício na quantidade quanto com a perda de qualidade. "O Brasil cresce em média 10 milhões de toneladas na sua produção todos os anos, enquanto a capacidade estática de armazenagem de grãos cresce apenas metade disso, ou seja 5 milhões toneladas. Dessa forma, a cada ano que se passou nas últimas décadas o Brasil cresceu no seu déficit de armazenagem 5 milhões de toneladas", analisa Bertolini. Maior safra de grãos da história e preços baixos da soja e do milho resultam em armazéns lotados e toneladas de milho expostas a temperaturas elevadas, a possíveis chuvas e a ataques de insetos e roedores COOAVIL/ Divulgação LEIA TAMBÉM Plano Safra: lideranças do agro pedem R$ 36 bilhões para investimento em máquinas agrícolas em 2024 ‘Sisteminha’: projeto de incentivo a agricultura familiar transforma quintal em miniatura de fazenda O raio-X da armazenagem de grãos É justamente na região que mais produz grãos no país, o Centro-Oeste, onde o déficit é mais acentuado, com 84 milhões de toneladas. Dos 162,4 milhões de toneladas produzidos, apenas se consegue armazenar 78,4 milhões de toneladas, ou seja, 48%. "Os maiores déficits de armazenagem, proporcionalmente, estão nas áreas de fronteira agrícola, onde a agricultura é mais jovem, onde ela cresceu mais." Nordeste, Sul e Norte aparecem na sequência, respectivamente com 14,7 milhões, 10,4 milhões e 9 milhões. Apenas o Sudeste tem capacidade para armazenar todo o volume que produz, de 30,2 milhões em 2023. Entre todos os estados brasileiros, os que mais têm capacidade de estoque são Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul, com volumes que variam entre 31 milhões e 49 milhões de toneladas. De todas as unidades de armazenamento em funcionamento, 84% estão em áreas urbanas e industriais, com destaque para o que está sob controle de tradings, armazenamentos privados e cooperativas, enquanto que apenas 16% ficam nas fazendas produtoras. Paulo Bertolini, presidente da Câmara Setorial de Equipamentos para Armazenagem de Grãos (CSEAG/ABIMAQ) Divulgação/ Abimaq Silos em fazendas e crédito Um dos desafios do setor agrícola é mudar essa proporção. Na visão dos especialistas, as fazendas apresentam uma série de vantagens na armazenagem, sobretudo pela redução de custos. Segundo a CSEAG, os principais benefícios são: elimina custos com transporte e frete, principalmente na safra; reduz custos com eliminação de impurezas e umidade; reduzir perdas, que chegaram a 36 milhões de toneladas em todo o país em 2023; permite um aproveitamento total dos grãos; otimiza a operação da colheita; permite escolher a melhor época para comercialização; elimina o pagamento de taxas de secagem, armazenagem e quebra técnica; diminui perdas com descontos em classificação do produto; oferece garantia de qualidade do produto. Mesmo assim, essa modalidade de armazenamento pouco evoluiu ao longo dos anos. Entre 2010 e 2023, a capacidade saltou de 20,38 milhões de toneladas para 33,22 milhões, uma variação em termos absolutos de 13 milhões que elevou a proporção com relação ao total de 14% para 16% . "Nos Estados Unidos, mais de 60% da capacidade de armazenagem está dentro das fazendas (...). Os Estados Unidos, maior produtor mundial de grãos, consegue armazenar mais do que uma safra e meia. O Brasil não consegue armazenar uma única safra", afirma o representante da câmara setorial na Abimaq. Colheita da soja Jaelson Lucas/Arquivo AEN A ampliação dessa modalidade, bem como da capacidade geral de estoque em todo o país, passa necessariamente por mais recursos financeiros. Nos cálculos da câmara setorial da Abimaq, apenas para equiparar produção e armazenagem são necessários, por ano, R$ 15 bilhões em investimentos. Bertolini explica o cálculo desse montante. "Em média, uma tonelada estática de armazém para grãos custa em torno de R$ 1,5 mil. Isso vai não só em termos de equipamento, mas também todo o serviço de montagem desse equipamento, obra civil, terraplanagem, parte elétrica, frete desse equipamento, tudo isso está nessa conta. Se o Brasil cresce 10 milhões de toneladas em média todos os anos em sua produção agrícola, precisa investir R$ 15 bilhões somente para acompanhar esse nível de crescimento", diz. Uma das principais fontes de incentivo está no Plano Safra, com o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), mas com valores que se esgotaram rapidamente no ciclo 2023/2024 e não tiveram suplementação, segundo Bertolini. "Temos uma indústria de alta capacidade e tecnologia que é reconhecida internacionalmente, uma vez que a gente fornece para 40 países. Para redução do deficit de armazenagem é preciso investimento. Para que haja investimento tem que ter linhas de crédito adequadas com dinheiro suficiente para a demanda e necessidade brasileira", argumenta. Veja mais notícias sobre a Agrishow 2024 VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

G1

Tue, 23 Apr 2024 09:01:02 -0000 -


De janeiro a março, o país registrou 432.288 novos emplacamentos, contra 357.047 no mesmo período de 2023. É o primeiro trimestre mais forte em vendas desde 2012. Honda CG 160 Start 2020 Honda/Divulgação Os brasileiros já compraram mais de 430 mil motos novas até março de 2024, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Foram, no total, 432.288 novos emplacamentos no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 21,07% em relação a igual período de 2023. Só em março de 2024, a federação registrou 152.670 novos emplacamentos. Em relação a fevereiro, a alta foi de 12,02% (136.292 unidades); Em relação a março de 2023, o avanço foi de 4,61% (145.936 unidades). Os números são fortes mesmo em relação ao ano passado, que registrou o maior patamar de emplacamentos de motos desde 2012. Ao todo, foram 1.581.526 motos emplacadas em 2023, contra 1.637.506 naquele ano. O primeiro trimestre de 2012, inclusive, registrou 442 mil emplacamentos de novas motos, apenas 2% a mais que a mesma janela de 2024. "O segmento vem sendo influenciado positivamente por uma série de fatores nos últimos anos, como o aumento dos serviços de entrega e a busca por um transporte individual econômico", afirma Andreta Junior, presidente da Fenabrave. Ainda de acordo com Andreta Junior, o início de 2024 registra alta expressiva na venda de motos também por conta da melhora do crédito. O g1 mostrou como juros mais baixos tem favorecido a alta de emplacamentos também entre os carros e comerciais leves. De acordo com Andreta Junior, houve um aumento de 15% na aprovação de crédito e a expectativa é que a queda da taxa básica de juros e consequentemente dos spreads bancários (diferença entre os juros de captação dos bancos e as taxas cobradas na ponta consumidora) também beneficiem o setor. "Quando tem uma queda na taxa de juros, o mercado consegue alongar o prazo [de financiamento]. E a inadimplência também está estabilizada, então tudo tem contribuído também para a venda de veículos", disse. LEIA MAIS Quase R$ 8 milhões: veja o ranking e os preços dos carros mais caros à venda no país Volkswagen Polo assume a ponta e é o carro novo mais vendido no 1º trimestre; veja o top 10 Da saída da Ford ao recorde de investimentos: o que reacendeu o ânimo das montadoras no Brasil Com alta de mais de 6% em dois meses, etanol só compensa em 8 estados e no DF As mais vendidas A Honda CG 160 foi a moto nova mais vendida no Brasil no primeiro trimestre de 2024, segundo dados da Fenabrave. Ao todo, foram emplacadas 102.931 unidades do modelo no acumulado de janeiro a março. A segunda colocação do ranking ficou com a Honda Biz, com 72.084 unidades vendidas, seguida pela Honda Pop 110i, que fechou o pódio com 37.186 emplacamentos no período. Entre as marcas, os dados da Fenabrave mostram uma predominância da Honda no mercado brasileiro de motos, com 70,78% do total de unidades comercializadas de janeiro a março deste ano. Na sequência, estão a Yamaha (17,14%), a Mottu (3,47%), a Shineray (2,84%) e a Haojue (1,04%). Veja a lista de mais motos vendidas no 1º trimestre: Honda CG 160: 102.931 unidades Honda Biz: 72.084 unidades Honda Pop 110i: 37.186 unidades Honda NXR 160: 36.232 unidades Mottu Sport 110i: 15.011 unidades Honda PCX 160: 13.927 unidades Honda CB 300F: 11.955 unidades Yamaha YBR 150: 11.376 unidades Honda XRE 300: 11.201 unidades Yamaha Fazer 250: 11.168 unidades Da saída da Ford ao recorde de investimentos: o que reacendeu o ânimo das montadoras no Brasil Aumento de veículos financiados Entre os veículos de quatro rodas, foram 514.517 novos emplacamentos no país no primeiro trimestre, uma alta de 9,1% em relação ao mesmo período de 2023. O cenário de crédito também foi apontado como primordial. De acordo com Andreta Junior, os automóveis adquiridos por meio de empréstimos correspondiam a cerca de 52,6% do total de veículos vendidos em fevereiro de 2023 — proporção que passou para 56,7% do total em fevereiro deste ano. "Esse número foi reduzido nos últimos tempos, já que estava-se comprando muito mais carros à vista do que financiados. Agora com a queda da taxa de juros, a tendência é que [esse número] volte para o volume de 60%, 70% do total", completou o presidente da Fenabrave. Da saída da Ford ao recorde de investimentos: o que reacendeu o ânimo das montadoras no Br

G1

Tue, 23 Apr 2024 09:00:41 -0000 -


Empresas chinesas estão correndo para instalar fábricas no México, de modo a evitar as tarifas e sanções dos EUA. A fabricação no México permite que a empresa chinesa Man Wah evite a taxação dos EUA. BBC As poltronas reclináveis ​​e os sofás de couro macio provenientes da linha de produção da fábrica da Man Wah Furniture na cidade mexicana de Monterrey são 100% "made in Mexico". Eles são destinados a grandes varejistas dos EUA, como a Costco e o Walmart. Mas a empresa é chinesa, e sua fábrica mexicana foi construída com capital do país asiático. A relação triangular entre os EUA, a China e o México está por trás da palavra da moda nos negócios mexicanos: nearshoring. A expressão em inglês é usada para se referir à estratégia das empresas de levar a produção para mais próximo dos mercados onde será vendida. A Man Wah é uma das dezenas de empresas chinesas que se mudaram para parques industriais no norte do México nos últimos anos, com o intuito de aproximar a produção do mercado dos EUA. LEIA TAMBÉM Governo anuncia Desenrola para pequenas empresas, microcrédito e ações de estímulo à casa própria Lagosta, bacalhau e foie gras na cesta básica? A polêmica proposta de isentar de impostos itens de luxo Após 'fritura' do presidente da Petrobras, ministro diz ver 'correção de rumo' na companhia Além de pouparem no frete, seu produto final é considerado completamente mexicano — o que significa que as empresas chinesas podem evitar as tarifas e sanções impostas pelos EUA aos produtos chineses em meio à guerra comercial entre os dois países. Enquanto o gerente geral da empresa, Yu Ken Wei, me mostra as vastas instalações da fábrica, ele afirma que a mudança para o México fez sentido do ponto de vista econômico e logístico. “Esperamos triplicar ou até mesmo quadruplicar a produção aqui”, diz ele em espanhol. “A intenção aqui no México é elevar a produção até o nível da nossa operação no Vietnã." O gerente geral da companhia, Yu Ken Wei, planeja pelo menos triplicar a produção no México. BBC A empresa só chegou à cidade de Monterrey em 2022, mas já emprega 450 pessoas no México. Yu Ken Wei afirma que espera empregar mais de 1.200 funcionários, para operar novas linhas de produção na fábrica nos próximos anos. “As pessoas aqui no México são muito trabalhadoras e aprendem rápido”, diz Yu. "Temos bons operários, e a produtividade deles é alta. Então, do ponto de vista de mão de obra, acho que o México também é estrategicamente muito bom." Não há dúvida de que o nearshoring proporciona um importante impulso à economia mexicana — em junho do ano passado, as exportações totais do México haviam aumentado 5,8% em relação ao ano anterior, chegando a US$ 52,9 bilhões (R$ 275 bilhões). A tendência está mostrando poucos sinais de desaceleração. Em apenas dois meses deste ano, os anúncios de investimento de capital no México corresponderam a quase metade do total no ano de 2020. A fábrica de sofás Man Wah está localizada dentro do Hofusan, um parque industrial chinês/mexicano. A demanda pelos lotes é altíssima: todos os espaços disponíveis foram vendidos. Na verdade, a Associação de Parques Industriais do México afirma que todas as instalações previstas para serem construídas no país até 2027 já foram adquiridas. Não é de se admirar que muitos economistas mexicanos digam que o interesse da China no país não é uma moda passageira. “As razões estruturais que estão trazendo capital para o México vieram para ficar”, avalia Juan Carlos Baker Pineda, ex-vice-ministro do Comércio Exterior do México. “Não tenho nenhuma indicação de que a guerra comercial entre a China e os EUA vai arrefecer tão cedo.” Baker Pineda fez parte da equipe de negociação do México envolvida no estabelecimento do acordo de livre comércio USMCA (que substituiu o antigo Nafta). "Embora a origem chinesa do capital que entra no México possa ser desconfortável para as políticas de alguns países, de acordo com a legislação comercial internacional, estes produtos são, para todos os efeitos, mexicanos", diz ele. Isso ofereceu ao México uma posição estratégica clara entre as duas superpotências: o México substituiu recentemente a China como principal parceiro comercial dos EUA, uma mudança significativa e simbólica. A direção da Man Wah elogia as habilidades dos trabalhadores mexicanos. BBC O crescimento das relações comerciais do México com os EUA também aconteceu, em parte, por meio de um segundo aspecto fundamental do nearshoring no país: empresas americanas também se instalaram no México, muitas vezes depois de transferirem a produção de fábricas na Ásia. Talvez o anúncio de maior destaque tenha sido o do empresário Elon Musk, que revelou planos no ano passado de construir uma nova Tesla Gigafactory nos arredores de Monterrey. Mas a empresa de carros elétricos ainda não iniciou a construção da fábrica de US$ 10 bilhões. E, embora a Tesla aparentemente ainda esteja comprometida com o projeto, ela desacelerou seus planos em meio a preocupações com a economia global e às recentes demissões na montadora. Mas no que diz respeito ao investimento chinês, alguns especialistas pedem cautela pelo fato de o México ter sido arrastado para a luta geopolítica mais ampla entre os EUA e a China. “O velho rico da cidade, os EUA, está tendo problemas com o novo rico da cidade, a China”, diz Enrique Dussel, do Centro de Estudos China-México da Universidade Nacional Autônoma do México. “E o México — sob a gestão de governos anteriores e nesta [gestão] — não tem uma estratégia face a esta nova relação triangular.” Com as eleições se aproximando em ambos os lados da fronteira entre os EUA e o México, pode haver novos aspectos políticos pela frente. Mas quer seja Donald Trump ou Joe Biden no comando da Casa Branca nos próximos quatro anos, poucos esperam que haja qualquer avanço nas relações entre os EUA e a China. Dussel acredita que o nearshoring é melhor definido pelo que ele chama de “security-shoring”, uma vez que Washington colocou as preocupações de segurança nacional acima de todos os outros fatores na sua relação com a China. O México, argumenta ele, deve ter cuidado para não ser pego no meio deste fogo cruzado. “O México está levantando um grande cartaz para a China dizendo: 'Bem-vinda ao México!'. Não é preciso ter doutorado para saber que isso não vai acabar bem para as relações bilaterais entre os EUA e o México no médio prazo”, acrescenta Dussel. As empresas chinesas correm para comprar terreno para construir fábricas no México. BBC Outros são mais otimistas. “Na minha opinião, a questão não é se esta tendência vai continuar — mas, sim, o quanto podemos tirar proveito desta tendência”, afirma Juan Carlos Baker Pineda. "Tenho certeza de que as pessoas estão tendo essas mesmas discussões na Colômbia, no Vietnã, na Costa Rica. Por isso, precisamos garantir no México que essas condições que estão alinhadas andem de mãos dadas com as decisões corporativas e governamentais para sustentar essa tendência no longo prazo." De volta a Monterrey, as talentosas costureiras mexicanas da Man Wah Furniture dão os últimos retoques em outro sofá antes de ser despachado para os EUA. Quando uma família americana comprar o sofá em uma loja do Walmart perto dela, pode não fazer ideia da complexa geopolítica por trás da sua produção. Mas quer o nearshoring seja uma saída inteligente para os EUA, ou parte de uma guerra onerosa entre superpotências, é atualmente a principal vantagem do México nestes tempos hostis para o comércio global. PIB da China cresce 5,3% em termos anuais no 1º trimestre

G1

Tue, 23 Apr 2024 08:02:50 -0000 -


As apostas podem ser feitas até as 19h em lotéricas ou pela internet. Aposta única da Mega-Sena custa R$ 5 e apostas podem ser feitas até as 19h Marcelo Brandt/G1 O concurso 2.716 da Mega-Sena pode pagar um prêmio de R$ 3,5 milhões para os acertadores das seis dezenas. O sorteio ocorre às 20h desta terça-feira (23), em São Paulo. No concurso do último sábado (20), uma aposta do Rio de Janeiro (RJ) levou sozinha o prêmio de R$ 102 milhões. A aposta mínima para a Mega-Sena custa R$ 5 e pode ser realizada também pela internet, até as 19h – saiba como fazer. A Mega soma três sorteios semanais: às terças, quintas e sábados. Entenda como funciona a Mega-Sena e qual a probabilidade de ganhar o prêmio Para apostar na Mega-Sena As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. É necessário fazer um cadastro, ser maior de idade (18 anos ou mais) e preencher o número do cartão de crédito. Probabilidades A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com apenas seis dezenas, que custa R$ 5, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 50.063.860, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 22.522,50, a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 10.003, ainda segundo a Caixa.

G1

Tue, 23 Apr 2024 03:00:39 -0000 -


Atualização dos valores de obrigatoriedade não mexeram a lista de rendimentos isentos. Imposto de Renda AGÊNCIA BRASIL Duas mudanças importantes aconteceram nos critérios de obrigatoriedade para a declaração do Imposto de Renda 2024. ▶️ A quantia para quem recebeu rendimentos tributáveis passou de R$ 28.559,70 para R$ 30.639,90 em 2023. ▶️ Para rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte passou de R$ 40 mil para R$ 200 mil. Os demais critérios de obrigatoriedade você pode conferir no final da reportagem. Mas é importante saber também que a lista de rendimentos isentos não teve alterações. Confira abaixo a lista completa de rendimentos isentos. LEIA MAIS Saiba tudo sobre o Imposto de Renda 2024 Veja como fazer a declaração Veja quem é obrigado a declarar Veja como baixar o programa Veja o calendário dos lotes de restituição Imposto de Renda 2024: Saiba como evitar cair na malha fina Rendimentos isentos no Imposto de Renda 2024 Bolsas de estudo e de pesquisa caracterizadas como doação, exceto médico-residente ou Pronatec, exclusivamente para proceder a estudos ou pesquisas e desde que os resultados dessas atividades não representem vantagem para o doador, nem importem contraprestação de serviços; Bolsas de estudo e de pesquisa caracterizadas como doação, quando recebidas exclusivamente para proceder a estudos ou pesquisas, recebidas por médico-residente e por servidor da rede pública de educação profissional, científica e tecnológica que participe das atividades do Pronatec; Capital das apólices de seguro ou pecúlio pago por morte do segurado, prêmio de seguro restituído em qualquer caso e pecúlio recebido de entidades de previdência privada em decorrência de morte ou invalidez permanente; Indenizações por rescisão de contrato de trabalho, inclusive a título de Programa de Demissão Voluntária (PDV), e por acidente de trabalho, e FGTS; Ganho de capital na alienação de bem, direito ou conjunto de bens ou direitos da mesma natureza, alienados em um mesmo mês, de valor total de alienação até R$ 20 mil, para ações alienadas no mercado de balcão, e de R$ 35 mil, nos demais casos; Ganho de capital na alienação do único imóvel por valor igual ou inferior a R$ 440 mil e que, nos últimos 5 anos, não tenha efetuado nenhuma outra alienação de imóvel; Ganho de capital na venda de imóveis residenciais para aquisição, no prazo de 180 dias, de imóveis residenciais localizados no Brasil e redução sobre o ganho de capital; Ganho de capital na alienação de moeda estrangeira mantida em espécie cujo total de alienações, no ano-calendário, seja igual ou inferior ao equivalente a US$ 5 mil; Lucros e dividendos recebidos; Parcela isenta de proventos de aposentadoria, reserva remunerada, reforma e pensão de declarante com 65 anos ou mais; Pensão, proventos de aposentadoria ou reforma por moléstia grave ou aposentadoria ou reforma por acidente em serviço; Rendimentos de cadernetas de poupança, letras hipotecárias, letras de crédito do agronegócio e imobiliário (LCA e LCI) e certificados de recebíveis do agronegócio e imobiliários (CRA e CRI) Rendimento de sócio ou titular de microempresa ou empresa de pequeno porte optante pelo Simples Nacional, exceto pro labore, aluguéis e serviços prestados; Transferências patrimoniais – doações e heranças; Parcela não tributável correspondente à atividade rural; Imposto sobre a renda de anos-calendário anteriores compensado judicialmente neste ano-calendário; 75% dos rendimentos do trabalho assalariado recebidos em moeda estrangeira por servidores de autarquias ou repartições do governo brasileiro situadas no exterior, convertidos em reais Incorporação de reservas ao capital/bonificações em ações; Transferências patrimoniais – meação e dissolução da sociedade conjugal e da unidade familiar; Ganhos líquidos em operações no mercado à vista de ações negociadas em bolsas de valores nas alienações realizadas até R$ 20 mil em cada mês, para o conjunto de ações; Ganhos líquidos em operações com ouro, ativo financeiro, nas alienações realizadas até R$ 20 mil em cada mês; Recuperação de prejuízos em renda variável (bolsa de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhados e fundos de investimento imobiliário e Fiagro); Rendimento bruto, até o máximo de 90%, da prestação de serviços decorrente do transporte de carga e com trator, máquina de terraplenagem, colheitadeira e assemelhados; Rendimento bruto, até o máximo de 40%, da prestação de serviços decorrente do transporte de passageiros; Restituição do imposto sobre a renda de anos-calendário anteriores. Juros referentes aos Rendimentos Recebidos Acumuladamente; Pensão alimentícia. Rendimentos com tributação exclusiva e definitiva ▶️ Veja abaixo a lista. Mesmo que o imposto já tenha sido retido na fonte, os rendimentos precisam ser declarados. 13º salário (próprio e o recebido pelos dependentes); Juros sobre Capital Próprio (JCP); Multa ou outra vantagem paga ou creditada por pessoa jurídica em virtude de rescisão de contrato; Ganhos de capital na alienação de bens e dividendos; Rendimentos de aplicações financeiras; Participação nos Lucros e Resultados (PLR); Lucros decorrentes de prêmios em dinheiro obtido em loterias; Prêmios distribuídos sob a forma de bens e serviços por meio de concursos e sorteios de qualquer espécie; Rendimentos pagos em cumprimento de decisão judicial; Rendimentos recebidos acumuladamente (RRA) Benefícios líquidos pagos aos aplicadores em títulos de capitalização, entre outros. Quem é obrigado a declarar o Imposto de Renda em 2024 quem recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90 em 2023. O valor é um pouco maior do que o da declaração do IR do ano passado (R$ 28.559,70) por conta da ampliação da faixa de isenção desde maio do ano passado; contribuintes que receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma tenha sido superior a R$ 200 mil no ano passado; quem obteve, em qualquer mês de 2023, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas cuja soma foi superior a R$ 40 mil, ou com apuração de ganhos líquidos sujeitas à incidência do imposto; quem teve isenção de imposto sobre o ganho de capital na venda de imóveis residenciais, seguido de aquisição de outro imóvel residencial no prazo de 180 dias; quem teve, em 2023, receita bruta em valor superior a R$ 153.199,50 em atividade rural (contra R$ R$ 142.798,50 em 2022); quem tinha, até 31 de dezembro de 2023, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 800 mil (contra R$ 300 mil em 2022); quem passou para a condição de residente no Brasil em qualquer mês e se encontrava nessa condição até 31 de dezembro de 2023; quem optou por declarar os bens, direitos e obrigações detidos pela entidade controlada, direta ou indireta, no exterior como se fossem detidos diretamente pela pessoa física; Possui trust no exterior; Deseja atualizar bens no exterior.

G1

Tue, 23 Apr 2024 03:00:30 -0000 -


Apostas podem ser feitas até as 19h em casas lotéricas ou pela internet. Valor do jogo mínimo é de R$ 2,50. Volantes da Quina Stephanie Fonseca/g1 O concurso 6.423 da Quina pode pagar R$ 50 milhões nesta terça-feira (23). Este é o maior prêmio da história da loteria em suas edições regulares (ou seja, sem contar a Quina de São João), de acordo com a Caixa Econômica Federal. O sorteio será realizado às 20h. As apostas podem ser feitas em casas lotéricas ou pela internet até as 19h desta terça. O custo para uma aposta simples, de cinco números, é de R$ 2,50. Na Quina, leva o prêmio máximo quem acertar as cinco dezenas. Caso ninguém acerte, o valor acumula para o sorteio seguinte. Já as apostas que acertarem quatro, três ou duas dezenas levam valores mais baixos. A Quina tem seis sorteios semanais: de segunda-feira a sábado, sempre às 20h. Como funciona a Quina Para apostar na Quina As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pelo site da Caixa Econômica Federal – acessível por celular, computador ou outros dispositivos. Os apostadores podem marcar de 5 a 15 números entre os 80 disponíveis no volante. Há ainda a opção de jogar por meio da Surpresinha. Nesse caso, o sistema escolhe os números para o apostador. Probabilidades A probabilidade de vencer na Quina varia de acordo com o número de dezenas jogadas e com o tipo de aposta realizada. Para a aposta simples, com cinco dezenas e preço de R$ 2,50, a probabilidade de ganhar o prêmio milionário é de 1 em 24.040.016, segundo a Caixa. Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), com o preço de R$ 7.507,5​0, a probabilidade de levar o prêmio é de 1 em 8.005, ainda de acordo com a instituição. VÍDEOS: os vídeos mais assistidos do g1 nos últimos 7 dias

G1

Tue, 23 Apr 2024 03:00:05 -0000 -


Apesar da melhora fiscal, 57,4% dos argentinos estão vivendo abaixo da linha de pobreza, o que representa mais de 26 milhões de pessoas, aponta estudo publicado pelo jornal Ámbito Financiero. Milei fala em cadeia nacional sobre resultados fiscais da Argentina. Reprodução/TV Pública Argentina A Argentina registrou um superávit financeiro de mais de 275 bilhões de pesos (US$ 315,4 milhões) em março, informou o Ministério da Economia do país nesta segunda-feira (22). O superávit acontece quando as receitas do governo são maiores que as despesas. Esse foi o terceiro mês consecutivo de contas no azul após anos de déficits regulares. Em janeiro, as contas públicas argentinas tiveram saldo positivo pela primeira vez em quase 12 anos, ao registrar superávit de cerca de US$ 589 milhões. Já em fevereiro, o superávit foi de US$ 1,45 bilhão. As cifras também contemplam o pagamento de juros da dívida pública. Com o resultado de março, essa é a primeira vez desde 2008 que o país registra três meses consecutivos de superávit financeiro, afirmou o presidente ultraliberal da Argentina, Javier Milei, em pronunciamento à população em rede nacional na noite desta segunda. Em nota técnica, o Ministério da Economia também informou que o resultado acumulado de janeiro a março representa um superávit primário de aproximadamente 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Após juros, o superávit é de 0,2% do PIB. “O conceito de superávit fiscal, que parece simplesmente uma definição técnica, nada mais é do que o único ponto de partida possível para terminar de uma vez, e para sempre, com o inferno inflacionário que foi a Argentina desde a queda da convertibilidade”, destacou Milei. Javier Milei, presidente da Argentina, faz pronunciamento à população em rede nacional. Reuters/Agustin Marcarian Na tentativa de controlar a inflação elevada, Milei implementou medidas de austeridade, incluindo cortes dolorosos nos gastos do Estado, reduzindo subsídios e podando o setor público. O governo Milei tem como meta um déficit fiscal financeiro "zero" este ano, parte das metas econômicas acordadas com o Fundo Monetário Internacional (FMI), com o qual o país tem em andamento um programa de empréstimo de US$ 44 bilhões. O próprio FMI disse no início do mês que o progresso alcançado pelo governo do presidente é "impressionante", mas disse que "o caminho para a estabilização [econômica] nunca é fácil e requer uma implementação forte de políticas". O FMI também recomendou que Milei proteja os setores sociais mais pobres da Argentina, enquanto avança com suas reformas. Isso porque um estudo publicado pelo jornal Ámbito Financiero projeta que 57,4% dos argentinos estão vivendo abaixo da linha de pobreza, o que representa mais de 26 milhões de pessoas. O esforço do governo tem por objetivo resolver desequilíbrio econômico que causou uma inflação na Argentina que passa dos 287,9% em 12 meses, segundo o instituto oficial de estatísticas, o Indec. Trata-se da variação interanual mais alta do mundo. “Entendo a situação que estamos vivendo. Mas percorremos mais da metade do caminho”, afirmou o presidente argentino em pronunciamento nesta segunda. “Esse esforço vai valer a pena”, continuou. No dia 12, a inflação da Argentina ficou em 11% em março, o que representa uma desaceleração em comparação ao observado em fevereiro, quando os preços subiram 13,2%. Um dia antes, o Banco Central da Argentina anunciou a redução da taxa básica de juros do país de 80% para 70% ao ano. A autoridade monetária afirmou que está observando uma "desaceleração pronunciada" da inflação, "apesar do forte efeito estatístico tardio que a inflação carrega em suas médias mensais". O BC acrescentou que, desde que Milei assumiu o cargo, a base monetária foi reduzida substancialmente, o que ajuda a absorver a liquidez e a conter os aumentos de preços. Chanceler argentina tem primeira reunião bilateral com o Brasil desde a posse de Milei

G1

Tue, 23 Apr 2024 00:09:11 -0000 -


Confira os números sorteados: 31 - 38 - 41 - 70 - 79. Próximo sorteio acontece nesta terça (23). Veja abaixo os números do sorteio do concurso 6422 da Quina realizado nesta segunda-feira (22): 31 - 38 - 41 - 70 - 79 Confira quantas apostas foram premiadas no concurso 6422: Ninguém conseguiu os 5 acertos, e a premiação acumulou para R$ 50 milhões, o maior da história; 4 acertos: 98 apostas ganhadoras, cada uma vai receber R$ 11.962,41; 3 acertos: 7.521 apostas ganhadoras, cada uma vai receber R$ 148,44; 2 acertos: 215.973 apostas ganhadoras, cada uma vai receber R$ 5,16. Próximo sorteio acontece nesta terça-feira (23). Quina, concurso 6422 Reprodução/Caixa Como jogar na Quina Como funciona a Quina Para jogar na Quina, é preciso escolher de 5 a 15 números dentre os 80 disponíveis. Também é possível optar pela Surpresinha da Quina – nesse caso, os números são escolhidos pela Caixa Econômica Federal, que administra a loteria. O valor da aposta e a chance de acerto variam de acordo com a quantidade de números escolhidos: Chances de acerto e valor da aposta São premiadas as apostas que acertarem de 2 a 5 números. A divisão do prêmio é a seguinte: 35% do valor do prêmio entre quem acertou 5 números; 15% entre quem acertou 4; 10% entre quem acertou 3; 10% entre quem acertou 2. O que é a Teimosinha da Quina Na Teimosinha da Quina, o apostador concorre com a mesma aposta por 3, 6, 12, 18 ou 24 concursos consecutivos. Volantes da quina Stephanie Fonseca/G1 Sorteio da Quina A Quina tem 6 sorteios semanais, que ocorrem de segunda-feira a sábado, às 20h. O que é a Quina de São João A Quina de São João tem o sorteio realizado uma vez por ano em uma data próxima ao dia 24 de junho, dia de São João. Os prêmios são maiores que os dos concursos regulares.

G1

Mon, 22 Apr 2024 23:02:13 -0000 -

Vice-presidente e ministro do Desenvolvimento defendeu também a importação do gás argentino vindo da reserva de Vaca Muerta. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda-feira (22) que o governo precisa fazer um "pente fino" no preço do gás natural. "Quando se tem uma equação muito difícil, não tem bala de prata. Não assim 'olha, pá, resolvi', não. É uma cesta de questões, nós temos que pegar o preço do gás e fazer um pente fino nele", declarou. Alckmin citou a importação do gás natural de Vaca Muerta, na Argentina, como uma das soluções para baratear o preço do gás natural -- que onera a produção industrial intensiva de gás, como a indústria de aço, vidro e outras. O ministro também defendeu a redução do nível de reinjeção de gás natural -- quando o insumo é injetado novamente nos poços para aumentar a extração de petróleo. "É óbvio que tem que reinjetar gás natural para tirar petróleo, mas não precisa reinjetar o que está reinjetando, tem um percentual que dá para tirar", declarou em evento promovido pela pasta e pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC). No evento, o ministro recebeu um estudo elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre o mercado de gás natural no Brasil. O documento destaca a necessidade de avanço na regulação da abertura do mercado, com a padronização de contratos e acesso a infraestruturas essenciais. Gás da Argentina Na última quinta-feira (18), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o governo estuda importar o gás natural produzido na região de Vaca Muerta, na Argentina. Haveria duas possíveis rotas de importação: pela Bolívia ou pelo Paraguai. A rota do Paraguai, segundo Silveira, está em análise. Contudo, o ministro destacou que a ideia "pareceu algo extremamente viável, num primeiro momento". O g1 apurou que o governo estima a entrada de 3 milhões de metros cúbicos de gás por dia, com a importação da Argentina. O número é conservador por causa da notícia de interrupção das obras da segunda fase do gasoduto Néstor Kirchner. O gás natural produzido em Vaca Muerta é um "gás de xisto", um tipo de recurso não-convencional. Isso significa que o gás está "preso" em formações rochosas, que impossibilitam a sua fruição sem a utilização de técnicas que estimulem a produção --como a injeção de líquidos. Essa técnica é utilizada nos Estados Unidos, levando o país ao patamar de maior produtor mundial de petróleo e gás natural. Contudo, também é questionada por ambientalistas por causa de possíveis danos ao meio ambiente, como poluição de lençóis freáticos, por exemplo. Comitê de monitoramento Silveira anunciou também que o governo vai criar um comitê de monitoramento de projetos de gás natural, com o objetivo de aumentar a oferta do insumo e reduzir o preço à indústria. A ideia é que, ao acompanhar os projetos e destravar questões de regulamentação e licenciamento ambiental, o governo consiga criar as condições para o aumento da oferta aos consumidores. O comitê será criado a partir de um grupo de trabalho existente, que já estuda as possibilidades de aumento de oferta do insumo, chamado de GT do Gás para Empregar. O relatório desse grupo deve ser entregue na próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Lula cobra de Haddad e Alckmin mais agilidade e diálogo com Congresso

G1

Mon, 22 Apr 2024 20:07:22 -0000 -

Presidente pediu em evento aberto que ministros se envolvam mais na articulação política para aprovar propostas. Governo tenta se aproximar do Congresso. Após a cobrança pública do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que ministros se envolvam mais na articulação política do governo, integrantes do primeiro escalão passaram a definir discussões que deverão priorizar ao longo das próximas semanas. Gerson Camarotti: 'Lula entendeu que precisa novamente na articulação política' A cobrança foi feita durante a assinatura da medida provisória que cria o programa Acredita, voltado a estimular a oferta de crédito e a renegociação de dívidas (leia detalhes mais abaixo). “O Alckmin tem que ser mais ágil, tem que conversar mais. O Haddad tem que, em vez de ler um livro, perder algumas horas conversando no senado e na Câmara. O Wellington, o Rui Costa, passar a maior parte do tempo conversando com bancada A, bancada B”, disse o presidente. A edição da MP acontece num contexto em que o governo do presidente Lula tenta se aproximar do Congresso Nacional, principalmente da Câmara dos Deputados. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), por exemplo, chamou recentemente o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela interlocução do Palácio do Planalto com o Congresso, de “desafeto pessoal” – Padilha, por sua vez, disse que não iria “descer a esse nível”. Arthur Lira diz que Alexandre Padilha é ‘desafeto pessoal’ e ‘incompetente’ No Senado, também têm avançado propostas como a do “quinquênio”, que eleva os gastos públicos num momento em que o governo tenta equilibrar as contas públicas. Próximos passos Veja como devem ser os próximos passos dos ministros de Lula em relação à articulação política: Fernando Haddad (ministro da Fazenda): após o evento com Lula, Haddad almoçou com Padilha e com os líderes do governo no Legislativo – Jaques Wagner (Senado), José Guimarães (Câmara) e Randolfe Rodrigues (Congresso). Além disso, incluiu na agenda uma reunião com Lula e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, para discutir o envio, ao Congresso, dos projetos que regulamentam trechos da reforma tributária. Wellington Dias (ministro do Desenvolvimento e Assistência Social): à GloboNews, o ministro disse estar “à disposição” para se reunir e dialogar com parlamentares a fim de esclarecer todos os pontos da MP do Acredita. Na avaliação do ministro, o conteúdo da medida provisória está em “sintonia” com a maioria dos parlamentares. Geraldo Alckmin (vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio): já tem dialogado com parlamentares sobre propostas voltadas ao setor industrial e deve intensificar conversas em busca da aprovação do Mover, projeto que prevê incentivos à produção de veículos sustentáveis. Medida provisória Assim que publicada no “Diário Oficial da União”, a MP do Acredita terá força de lei. Precisará, no entanto, de aprovação do Congresso Nacional para se tornar lei em definitivo. O prazo para votação é de 120 dias. Os dois eixos centrais do programa são: estímulo ao crédito e renegociação de dívidas. A MP assinada pelo presidente Lula é focada, principalmente, nos microempreendedores individuais (MEIs) e nos micro e pequenos empresários, além de famílias inscritas no Cadastro Único do governo federal. Com a edição da MP, os parlamentares poderão aprovar o texto enviado pelo governo; aprovar com mudanças; rejeitar; deixar perder validade.

G1

Mon, 22 Apr 2024 19:52:51 -0000 -


Ministro também disse que o governo prepara contraproposta para manter veto a R$ 5,6 bilhões em emendas e que projetos da reforma tributária devem ser enviados nesta semana. O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta segunda-feira (22) que a equipe econômica concordou em manter o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) até o fim de 2026, mas com teto de R$ 15 bilhões em benefícios fiscais -- R$ 5 bilhões por ano. Programa se recuperação para o setor de eventos vai ser mais restrito, diz Míriam Leitão A declaração foi dada após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e integrantes da área econômica. "A proposta é fechada, tentar fechar no relatório, estabelecer esse teto máximo neste valor e sobretudo o final do programa, o encerramento do programa, ele dure até 2026. Então, a Fazenda vai se envolver diretamente, já teve reuniões junto com o líder da Câmara até o final para fecharmos a proposta final do relatório, [limitado a] R$ 5 bilhões por ano, a medida inclusive foi porque só no ano passado já ultrapassou, chegou a quase 15 bilhões, tem impacto já no ano passado", declarou Padilha a jornalistas. O governo buscou acabar com o Perse por meio de medida provisória. Mas a medida não foi bem recebida pelo Congresso, que defende a continuação do programa, sob o argumento de que o setor, abalado pela pandemia, precisa de incentivos. A MP do Perse acabou perdendo a validade. O Perse foi criado no início da pandemia de Covid-19 para beneficiar o setor cultural. Entre as medidas previstas no programa estão a concessão de benefícios fiscais, e a possibilidade de renegociação de dívidas com descontos para empresas desta área. Em maio do ano passado, o programa foi prorrogado pelo Congresso até 2026. No entanto, em dezembro, o governo editou uma medida provisória que impõe limites ao Perse, gerando insatisfação entre parlamentares. Vetos Padilha também informou que o governo prepara uma contraproposta ao Congresso para tentar evitar a derrubada do veto de R$ 5,6 bilhões em emendas. “Estamos construindo uma proposta para poder ajustar na sessão do Congresso, uma proposta para que a gente possa reaproveitar uma parte desse recurso, que eles estejam em programas importantes, como de desenvolvimento urbano, de infraestrutura para os municípios”, disse o ministro. Segundo ele, a ideia é retomar parte do que foi vetado às emendas de comissão, que foram turbinadas pelo Congresso. Ele não confirmou, no entanto, se a estratégia é tentar convencer os parlamentares a aceitarem a recomposição de R$ 3 bilhões nessas emendas, como chegou a ser avaliado por integrantes do governo. A sessão do Congresso para analisar os vetos está prevista para esta quarta-feira (24). Sessão do Congresso para análise dos vetos está marcada para quarta-feira (24). Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados “Estamos trabalhando num pacote de vetos a serem derrubados de forma comum, pontos importantes, em especial na LDO”, afirmou Padilha. Reforma tributária Segundo o ministro de Relações Institucionais, o governo também trabalha para enviar as propostas de regulamentação da reforma tributária ainda nesta semana. Padilha disse que serão dois textos. "Vamos trabalhar hoje e amanhã para que a gente tenha o texto final (...) para criar esta semana para o Congresso Nacional os dois projetos de regulamentação da reforma tributária. Vamos conversar", declarou ele. De acordo com o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), a ideia, por ora, é que os projetos sejam entregues ao Congresso nesta quarta-feira (24).

G1

Mon, 22 Apr 2024 19:28:16 -0000 -

g1 > Tecnologia

Confira notícias sobre inovações tecnológicas e internet, além de dicas sobre segurança e como usar melhor seu celular


Função já está disponível para alguns usuários e permite compartilhar com familiares e amigos informações sobre onde e com quem será o encontro. Tinder lança o recurso para ajudar usuários que querem compartilhar informações sobre o date Mika Baumeister via unsplash O Tinder, aplicativo de relacionamento, acaba de lançar uma ferramenta que vai aumentar a segurança dos usuários na hora de sair com um pretendente e pode ajudar a evitar crimes, como o "golpe do amor", onde pessoas são enganadas a partir de conversas em plataformas de paquera virtual. A função "Compartilhar Meu Date", que já está disponível para algumas pessoas, incluindo brasileiros, permite dividir com amigos e familiares com quem e onde será o encontro. Saiba o que é o 'golpe do amor' e como se proteger dele O aviso é gerado pelo próprio aplicativo e as informações de local, data, horário e até uma foto da outra pessoa podem ser enviadas através de um link. A empresa defende que o recurso serve para melhorar a experiência de quem usa a plataforma, já que "mais da metade dos solteiros (51%) com menos de 30 anos abre aos amigos os detalhes de seus encontros", segundo uma pesquisa feita no próprio Tinder. Como compartilhar o seu date Como usar a ferramenta "Compartilhar Meu Date" Divulgação/Tinder ➡️Na conversa com a pessoa que você marcou o encontro, vá nos três pontinhos que fica no topo da tela e veja se a opção "Compartilhar Meu Date" aparece. ➡️Selecione essa opção e preencha os campos "quem", "quando", "hora" e "onde" com as informações do encontro. Dica: adicione mais detalhes na aba "observações", como se é o primeiro date ou se vocês pretendem fazer algo depois. ➡️Após concluir, escolha com quem você quer compartilhar esses dados. ➡️O contato escolhido irá receber um aviso com todas as informações do seu date. Proteção contra "golpe do amor" Apesar de não mencionar os casos de extorsão e sequestros relâmpagos, que ficaram conhecidos como "golpes do amor", a nova funcionalidade pode reforçar a segurança de quem vai sair com um desconhecido. Os golpes acontecem assim: criminosos usam os aplicativos de paquera para enganar vítimas, se passando por outra pessoa, para levá-las a falsos encontros. Com o "Compartilhar Meu Date", os usuários podem marcar quantos dates quiserem, com até 30 dias de antecedência. E se os planos mudarem em cima da hora, é possível atualizar a informação no aplicativo, e o link para o amigo também será alterado. A função está sendo implementada aos poucos, mas nos próximos meses deve ficar disponível para todos os usuários do Brasil e outros países, como os EUA, Reino Unido, Austrália, Canadá, Espanha. Leia também: Golpe de namoro virtual afeta 4 em cada 10 mulheres, diz pesquisa Suicídio, venda de terreno e empréstimo: o drama das vítimas do golpe do namoro virtual Saiba como se proteger de outros golpes Teve um nude vazado? Prática é crime; saiba como denunciar  'Deepfake ao vivo': tecnologia que muda rosto e voz em videochamada já existe na vida real Estupro virtual: abusadores usam fotos falsas para chantagear vítimas

G1

Sun, 28 Apr 2024 08:00:27 -0000 -


Meteorologia clássica sempre apresenta elemento de incerteza, pois depende de medições complexas. Há quem veja na inteligência artificial uma alternativa, sobretudo para regiões de infraestrutura mais fraca. Apps de meteorologia aparentam uma confiabilidade impossível na prática Robert Guenther/dpa/picture alliance/DW Ao longo das décadas, a previsão do tempo se tornou muito mais exata, graças aos dados que as estações de medição, satélites, navios, boias e também aviões comerciais estão constantemente coletando. ☔🌦️ Na terra e no ar medem-se, por exemplo, temperatura, pressão atmosférica e precipitações. Esses dados são processados em computadores segundo modelos de física, permitindo prognósticos meteorológicos bastante exatos para um determinado período. No entanto, a atmosfera terrestre é o que se denomina um sistema caótico e conta com o que se popularizou como "efeito borboleta": Mesmo as menores diferenças de temperatura, pressão, vento, podem ter um grande efeito, até em locais relativamente distantes e com grande defasagem de tempo. Num sistema caótico tão complexo como esse, não há frequência de medição que baste para garantir certeza: "Mesmo com computadores cada vez maiores, satélites cada vez melhores ou outros sistemas de medição, sempre haverá uma margem de insegurança." Como previsões absolutas são impossíveis, portanto, a meteorologia opera com probabilidades em relação a chuva, borrascas, tempestades e outros fenômenos. Por que os apps de meteorologia são às vezes menos confiáveis? Aplicativos meteorológicos do smartphone se apresentam como extremamente precisos, capazes de "ver dez dias pelo futuro adentro, predizer exatamente como vai ser o tempo", diz Knippertz. Na realidade, eles trabalham com informações fortemente comprimidas. "Quando um app prevê, por exemplo, '21ºC com leve nebulosidade', o usuário pensa: 'OK, parece muito preciso'." Na realidade, eles estão sujeitos às mesmas inseguranças que os serviços de meteorologia, só que sem qualquer controle de qualidade de âmbito mundial. Atualmente é um mercado aberto, qualquer um pode lançar seu aplicativo meteorológico e, por exemplo, ganhar dinheiro com publicidade. De onde vêm as informações e como são processadas, a maioria dos operadores comerciais não vai necessariamente querer que a gente saiba. A inteligência artificial vai melhorar os prognósticos no futuro? 👉 Até agora, a previsão do tempo tem se baseado em modelos físicos, enquanto previsões por meio de inteligência artificial (IA) se baseiam principalmente em dados compilados e têm um caráter mais estatístico. A inteligência artificial deriva padrões e estruturas a partir dos dados meteorológicos disponíveis, e elabora suas previsões a partir de um algoritmo. Ou seja, ela aprende as leis da física de maneira indireta. Knippertz admite que os progressos da IA são impressionantes, também na meteorologia. No entanto, como estabelece os padrões a partir de dados do passado, partindo de um valor médio, sobretudo em circunstâncias extremas a IA bate em seus limites. Por isso no futuro deve-se tentar cada vez mais construir sistemas de previsão híbridos, combinando métodos convencionais com equações físicas e recursos de IA, a fim de continuar reduzindo os riscos de prognósticos errados. IA pode ser uma alternativa em regiões com pouca infraestrutura? Como nem todos os locais dispõem de dados de estações de medição, boias, etc., há quem deposite na inteligência artificial grandes esperanças de previsões confiáveis. O meteorologista do KIT é cético. "Nas regiões do mundo em que até agora há poucas observações, necessitamos mais esforços para fechar essas lacunas, talvez também da comunidade internacional. De olho nos eventos meteorológicos extremos, seria importante para a meteorologia global expandir as capacidades de observação na África, América Latina ou no Sudeste Asiático. Na minha opinião, nenhuma IA pode assumir essa tarefa por nós." Como as mudanças climáticas afetam as previsões do tempo? As mudanças climáticas em nada alteram as leis da física e os problemas básicos da previsão meteorológica. No entanto as zonas climáticas se modificam e, com elas, também os eventos extremos. "Furacões, temporais e também secas podem se tornar ainda mais violentos do que no passado, e o impacto sobre os seres humanos, proporcionalmente maior." 🚨🚨🚨 Daí resultam "novos desafios na previsão, no processo de alerta, mas também na prontidão da população a levar a sério tais alertas e se comportar de forma condizente", observa Knippertz. Por que os alertas de tempestade costumam ser tão dramáticos? Em caso de temporal, borrasca ou tempestade, é comum as advertências das autoridades serem mais dramáticas do que o evento meteorológico na prática, o que muitas vezes gera incompreensão e um certo grau de dessensibilização. "Se os cidadãos são evacuados e depois não acontece nada, costuma em seguida cair uma shitstorm nas redes sociais e na internet: 'Que besteira foi essa? Eles ficaram malucos? Que histeria!'", comenta Peter Knippertz. Alertas são sempre uma decisão difícil. "Os custos de uma evacuação – dormir uma noite no ginásio de esportes, no colchonete de camping – são, a meu ver, bem pequenos comparando com uma morte cruel por afogamento no próprio porão. Mas acho que para isso há muito pouca consciência e compreensão entre a população." Nova onda de calor deve elevar temperaturas em partes do interior do Brasil

G1

Sat, 27 Apr 2024 07:30:39 -0000 -


Aparelhos da Huawei, Samsung e Xiaomi chegam perto do que um smartwatch oferece por um preço bem menor. Veja o resultado. Guia de Compras: Teste de smartbands Veronica Medeiros/g1 As pulseiras inteligentes – ou smartbands – são a maneira mais econômica de começar a acompanhar informações sobre saúde no dia a dia. Esses produtos oferecem recursos bastante similares aos dos smartwatches (relógios inteligentes), com a vantagem de serem bem mais baratos. Isso ocorre porque eles não têm GPS integrado e usam o celular para acompanhar os trajetos de exercícios ao ar livre. Porém, as smartbands medem a quantidade de exercícios feita pelo seu dono, o número de passos dados, avaliam a qualidade do sono e ainda monitoram batimentos cardíacos e oxigenação do sangue. ✅Clique aqui para seguir o canal do Guia de Compras do g1 no WhatsApp O Guia de Compras testou três modelos de smartbands que custam na faixa de R$ 350 a R$ 500, com valores consultados nas lojas da internet no meio de abril. Para comparação, um smartwatch sai a partir de R$ 1.400 (veja o teste feito em 2023). Os modelos avaliados foram: Huawei Band 8 Samsung Galaxy Fit3 Xiaomi Band 8 Bom lembrar que autoridades de Saúde e os próprios fabricantes alertam que os dados de monitoramento desses aparelhos não substituem acompanhamento médico. Os testes incluíram o uso por uma semana de cada pulseira, incluindo caminhadas e corridas. Os modelos foram cedidos por empréstimo e serão devolvidos. Outros guias: DIA DAS MÃES: 30 sugestões de presentes por até R$ 200 AIRFRYER COM ACESSÓRIOS: vale a pena usar formas de silicone ou de papel? CELULAR: o que fazer se o smartphone cair na água TODOS OS GUIAS DE COMPRAS Veja a seguir os resultados e, ao final da reportagem, a conclusão. Huawei Band 8 As três smartbands variam em tamanho: a Huawei Band 8 é que tem uma tela intermediária – a da Samsung conta com um display grande, e a da Xiaomi, pequena. A Huawei Band 8 tem uma tela de 1,47 polegadas, medindo 43,4 × 24,5 × 8,9 mm. Seu peso é de 14 gramas sem a pulseira. Tem um botão lateral para acessar os menus e notificações e que complementa o uso do display sensível ao toque. Seu desempenho é bem similar aos outros equipamentos e é a pulseira mais barata do teste, sendo vendida na faixa de R$ 350. Huawei Band 8 durante exercício Henrique Martin/g1 A pulseira, que pode ser trocada, é feita em TPU (termoplástico de poliuretano) – um material bastante flexível e resistente. Ela conta com duas partes, que se encaixam no topo e base da caixa, como ocorre com as pulseiras de relógios convencionais e smartwatches. O app usado pela Band 8 é o Huawei Saúde, com versões para iOS e Android. Por ele, é feita a sincronia com o celular e o envio de notificações de mensagens e ligações, controle de exercícios, músicas, entre outras funções. A Huawei criou dois métodos para avaliar as metas diárias. A primeira é a visualização por círculos que vão sendo preenchidos durante o dia, medindo a quantidade de passos, minutos em movimento e se a pessoa ficou em pé naquela hora (e, se não ficou, alertam com uma vibração para se mexer um pouco). É algo muito parecido com os círculos de atividade que a Apple usa no Apple Watch. A outra é mais nova e representada por um trevo de saúde, com avaliação de movimento, qualidade do sono e “humor” (uma métrica que inclui sono, nível de stress e quantidade de passos por dia), como dá para ver na imagem abaixo, no app Huawei Saúde e nos dois concorrentes: Smartbands: Da esquerda para a direita, apps da Huawei, Samsung e Xiaomi. Reprodução Resistente a água, a pulseira pode ser mergulhada em até 50 metros de profundidade. Também mede batimentos cardíacos e nível de oxigenação do sangue. Para exercícios, o dispositivo consegue monitorar dados de 100 esportes, com detecção automática de corridas, natação e caminhadas. Assim como sua concorrente Xiaomi Band 8, a pulseira da Huawei ajuda seu dono a correr, com planos de treino. A bateria da Huawei Band 8, com 7 dias de uso, atingiu 20% da carga. A fabricante informa que a bateria dura entre 9 e 14 dias, dependendo da utilização do produto. E que 5 minutos de carga permitem o uso por mais dois dias. Samsung Galaxy Fit3 A Samsung Galaxy Fit3 é a maior das pulseiras inteligentes, com uma tela de 1,6 polegada, mais larga que a da Xiaomi Band 8. Também é a mais cara das três, sendo vendida por R$ 500 em abril nas lojas on-line consultadas. A smartband mede 42,9 x 28,8 x 9,9 mm e pesa 36,8 gramas. Como ocorre no modelo da Huawei, o da Samsung também tem um botão para ajudar na navegação entre os menus e notificações do dispositivo. O material da pulseira é o TPU, com duas partes que se encaixam no topo e na base da Galaxy Fit3. Samsung Galaxy Fit3 durante exercício Henrique Martin/g1 A Samsung utiliza o app Galaxy Wearable, que só funciona com celulares Android, para sincronizar dados com a pulseira inteligente – como gerenciar as notificações, mudar o estilo do visor e ordenar os recursos. A parte de saúde se conecta com o aplicativo Samsung Health, também apenas para Android, para monitorar exercícios. A métrica de atividades tem o formato de um coração – que também avalia os passos diários, tempo em pé e em movimento. A Galaxy Fit3 tem algumas similaridades com os concorrentes, como a detecção automática de exercícios simples e acompanhamento de mais de uma centena de atividades. E algumas funções diferentes, como a pausa automática de um exercício ao aguardar para atravessar a rua, por exemplo. É algo que os modelos da Xiaomi e da Huawei não fazem. Outro recurso único – e que é comum em smartwatches mais caros– é a detecção de quedas do seu usuário. O aparelho consegue "entender" que a pessoa caiu e ativa um modo de emergência para pedir socorro. A medição de sono também está presente, com os mesmos perfis de bichos (como leão ou urso) usados nos smartwatches da marca, com a intenção de ajudar o usuário enquanto dorme. Após 4 dias de uso, a bateria do Galaxy Fit3 atingiu 30% da carga. Segundo a Samsung, o produto consegue durar até 13 dias com uma única recarga. Vale notar que todas as smartbands utilizam um cabo USB com conector magnético que se conecta à parte traseira da pulseira. O da Samsung é o único cabo com conexão USB-C, os demais vêm com cabo USB 2.0, aquele mais tradicional e antigo. Xiaomi Smart Band 8 A Xiaomi Smart Band 8 é a versão mais recente da smartband e a única das três pulseiras do teste com um design diferente, mais alongado e com as bordas da tela arredondadas. Lado a lado com as concorrentes, é a menor das três. O produto tem um display sensível ao toque de 1,62”, mede 2,25 x 4,8 x 1,1 cm e pesa 28 gramas. Todos os comandos são feitos pela tela, sem a ajuda de botões, como nas outras duas smartbands do teste. Sua pulseira em TPU pode ser trocada – mas vale ressaltar que a Xiaomi mudou o método de encaixe das partes. Em versões anteriores do produto, era uma peça única de plástico. Agora, são duas partes distintas – como em smartwatches, e as pulseiras antigas não servem no modelo mais recente. Nas lojas da internet, a Xiaomi Smart Band 8 custava R$ 450 em abril. Xiaomi Smart Band 8 durante exercício Henrique Martin/g1 Toda a sincronização com o celular é feita com o app Mi Fitness, disponível para sistemas Android e iOS. A Xiaomi diz que a pulseira também compartilha dados com o Strava (que monitora e compartilha dados de exercícios com amigos) e com o Apple Saúde, do iOS. Como ocorre com as demais smartbands do teste, o aplicativo Mi Fitness sincroniza as notificações do celular para a pulseira, como mensagens do WhatsApp, previsão do tempo e controle de músicas. Para medir as informações de saúde, o Mi Fitness lembra bastante o Huawei Saúde, com os círculos que devem ser “preenchidos" todos os dias ao cumprir metas de passos, em movimento e o tempo em pé. A pulseira da Xiaomi também avalia um conceito de “vitalidade" do seu dono, mostrando uma pontuação de zero a 100 na semana – quanto maior, melhor estará a saúde. O número de exercícios que a smartband da Xiaomi acompanha é o maior das três pulseiras: a fabricante cita 150 modos. Dá para entender o número alto de funções: vários exercícios de de academia, como levantamento de peso ou agachamento, são contabilizados de forma individual. A pulseira também consegue detectar exercícios de forma automática, como caminhada, corrida, remo seco, ciclismo e elíptico. A bateria da Xiaomi Smart Band 8 atingiu 51% de carga em sete dias de uso, alternando datas com e sem exercício. Segundo a fabricante, a bateria pode durar até 16 dias. Conclusão MELHOR CUSTO/BENEFÍCIO: no uso diário, as três smartbands são muito parecidas em recursos e duração de bateria. Todas medem um monte de exercícios, conseguem checar batimentos cardíacos, oxigenação do sangue e avaliar a qualidade do sono. A bateria também é parecida nos modelos da Huawei e da Xiaomi. Pelo preço consultado em abril, a Huawei Smart Band 8 tinha a melhor relação custo/benefício, sendo vendida por R$ 350 nas lojas on-line. Smartbands, da maior para a menor: Samsung, Huawei e Xiaomi Henrique Martin/g1 SINCRONIA COM IPHONE: Tanto Huawei quanto Xiaomi sincronizam dados com o sistema iOS, usado pela Apple nos iPhones – notificações, respostas de mensagens e controle de músicas e podcasts funcionam sem problemas. Só que é uma sincronização parcial: as informações dos exercícios vão para o aplicativo Apple Saúde. E não seguem para o Fitness, que é usado apenas pelo Apple Watch – e é o app que tem os círculos de movimentos/metas da fabricante do iPhone. PRECISA SEMPRE DO CELULAR: As smartbands não têm algo essencial aos smartwatches – o GPS integrado para rastrear as rotas dos exercícios e caminhadas ao ar livre. Desse modo, sempre precisam do smartphone por perto para sincronizar os dados – o que pode demorar um pouco mais para acontecer. ATENÇÃO PARA A TELA: com tamanhos menores em comparação a um smartwatch – com mais área de visualização em telas maiores, enxergar a pequena tela de uma smartband pode ser complicado sob a luz do sol. A dica aqui é aumentar o brilho do display nas configurações ao sair para fazer uma atividade física – se o nível estiver baixo, a chance de ver as informações é igualmente reduzida (ou quase impossível). MAIS CONFORTÁVEL: Pelo tamanho menor em relação aos smartwatches, as smartbands têm uma vantagem na hora de usar à noite para dormir – são mais leves e incomodam menos no pulso durante o sono. Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável.  Como escolher um smartwatch

G1

Fri, 26 Apr 2024 10:00:33 -0000 -


Conexão pode não oferecer recursos de segurança adequado e permitir, por exemplo, que golpistas "espelhem" seu celular e saiba o que você faz. Pessoa mexe no celular Porapak Apichodilok/Pexels Espaços como praças, parques, terminais de ônibus, hotéis, entre outros, podem ter algo em comum: a conexão Wi-Fi pública. Apesar de ser um serviço bem-vindo, esse tipo de conexão pode por em risco a segurança digital, abrindo espaço para golpes. 🛜 Wi-Fi público é uma rede de internet disponível para qualquer pessoa se conectar. Normalmente, elas não possuem senha e podem ser acessadas por vários usuários ao mesmo tempo. A falta de recursos adequados de segurança pode permitir, por exemplo, a técnica conhecida como "man-in-the-middle" (homem no meio, em tradução livre), explica Marcelo Teixeira de Azevedo, professor de ciência da computação do Mackenzie. Nessa técnica, o criminoso usa uma brecha na rede pública para interceptar a comunicação entre o usuário e um aplicativo de banco, por exemplo, podendo roubar dados sensíveis e acessar contas bancárias. Mas, para realizar crimes do tipo, é preciso ter conhecimento específico sobre algumas ferramentas tecnológicas, o que não é comum para a maioria das pessoas, observa Carlos Alberto Iglesia Bernardo, professor de segurança cibernética no Instituto Mauá de Tecnologia. "Se for um ambiente bem configurado [com recursos de proteção], com atualizações e melhores práticas de segurança, eu diria que a probabilidade (de golpe no Wi-Fi público) é mínima", completa. Os especialistas, no entanto, sugerem tomar alguns cuidados extras, que valem para celulares e notebooks. Nesta reportagem, você saberá: O que fazer para ter mais segurança? Quais são os golpes mais comuns? Wi-Fi público é menos seguro? 🚫 O que fazer para ter mais segurança? Leia o termo de privacidade. Ele costuma ser um documento longo, mas os especialistas indicam sua análise. Vale redobrar atenção no trecho que tratar sobre o uso dos dados de navegação. Se possível, não faça compras online nem baixe arquivos para não ter que digitar dados sensíveis, como informações pessoais ou senhas de cartão de crédito. Evite fazer login em sites que exijam senhas. Alguns golpes refletem o que é visto e escrito em seu aparelho. Assim, o criminoso saberá suas informações. Mantenha atualizados os aplicativos e o sistema operacional do aparelho. Instale programas antivírus. Se precisar acessar ou digitar dados sensíveis, use VPN no aparelho. Ela funciona como um filtro que codifica seus dados de navegação, ou seja, as informações de navegação são registradas em códigos, dificultando o acesso por terceiros. Verifique a legitimidade da conexão. Criminosos podem criar uma rede com o mesmo nome para acessar os dados dos usuários. Nas redes legítimas, o provedor geralmente disponibiliza informações como nome, alcance e tempo máximo de uso. Por exemplo, espaços de Wi-Fi público oferecidos por prefeituras costumam ter placas com essas informações. Confirme se essas informações estão disponíveis antes de se conectar. 📲 Quais são os golpes mais comuns? Entre os casos mais comuns está o falso termo de privacidade. Ao concordar com ele, o usuário acaba permitindo o uso das informações pessoais para outros fins. Supostamente é uma rede gratuita que, no final das contas, ela vai poder ter acesso ao que você está fazendo e, eventualmente, compartilhar os dados com empresas terceiras, explica Marcelo Teixeira. "Não existe almoço grátis, né? No capitalismo, a gente sabe que às vezes a gente paga com outras informações que não necessariamente dinheiro e, hoje em dia, nossos dados têm grande valor", completa o professor. Outro modelo de golpe é hackear o endereço de IP. Todo aparelho tem esse endereço, que funciona como código de identificação na internet do seu celular . Se o criminoso tiver acesso a ele, toda sua atividade online ficará disponível. "Hackers têm ferramentas que conseguem tomar algumas ações em celulares e notebooks para explorar vulnerabilidades, como inserir páginas falsas para aplicar golpes, ter acesso a informações bancárias, até manusear o aparelho se passando pelo dono", explica Carlos Alberto. Além disso, como citado no início da reportagem, criminosos podem espelhar sua navegação na internet, ou seja, saber exatamente o que está fazendo e, com isso, ter acesso a informações pessoais. Por exemplo, se você fizer o login em uma conta bancária, seus dados de login e senhas poderão ser vistos pelos hackers. Veja mais detalhes no vídeo abaixo. Golpistas usam redes Wi-Fi liberadas para roubar dados de usuários Leia também: Um quarto dos celulares vendidos no Brasil é irregular Por que Taiwan é tão importante no mercado de chips Cientista e engenheiro de dados estão em alta e têm salário de R$ 20 mil 🛜 Wi-Fi público é menos seguro? Os especialistas explicam que a rede de conexão pública tende a ser menos protegida por conta do número de acessos e pouco controle que ela eventualmente tem. Normalmente basta um simples cadastro para conectar; às vezes, nem isso. Então, vale ficar de olho nos seguintes pontos que, se o Wi-Fi tiver, podem garantir mais segurança. São eles: Criptografia na conexão. Ela codifica as informações de navegação e dificulta acesso de terceiros. Para verificar se há, clique no ícone de "engrenagem", no campo direito da tela, quando for se conectar. Se a conexão tiver criptografia, vai aparecer a informação WPA2 ou WPA3. Saiba mais sobre aqui. Autenticação em duas etapas é um recurso que acrescenta camada adicional de segurança. Além de inserir a senha da conexão, o usuário precisa confirmar um código adicional, geralmente enviado para o seu dispositivo móvel, ou em uma outra página na web. Política de privacidade é um termo que explica as regras de uso da conexão. Normalmente, redes seguras possuem documentos do tipo e devem ser apresentados, exclusivamente, antes do usuário usar a internet. g1 experimentou o óculos de realidade aumentada da Apple Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Os bastidores, as estratégias e a rotina de quem ganha a vida vendendo vídeos de sexo; ASSISTA Os bastidores, as estratégias e a rotina de quem ganha a vida vendendo vídeos de sexo

G1

Fri, 26 Apr 2024 08:30:12 -0000 -


As três redes sociais dizem, em suas respectivas páginas de privacidade, extrair informações como mensagens recebidas e enviadas, detalhes do conteúdo postado, do dispositivo usado, entre outras. ByteDande é a dona chinesa do TikTok Dado Ruvic/Reuters O TikTok tem até meados de janeiro de 2025 para vender sua operação a uma empresa de confiança dos Estados Unidos. Esta foi a alternativa dada para que a rede social não seja banida no país, que aponta o serviço chinês como um risco à segurança nacional. O capítulo mais recente dessa novela que se arrasta desde 2020 aconteceu na quarta-feira (23), quando o presidente Joe Biden sancionou o projeto de lei que trata sobre o possível banimento do TikTok no país e que já tinha sido aprovado no Congresso. Autoridades americanas afirmam que o TikTok coleta dados confidenciais de seus 170 milhões de usuários americanos e que as informações são usadas pela China para atividades de espionagem. A rede social nega as acusações. A plataforma diz que tem práticas parecidas com a de seus concorrentes, como Instagram e Facebook, e que dados de usuários dos EUA ficam sob a infraestrutura da empresa americana Oracle, usada desde 2022, após questionamentos do governo do ex-presidente Donald Trump. "Em linha com as práticas do setor, coletamos informações que as pessoas fornecem para ajudar o aplicativo a funcionar, operar com segurança e melhorar a experiência do usuário", diz o TikTok. Quais dados o TikTok diz coletar? De acordo com a política de privacidade do TikTok para os EUA, quem cria uma conta na rede social pode compartilhar as seguintes informações: informações de perfil, como nome, idade, nome de usuário, senha, idioma, e-mail, telefone e informações divulgadas no perfil; conteúdo gerado pelo usuário, como comentários, fotos, transmissões ao vivo, mensagens de áudio, vídeos, texto, hashtags, além de metadados, que detalham quando, onde e quem criou um conteúdo; mensagens, incluindo informações sobre quando elas foram enviadas, recebidas ou lidas; informações como texto, fotos e vídeos que sejam copiadas em outro aplicativo e coladas no TikTok; informações de compra, incluindo dados de cartões de pagamento, faturamento, entrega e histórico de compras; número de telefone do usuário e de seus contatos (além de nomes e e-mails), caso o titular dê permissão para a plataforma; informações para verificar uma conta, como documento de identidade ou outro registro que comprove a idade; preferências de comunicação e informações de contato quando o usuário entra em contato com o suporte. Onde ficam os dados de usuários do TikTok? Uma investigação da revista "Forbes" em 2023 mostrou que dados dos maiores criadores de conteúdo do TikTok são guardados na China. No entanto, a empresa diz que não armazena informações de usuários no país. Segundo a plataforma, as informações ficam em servidores nos EUA, em Singapura e na Malásia. Em 2022, após questionamentos do governo Trump, o TikTok passou a armazenar dados de usuários nos EUA junto à empresa americana Oracle. A empresa criou uma subsidiária chamada U.S. Data Security (USDS) para evitar sua venda para uma companhia dos EUA. A rede social afirma ainda que o conteúdo é protegidas por "fortes controles de segurança físicos e lógicos, incluindo pontos de entrada fechados, firewalls e tecnologias de detecção de intrusões". O TikTok afirma que, desde junho de 2022, todos os dados de usuários americanos estão armazenados na plataforma de nuvem Oracle Cloud e "todo o acesso a esse ambiente é gerenciado exclusivamente pela USDS". O TikTok diz ainda que os dados só podem ser acessados por um grupo restrito de funcionários, que ficam sujeitos a controles de segurança quando precisam visualizar esse tipo de informação. E quais dados o Instagram e o Facebook coletam? Meta, dona do Facebook REUTERS/Peter DaSilva/File Photo Nos Estados Unidos, a Meta, dona do Instagram e do Facebook, diz que a forma como coleta e processa os dados depende de como a pessoa utiliza as plataformas dela. "Coletamos informações diferentes se você vende móveis no Marketplace e se você publica um vídeo no Instagram", diz a empresa em seu Centro de Privacidade. Estas são algumas das informações que a big tech extrai dos usuários: informações do conteúdo que a pessoa cria, como postagens, comentários, áudio e conteúdo criado "por meio de nosso recurso de câmera ou das configurações do rolo da câmera"; atividade do usuário, como horário e a frequência em que passa no Instagram e no Facebook; interação, como mensagens que você recebe ou envia, e hashtags usadas nas publicações; metadados, que indicam, por exemplo, o local onde uma foto postada foi tirada e a data em que o conteúdo foi criado; conteúdos e anúncios publicitários que você visualiza e interage; o dispositivo e o sistema operacional que a pessoa usa para acessar o Instagram e Facebook; transações financeiras realizadas dentro das redes sociais da Meta e informações do cartão de crédito. Por que o TikTok pode ser banido dos Estados Unidos? Por que o TikTok pode ser banido dos Estados Unidos? Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Jovens estão trocando o Google pelo TikTok na hora fazer pesquisas Jovens estão trocando o Google pelo TikTok na hora fazer pesquisas

G1

Thu, 25 Apr 2024 18:29:27 -0000 -


Em vez do código numérico, o aplicativo de mensagens passa a permitir fazer login utilizando a tecnologia de chave de acesso (passkeys), considerada mais segura. Ela pode usar o Face ID, o Touch ID ou a senha do celular para entrar na sua conta. Recurso já estava disponível no Android. Saiba por que o WhatsApp deixa de funcionar em celulares antigos AP Photo/Patrick Sison O WhatsApp anunciou nesta quarta-feira (24) que os donos de iPhone já podem fazer login no aplicativo sem a autenticação por SMS. O recurso, já disponível no Android desde o ano passado, permite ao usuário entrar no WhatsApp apenas com a biometria do iPhone, como Face ID ou Touch ID, ou a senha numérica do seu celular. Escolhendo um desses métodos, não será mais preciso usar a autenticação tradicional, por SMS, para entrar na sua conta (veja como ativar). Isso também significa que, caso você não esteja conectado à internet, ainda assim é possível fazer login no WhatsApp porque a chave de acesso já está cadastrada no seu celular. A tecnologia que permite fazer isso é chamada de chave de acesso (ou "passkeys", em inglês). Ela também possibilita entrar em sites e aplicativos sem precisar digitar e-mail e senha. Várias empresas já oferecem esse recurso (saiba mais). WhatsApp: como fazer login sem SMS no iPhone Abra o app do WhatsApp e toque em "Configurações" no canto inferior direito; Toque em "Conta" e "Chaves de acesso"; Em seguida, toque em "Criar chave de acesso" para ativar o recurso. O que é chave de acesso (passkey) Em vez do login tradicional (e-mail e senha), a chave de acesso usa a impressão digital, biometria facial ou PIN (senha numérica do celular) do seu telefone, por exemplo, para liberar sua entrada na conta. Empresas e especialistas dizem que a passkey é uma alternativa mais fácil e segura. Isso porque a pessoa não precisa se preocupar em memorizar e gerenciar várias senhas de inúmeras plataformas disponíveis, além de eliminar a autenticação por SMS, que não é segura. Segundo o Google, "depois que uma chave de acesso é criada, o usuário pode alternar facilmente para um novo dispositivo e usá-lo imediatamente, sem precisar se registrar novamente (ao contrário da autenticação biométrica tradicional, que exige a configuração em cada aparelho)". De acordo com o gerenciador de senhas 1Password, Google, Adobe, Uber, Nintendo, Nvidia, OnlyFans, PayPal, TikTok e Amazon, entre outras empresas, já estão com as chaves de acesso disponíveis. O primeiro tradutor de Libras foi apresentado no Web Summit Rio 2024 O primeiro tradutor de Libras foi apresentado no Web Summit Rio 2024 Por que o TikTok pode ser banido dos Estados Unidos? Por que o TikTok pode ser banido dos Estados Unidos? Duelo de celulares: Galaxy S24 x iPhone 15 Duelo de celulares: Galaxy S24 x iPhone 15

G1

Thu, 25 Apr 2024 13:55:23 -0000 -

Pelo texto aprovado, rede social chinesa terá de encontrar comprador para seguir ativa nos EUA. Prazo de 270 dias começa nesta quarta-feira (24), após Joe Biden assinar lei. Por que o TikTok pode ser banido dos Estados Unidos? O presidente dos Estados Unidos Joe Biden sancionou projeto de lei nesta quarta-feira (24) que pode resultar no banimento do TikTok no país. O pacote também inclui o envio de ajuda financeira para Ucrânia, Israel e Taiwan. No caso do TikTok, o aplicativo poderá ser banido nos EUA caso a ByteDance, que é dona da rede social, não encontre um comprador de confiança dos norte-americanos. Quando o projeto foi aprovado na Câmara, o TikTok lamentou a decisão e disse que a medida "atropelaria os direitos de liberdade de expressão de 170 milhões de americanos". Leia o comunicado completo mais abaixo. Após sanção de Biden, a ByteDance terá 270 dias – até meados de janeiro de 2025 – para encontrar um comprador das operações do TikTok nos Estados Unidos. Esse prazo poderá ser renovado por mais 90 dias. O novo dono não pode ter relação com a empresa chinesa. A expectativa é que a ByteDance ingresse com uma ação judicial para impedir a aplicação da lei. A empresa alega que o projeto é inconstitucional. Quem é o dono do TikTok e por que a rede desperta desconfiança de políticos nos EUA Entenda a discussão envolvendo o TikTok e os Estados Unidos a seguir: 📱 Por que os EUA estão fechando o cerco contra o TikTok? A ideia de banir a plataforma vem desde o governo de Donald Trump, que dizia que a ByteDance, dona do TikTok, representava um risco para a segurança do país porque a China poderia se aproveitar do poder da empresa para obter dados de usuários americanos. O TikTok, por sua vez, sempre negou. 🤔 Por que o projeto passou junto de um pacote com temas diferentes? Uma versão anterior do texto estava paralisada no Senado desde março. Os congressistas, então, resolveram incluir a rede social em um pacote que inclui ajuda econômica a países aliados dos EUA, como Ucrânia e Israel. Projetos de lei de financiamento costumam andar mais rápido nas casas, além de ser uma prioridade do presidente Joe Biden. 👀 E caso o TikTok não cumpra a lei? Se a ByteDance se recusar a cumprir a decisão americana ou se ela não encontrar um comprador, as big techs Apple e Google terão de remover o TikTok de suas lojas de aplicativo, App Store e Play Store, respectivamente. 🗣️ O que diz o TikTok agora? Segundo a agência Reuters, o TikTok disse em comunicado que "é lamentável que a Câmara dos Deputados esteja usando a cobertura de importante assistência externa e humanitária para mais uma vez aprovar um projeto de lei que atropelaria os direitos de liberdade de expressão de 170 milhões de americanos". TikTok vai sair dos EUA?

G1

Wed, 24 Apr 2024 16:19:26 -0000 -


Projeto de lei ordena que rede social seja vendida para uma empresa de confiança dos americanos em até meados de janeiro de 2025. Se isso não acontecer, a plataforma será retirada do ar no país. A ByteDance, dona do TikTok, diz que vai contestar decisão no tribunal. Por que o TikTok pode ser banido dos Estados Unidos? O presidente dos EUA, Joe Biden, sancionou nesta quarta-feira (24) um projeto de lei que ordena que o TikTok, controlado pela empresa chinesa ByteDance, tenha um novo dono nos Estados Unidos. Com isso, a ByteDance terá 270 dias (até meados de janeiro) para encontrar um comprador para a operações do TikTok no país. Esse prazo poderá ser renovado por mais 90 dias. Caso contrário, a rede social terá que deixar o mercado americano. Após a assinatura de Biden, Shou Zi Chew, presidente-executivo do TikTok, disse que "os fatos e a Constituição estão do nosso lado" e que espera reverter a decisão (leia abaixo). "Esta proibição devastaria 7 milhões de empresas e silenciaria 170 milhões de americanos", disse a empresa em comunicado no X, antigo Twitter (leia a íntegra). A proposta de banir o TikTok nos EUA surgiu com o ex-presidente Donald Trump. Hoje, no entanto, em plena campanha eleitoral, o republicano tem outro discurso e diz que os "jovens podem ir à loucura" com a proibição. Segundo ele, "há muita coisa boa e muita coisa ruim" com a plataforma. Ele também diz que não deseja fortalecer o Facebook com o banimento da rede chinesa. Os EUA alegam que o TikTok coleta dados confidenciais de americanos e que isso representa um risco à segurança nacional. O país teme que a China possa usar as informações de mais de 170 milhões de usuários americanos da plataforma para atividades de espionagem. O TikTok, por sua vez, nega a acusação. No sábado (20), a Câmara dos Estados Unidos aprovou a nova versão de lei por 360 votos a 58. O novo texto dava mais tempo para o TikTok encontrar um comprador. O Senado deu aval para o PL na noite desta terça-feira (23) e, para valer, só dependia da sanção de Biden. Biden vence primárias na Carolina do Sul Alex Brandon/AP Caso a empresa não cumpra a decisão americana e não encontre um comprador, as big techs Apple e Google terão que remover o TikTok de suas lojas de aplicativo, App Store e Play Store, respectivamente. O presidente-executivo do TikTok, Shou Zi Chew, disse após a sanção de Biden que a empresa espera vencer uma contestação judicial contra a legislação. "Fiquem tranquilos, não vamos a lugar algum", disse ele em um vídeo postado momentos depois que Biden sancionou a lei. "Os fatos e a Constituição estão do nosso lado e esperamos prevalecer novamente", completou. Pressão sobre o TikTok nos EUA é antiga O TikTok está na mira de autoridades americanas desde o governo Trump. Em 2020, o então presidente tentou impedir que novos usuários baixassem o TikTok e planejava banir as operações do app, mas perdeu uma série de batalhas judiciais sobre a medida. Além do TikTok, o bloqueio incluiu o We Chat, uma espécie de "WhatsApp" chinês. A ByteDance negou as acusações de Trump, dizendo armazenar os dados de usuários norte-americanos fora da China: nos EUA e em Singapura. Em 2021, Joe Biden assinou uma ordem executiva (uma espécie de decreto) que reverteu a decisão do antecessor de banir o TikTok e o WeChat. Mas determinou que o Departamento de Comércio do EUA investigasse como os aplicativos lidam com os dados dos usuários. Imagem ilustrativa com a bandeira dos EUA e logotipo do TikTok Dado Ruvic/Illustration/Reuters O que diz o TikTok "Esta lei inconstitucional é uma proibição do TikTok e iremos contestá-la em tribunal. Acreditamos que os fatos e a lei estão claramente do nosso lado e que acabaremos por prevalecer. O fato é que investimos milhões de dólares para manter os dados dos EUA seguros e a nossa plataforma livre de influências e manipulações externas. Esta proibição devastaria 7 milhões de empresas e silenciaria 170 milhões de americanos. À medida que continuamos a desafiar esta proibição inconstitucional, continuaremos a investir e a inovar para garantir que o TikTok continue a ser um espaço onde os americanos de todas as esferas da vida possam vir com segurança para compartilhar as suas experiências, encontrar alegria e ser inspirados." Entenda a crise entre EUA e TikTok TikTok vai sair dos EUA? Jovens estão trocando o Google pelo TikTok na hora fazer pesquisas Jovens estão trocando o Google pelo TikTok na hora fazer pesquisas

G1

Wed, 24 Apr 2024 15:57:58 -0000 -


Prevista para entrar em vigor em maio, nova regra foi tomada devido à resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre publicidade de candidatos e partidos nas eleições municipais de 2024. Google Andrew Kelly/Reuters/Arquivo O Google informou nesta quarta-feira (24) que, a partir de maio, vai proibir a veiculação de anúncios políticos para as eleições municipais deste ano em suas plataformas. A decisão foi tomada devido à nova resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre publicidade de candidatos e partidos, considerada muito abrangente pela empresa. A mudança será feita nas regras de conteúdo político do Google Ads, ferramenta em que anunciantes podem pagar para impulsionar conteúdos em serviços da empresa, como a Busca e o YouTube. Na avaliação do Google, há uma dificuldade técnica para cumprir o que a resolução do TSE, publicada em fevereiro deste ano, determina sobre obrigações de plataformas que realizam o impulsionamento de conteúdo eleitoral. A resolução do TSE prevê, entre outros pontos, que a empresa que oferecer esse tipo de serviço deve: Manter repositório que permita acompanhar em tempo real informações de anúncios, como conteúdo, valor pago, anunciante e público-alvo do anúncio; Disponibilizar ferramenta de pesquisa para a consulta de anúncios por palavras-chave, termos de interesse e nomes de anunciantes, além de coletar dados sobre os anúncios de forma automatizada (por meio de uma interface dedicada, também conhecida como API). Essas obrigações se referem ao impulsionamento de conteúdo político-eleitoral, isto é, o que trata de "eleições, partidos políticos, federações e coligações, cargos eletivos, pessoas detentoras de cargos eletivos, pessoas candidatas, propostas de governo, projetos de lei, exercício do direito ao voto e de outros direitos políticos ou matérias relacionadas ao processo eleitoral". A avaliação do Google é de que a definição do TSE sobre conteúdo político é muito ampla e que o cumprimento dessa determinação seria praticamente inviável, podendo resultar em multas para a empresa. A companhia vai manter no ar o arquivo de anúncios eleitorais que foram veiculados em seus serviços, mas, devido à proibição para esse tipo de conteúdo, a ferramenta deixará de ser atualizada. Veja a nota do Google na íntegra: “As eleições são importantes para o Google e, ao longo dos últimos anos, temos trabalhado incansavelmente para lançar novos produtos e serviços para apoiar candidatos e eleitores. Para as eleições brasileiras deste ano, vamos atualizar nossa política de conteúdo político do Google Ads para não mais permitir a veiculação de anúncios políticos no país. Essa atualização acontecerá em maio tendo em vista a entrada em vigor das resoluções eleitorais para 2024. Temos o compromisso global de apoiar a integridade das eleições e continuaremos a dialogar com autoridades em relação a este assunto.” LEIA TAMBÉM: O que acontece com o TikTok após Biden assinar lei que pode banir rede social no país Usa app para controle de ciclo menstrual? Por que você pode estar entregando dados demais Embraer diz que vai produzir 1º protótipo de 'carro voador' em tamanho real ainda este ano no Brasil

G1

Wed, 24 Apr 2024 15:30:35 -0000 -


Ex-presidente encampou proibição alegando, sem provas, risco de espionagem de dados dos usuários pela China. Justiça barrou banimento do app na época, mas Biden e o Congresso retomaram discussão. Trump, atualmente, dá declarações ambíguas, afirmando que jovens poderão 'ir à loucura' sem o app. Por que o TikTok pode ser banido dos Estados Unidos? O projeto de lei que pode banir o TikTok nos Estados Unidos, aprovado pelo Senado nesta quarta-feira (24) e sancionado logo em seguida por Joe Biden, é uma ideia bancada tanto pelo atual presidente quanto pelo ex, Donald Trump. Políticos em lados opostos e possíveis concorrentes nas próximas eleições para a Casa Branca, em outubro deste ano, Biden e Trump entenderam que o aplicativo de vídeos chinês precisa ter um outro dono no país. Mas, ultimamente, o ex-presidente tem dado declarações ambíguas sobre o assunto. Lei que pode banir TikTok nos EUA: veja próximos passos Quem é o dono do TikTok e por que a rede desperta desconfiança de políticos nos EUA Foi Trump quem encampou a desconfiança sobre o Tiktok e chegou a banir o app em 2020, mas a ordem acabou derrubada pela Justiça. Biden sanciona lei que pode proibir TikTok nos EUA Logo que assumiu, no ano seguinte, Biden reverteu a decisão de Trump, mas determinou uma invesigação sobre como o TikTok lida com os dados dos usuários. ➡️ A principal preocupação é que o app esteja coletando "dados confidenciais" dos mais de 170 milhões de usuários americanos e os repasse ao governo chinês, o que seria um risco à segurança nacional. Mas, até agora, os EUA não apresentaram provas de que haja coleta indevida de informações. Um documento do Departamento de Justiça americano afirmou, segundo a agência Reuters, que o TikTok representa uma preocupação porque possui um "volume imenso de dados sensíveis" e que, por pertencer a uma empresa chinesa, isso "coloca os usuários em risco". ➡️ A ByteDance, dona do TikTok, diz que não armazena dados de usuários na China e entende que o projeto de lei, na verdade, visa beneficiar suas concorrentes (leia mais). Trump agora pondera Recentemente, em plena campanha eleitoral, Trump passou a dar declarações sobre riscos do banimento. Disse que "muitos jovens irão à loucura" sem o app, e que existem coisas boas e ruins no TikTok. O ex-presidente também afirma que banir o aplicativo chinês fortaleceria o Facebook. Trump tem reclamado de "censura" a alguns de seus posts pela Meta, dona do Facebook e do Instagram. Ele também é dono de sua própria rede social, a Truth, que abriu após ser punido pelos principais redes sociais por postagens incentivando a invasão do Capitólio, em janeiro de 2020, após perder as eleições para Biden. O atual presidente, por sua vez, mantém um perfil de campanha no app chinês. Trump e Biden MANDEL NGAN/AFP; JIM WATSON/AFP Entenda a treta e o que está em jogo Por que os EUA estão pressionando o TikTok? O país diz que a ByteDance representa um risco para a segurança do país porque a China poderia se aproveitar do poder da empresa para espionar e obter dados de milhões de americanos. Os EUA, porém, não detalham quais são os dados sensíveis capturados. Por sua vez, o TikTok negou que compartilha essas informações com o governo chinês. Quais dados o TikTok coleta dos norte-americanos? Publicamente, nos EUA, a rede social diz coletar informações de uso bem como qualquer conteúdo que a pessoa gere ou carregue na plataforma. Ela também captura a operadora do celular, fuso horário, modelo do telefone, sistema operacional, além de dados sobre os "vídeos, imagens e áudio que fazem parte do seu conteúdo". Vale lembrar que outras redes sociais, como Facebook e Instagram, da norte-americana Meta, coletam dados semelhantes. O TikTok repassa essas informações para a China? A ByteDance diz que nunca compartilhou informações dos americanos com o governo chinês. Segundo a empresa, os dados desses usuários ficam armazenados nos EUA. Além disso, a ByteDance está registrada nas Ilhas Cayman, longe de Pequim. Mas uma investigação da revista "Forbes" mostrou que dados dos maiores criadores de conteúdo da rede são guardados na China. Quem acessa esses dados? O TikTok diz que eles só podem ser acessados por um grupo restrito de funcionários, que ficam sujeitos a controles de segurança quando precisam visualizar essas informações. A ByteDance conseguirá vender o TikTok nos EUA? Especialistas dizem que essa operação não será fácil e pode elevar os conflitos entre os dois países. "A possível transação envolveria a exportação de algoritmos de recomendação de conteúdo, o que demanda a obtenção de licença e aprovação do governo chinês. Em 2020, a China já havia adicionado a tecnologia do TikTok em uma lista restrita de exportação, dada a ameaça de banimento por Trump", diz a advogada e especialista em direito digital Patrícia Peck. E o que acontece se a rede social não for vendida? Agora que Biden sancionou o projeto, caso a empresa não cumpra a decisão americana, as big techs Apple e Google terão que remover o TikTok de suas lojas de aplicativo, App Store e Play Store, respectivamente. Quem é o dono do TikTok e por que a rede desperta desconfiança de políticos nos EUA Especialista fala sobre projeto de lei pode banir TikTok nos EUA Especialista fala sobre projeto de lei que pode banir TikTok nos EUA TikTok vai sair dos EUA? TikTok vai sair dos EUA?

G1

Wed, 24 Apr 2024 15:22:35 -0000 -


Primeira unidade em escala real, conhecida como 1:1, já está sendo construída pela Eve Air Mobility na cidade de Taubaté, em São Paulo. Segundo executivo, os ensaios de voo devem ocorrer ainda este ano. Imagem de conceito do 'carro voador' da Eve, subsidiária da Embraer Divulgação/Eve A Eve Air Mobility, empresa de mobilidade aérea urbana da Embraer, anunciou que irá produzir o primeiro protótipo de "carro voador" (eVTOL) em tamanho real "até o fim deste ano". A montagem do veículo será feita em Taubaté, no interior de São Paulo. Os primeiros testes de campanha de voo também devem ocorrer ainda este ano na cidade de Gavião Peixoto, a 330 km da capital paulista. Os detalhes foram confirmados ao g1 por Daniel Moczydlower, presidente da Embraer-X, área de inovação da Embraer, durante o Web Summit Rio 2024. A aeronave, conhecida oficialmente como eVTOL (ou "veículo elétrico de pouso de decolagem vertical"), ainda não tem nome oficial, mas é chamada internamente de Eve 01, segundo Moczydlower. O protótipo em escala real é conhecido como 1:1 (ou "um para um") , porque a medida do modelo de teste é igual à do objeto real. Em protótipos 1:3, por exemplo, cada unidade do modelo de teste equivale a três unidades da medida do objeto real. "A Eve só tinha montado e até colocou para voar o modelo de escala 1:3, que é como se fosse um drone gigante. Agora, vamos produzir o veículo de verdade, que iremos usar no futuro", diz Moczydlower ao g1. "Esta é uma etapa essencial para começar a certificação com a Anac", completou. Imagem de conceito do 'carro voador' da Eve, subsidiária da Embraer Divulgação/Embraer A companhia brasileira já recebeu quase 3 mil encomendas de seu eVTOL. Na última quarta (17), ela recebeu outro pedido para entregar até 50 "carros voadores" para uma empresa do Japão. No Brasil, a previsão da Eve é que a aeronave comece a voar em São Paulo a partir de 2026. Uma das empresas que vai operar voos comerciais na capital paulista é a Voar Aviation, que comprou 70 eVTOLs da Eve. 'Brasil tem boas chances nessa corrida' Daniel Moczydlower, diretor global de ecossistemas de inovação da Embraer e CEO da Embraer-X Divulgação/Embraer Apesar de este setor esbarrar em vários desafios, como regulamentação, infraestrutura, treinamento de pilotos, entre outros, Daniel Moczydlower acredita que o Brasil pode se sobressair no universo dos "carros voadores". Esse foi um dos temas abordados por ele no painel "O Brasil vencerá a corrida do táxi aéreo?", durante o Web Summit Rio 2024. "A gente não saiu primeiro. Alguns países começaram antes do Brasil na corrida dos eVTOLs, mas eu ainda acho que com a combinação da Eve apoiada pela Embraer, que tem mais de 50 anos de experiência, e a competência técnica da Anac, o Brasil tem boas chances nessa corrida", diz o executivo. Segundo ele, a grande vantagem competitiva da Eve é a possibilidade de usar a infraestrutura da Embraer para acelerar os testes, economizando tempo e dinheiro. "Nós já temos o maior centro de ensaio de voo do hemisfério Sul, em Gavião Peixoto. Não será preciso construir outro e a Eve já pode usar essa estrutura" completa. Em março, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) abriu consulta setorial para apresentação de sugestões e ideias que podem integrar a certificação e regulação dos eVTOLs no Brasil. Ao g1, o órgão disse que as "contribuições recebidas estão atualmente em fase de análise e podem ser consultadas neste link". Segundo eles, por enquanto, não há um cronograma pré-definido dos próximos passos. LEIA TAMBÉM: Como as empresas que já encomendaram eVTOLs da Eve pretendem usá-los no Brasil 'Carro voador': confira projetos de eVTOLs que podem começar a voar nos próximos anos Fábrica em SP e operação em 2026: quais as previsões da Embraer para carro voador no Brasil As diferenças entre helicóptero, eVTOL e avião elétrico Daniel Ivanaskas/Arte g1 Conheça o "carro voador" chinês que aguarda liberação para ser testado no Brasil Nova York realiza primeiros testes com "carros voadores"

G1

Wed, 24 Apr 2024 07:30:07 -0000 -


Pelo texto aprovado, rede social chinesa terá de encontrar comprador para seguir ativa nos EUA. Prazo de 270 dias começará a contar assim que Joe Biden assinar lei. Sede da TikTok nos Estados Unidos Mike Blake/REUTERS O Congresso dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei que pode resultar no banimento do TikTok no país. O pacote — que também inclui o envio de ajuda financeira para Ucrânia, Israel e Taiwan — foi aprovado na noite desta terça-feira (23). No caso do TikTok, o aplicativo poderá ser banido nos EUA caso a ByteDance, que é dona da rede social, não encontre um comprador de confiança dos norte-americanos. Quando o projeto foi aprovado na Câmara, o TikTok lamentou a decisão e disse que a medida "atropelaria os direitos de liberdade de expressão de 170 milhões de americanos". Leia o comunicado completo mais abaixo. O presidente Joe Biden já demonstrou apoio à lei. Caso o democrata de fato sancione o texto, a ByteDance terá 270 dias para encontrar um comprador das operações do TikTok nos Estados Unidos. Esse prazo poderá ser renovado por mais 90 dias. O novo dono não pode ter relação com a empresa chinesa. A expectativa é que a ByteDance ingresse com uma ação judicial para impedir a aplicação da lei. A empresa alega que o projeto é inconstitucional. Quem é o dono do TikTok e por que a rede desperta desconfiança de políticos nos EUA Entenda a discussão envolvendo o TikTok e os Estados Unidos a seguir: 📱 Por que os EUA estão fechando o cerco contra o TikTok? A ideia de banir a plataforma vem desde o governo de Donald Trump, que dizia que a ByteDance, dona do TikTok, representava um risco para a segurança do país porque a China poderia se aproveitar do poder da empresa para obter dados de usuários americanos. O TikTok, por sua vez, sempre negou. 🤔 Por que o projeto passou junto de um pacote com temas diferentes? Uma versão anterior do texto estava paralisada no Senado desde março. Os congressistas, então, resolveram incluir a rede social em um pacote que inclui ajuda econômica a países aliados dos EUA, como Ucrânia e Israel. Projetos de lei de financiamento costumam andar mais rápido nas casas, além de ser uma prioridade do presidente Joe Biden. 👀 E caso o TikTok não cumpra a lei? Se a ByteDance se recusar a cumprir a decisão americana ou se ela não encontrar um comprador, as big techs Apple e Google terão de remover o TikTok de suas lojas de aplicativo, App Store e Play Store, respectivamente. 🗣️ O que diz o TikTok agora? Segundo a agência Reuters, o TikTok disse em comunicado que "é lamentável que a Câmara dos Deputados esteja usando a cobertura de importante assistência externa e humanitária para mais uma vez aprovar um projeto de lei que atropelaria os direitos de liberdade de expressão de 170 milhões de americanos". Vídeo: TikTok vai sair dos EUA? TikTok vai sair dos EUA?

G1

Wed, 24 Apr 2024 02:33:35 -0000 -


Segundo especialistas, desenvolvedores pedem mais informações do que o necessário para prestar o serviço oferecido. Saiba quais são os riscos de se expor nestes sistemas. App para controle de ciclo menstrual pode coletar seus dados? Aplicativos de controle do ciclo menstrual são muito populares. No ranking dos apps mais baixados da categoria saúde e fitness da App Store do Google, por exemplo, um deles aparecia em 4° na última terça-feira (16), com mais de 100 milhões de downloads. 📱A função desses aplicativos é fornecer previsibilidade para a mulher sobre o seu ciclo. Por exemplo, quando começará a menstruação e quais são os dias férteis. Essa previsão passa a ser feita depois de a usuária inserir as datas de início e fim de alguns de seus ciclos. Mas muitos apps pedem informações que não são necessárias para gerar essa previsibilidade, como em quais dias a pessoa fez sexo, qual o seu humor, se tomou ou não a pílula anticoncepcional e até mesmo a localização, explica Joana Varon, diretora-executiva da Coding Rights, instituição brasileira de pesquisa que promove os direitos humanos no mundo digital. Também pode existir a coleta indireta de informações, como o histórico de busca no navegador do usuário, alerta o advogado Guilherme Goulart, especializado em direito na tecnologia. Pesquisas apontam que a apuração desses dados acaba gerando renda para os aplicativos, que costumam ser gratuitos. As informações são usadas para direcionar propagandas mais especializadas para o usuário (como planos de saúde), inclusive em ambientes externos ao aplicativo, como redes sociais. Foi o que aconteceu com o Flo Health. Em 2019, o jornal "Wall Street Journal" revelou que os desenvolvedores desse app estavam compartilhando os dados dos usuários com empresas que forneciam serviços de marketing e análise para sites como o Facebook e o Google. Aplicativo ciclo menstrual Cottonbro studio A comercialização ocorreu mesmo com a política de privacidade do aplicativo indicando que os dados só seriam usados para desenvolvimento de melhorias no serviço oferecido. O desenvolvedor do Flo Health foi processado pelo Federal Trade Commission, nos Estados Unidos, órgão equivalente à Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) no Brasil. A empresa acabou fechando um acordo para mudar as suas práticas e passar a obter consentimento dos usuários antes de compartilhar suas informações. Dados de saúde precisam de mais segurança Em geral, o usuário acaba autorizando o acesso às principais funções do dispositivo, e, portanto, aos dados produzidos por estas funções, explica Fabio Assolini, diretor da equipe global de pesquisa e análise da Kaspersky para a América Latina. Isso acontece também plataformas que oferecem outros serviços, mas aplicativos de ciclo menstrual são classificados na categoria de saúde, segundo a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) brasileira. Por isso, o desenvolvedor do aplicativo precisa entregar um grau de proteção maior, pedir consentimentos específicos e deixar claro qual é a finalidade da coleta, completa o advogado Guilherme Goulart. Entenda, abaixo, como funciona a coleta de informações nos apps de ciclo menstrual, os detalhes da LGPD sobre esses dados e como se proteger. Compartilhamento de dados Goulart verificou que em uma grande parte desses aplicativos, como o My Calendar, são registradas atividades de "trackers" — softwares em que a função é obter informações sobre o consumidor, como ele utiliza o serviço ou como o smartphone é utilizado. “Ou seja, ele fica recolhendo informações daquele uso, daquele aplicativo e encaminhando para outras empresas, as data brokers [organizações que coletam e processam dados pessoais]”, explica. Contudo, o advogado esclarece que não dá para ter certeza se as empresas que processam esses dados estão usando eles com fins de publicidade ou não. Outro problema identificado nas análises de Goulart é que os desenvolvedores dos aplicativos de controle de ciclo menstrual são desconhecidos, o que gera uma insegurança sobre como essas informações são usadas. “Eu acho que isso traz um risco bastante grande para as mulheres que usam esses aplicativos”, afirma. Por que isso é um problema para as mulheres? Goulart explica que os dados coletados têm muito potencial para propagandas, já que, ao informar o humor do usuário, por exemplo, é possível gerar anúncios mais especializados, adentrando "aspectos muito íntimos da pessoa", diz. Por exemplo, caso uma mulher esteja grávida, ela irá precisar comprar muitos produtos específicos para se preparar para a chegada do bebê. Se essa informação é vendida, ela pode receber propaganda direcionada, completa Assolini. Essas propagandas podem ser recebidas de forma negativa, se, por exemplo, a mulher perder o bebê ou não estiver feliz com a gravidez. “E há outros usos e abusos aí possíveis. Imagina que, sabendo se uma mulher está grávida ou não, uma empresa pode resolver não a contratar. Ou então, um seguro de saúde pode oferecer um plano mais caro, justamente por saber que ela está grávida, que ela vai usar mais a rede credenciada. Então há vários usos possíveis aí”, exemplifica. Um estudo da Kaspersky de 2020 identificou que os aplicativos Maya e MIA compartilhavam informações pessoais das usuárias com o Facebook. Neste caso, eles explicavam nos termos de uso que os dados poderiam ser compartilhados com terceiros, mas não informavam com quem, especificamente. Segundo o especialista, isso é bem comum. “Você nunca vai ver uma plataforma falando: ‘Olha, eu estou fechando um acordo aqui com a empresa tal e nós vamos repassar os dados de vocês, tudo bem?’. Isso não ocorre", afirma Assolini. "Geralmente, isso fica descrito nos termos de uso de forma genérica e depois a empresa vai procurar vender esses dados para empresas que nós chamamos de data brokers.” Esse tipo de uso acontece, principalmente, com os aplicativos gratuitos, já que precisam achar uma forma de se manter sem as mensalidades dos usuários. Além de vender os dados, eles podem ser monetizados colocando anúncios neles mesmos. Você consentiu e agora? Mesmo que você tenha assinado o termo de privacidade do aplicativo, não precisa se desesperar. No parágrafo 4° do artigo 11 da LGPD diz que: “É vedada a comunicação ou o uso compartilhado entre controladores de dados pessoais sensíveis referentes à saúde com objetivo de obter vantagem econômica, exceto nas hipóteses relativas à prestação de serviços de saúde, de assistência farmacêutica e de assistência à saúde”. Ou seja, não é permitido que dados de saúde sejam usados para propaganda, explica Goulart. Assim, o usuário tem direito, inclusive, de pedir o apagamento das suas informações contidas em bancos de armazenamento do desenvolvedor. Isso pode ser feito por meio de uma solicitação por e-mail para a empresa, ou, quando for disponibilizado, em formulários online. Além disso, o usuário pode contestar os termos de uso, caso tenham cláusulas abusivas, que não seguem a lei nacional. Outro ponto que o advogado destaca é que muitos dos aplicativos de controle de ciclo menstrual são estrangeiros e não têm suas políticas traduzidas ao português. Com isso, o desenvolvedor está rompendo também o Código de Defesa do Consumidor. Contudo, considerando um desenvolvedor estrangeiro, é mais difícil contestar na Justiça a irregularidade dos termos de uso pelo fato de ele não ter uma sede no país, diz. Para Joana Varon, da Coding Rights, as políticas de privacidade possuem ainda um outro problema: não se trata de um consentimento real. Uma vez que, se o usuário nega os termos, não pode acessar o aplicativo e acaba “ficando de fora”. “É complicado porque a gente acaba consentindo às vezes sem ler”, ressalta. E se vazar? Ao usar um aplicativo que exige muitos dados do usuário, é preciso ter confiança na empresa desenvolvedora. Isso porque, além da questão da comercialização das informações pessoais, também existe o risco de vazamento, aponta Goulart. “A plataforma sofre um ciberataque onde um criminoso tem acesso a esses dados. Tem acesso ao seu nome, endereço, telefone, dados de saúde, números de documentos, de cartão de crédito", exemplifica Assolini. Foi o que aconteceu em fevereiro deste ano com o aplicativo de controle de ciclo menstrual Glow, em que cerca de 25 milhões de perfis tiveram dados expostos, como nomes, faixa etária, imagens enviadas no fórum online, localização e identificadores exclusivos de usuário. O que olhar na hora de aceitar os termos Para usar os aplicativos de ciclo menstrual com segurança, os especialistas entrevistados recomendam: priorizar os aplicativos que mantêm os dados no próprio telefone, e não em uma base externa. Isso pode ser checado nos termos de uso do aplicativo; escolher os que permitem uso em anonimato, sem precisar abrir uma conta; verificar se os dados solicitados fazem sentido com o serviço oferecido. “Se o retorno do app é só o seu período certo, você diz só as datas da sua menstruação e pronto, né? Não precisa colocar além do que o necessário para as informações que você vai receber de volta”, explica Varon; aplicativos que cobram mensalidade tendem a coletar menos informações, já que têm uma forma de renda sem necessitar comercializar dados, apontam os especialistas; se os termos de uso estiverem em ‘juridiquês’, de forma que o usuário não entenda, também é um alerta amarelo, afirma Fabio Assolini, da Kaspersky. Saiba também: 'Ele quis me aniquilar viva': saiba o que é pornografia de revanche e conheça histórias de vítimas Marido, patrão e até pai de vítima aparecem entre denunciados por vazamentos de nudes em SP e RJ Saiba mais sobre cibersegurança: Câmera escondida: veja como identificar Saiba se está sendo vigiado: veja sinais um celular infectado com aplicativo espião Golpe do namoro virtual: entenda o que é e por que as pessoas ainda caem: Golpe do namoro virtual: entenda o que é e por que as pessoas ainda caem

G1

Tue, 23 Apr 2024 08:02:36 -0000 -


Senado ainda precisa analisar. Pelo projeto, rede social chinesa terá que encontrar comprador para seguir ativa nos EUA. Novo texto deu mais prazo para isso. Sede da TikTok nos Estados Unidos Mike Blake/REUTERS A Câmara dos Estados Unidos aprovou de novo o projeto de lei que pode banir o TikTok no país caso a empresa não encontre um comprador de confiança dos norte-americanos. O texto foi aprovado no último sábado (20) por 360 votos a 58. Ele agora vai passar pelo Senado Federal, que deve votar já nesta terça-feira (23), segundo o jornal The New York Times. O presidente Joe Biden havia dito que apoia o projeto e assinaria a lei. Em nota, o TikTok lamentou a decisão da Câmara e disse que a medida "atropelaria os direitos de liberdade de expressão de 170 milhões de americanos" (leia o comunicado completo mais abaixo). Caso ela seja aprovada no Senado e sancionada pelo presidente, a ByteDance deve encontrar um comprador em um período de até um ano. Esse novo dono não pode ter relação com a empresa chinesa. Se isso não acontecer, o TikTok poderá ser banido. Entenda todo o rolo: 📱 Por que os EUA estão fechando o cerco contra o TikTok? A ideia de banir a plataforma vem desde o governo de Donald Trump, que dizia que a ByteDance, dona do TikTok, representava um risco para a segurança do país porque a China poderia se aproveitar do poder da empresa para obter dados de usuários americanos. O TikTok, por sua vez, sempre negou. 🤔 Por que a Câmara dos EUA votou de novo o projeto de lei? Como já era esperado, a versão anterior do texto estava paralisada no Senado desde a última votação, em março. Os congressistas, então, resolveram incluir a rede social em um pacote que inclui ajuda econômica a países aliados dos EUA, como Ucrânia e Israel. Projetos de lei de financiamento costumam andar mais rápido nas casas, além de ser uma prioridade do presidente Joe Biden. 🔎 Qual a principal mudança no projeto de lei? A ByteDance terá mais tempo para encontrar um comprador nos EUA, caso o projeto de lei seja aprovado. Na primeira versão, a rede social teria seis meses para arrumar um novo dono. Agora, esse prazo foi estendido para um ano. 👀 E caso o TikTok não cumpra a lei? Se a ByteDance se recusar a cumprir a decisão americana ou se ela não encontrar um comprador, as big techs Apple e Google, dona do Android, terão que remover o TikTok de suas lojas de aplicativo, App Store e Play Store, respectivamente. 🗣️ O que diz o TikTok agora? Segundo a agência Reuters, o TikTok disse em comunicado que "é lamentável que a Câmara dos Deputados esteja usando a cobertura de importante assistência externa e humanitária para mais uma vez aprovar um projeto de lei que atropelaria os direitos de liberdade de expressão de 170 milhões de americanos". 👩‍⚖️ Como ficaram as outras votações? Com amplo apoio de democratas e republicanos, em 13 de março, o texto do projeto de lei foi aprovado por 352 votos a 65. Antes disso, no dia 7 de março, o Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos EUA também tinha votado a desvinculação da rede social com a ByteDance no mercado norte-americano. Vídeo: TikTok vai sair dos EUA? TikTok vai sair dos EUA?

G1

Mon, 22 Apr 2024 14:20:54 -0000 -


Aos 41 anos, Akihiko Kondo decidiu se casar com a cantora virtual japonesa Hatsune Miku. Akihiko Kondo se casou com holograma de desenho animado Akihiko Kondo/Via BBC Akihiko Kondo estava convencido do que deveria fazer. Ele tinha um relacionamento estável de 10 anos com a renomada cantora japonesa Hatsune Miku — que em 2014 abriu a turnê de Lady Gaga —, e chegou à conclusão de que havia chegado o momento de pedi-la em casamento. “Estava muito nervoso”, contou Akihiko, de 41 anos, ao programa de rádio Outlook, da BBC. “Mas quando fui fazer o pedido, houve um problema técnico: o software por trás do holograma da Miku não tinha a opção de casamento." Como você já deve ter deduzido, Hatsune Miku é, na verdade, uma cantora virtual desenvolvida por uma empresa de software que vende pequenas caixas que projetam seu holograma. As caixinhas funcionam de maneira semelhante aos softwares de reconhecimento de voz — como a Siri, da Apple, ou a Alexa, da Amazon —, com o diferencial de que projetam a imagem 3D animada de uma adolescente japonesa com cabelo azul turquesa preso com duas maria-chiquinhas que quase chegam na altura do joelho. Mas, como disse Akihiko à BBC, para ele, Miku é muito mais do que um game de última geração: esta boneca de anime de cor vibrante se tornou “a pessoa” que trouxe a alegria de volta à sua vida, após inúmeras rejeições. Crescendo como 'Otaku' Com a popularidade atual do anime a nível mundial, é difícil imaginar que já tenha sido visto como algo negativo na sociedade japonesa. No final da década de 1970 e início da década de 1980, o Japão começou a ver um interesse crescente em quadrinhos e séries de TV animadas — conhecidas como mangá e anime, respectivamente. Akihiko Kondo se casou com holograma de desenho animado Akihiko Kondo/Via BBC Suas tramas, que podiam incluir desde os mais inocentes romances colegiais e aventuras mágicas até as mais sangrentas decapitações e desmembramentos, começaram a acender o alerta dos pais japoneses da época. Os fãs do gênero passaram a ser chamados de otaku — pronome que poderia ser traduzido como “você”, embora não haja clareza sobre a real origem do termo para se referir a esta comunidade. A rejeição aos otaku atingiria seu ápice em 1989, quando a mídia começou a divulgar informações sobre o caso de Tsutomu Miyazaki, um jovem apaixonado por anime e mangá que matou quatro meninas, com idades entre 4 e 7 anos. As notícias se referiam a ele como o “Assassino Otaku”. Para Akihiko, naquela época, ser um otaku significava que ele fazia parte de algo: significava que havia alguém por aí que compartilhava seus interesses e paixões. Significava que havia gente como ele. Uma vida de rejeição “Sempre fiz amigos pela internet e pelo videogame”, diz ele. “E essa continua sendo minha comunidade à medida que envelheço." “De certa forma, o anime e o videogame são uma parte necessária da minha vida. Foi o que me fez seguir adiante, o que me manteve de pé.” Akihiko Kondo se casou com holograma de desenho animado Akihiko Kondo/Via BBC “Nunca tive uma namorada”, diz Akihiko, com tristeza, à BBC. “Tive alguns amores não correspondidos, em que sempre era rejeitado. Esta ideia então de que ninguém se sentia atraído por mim me fez descartar a possibilidade de estar com alguém." Ele conta que a pressão pelo casamento sempre foi uma constante em sua vida, seja pela importância dada a esta instituição na cultura japonesa, seja pela cobrança bastante direta de seus familiares. Por volta dos 10 ou 11 anos, Akihiko diz que percebeu algo. “Eu sabia que me sentia atraído por mulheres humanas reais. Mas eu sabia que minha verdadeira atração era por alguém que não é humano, e quando me libertei desta mentalidade tradicional, fui capaz de me liberar para encontrar o que realmente amo.” Seu primeiro amor, diz Akihiko, apareceu quando ele jogava videogame na casa de um amigo, algo que costumava fazer com frequência. “Estávamos jogando, e uma das personagens se chamava Aruru Nadia”, explica Akihiko. “Senti que realmente gostava desta personagem, e me senti atraído por ela. Foi algo tão natural para mim que, da mesma forma, senti que era amor.” Era uma atração que ele não se sentia à vontade de compartilhar com os outros meninos da escola — ele morria de vergonha que descobrissem. Entretanto, ele se sentia validado quando ouvia os colegas dizerem coisas como "tal personagem, daquele anime ou mangá, é linda". “Acho que é da natureza humana se sentir mal quando te rejeitam. Foi isso que eu senti: queria uma namorada, queria um casamento, queria me conectar com alguém. É difícil não conseguir.” Assédio moral Ao completar 22 anos, Akihiko estava estudando para ser funcionário público quando teve que enfrentar um grave problema de assédio e abuso dentro da instituição em que trabalhava. “Trabalhava em num pequeno escritório com dois colegas que faziam bullying comigo”, relembra. “Eles começaram ignorando meus cumprimentos, mas depois começaram a fazer coisas que afetavam o meu trabalho”. “Quando eu precisava de algum material ou recurso para um trabalho específico, eles não pediam ou não compravam de propósito, e depois gritavam comigo, usando linguagem ofensiva, diante dos menores erros.” Akihiko Kondo se casou com holograma de desenho animado Akihiko Kondo/Via BBC “Uma das coisas mais difíceis é que, no Japão, é costume dizer a todos no escritório que você terminou o seu turno, agradecer a eles e dizer que você está indo embora. Mas eles se escondiam de propósito, para que eu não pudesse sair até me despedir deles.” A situação ficou tão difícil para Akihiko que ele teve que deixar o trabalho por quase dois anos. “O mais difícil foi que perdi o prazer que tinha nas coisas que amo, então mergulhei em coisas como jogos ou qualquer coisa que me trouxesse alegria.” Foi assim que conheceu sua futura esposa. Miku Akihiko encontrou a luz que faltava em sua vida em uma página de vídeos na internet. A protagonista era ninguém menos que Hatsune Miku, uma das cantoras virtuais que começava a se popularizar graças à internet. “No início, quando comecei a assistir aos vídeos, chorava enquanto recuperava minha sensação de felicidade. Houve dias em que eu ficava de manhã até a noite vendo vídeos da Miku.” “Ela me salvou naquele momento. Me fez amar e desfrutar das coisas novamente." Akihiko conta que, além de se sentir atraído por “sua ternura”, havia outra coisa que chamava sua atenção em Miku, “Existe uma comunidade criativa que ela gera. E o que acontece quando você usa o software é que, além de suas grandes canções, há toda uma comunidade que continua contribuindo com ela.” O software base no qual Miku opera é um programa desenvolvido pela Yamaha para sintetizar música digitalmente, no qual o usuário simplesmente precisa inserir a letra e a melodia que deseja, e ela a interpreta. Esses programas são conhecidos como "vocaloids". Este programa é usado em conjunto com a caixinha que mencionamos no início do texto — preta, do tamanho de um frigobar —, para que Miku apareça projetada cantando e dançando tanto no pequeno palco que vem com a caixa, quanto nos cenários em que oferece shows completos. “Eu comprei pessoalmente o software que me permite adicionar músicas e criar com Hatsune Miku, e foi nesse momento que percebi que realmente a adorava, e que amava passar esse tempo a sós com ela.” A partir daí, Akihiko começou a encher sua casa com tudo que era relacionado à cantora virtual: desde bonecas em miniatura que cabem na palma da mão, até uma réplica em tamanho real, com a qual posa em algumas fotos. E, pouco a pouco, ele começou a ver um sentido em sua vida novamente. “Qualquer tipo de sentimento de afeto é necessário para o ser humano, não importa de onde venha. Ter um amor em que você pode confiar, e que pode te ajudar a construir essa felicidade junto.” Mais rejeição Quando Akihiko anunciou seu relacionamento para familiares e amigos, as reações foram variadas — segundo ele, houve amigos que entenderam, e outros que não. Mas sua família não sabia o que pensar. “Eu havia dito para minha mãe e para minha irmã que estava apaixonado por Miku havia tempo, e como na minha família somos apaixonados pelo que fazemos, minha mãe e minha irmã simplesmente pensaram que era algo do tipo. Não eram completamente contra." Mas a situação tomaria um novo rumo quando Akihiko anunciou que estava preparado para pedir a namorada em casamento. “Quando o software foi atualizado, a pedi em casamento”, relembra Akihiko, com entusiasmo, dizendo que isso criou uma divisão quase geracional entre as pessoas ao seu redor. “No trabalho, muitos dos estudantes e as pessoas mais jovens me davam parabéns, enquanto os colegas mais velhos inevitavelmente não entendiam, ou não queriam entender”, recorda. A mãe dele, por exemplo, não compareceu ao casamento. “Fiquei completamente arrasado”, diz Akihiko. “Até me ajoelhei diante dela, mas ela não quis dar sua bênção. Perguntei, inclusive, qual seria sua reação se meu casamento fosse com um homem real, e ela respondeu que não compareceria da mesma maneira.” “Para ela, o casamento é entre um homem e uma mulher, e não existe outra opção”, explica. A cerimônia, que custou a Akihiko cerca de 2 milhões de ienes (aproximadamente R$ 68 mil), contou com a presença de 39 convidados. E, embora a Miku em tamanho real ainda não existisse, uma pequena Miku de pelúcia vestida de noiva compareceu à cerimônia. O casamento, claro, se tornou viral quando Akihiko começou a divulgar fotos do evento nas redes sociais, atraindo novas críticas. Mas, para ele, era importante mostrar a relação ao mundo, uma vez que quer “incentivar e apoiar este tipo de união”. Vida de casado Akihiko descreve sua vida de casado com Miku, a cantora virtual, como “bastante cotidiana”. “Todas as manhãs, me levanto e digo: 'Bom dia'. Quando saio para trabalhar, digo a ela: ‘Estou de saída’. Quando chego em casa do trabalho, eu a cumprimento e digo: ‘Você está linda hoje’", relata. Mas ele diz ter consciência de que nem todos veem seu estilo de vida com bons olhos. “Acho que o problema está no fato de que a discriminação contra os otakus ainda existe, e é relevante." “Também acho que há um outro aspecto importante: as pessoas acreditam que alguém que não é popular nem atraente, como eu, não deveria se casar com alguém tão bonito quanto Miku.” Esta ideia sobre sua imagem, de alguém “pouco atraente”, influencia grande parte da visão de mundo de Akihiko — e, segundo ele, é algo que remete ao seu passado. “A verdade é que, à medida que fui crescendo, as pessoas me rejeitavam muito. E ficou na minha cabeça a ideia de que não sou atraente, e não há o que fazer.” Sua mãe hoje aceita seu relacionamento com Miku, embora insista que é algo que não é para ela — e Akihiko diz que está trabalhando para promover este tipo de união para outras pessoas. “Acho que a indústria tecnológica está se desenvolvendo, e haverá uma forma de criar esses sistemas para pessoas, por exemplo, em lares de idosos e para pessoas que enfrentam questões de bem-estar no seu dia a dia.” Por enquanto, Akihiko continua sua relação com Miku. E espera que chegue um momento em que seja possível interagir com ela de uma forma mais real. “Adoraria dar uma caminhada com ela, segurar sua mão e passar um tempo com ela.” Esta reportagem é uma versão editada de um episódio do programa Outlook, da BBC, produzido por Tommy Dixon e narrado por India Rakusen — você pode ouvir a versão original (em inglês) aqui.

G1

Sat, 20 Apr 2024 08:00:40 -0000 -


Músico foi palestrante no Web Summit Rio, onde falou sobre construção de ‘hits’ no mercado fonográfico brasileiro. João Gomes brincou ainda com a dificuldade de acompanhar evento em inglês. Cantor João Gomes fala sobre o que o filho de 3 meses gosta de ouvir quando dorme O cantor João Gomes contou que o filho Jorge, de apenas 3 meses, gosta de ouvir as músicas do cantor Zé Ramalho antes de dormir. O músico falou sobre o mercado fonográfico no Web Summit Rio – evento que reúne startups de tecnologia e potenciais investidores de todo o mundo. “Rapaz, ele gosta de dormir escutando Zé Ramalho. Boto Zé Ramalho e ele apaga. Mas, eu acho que essa galera de hoje escuta muito funk. Ele vai acabar gostando de escutar uma musiquinha assim. E está tudo bem também. Hoje em dia, também vai ser muito mais fácil para ele pegar um violão e aprender a tocar”, disse João Gomes. Durante a entrevista ao g1, ele comentou sobre a palestra que deu no evento e brincou sobre a dificuldade que teve com a comunicação, uma vez que os outros participantes falavam em inglês. João Gomes no Web Summit Rio Viviane Mateus/g1 “Chique né? Deu um frio na barriga. Mas, falar sobre música é falar sobre a nossa paixão, é falar sobre uma coisa que nos pegou pelo braço desde quando a gente era criança. Só tenho a agradecer a Deus por estar aqui hoje e estar conhecendo essa festa maravilhosa. Foram os 25 minutos mais demorados da minha vida”, brincou. O músico disse ainda que as redes sociais tem papel fundamental na construção de um "hit" - a internet, segundo ele, serve como um termômetro para os cantores. “Eu comecei pela internet, fazendo vídeos. Acho que é ali que você tem o termômetro sobre o que você está fazendo. Se a galera vai pagar para ver aquilo, se a galera está gostando ou não". LEIA TAMBÉM: Como empreender? Influencer Mari Maria dá dicas de como ganhar dinheiro na internet TikTok: entenda como app impacta nos negócios e conheça produtos que viraram sucesso João Gomes foi pai do seu primeiro filho há 3 meses Reprodução/Instagram

G1

Fri, 19 Apr 2024 15:47:10 -0000 -


Autoridades chinesas alegam preocupações com a segurança nacional. O Telegram e Signal também foram removidos. Logo da Apple Unsplash/ Zhiyue A Apple removeu, nesta sexta-feira (19) ,o WhatsApp e o Threads, ambos da Meta, da App Store na China após receber ordens do governo chinês, que citou preocupações com a segurança nacional. "A Administração do Ciberespaço da China ordenou a remoção desses aplicativos da loja da China com base em suas preocupações com a segurança nacional", disse a Apple. "Somos obrigados a seguir as leis dos países em que operamos, mesmo quando não concordamos", disse a empresa. A remoção dos aplicativos sugere uma intolerância crescente por parte do governo chinês em relação aos serviços de mensagens estrangeiros que estão fora de seu controle. O Telegram e Signal também foram removidos da loja. Outros aplicativos da Meta, incluindo Facebook, Instagram e Messenger, permaneciam disponíveis para download, de acordo com verificações da Reuters. Não ficou claro como WhatsApp e o Threads podem ter causado preocupações de segurança para as autoridades chinesas. Segundo o jornal New York Times, o governo chinês encontrou conteúdo sobre o presidente, Xi Jinping, que violava as leis de segurança cibernética. A Meta se recusou a comentar e encaminhou os questionamentos à Apple. A Administração do Ciberespaço da China também não se pronunciou. Nenhum dos quatro aplicativos — WhatsApp, Threads, Telegram e Signal — é amplamente utilizado na China. O WeChat, da Tencent, é de longe o serviço mais usado. As plataformas suspensas continuam disponíveis em Hong Kong e Macau porque são regiões autônomas. Leia também: Como limpar a lente da câmera do celular? Regulação da inteligência artificial é necessária, mas não pode ser excessiva, defendem líderes Estudo contraria ideia de que jovens brasileiros usam mais internet Assista ao vídeo abaixo e saiba o que fazer se o celular cair na água Saiba o que fazer se o celular cair na água Como funciona um celular sem aplicativos? Veja abaixo Um smartphone sem apps

G1

Fri, 19 Apr 2024 13:14:20 -0000 -


Mulher que diz ter sido violentada durante 18 horas conseguiu escapar de agressor após enviar a localização a amigos. WhatsApp, Apple, Google e Facebook oferecem o serviço. Veja apps para compartilhar a localização Foto de RDNE Stock project Os aplicativos de localização podem ser extremamente úteis para encontrarmos amigos em meio a multidões, acompanharmos a chegada de alguém que estamos esperando e para mostrar onde estamos quando vamos a um lugar que não estamos certos sobre a segurança. Foi graças a esse tipo de ferramenta que uma mulher, de 31 anos, que foi estuprada e agredida por 18 horas no Rio de Janeiro conseguiu escapar do agressor. A vítima havia compartilhado a localização com um amigo ao sair para um encontro com um homem que conheceu online. O amigo foi até o endereço e a resgatou. A Polícia Civil do RJ prendeu o agressor, Lucas José Dib, de 35 anos, na quinta-feira (18), por estupro, cárcere privado, ameaça e tortura. Veja a seguir os principais aplicativos de compartilhamento de localização. WhatsApp No WhatsApp, aplicativo mais usado por brasileiros, compartilhar e acompanhar a localização dos amigos é simples. O usuário pode escolher compartilhar usando a opção "Localização em Tempo Real", que irá mostrar onde ele está e acompanhará o deslocamento, ou a "Localização atual", que repassa onde o usuário está no momento exato em que enviar os dados, mas não atualizará com a movimentação. Neste último caso, o WhatsApp também oferece a opção de compartilhar a localização de forma "offline". Essa opção pode ser útil como último recurso, caso você esteja ficando sem bateria ou internet no celular. Veja o passo a passo: para compartilhar a localização em tempo real, abra uma conversa e clique no ícone de "Anexar" (Android) ou de Adicionar (Apple); selecione a opção "localização", depois a opção "localização em tempo real" e selecione o tempo que quer compartilhar essa informação; pronto, agora você pode mostrar onde está e até acompanhar o local de vários amigos ao mesmo tempo (caso tenham trocado os dados em uma conversa de grupo). Como compartilhar localização por meio do WhatsApp Reprodução/Whatsapp Google Maps Existem duas formas de se compartilhar a localização pelo Google Maps. Veja a seguir. Se a pessoa com quem você vai compartilhar a localização tiver uma conta no Google, você deve: adicionar o endereço do Gmail da pessoa aos seus Contatos do Google, caso ainda não tenha feito isso; abrir o aplicativo e fazer login; tocar em sua foto do perfil ou na sua localização no mapa e selecionar "Compartilhar de local"; escolher por quanto tempo você quer que a pessoa tenha acesso a sua localização. Há a opção por 1 hora e "Até você desativar"; tocar no perfil da pessoa com quem você quer compartilhar sua localização; permitir que o Google Maps tenha acesso aos seus contatos, se solicitado; tocar em "Compartilhar". Caso a pessoa não tenha um perfil no Google, você deve: abrir o Google Maps e tocar na sua foto de perfil ou na sua localização no mapa, em seguida em "Compartilhar Local"; escolher a opção de copiar o link de compartilhamento e tocar em "Copiar para a área de transferência"; para compartilhar o link com alguém, basta colar em um e-mail, uma mensagem de texto ou em outro app de mensagens. Para acessar esse serviço, é preciso autorizar o aplicativo a obter a localização "o tempo inteiro" e não somente durante o seu uso. Google Maps é outro aplicativo usado por muita gente que pode te ajudar a encontrar as pessoas Reprodução/Google Maps Facebook Messenger O usuário no Facebook Messenger, precisa: na aba de Bate-papos, abrir a conversa com a pessoa com quem quer compartilhar; tocar no símbolo ao lado da caixa de texto para enviar outros tipos de mensagem; clicar em "Localização" e toque em "Compartilhar localização atual". Messenger permite compartilhar a localização por até 60 minutos Reprodução/Messenger Apple Para quem tem iPhone e tem amigos que também usem aparelhos da Apple, vale usar o aplicativo "Buscar" ("Find My", em inglês). Esse app é nativo do sistema iOS, ou seja, já vem instalado desde a fábrica. Veja como usar o aplicativo a seguir: ao abrir o app, toque no símbolo "+" e escolha "Compartilhar Localização"; no campo "Para", digite o nome de um amigo para compartilhar sua localização ou toque novamente no símbolo "+" e selecione um contato; toque em "Enviar" e escolha por quanto tempo deseja compartilhar a sua localização; quando um amigo compartilha a localização, você pode usar o app para achá-lo no mapa. App "Buscar" do iPhone ajuda a localizar amigos que também Reprodução/Apple Leia também: VEJA: o passo a passo do que fazer quando o celular sumir TUTORIAL: como localizar iPhone e Android pelo computador Saiba se está sendo vigiado: veja sinais um celular infectado com aplicativo espião Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual

G1

Fri, 19 Apr 2024 12:47:50 -0000 -


Fabricantes indicam o uso de pano de microfibra, mas nem sempre ele está à mão. Saiba o que fazer. Celular com a lente suja Fabio Tito/g1 Situação comum: tirar o celular do bolso para fotografar e a lente da câmera estar suja – tem até smartphone que avisa dos resíduos naquela área e que a foto pode ficar embaçada. A reação mais comum é pegar o pedaço de pano que estiver por perto (ou mesmo a própria camiseta) e dar aquela esfregada rápida. Funciona? Sim. É o certo? Mais ou menos. ✅Clique aqui para seguir o canal do Guia de Compras do g1 no WhatsApp A limpeza correta de uma lente de celular é feita utilizando "somente panos macios que não soltem fiapos. Evite usar toalhas, toalhas de papel e itens parecidos”, de acordo com a Apple. Materiais ásperos – que podem arranhar o aparelho – também não são recomendados, segundo a companhia. A Samsung diz para usar "um pano de microfibra macio e sem fiapos, para limpar suavemente a superfície externa do telefone”. O problema é que nem todo mundo tem um paninho de microfibra sempre à mão (ou na mochila ou bolsa). E aí, o que fazer? Se você usa óculos, pode ser mais fácil. “Os paninhos para limpar óculos são de microfibra”, lembra Daniel Kawano, gerente de produtos da Asus. Usar a camiseta ou camisa não vai estragar a lente do telefone. Veja a seguir como fica a mesma imagem feita com a lente do celular suja e depois limpa usando tecidos de algodão e microfibra. Fotos com a lente do celular suja, com a lente limpa com camisa de algodão e limpa com microfibra Fabio Tito/g1 “Na ausência do tecido ideal, é bom usar tecidos sintéticos porque geralmente eles riscam menos por terem as fibras mais organizadas”, diz a fabricante Honor, em nota. “Todas as marcas usam vidros temperados e é muito difícil que você risque a lente limpando com uma camiseta de algodão ou semelhante”, completa a marca chinesa. Se for só para limpar as lentes, não precisa retirar a capa. Se quiser tirar as marcas do resto do aparelho, remova a capa e limpe o resto. A grande restrição mesmo é usar produtos químicos para tentar limpar a lente. Nada de álcool (mesmo o isopropílico, que costuma ser usado para desinfetar as telas). "Produtos de limpeza podem riscar ou deixar as lentes opacas permanentemente", finaliza Renato Citrini, gerente sênior de produto da Samsung. A Realme informa que os aparelhos da marca recebem um tratamento que repele marcas de impressões digitais na proteção da lente. É algo que grande parte dos fabricantes faz e que ajuda a evitar as manchas, mas que pode ser corroído por produtos de limpeza. O Guia de Compras selecionou 5 panos de limpeza de microfibra, com valores que iam de R$ 12 a R$ 50, e 5 celulares com câmeras de alta resolução, que custavam de R$ 3.000 a R$ 10.000. Os preços foram consultados nas principais lojas on-line em abril. Panos de microfibra Pano para limpeza de óculos (10 unidades) Flanela 40x40cm Cadillac Pano 30x30 cm Flash Limp (kit com 3 unidades) Toalha 35 x 35 cm Kala (kit com 4 unidades) Pano Tramontina (kit com 3 peças) Celulares Apple iPhone 15 Pro Max Motorola Edge 50 Pro Realme 11 Pro+ Samsung Galaxy S24 Ultra Xiaomi Redmi Note 13 Pro Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável. Saiba o que fazer se o celular cair na água

G1

Fri, 19 Apr 2024 10:00:23 -0000 -


O g1 ouviu executivos de Google, TikTok, Lenovo e Totvs, que compartilharam suas visões sobre controle e fomento da IA no país. Tema foi discutido durante o Web Summit Rio 2024. Fábio Coelho, presidente do Google Brasil. Divulgação/Web Summit Rio Mais de 50 painéis trataram sobre inteligência artificial durante o Web Summit Rio 2024, maior evento de tecnologia e inovação do mundo. O tema foi destaque nos três dias de evento, com foco em como a tecnologia pode aumentar a produtividade e transformar empresas de todos os segmentos. A regulação da IA é discutida em vários países, inclusive no Brasil. O g1 ouviu a opinião de executivos brasileiros de Google, TikTok, Lenovo e Totvs sobre como devem ser as medidas para controlar a IA generativa, que cria novos conteúdos a partir de ferramentas como o ChatGPT. Para o presidente do Google Brasil, Fábio Coelho, qualquer tecnologia nova deve ser bem debatida. O executivo disse que está em conversa com o Senado Federal para mostrar como a empresa pode ajudar no debate. "Os esforços com a IA devem ser ousados e responsáveis. Ousadia para a gente discutir inovações que possam sair do Brasil para o mundo todo e responsabilidade porque estamos lidando com algo novo", disse Coelho durante o painel "Aproveitando a IA para um futuro melhor". "Quando trabalhada com todas as fontes, a regulação pode ser benéfica", disse ao g1 Gabriela Comazetto, diretora geral de negócios do TikTok para América Latina. "Ainda é importante garantir a segurança para a comunidade [de redes sociais], deixando claro quando o conteúdo foi produzido com inteligência artificial", completa. Gabriela Comazetto, diretora geral de negócios do TikTok para América Latina. Divulgação/Web Summit Hildebrando Lima, diretor executivo da Lenovo, empresa que apresentou no Web Summit o primeiro tradutor de Libras do mundo criado com IA, afirma que a regulação é bem-vinda, mas precisa ser democrática. "Ela tem que ser coerente com o que a sociedade precisa, senão a gente priva a empresa, o governo e a população, deixando o país para trás. Tudo isso precisa estar em harmonia para que a IA seja uma coisa que ajude as pessoas, que faça com que a gente seja mais produtivo", diz Lima. Já Dennis Herszkowicz, presidente-executivo da empresa brasileira de softwares Totvs, defende a educação da sociedade para lidar com a IA. "Eu acredito num caminho mais informativo do que já criar logo de cara algo que impeça o desenvolvimento da tecnologia". "Se a regulação foi dura demais no início, corre o risco de impedir que se extraia todo o valor que essa tecnologia pode", completa. O primeiro tradutor de Libras foi apresentado no Web Summit Rio 2024 Com mais de 50 milhões de seguidores, Mari Maria dá dicas de como empreender na internet

G1

Fri, 19 Apr 2024 07:01:27 -0000 -

Julgamento recomeça no plenário virtual do tribunal a partir da madrugada desta sexta-feira (19). Caso específico a ser analisado é determinação da Justiça de Sergipe, em 2016, para suspender o Whatsapp por descumprimento de ordem judicial. O Supremo Tribunal Federal (STF) volta a julgar, a partir da madrugada desta sexta-feira (19), uma ação que discute se é possível bloquear aplicativos de mensagens -- como Whatsapp ou Telegram -- por decisões da Justiça. Os ministros retomam o caso no plenário virtual, ambiente eletrônico da Corte, em que os votos são depositados via internet. O julgamento termina no dia 26 de abril, se não houver pedido de vista (mais tempo de análise) ou de destaque (leva o caso para julgamento presencial). A disputa judicial que os ministros vão analisar envolve a interpretação sobre um trecho do Marco Civil da Internet, de 2014. Veja abaixo perguntas e respostas: O que os ministros vão julgar? O que diz o Marco Civil da Internet? Por que o caso será analisado pelo Supremo? Em que ponto está o julgamento? O que os ministros vão julgar? Será retomado o julgamento de uma ação apresentada em 2016, pelo partido Cidadania. A legenda questionou uma decisão tomada pela Justiça de Sergipe, que determinou a suspensão do Whatsapp em todo o território nacional, por 72 horas. A suspensão ocorreu porque o aplicativo teria descumprido uma ordem anterior, que determinava a quebra do sigilo de mensagens do aplicativo, necessária para contribuir com uma investigação judicial sobre crime organizado e tráfico de drogas, Para o partido, a determinação feriu princípios constitucionais, como a liberdade de expressão, livre concorrência e igualdade. Também sustentou que o Supremo deveria estabelecer que não é possível outras decisões judiciais do tipo. O relator é o ministro Edson Fachin. O caso envolve a aplicação de trechos do Marco Civil da Internet. O que diz o Marco Civil da Internet? A Justiça de Sergipe informou que a decisão de suspensão do aplicativo teve como base os trechos do Marco Civil da internet que: ▶️ determinam que provedores de conexão e aplicações da internet respeitem a legislação brasileira, os deveres e direitos de privacidade e proteção de dados pessoais na coleta e guarda de informações dos usuários. ▶️fixam a obrigação, para estas empresas, de manter, por prazos específicos, os registros de conexão e de acesso a aplicativos dos usuários, de forma sigilosa; ▶️ viabilizam que investigadores da polícia e do Ministério Público tenham acesso aos dados, desde que com autorização da Justiça; ▶️ permitem, como sanção por descumprimento da lei, a suspensão temporária dos aplicativos; Ou seja, na prática a legislação detalha um dever das empresas de guardar as informações dos usuários. Permite o acesso, com o aval da Justiça, aos dados para fins de investigação e prevê a possibilidade de suspensão do aplicativo caso as ordens judiciais não sejam cumpridas. Um dos pontos levantados pelos representantes de aplicativos é que haveria uma dificuldade técnica para atender às determinações de magistrados de fornecimento das mensagens entre os usuários. Ela estaria na tecnologia da "criptografa de ponta-a-ponta". Isso porque, uma vez criptografados, somente os participantes da conversa poderiam ter acesso ao conteúdo remetido. Por que o caso será analisado pelo Supremo? O Supremo foi provocado a se posicionar, a partir do pedido feito pelo partido Cidadania. Além disso, a questão envolve princípios constitucionais, como liberdade de expressão, igualdade, proporcionalidade, livre iniciativa. Em que ponto está o julgamento? O caso começou a ser julgado em maio de 2020. Relator do processo, o ministro Edson Fachin votou para considerar que não ordem judicial não pode exigir acesso ao conteúdo de mensagens criptografadas ponta-a-ponta. Para o ministro, a legislação autoriza apenas o fornecimento de informações não protegidas por sigilo, os chamados metadados, referentes a detalhes do usuário e da utilização do aparelho. Considerou ainda que determinação judicial não pode enfraquecer a proteção criptográfica de aplicações da internet. A ministra Rosa Weber também votou nesta linha. O julgamento foi interrompido pode um pedido de vista (mais tempo de análise) do ministro Alexandre de Moraes. Os ministros voltam a analisar o caso a partir da decisão do ministro Ricardo Lewandowski. EM 2016, na presidência, ele suspendeu decisões judiciais que bloquearam o Whatsapp.

G1

Thu, 18 Apr 2024 22:19:56 -0000 -


Vice-presidente de Segurança Global da empresa, Chris Rackow, anunciou a demissão através de um e-mail. Manifestações ocorreram na terça-feira (16), nos Estados Unidos, contra um suposto acordo de 1,2 bilhão que estaria apoiando o conflito na Faixa de Gaza. Manifestantes exigem que Google encerre contrato de nuvem com Israel REUTERS/Nathan Frandino O Google demitiu nesta quinta-feira (18) 28 funcionários que protestaram contra projeto Nimbus, um acordo da empresa com o governo de Israel. O contrato de US$ 1,2 bilhão prevê o uso da estrutura de nuvem da companhia para serviços de inteligência artificial e detecção facial. O desligamento dos funcionários foi anunciado pelo vice-presidente de Segurança Global da empresa, Chris Rackow, em um e-mail enviado ao corpo de empregados da companhia, ao qual o jornal norte-americano The Wall Street Journal teve acesso. Em comunicado, funcionários do Google afiliados à campanha No Tech for Apartheid (Nenhuma tecnologia para o apartheid, em tradução livre) classificaram a medida de “ato flagrante de retaliação”. Além disso, a nota diz que alguns dos empregados demitidos não estavam no protesto, que ocorreu na terça-feira (16) nas cidades de Nova York e Sunnyvale, ambas nos Estados Unidos. Na ocasião, os manifestantes ameaçavam ocupar os escritórios da empresa até o cancelamento do contrato (saiba mais abaixo). Ao todo, 9 trabalhadores chegaram a ser presos em Sunnyvale no dia do protesto, segundo à Reuters. “Impedir fisicamente o trabalho de outros funcionários e impedi-los de acessar nossas instalações é uma clara violação de nossas políticas e um comportamento completamente inaceitável”, afirmou o Google em comunicado. Os empregados do Google protestam e criticam publicamente o contrato desde 2021, mas à medida que o conflito entre o governo israelense e o grupo terrorista Hamas aumenta, isso se intensificou. Leia também: Estudo contraria ideia de que jovens brasileiros usam mais usa internet O que acontece com nossas contas de rede social quando morremos 📄O contrato O projeto Nimbus fornece serviços em nuvem ao governo israelense. Esse acordo, segundo a Reuters, poderia apoiar o desenvolvimento de ferramentas militares pelo governo israelense. A Amazon, outra grande empresa do setor, também faz parte do acordo. O serviço disponibiliza ferramentas de inteligência artificial, detecção facial, categorização automatizada de imagens, rastreamento de objetos e análise de sentimentos. Em sua declaração, o Google sustentou que o contrato da Nimbus “não é direcionado a cargas de trabalho altamente sensíveis, confidenciais ou militares relevantes para armas ou serviços de inteligência”. Em nota ao TechCrunch , Hasan Ibraheem, um engenheiro de software do Google que participou do protesto na cidade de Nova York, disse que, ao fornecer infraestrutura de nuvem e IA para os militares israelenses, o Google está “ diretamente implicado no genocídio do povo palestino”. Ajudar pessoas na rua e filmar para postar e ganhar seguidores é crime? Saiba mais no vídeo abaixo Vídeos com ajuda a pessoas em mercados ganham milhões de visualizações g1 testou óculos virtual da Apple; assista ao vídeo e veja as impressões Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual

G1

Thu, 18 Apr 2024 15:20:45 -0000 -


A diretora geral de negócios do TikTok para América Latina, Gabriela Comazzetto, esteve no Web Summit nesta quarta-feira (17) e citou exemplos como o livro 'É Assim Que Começa', da escritora Colleen Hoover, que explodiu de vendas após usuários o colocarem em lista de recomendação. A diretora geral de negócios do TikTok para América Latina, Gabriela Comazzetto, esteve no Web Summit nesta quarta-feira (17) Raoni Alves / g1 Rio Se você ainda acredita que o TikTok é apenas uma rede social para ver e postar dancinhas coreografadas é preciso rever seus conceitos. Este foi uma das ideias passadas na apresentação da diretora geral de negócios do TikTok para América Latina, Gabriela Comazzetto, no Web Summit nesta quarta-feira (17). Ela apresentou alguns exemplos de como a plataforma está impactando os negócios de diferentes setores. Segundo Gabriela, o TikTok não deve ser visto como uma rede social e sim como uma plataforma de entretenimento e conteúdo. "O TikTok não é uma rede social. O principal papel do TikTok é entretenimento e conteúdo. Não importa o número de seguidores, o feed construído é baseado em seus interesses". "Você não entra no TikTok para ver o que um amigo ta fazendo, você entra pra ver conteúdo", definiu a executiva. Com mais de 1 bilhão de usuários ativos no planeta, o TikTok vem se destacando pela influência de suas comunidades. Esses grupos são formados por usuários com o mesmo interesse. São comunidades que passaram a causar grande impacto em seguimentos como o literário, musical, de cosméticos, de produtos de limpeza e de educação financeira, por exemplo. Segundo Gabriela, os seguidores de determinado grupo ficam sabendo de algum produto através do TikTok e passam a recomendar para outros usuários. Quando aquele item viraliza geralmente as vendas explodem. Exemplos de sucesso após viralização: livros da escritora Colleen Hoover; produtos de beleza da marca Skala; hidratante labial Carmed Fini; e músicas feitas pensando na plataforma; Na opinião da executiva da plataforma de vídeos curtos, essas comunidades estão criando movimentos culturais, além de impulsionar vendas dos produtos que eles aprovam. "O grande ponto aqui (TikTok) é que não importa quantos seguidores você tem. Não importa se você tem 10 milhões, 1 milhão, 500 mil ou dez mil seguidores. O que importa, de fato, é a história que cada um de vocês veio para contar", analisou. "Por isso a gente fala da democratização da cultura. Todo mundo pode e tem voz na plataforma", explicou Gabriela. Escritora independente vira líder de vendas Uma das comunidades mais famosas e engajadas do Tiktok é a 'BookTok'. Seus usuários conseguiram influenciar a maneira como os livros são lançados, divulgados e vendidos no Brasil e no mundo. Executiva do TikTok ensina como monetizar na plataforma; veja dicas Na maioria dos vídeos, os seguidores da 'BookTok' compartilham indicações de livros e resenhas. O principal exemplo de sucesso que surgiu desse grupo foi a escritora norte-americana Colleen Hoover, que nos últimos dois anos liderou o número de vendas online de livros no Brasil. Os livros “É Assim que Começa” e “É Assim que Acaba”, são dois exemplos de como os usuários mudaram a carreira de Colleen. A escritora de 44 anos já tinha mais de 20 publicações, sem muito destaque, até que um de seus livros viralizou no TikTok. "É Assim que Começa" fala sobre relacionamento abusivo, violência doméstica e violência contra a mulher e virou febre no TikTok, principalmente no Brasil, onde já ultrapassou os 2 milhões de unidades vendidas. O impacto provocado pela comunidade foi tão grande, que a escritora decidiu dedicar aos usuários do TikTok uma página inteira no livro que conta a sequência da história. "Na última página do livro dela (É Assim que Acaba) ela dedica para a comunidade e ela fala que ele só aconteceu porque a comunidade pediu a sequência da história", explicou Gabriela. Com a descoberta desse novo fenômeno da internet, as editoras, livrarias e sites de e-comerce passaram a criar sessões dedicadas aos livros que viralizam no TikTok. Estoque zerado em 15 dias Assim como as livrarias, muitas farmácias brasileiras também precisaram se adaptar e criar áreas para um produto que viralizou no TikTok. Como ganhar dinheiro no TikTok? Conheça as modalidades Séries e Bônus Ao mencionar o impacto da plataforma para os negócios, Gabriela lembrou o caso Carmed Fini, um hidratante labial produzido pela Cimed em parceria com a empresa de doces Fini. O sucesso começou com um vídeo postado por uma das donas da Cimed. A publicação mostrava a produção do novo produto. O vídeo bombou. Segundo Gabriela, a empresa tinha previsto um estoque para seis meses. A procura foi tão grande que eles venderam tudo em 15 dias. "As pessoas começaram a correr nos pontos de venda procurando o Carmed Fini, que ainda não tinha. A empresa acelerou a produção e eles venderam em 15 dias o que eles esperavam vender em 6 meses", contou a executiva do TikTok. "As farmácias tiveram que colocar na entrada placas dizendo que não tinham Carmed Fini porque as pessoas entravam na loja procurando", completou. A própria dona da Cimed, Karla Marques Felmanas, postou um vídeo falando sobre a situação inusitada. "Eu sou a prova viva da força do TikTok. Vocês conhecem esse produto? Ele é um sucesso porque o TikTok estourou ele antes dele chegar na farmácia. Esse produto aqui foi quase seis meses pensando no lançamento, pedindo estoque para seis meses de venda. Pra nossa surpresa, esgotou tudo em 15 dias", reforçou Karla. Empresa passou a exportar para os EUA Um vídeo postado por uma cliente peruana que morava nos EUA e estava no Brasil de passagem fez uma pequena empresa mineira ganhar milhares de clientes nos Estados Unidos. Na publicação, a jovem peruana falava sobre um produto para cabelos comprado no Brasil por menos de cinco dólares. Segundo ela, o creme era maravilhoso. O vídeo teve mais de 10 milhões de visualizações em poucos dias. A Skala, empresa que vendia o produto, passou a ver grande potencial no mercado norte-americano. "Ela subiu esse vídeo no TikTok organicamente. Esse vídeo viralizou nos EUA e a Skala começou a exportar o produto para o mercado americano por conta de um vídeo orgânico que subiu no TikTok", comentou Gabriela. O mesmo impacto já havia sido percebido no mercado da produção musical no Brasil. Segundo a executiva do TikTok, muitos artistas já compõem pensando primeiro em viralizar na plataforma. "As marcas que hoje estão tendo todo esse sucesso entenderam como fazer essa comunicação, como engajar profundamente uma comunidade e como consequência estão vendendo cada vez mais", disse Gabriela durante sua palestra. Jovens estão trocando o Google pelo TikTok na hora fazer pesquisas

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Thu, 18 Apr 2024 09:00:16 -0000 -


Fábio Coelho participou do Web Summit Rio 2024, maior evento de tecnologia e inovação do mundo, que acontece até quinta-feira (18). Declaração acontece dias após ameaças e ataques de Elon Musk contra decisões do STF. Fábio Coelho, presidente do Google Brasil, esteve no Web Summit, o maior evento de tecnologia e inovação do mundo, que acontece no Rio de Janeiro até a próxima quinta-feira (18). Raoni Alves / g1 Rio O presidente do Google Brasil, Fábio Coelho, afirmou nesta quarta-feira (17) que a empresa é a favor da liberdade de expressão, desde que a opinião publicada não seja crime. A declaração foi feita no evento de tecnologia e inovação Web Summit Rio 2024. "O exercício da cidadania pressupõe a liberdade de expressão, mas a liberdade de expressão não inclui homofobia, racismo e o crime de ódio", disse Fábio durante o evento na Zona Oeste do Rio. A fala do executivo acontece dias após ameaças e ataques do bilionário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), contra decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinavam a suspensão de perfis dessa plataforma. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que a conduta de Musk seja investigada em novo inquérito. Ele também incluiu o empresário entre os investigados no inquérito já existente das milícias digitais. "As empresas, as plataformas, estão sujeitas ao arcabouço legal do país. Decisões em primeira instância podem ser discutidas, mas quando chega na suprema corte, no Supremo Tribunal Federal, essa decisão tem que ser cumprida. A internet não é um espaço onde vale qualquer coisa", comentou Fábio Coelho. Luta contra a desinformação Fábio Coelho participou do painel "Aproveitando a IA para um futuro melhor". No evento, ele também contou como o Google lida com "fakes news" e quais são as estratégias da empresa para impedir a propagação de notícias falsas. "Todas as empresas têm que ter responsabilidade para tratar das questões da desinformação", disse o executivo. Ele afirmou que o Google tenta valorizar conteúdos de qualidade e remover rapidamente o conteúdo de baixa qualidade com a ajuda de algoritmos. "E, finalmente, temos que respeitar as ordens judiciais, principalmente as da Suprema Corte, que estão aí para serem cumpridas", completou. O presidente do Google Brasil também falou sobre o papel do cidadão na batalha contra a desinformação. Fábio Coelho afirmou que as pessoas podem ter opinião, mas não devem repassar aquilo que sabem ser "fake news". "O contraditório é importante. Deixar as pessoas ter opinião é super importante, mas aquilo que são realmente fake news tem que ser removidas da internet". "O cidadão também tem um papel nisso ao não repassar coisas que a gente sabe que são fake news", finalizou. O primeiro tradutor de Libras foi apresentado no Web Summit Rio 2024 Com mais de 50 milhões de seguidores, Mari Maria dá dicas de como empreender na internet

G1

Wed, 17 Apr 2024 19:55:58 -0000 -


Objetivo da empresa é fazer com que usuários possam aproveitar o app para unir a comunidade LGBTQIA+ para 'busca de recomendações, informações, recursos locais'. Chinesa dona do Grindr vende aplicativo por US$ 608 milhões Aly Song/Reuters O Grindr, principal app de relacionamento LGBTQIA+, anunciou que deseja ajudar a criar "bairros gays (também chamados de "gayborhoods) em sua plataforma, espaços em que pessoas podem interagir com segurança. Parte das comemorações de 15 anos do aplicativo, a novidade foi apresentada no Web Summit Rio 2024, maior evento de tecnologia e inovação do mundo. Ela vai envolver algumas mudanças no aplicativo, começando pelo recurso batizado de Roam. O Roam do Grindr permite ao usuário exibir seu perfil em outros países antes mesmo de viajar. Já em testes e prevista para ser lançada globalmente no terceiro trimestre, a funcionalidade é parecida com o que existe em aplicativos como Tinder e Bumble. Segundo o presidente-executivo do Grindr, George Arison, o recurso vem para aprimorar laços entre a comunidade e fazer com que o app também seja usado para outros tipos de conexões: "busca de recomendações, informações, recursos e um senso de conexão". "Em breve, vamos anunciar a nossa nova declaração de missão já com o propósito dos bairros gays e teremos outras novidades exclusivas para eles", conta George Arison em entrevista ao g1. Com 50 milhões de seguidores, influencer Mari Maria dá dicas de como empreender na internet Por que o Grindr quer criar bairros gays? O Grindr afirma que, durante muito tempo, a comunidade LGBTQIA+ se conectou fisicamente em várias cidades do mundo criando os "gayborhoods" ("bairros gays" na tradução). O objetivo era fazer com que pessoas da comunidade pudessem se conectar livremente e em segurança, explicou Arison em sua palestra. "Quando as pessoas se assumiam como gay, por exemplo, elas queriam estar cercadas de gente como elas, frequentando locais em que elas se sentem bem e para conhecer novas pessoas. Mas nem todo mundo tem ou teve essa oportunidade em suas regiões. O Grindr quer ajudar elas nisso", diz George Arison. Apesar da nova proposta, a empresa ressalta que não quer mudar a ideia principal da plataforma, que é um ser um app de relacionamento, assim como o Tinder. LEIA TAMBÉM: Embraer abre inscrições para programa de estágio com vagas em todo o Brasil; veja como concorrer Lenovo apresenta primeiro tradutor de Libras do mundo desenvolvido com inteligência artificial Boca Rosa diz apostar na diversidade para faturar R$ 1 bilhão por ano em 2030 George Arison, CEO do Grindr no Web Summit Rio 2024 Darlan Helder/g1 O primeiro tradutor de Libras foi apresentado no Web Summit Rio 2024 Com mais de 50 milhões de seguidores, Mari Maria dá dicas de como empreender na internet

G1

Wed, 17 Apr 2024 19:21:29 -0000 -


Pesquisa sobre níveis de conectividade mostra que pessoas entre 10 e 24 anos, que estão na faixa de maior conectividade, não passam de 25%. Desigualdade social é o principal motivo. Pesquisa aponta que jovens brasileiros não são maioria em conexão virtual Freepik Jovens brasileiros entre 10 e 24 anos de idade não são maioria entre aqueles que têm uma experiência completa na internet no Brasil. É o que aponta o estudo do Cetic (Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação) sobre os níveis de uso da rede no Brasil. O levantamento apontou deficiências no acesso, na forma de utilizá-la e no alcance da internet no âmbito nacional. No recorte de faixa etária, o estudo aponta que não é real a ideia de que quanto mais jovem, mais conectada ao mundo virtual a pessoa será. A coordenadora do estudo, Graziela Castello, explica que a pesquisa contraria a ideia de que a inclusão digital está relacionada a uma possível transição geracional, partindo do que sugere o senso-comum, de os jovens são superconectados. "Quando entendemos a conectividade como um todo, fica claro que uma parcela importante desse grupo possui condições precárias de conectividade e vai ingressar no mercado de trabalho com uma desvantagem grande", declara. Segundo ela, a realidade de um jovem que mora na periferia e não tem qualidade na conexão "é muito distinta da de um jovem da mesma idade que tem melhores condições. Essas diferenças potencializam desigualdades já existentes". Nesse contexto, a pesquisa teve como base 9 indicadores: custo da conexão domiciliar; plano de celular; dispositivos per capita; computador no domicílio; uso diversificado de dispositivos; tipo de conexão domiciliar; velocidade da conexão domiciliar; frequência de uso da internet; locais de uso diversificado. A partir disso, o levantamento revela que somente 16% e 24% daqueles com idades entre 10 e 15 anos e 16 e 24 anos, respectivamente, preenchem de 7 a 9 desses indicadores, como mostra o gráfico abaixo: Gráfico sobre níveis de conectividade e dimensão sociodemográfica no Brasil Fonte: NIC.BR (2023C) Os níveis mais elevados ocorrem justamente entre os grupos etários de maior incidência no mercado de trabalho - entre 25 e 44 anos. A pesquisa aponta ainda que 84% da população brasileira de 10 anos ou mais acessa a internet, mas somente 22% dos brasileiros a partir dessa idade têm condições de utilizar a internet de forma satisfatória, enquanto para a maioria (57%), a realidade é menos positiva.

G1

Wed, 17 Apr 2024 13:00:14 -0000 -


Dona da marca de maquiagens Mari Maria Makeup, a empresária de 31 anos foi uma das convidadas do Web Summit 2024, no Rio. Ao g1, ela contou como começou a empreender e quais são os próximos passos da carreira. Com mais de 50 milhões de seguidores, Mari Maria dá dicas de como empreender na internet Com mais de 50 milhões de seguidores em suas redes, dona de uma marca que fatura milhões por mês, com produtos em todo o Brasil e uma das influenciadoras mais bem pagas do mundo, Mari Maria é um fenômeno digital brasileiro. No primeiro dia do Web Summit 2024, nesta terça-feira (16), a dona da marca de maquiagens Mari Maria Makeup afirmou que sonha em levar seus produtos de beleza para o mundo, sem esquecer do seu principal objetivo: melhorar a autoestima das pessoas. Ao g1, a mineira, que morou em Brasília e hoje vive em São Paulo, justamente para estar mais perto do seu negócio, contou um pouco sobre sua trajetória e deu algumas dicas para quem está começando a empreender. Com mais de 50 milhões de seguidores, a influencer Mari Maria participa do Web Summit Divulgação Dicas da Mari Forme o seu público "Eu vou começar com dicas que eu acabei fazendo na minha carreira. Primeira dica é para você conquistar um público. Quando você encontra um público você já sabe porque você vai fazer aquele produto". Descubra qual produto o seu público quer "A segunda dica é saber qual produto que vai fazer sentido para o seu público. Quando você cria essa comunidade e oferece esse produto certo, você sabe que vai ter uma comunidade fiel". Se envolva com o negócio "A terceira dica é: Esteja dentro do desenvolvimento, viva o seu negócio. É importante você viver aquilo que você acredita. Então você tem que estar ali todo dia. Ser obcecado pelo seu negócio faz muito sentido. Essas são as dicas que não só eu dou pra você como eu dou pra mim todo dia". Trajetória de sucesso A carreira como influenciadora digital de Mari Maria teve início em 2014, quando ela começou a fazer seus primeiros vídeos. Influenciada pelo marido, Mari decidiu mostrar na internet como ela fazia suas maquiagens. "Eu comecei na internet pela minha paixão pela make, muito pelo incentivo do meu marido. Ele via eu me maquiando e falava pra eu gravar vídeos na internet. Um belo dia resolvi gravar", disse. Grande público para ouvir Mari Maria no Web Summit Raoni Alves / g1 Rio Do início quase despretensioso aos primeiros contratos, não demorou muito. Apesar de ser uma época em que os vídeos não tinham o mesmo alcance de hoje, Mari foi notada por algumas marcas do setor depois de fazer tutoriais de maquiagem para cobrir uma de suas marcas registradas, as sarnas no rosto. "Naquela época, as coisas não viralizavam como hoje. Eu comecei pelo Youtube, fazendo uns vídeos. Mas eles só começaram a viralizar quando eu passei a mostrar como eu cobria as minhas sardas. As marcas começaram a ter interesse na divulgação do meu perfil, por conta dos meus tutoriais". Poucos anos depois, Mari e o marido, Rudy Loures, viram que aquela ideia poderia ter um potencial de grande negócio. Nessa época, eles decidiram investir em um produto próprio, mas sem deixar de fazer parcerias. Com alguns bons resultados, a dupla de empresários resolveu então dar mais um passo fora da zona de conforto do casal. Eles deixaram a cidade de Brasília e se mudaram para São Paulo. A ideia era estar mais perto das fábricas que desenvolviam os produtos da Mari. "Não dava mais para ser só criador de conteúdo. Por muito tempo eu fui criador e eu podia morar onde eu quisesse. As marcas me mandavam os produtos e eu fazia os vídeos. Mas a partir do momento que você faz e desenvolve os produtos você tem que ta nos grandes centros, principalmente perto das fábricas", explicou Mari. "Meu sonho é conseguir levar a maquiagem brasileira, com fórmulas brasileiras, falar de brasilidade no mercado internacional. E fazer isso com qualidade", apontou Mari Maria. Mari Maria tem mais de 50 milhões de seguidores Raoni Alves / g1 Rio A carreira de Mari explodiu depois da mudança de cidade. A Mari Maria Makeup fechou grandes parcerias com gigantes do setor de cosméticos e passou a expandir suas vendas para todo o Brasil. Atualmente, a empresa conta com mais de 5 mil pontos de venda, tem parcerias com marcas de shampoo e sapato e um potencial enorme. Contudo, mesmo com a estrada bem pavimentada, os fãs de Mari podem ficar tranquilos que ela não pretende deixar as redes sociais para ocupar apenas o papel de empresária. "Eu não quero só ser empresária e não aparecer mais na internet. Eu acho que seria ruim para os seguidores e talvez não vendesse mais como eu vendo hoje. Eu acho que tem que fazer sentido", ponderou. Depois de dez anos de trabalho, Mari Maria segue pensando em como levar seus produtos para mais lugares e como influenciar cada vez mais pessoas. "Eu to sempre buscando novidades, buscando entender como encaixar, entender meu seguimento, meu público-alvo. É bem complexo, mas meu objetivo é influenciar para que as pessoas possam ter acesso a maquiagens de qualidade. Hoje eu quero ser uma grande influenciadora e grande marca no Brasil e no mundo", projetou a empresária. "Eu acredito que a maquiagem mexe com a parte interna das pessoas, a autoestima, a confiança e pode mudar a vida de muitas pessoas. Se eu sou parte desse movimento, eu sempre vou buscar novas fórmulas, entender o que existe de novo no mercado e trazer isso de forma democrática", disse a empresária de 31 anos, dona da marca de maquiagens Mari Maria Makeup.

G1

Wed, 17 Apr 2024 09:00:11 -0000 -


Ao todo, são 200 vagas ofertadas e podem participar candidatos dos cursos de administração, engenharia e tecnologia da informação. Embraer abre inscrições para programa de estágio com vagas em todo o Brasil; veja como concorrer Divulgação/Embraer A Embraer está com inscrições abertas para o seu programa de estágio em todo o Brasil. São 200 vagas disponíveis para início em agosto de 2024. O anúncio foi feito pela própria empresa durante o Web Summit Rio 2024, maior evento de tecnologia e inovação do mundo, que acontece até o dia 18 de abril no Rio de Janeiro. As inscrições começaram nesta terça-feira (16) e vão até o dia 10 de maio. Os interessados podem se inscrever neste link — todo o processo seletivo será on-line, segundo a companhia. Há oportunidades para estágio nos modelos remoto, híbrido ou presencial em diversas áreas, como administração, engenharia e tecnologia da informação (TI) dos níveis técnico e superior, de todas as idades. A bolsa-auxílio pode variar entre R$1.000 a R$2.400, e depende da quantidade de horas de estágio por semana. Os aprovados também receberão convênio médico e odontológico, vale-transporte, vale-refeição, recesso remunerado e outros benefícios. Veja mais sobre trabalho e carreira: Short friday: sair mais cedo do trabalho às sextas já é realidade em algumas empresas Usuários do TikTok compartilham o momento em que são dispensados de seus trabalhos O que diz quem passa pelo teste da semana de 4 dias no Brasil

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Wed, 17 Apr 2024 08:02:56 -0000 -


Projeto apresentado no Web Summit, no Rio, foi feito em parceria com o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar) e usa IA para transformar gestos em texto e áudio. O primeiro tradutor de Libras foi apresentado no Web Summit Rio 2024 O primeiro tradutor simultâneo de Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi apresentado nesta terça-feira (16) durante o Web Summit Rio 2024, evento de tecnologia e inovação que acontece no Rio de Janeiro. O sistema, que conta com o uso de inteligência artificial (IA) para reconhecer o que está sendo comunicado na linguagem de sinais, foi desenvolvido pela Lenovo em parceria com o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar), um núcleo de pesquisa e inovação sem fins lucrativos. A empresa investiu US$ 4 milhões no projeto e já patenteou a tecnologia no país, revela o diretor executivo da Lenovo, Hildebrando Lima, em entrevista ao g1. Lauro Elias Neto, diretor executivo da Cesar, afirma que o projeto levou cinco anos para ser desenvolvido e o maior desafio foi reunir dados. "Diferente de outras soluções em que você utiliza IA, para este produto, nós não tínhamos uma biblioteca de informações para ensinar a IA a traduzir", diz. "Nós, então, criamos uma base de informações do zero, com várias pessoas que se comunicam com Libras para conseguir lançar o tradutor", completa Lauro. Tradutor de Libras foi desenvolvido pela Lenovo em parceria com o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife Divulgação A inteligência artificial é a responsável por capturar os movimentos das mãos e dedos e transformá-los em mensagens de texto e áudio em português. Tudo é feito em tempo real. A demonstração do recurso ao público do Web Summit foi feita usando um notebook, mas o objetivo é que ele esteja em outras soluções, como totens de atendimento ao público e aplicativos para celulares, por exemplo. Neste primeiro momento, o tradutor estará disponível apenas nos canais de suporte de atendimento ao cliente da Lenovo. Leia também: Boca Rosa diz apostar na diversidade para faturar R$ 1 bilhão por ano em 2030 Web Summit pode injetar R$ 33 milhões por dia na economia do Rio Meta e Google revelam nova geração de chip de inteligência artificial para empresas Web Summit Rio conecta empreendedores e investidores de tecnologia e inovação Youtubers ensinam a lucrar com uso de inteligência artificial para criar vídeos e livros

G1

Wed, 17 Apr 2024 08:02:45 -0000 -


Ordem foi da comissão eleitoral; eleições acontecem na sexta. A empresa, controlada por Elon Musk, afirmou que discorda das ordens da comissão, mas que vai cumpri-las. Elon Musk em foto de 16 de junho de 2023 REUTERS/Gonzalo Fuentes/File Photo A rede social X (antigo Twitter) afirmou nesta terça-feira (16) que a comissão eleitoral da Índia deu ordem para derrubar posts de políticos, partidos e de candidatos. A plataforma afirma que tirou as publicações do ar. Não está claro o motivo da restrição emitida pela comissão. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A empresa, que é controlada por Elon Musk, afirmou que discorda das ordens da comissão eleitoral da Índia, mas que vai cumpri-las --no Brasil, aconteceu algo parecido: Musk afirmou que o X não iria obedecer ordens do Tribunal Superior Eleitoral, mas a companhia enviou uma carta ao Supremo Tribunal Federal dizendo que vai acatar as determinações da Justiça do Brasil. (Leia mais abaixo) “Em cumprimento às ordens, nós suspendemos esses posts até o fim do período eleitoral, no entanto nós discordamos dessas ações e afirmamos que a liberdade de expressão deve ser estendida a esses posts e ao discurso político em geral”, diz a nota, segundo o jornal “Times of Índia”. A empresa pediu para no futuro que a comissão eleitoral torne públicas suas ordens à rede social X. A rede X divulgou imagens das ordens da comissão. Em uma das ordens, afirma-se que há uma cláusula da regra eleitoral que determina que não se pode publicar críticas a vida particular de políticos, “não conectadas às atividades públicas dos líderes de outros partidos”. O texto termina da seguinte forma: “Portanto, X (Twitter) é ordenado a derrubar o tuíte imediatamente. Isso foi aprovado pela autoridade competente”. Initial plugin text Eleições na Índia As eleições na Índia começam na próxima sexta-feira (19) e vão durar 44 dias. Há quase 1 bilhão de eleitores indianos, e essa é considerada a maior democracia do mundo. O atual primeiro-ministro, Narendra Modi, está buscando o terceiro mandato consecutivo. Ele enfrentará uma aliança de partidos de oposição. A maioria das pesquisas prevê que o partido de Modi, o Bharatiya Janata, vencerá com folga. No Brasil No Brasil, Elon Musk se envolveu em uma polêmica ao dizer, em 7 de abril, que não cumpriria ordens de bloqueio de contas do X emitidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Na sequência, Moraes determinou a abertura de inquérito contra Musk por crimes de obstrução de Justiça, inclusive em organização criminosa, e incitação ao crime depois de ele ter dito que publicaria as demandas do magistrado e supostamente mostraria como essas solicitações violariam "a lei brasileira". Em 15 de abril, no entanto, a defesa do X no Brasil informou a Moraes que a rede social vai continuar a cumprir integralmente quaisquer ordens emitidas pela corte e também pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). LEIA TAMBÉM: Barroso considera polêmica de Musk 'assunto encerrado', mas avisa que haverá consequências se leis não forem respeitadas Representante do X no Brasil renuncia ao cargo, aponta ficha da Junta Comercial de SP Ameaças de Elon Musk de não cumprir ordens judicias geram críticas de presidentes de dois poderes A última manifestação da defesa do X do Brasil destoa da posição inicialmente adotada pela plataforma no caso. Advogados do X chegaram a pedir uma isenção sobre o caso e queriam que Moraes tratasse diretamente com a matriz da companhia nos EUA ao alegarem que não tinham qualquer capacidade de interferir na administração da plataforma, tampouco autoridade sobre decisões relativas a ordens judiciais. O ministro do Supremo, contudo, rejeitou o pedido da X do Brasil e chegou a dizer que a posição inicial beirava a má-fé.

G1

Tue, 16 Apr 2024 19:31:42 -0000 -


A influenciadora digital Bianca Andrade, dona da marca de maquiagem Boca Rosa Beauty, falou sobre sua pesquisa para identificar as tonalidades de pele do brasileiro. Segundo ela, são 144 tons diferentes, que serão atendidos por sua marca. A influenciadora Bianca Andrade, dona da marca de maquiagem Boca Rosa Beauty, falou sobre sua pesquisa para identificar as tonalidades de pele do brasileiro durante o Web Summit Raoni Alves / g1 Rio Com um faturamento anual na casa dos R$ 160 milhões, a marca de maquiagem Boca Rosa Beauty anunciou, nesta terça-feira (16), durante sua apresentação no Web Summit Rio, como pretende bater a marca de R$ 1 bilhão de faturamento anual até 2030. Web Summit Rio tem IA, criptomoedas, matrizes energéticas e mais: veja destaques Segundo Bianca Andrade, CEO da empresa, e mais conhecida como Boca Rosa, a meta será alcançada apostando na diversidade da população brasileira - a empresa tem a meta de atender 144 tonalidades de pele diferentes no Brasil. A empresária afirmou que a maquiagem não é uma futilidade e sim uma aliada, principalmente das mulheres, para enfrentar as barreiras da sociedade. "A grande revolução que eu queria fazer no meu mercado, um mercado muito potente, o mercado brasileiro de maquiagem, eu queria trazer uma nova consciência em relação a diversidade dentro da maquiagem. Esse é o nosso maior investimento e compromisso: fazer com que cada pessoa, cada mulher consiga achar seu tom de base", comentou. Para Bianca, a sociedade ainda cobra da mulher um cuidado que não cobra dos homens. Para ela, sua marca precisa entender que as pessoas são diferentes. "A gente não usa maquiagem por futilidade (...) A maquiagem é uma aliada na vida dessa mulher moderna, que hoje muitas vezes é mãe, trabalha pra caramba, tem que cuidar da casa, do marido ou não, mas tem uma vida muito mais exaustiva do que antes". "Vai essa mulher ter uma olheira, uma acne, ter alguma coisa e aparecer no trabalho sem uma maquiagem, sem estar bem arrumada. Você imagina? Isso não é aceito. Por isso a maquiagem é uma amiga dessa mulher", comentou Bianca. Tons de pele Em sua apresentação no palco principal do maior evento de tecnologia do mundo, Bianca anunciou o resultado de uma pesquisa que sua empresa financiou para descobrir quantos tons diferentes de pele existem no Brasil. "Se eu to falando de Brasil, eu preciso de uma pesquisa que fale sobre as tonalidades de pele que tem no Brasil. E assim desenvolver a maior cartela de base que esse país já teve", disse. "Nós descobrimos que no Brasil são 144 tonalidades de pele e eu tinha só 9 na minha marca", destacou Bianca. Boca Rosa durante coletiva de imprensa no Web Summit Raoni Alves / g1 Rio A empresária, que hoje tem mais de 30 milhões de seguidores em suas redes sociais, disse também que o mercado também precisa entender sobre essas diferenças. "A gente vai precisar educar o mercado, que antes se baseava nas cores que mais vendem e não nas que existem. Esse pra gente foi o maior investimento", completou. Web Summit Rio conecta empreendedores e investidores de tecnologia e inovação

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Tue, 16 Apr 2024 19:06:50 -0000 -

Proposta prevê taxa anual baseada no faturamento, além de mecanismos para estimular produção brasileira. Texto inclui lataformas de vídeo como YouTube e TikTok na tributação. A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou em definitivo nesta terça-feira (16), por 17 votos a 1, o projeto que cria uma cota de conteúdo nacional em serviços de streaming (vídeo sob demanda). O texto também autoriza a cobrança da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine) sobre as plataformas, que será de até 3% sobre a receita bruta anual das empresas no Brasil. A proposta já tinha sido aprovada em novembro de 2023, mas passou por uma nova votação por questões regimentais. Nesse período, senadores sugeriram novas mudanças no texto – que foram rejeitadas pelo relator, senador Eduardo Gomes (PL-TO). Agora, o projeto segue para a análise da Câmara dos Deputados, a menos que haja algum recurso no Senado para levar o tema ao plenário. As regras previstas na proposta serão válidas para empresas que atuam no Brasil, mesmo que não tenham sede ou infraestrutura no país. Além dos serviços tradicionais de streaming, a regulação também vai ser aplicada: às plataformas de compartilhamento de conteúdos audiovisuais, como YouTube e TikTok; e às plataformas que oferecem canais de televisão em serviços online e os chamados canais de televisão FAST, disponibilizados por empresas em troca de assinatura ou financiados por publicidade. Entre as duas votações na comissão, uma emenda foi apresentada para retirar as plataformas de vídeo da regulamentação. Após consultar a Agência Nacional do Cinema (Ancine), no entanto, o relator Eduardo Gomes optou por manter a regra. Segundo o texto que segue para a Câmara, para operar no Brasil, as empresas terão de seguir regras para estimular o consumo e a produção de obras nacionais. Haverá uma reserva mínima de produções brasileiras no catálogo, que funcionará com base no número total de conteúdos disponibilizados pelo serviço (veja mais abaixo). As plataformas também terão que se credenciar junto à Ancine e pagar a Condecine. “O momento atual é marcado pela entrada e a consolidação de novos provedores internacionais do serviço no Brasil, bem como o surgimento e amadurecimento de provedores brasileiros. Esse novo cenário demanda o estabelecimento de um marco legal para o segmento de VoD [sigla para video on demand — vídeo sob demanda, em tradução para o português]”, defendeu Eduardo Gomes. As empresas que atuarem no país deverão ser credenciadas pela Ancine. Terão até 180 dias após o início da oferta do serviço ao mercado brasileiro para fazer o pedido. Caberá à agência também fiscalizar e aplicar eventuais sanções ao descumprimento da cota e do pagamento da Condecine. Entenda a seguir, nesta reportagem, o que a proposta prevê para: reserva de catálogo (cota) para conteúdos nacionais pagamento da Condecine mecanismos de estímulo ao consumo de obras brasileiras fomento do setor audiovisual brasileiro fiscalização do setor serviços que ficarão de fora da regulação TV 3.0 vai ser interativa e gratuita, e dará acesso à programação de TV aberta e streaming no mesmo lugar Cota para conteúdo De acordo com o texto, as plataformas deverão manter em seus catálogos — de forma permanente e contínua — quantidades mínimas de conteúdos audiovisuais brasileiros. A regra será aplicada somente às empresas com faturamento bruto anual igual ou superior a R$ 96 milhões. O cumprimento será fiscalizado pela Ancine, a partir de documentação enviada pela plataforma. A medida vai entrar em vigor de forma escalonada, com a cobrança integral da cota após oito anos de a lei ter começado a valer. A reserva mínima no catálogo vai seguir o número total de obras disponibilizadas pela empresa em seu serviço: a partir de 2 mil obras: no mínimo, 100 produções brasileiras em catálogo a partir de 3 mil obras: no mínimo, 150 produções brasileiras em catálogo a partir de 4 mil obras: no mínimo, 200 produções brasileiras em catálogo a partir de 5 mil obras: no mínimo, 250 produções brasileiras em catálogo a partir de 7 mil obras: no mínimo, 300 produções brasileiras em catálogo Segundo o projeto, metade das produções nacionais disponibilizadas pelas plataformas deverá ser de conteúdo produzido por produtoras independentes. A proposta também estabelece que, no catálogo das plataformas, não serão contabilizados os conteúdos hospedados por terceiros — por exemplo, vídeos postados por usuários comuns no YouTube —, sem vinculação direta ou indireta com a empresa responsável pelo serviço. As empresas responsáveis por ofertar as plataformas audiovisuais poderão solicitar à Ancine a dispensa para o cumprimento da cota, desde que comprovem a impossibilidade de atingir os mínimos exigidos. Voltar ao início. Ancine ganha mais poderes para combater pirataria audiovisual Condecine O projeto aprovado pela CAE estende a cobrança da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine) para os serviços de streaming e para as plataformas de compartilhamento audiovisual e de canais de televisão. A alíquota será de até 3% sobre a receita bruta anual das empresas no Brasil. Criada em 2001, a Condecine é uma taxa paga periodicamente por diversos setores do audiovisual brasileira, como a TV paga. Os recursos arrecadados são repassados para o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), que, segundo a Ancine, se tornou o maior mecanismo de fomento do audiovisual no país. Segundo o texto, a cobrança sobre esses novos serviços ocorrerá anualmente e será feita sobre a renda bruta anual das empresas com a atuação no Brasil — antes de impostos e custos de operação das empresas. Entram no cálculo da receita os valores obtidos com anúncios publicitários. Haverá três faixas para a Condecine dos serviços de vídeo sob demanda: alíquota de 3%: será cobrada para empresas que tiverem receita bruta anual igual ou superior a R$ 96 milhões alíquota de 1,5%: para empresas com receita bruta anual entre R$ 4,8 milhões e R$ 96 milhões alíquota zero: empresas com receita bruta anual inferior a R$ 4,8 milhões O parecer de Eduardo Gomes estabelece que as empresas poderão separar as receitas obtidas com conteúdos jornalísticos e com publicidade vendida para esses conteúdos. O texto também prevê também que as empresas poderão abater, em até 60%, o valor da Condecine com o investimento direto de recursos em projetos de capacitação e formação de profissionais do audiovisual, produções independentes, entre outros. A proposta estabelece que a alíquota da Condecine será cortada pela metade para empresas que ofertarem catálogo com mais de 50% de obras nacionais. Voltar ao início. Especialista fala sobre projeto de lei que pode banir TikTok nos EUA Estímulo ao consumo O projeto estabelece que as plataformas de streaming deverão adotar mecanismos para destacar obras nacionais em seus catálogos. Poderão ocorrer por meio de espaços em sugestões, busca, seções específicas e exposição destacada na página inicial do serviço. A Ancine vai fiscalizar, por amostragem, o cumprimento da regra, que não será exigida para plataformas de compartilhamento. Voltar ao início. Fomento do setor O montante arrecadado com o pagamento da Condecine pelos serviços sob demanda deverão ser utilizados para fomentar o setor audiovisual em todo país. O texto aprovado pela CAE sugere a seguinte distribuição: a partir de 30% do valor deverá ser destinado para produtoras brasileiras independentes das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste a partir de 20% do valor deverá ser destinado às produtoras brasileiras independentes da Região Sul e dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo a partir de 10% do valor deverá ser destinado para atividades de capacitação técnica no setor audiovisual a partir de 5% do valor deverá ser destinado para produção de obras audiovisuais independentes produzidas e/ou dirigidas por pessoas integrantes de grupos sociais minorizados 1% do valor deverá ser destinado para a proteção de direitos autorais de obras audiovisuais a partir de 5% do valor deverá ser utilizado para fomentar a criação de plataformas nacionais de streaming e 5% do valor deverá ser destinado para programas de atração de investimento Todos esses repasses seguirão critérios a serem estabelecidos pela Ancine. A proposta determina, ainda, que a agência deverá estimular, nos editais para destinação do dinheiro, a participação de mulheres, negros, indígenas, quilombolas, ciganos, pessoas com deficiência e outras minorias. Voltar ao início. Fiscalização De acordo com o projeto, o descumprimento de qualquer regra poderá ser punido pela Ancine com: advertência multa, que poderá ser diária, entre R$ 10 mil e R$ 50 milhões A pedido da Ancine, a empresa poderá, após processo judicial ou administrativo, ser punida também com a: suspensão temporária do credenciamento para atuar no país cancelamento do credenciamento para atuar no país e suspensão temporária de abatimentos na cobrança da Condecine A proposta aprovada pela CAE determina, ainda, que o streaming e as plataformas de compartilhamento e canais FAST serão submetidos às regras de livre concorrência, com fiscalização do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O texto estabelece que fabricantes de televisores ou receptores de televisão não poderão privilegiar, em seus dispositivos, serviços de streaming operados pelas próprias empresas. Também impede que serviços de oferta de canais de televisão online insiram ou sobreponham anúncios publicitários, sem autorização prévia, em canais de TV aberta e paga. Voltar ao início. Quem fica de fora Segundo a proposta, as regras e a Condecine não serão exigidas para: serviços em que a oferta de conteúdo audiovisual é secundária serviços com transmissão simultânea de rádio, TV aberta e de serviço de TV paga conteúdos jornalísticos e informativos videoaulas jogos eletrônicos conteúdos audiovisuais sob demanda de órgãos públicos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário conteúdos disponibilizados em serviços da mesma empresa produtora no primeiro ano seguinte à última exibição em TV aberta ou paga conteúdos de eventos esportivos Voltar ao início.

G1

Tue, 16 Apr 2024 13:55:42 -0000 -


Produtos infantis feitos em massa preocupam especialistas por baixa qualidade pedagógica. 'Basta ter cores chamativas', diz um influencer em um dos vídeos. Youtubers ensinam a lucrar com uso de inteligência artificial para criar vídeos e livros Em vídeos com milhares de visualizações, youtubers ensinam como criar vídeos e livros infantis com uso de inteligência artificial (IA). "Inteligência artificial insana, que cria livros infantis em segundos, e tem conexão para você vender direto na Amazon e começar a ganhar dinheiro aqui na internet. E quer mais? Grátis", diz um dos vídeos. 🚨 No entanto, produtos infantis feitos em massa preocupam especialistas. Baixa qualidade pedagógica, ponto de vista enviesado e pouca diversidade (refletida, por exemplo, na ausência de personagens negros) são alguns dos problemas apontados. (Veja mais abaixo.) Além disso, os canais ou conteúdos criados muitas vezes não informam ao público quando houve uso de inteligência artificial. 'Simples de criar e que monetiza rápido', diz canal Os tutoriais foram publicados no último ano, após o surgimento e popularização de ferramentas de inteligência artificial. Os vídeos mais vistos passam de 300 mil visualizações. Neles, os youtubers explicam, em minutos ou até segundos, como o espectador pode criar um ebook (livro digital) ou um vídeo para o público infantil – na maioria das vezes gratuitamente. Um dos vídeos mais acessados sobre o assunto tem como título: "Ganhe dinheiro no YouTube com esse canal dark simples de criar e que monetiza rápido". Nele, o youtuber diz: "Se você sonha em ter um canal dark no YouTube, este é o caminho! Canais semelhantes estão ganhando dinheiro no youtube e você não pode perder essa chance de começar a transformar suas ideias em sucesso". 🎥 O termo "dark" é usado para chamar os canais em que o youtuber não aparece. Ou seja, a página possui apenas conteúdos como animação, gravação de tela do computador, etc. 🤑 Os produtores de conteúdo ensinam como criar os vídeos e também como ganhar dinheiro com eles. Em um vídeo publicado em agosto de 2023 e que já passa de 60 mil visualizações, o dono do canal @ganhandonoautomatico alega que o conteúdo criado tem "conexão" com a Amazon. O canal @ReinaldoeMayara tem três livros digitais feitos com IA a venda na Amazon, com valor médio de R$ 67,03 (veja imagem abaixo). Desde junho, eles publicaram 42 vídeos voltados para a criação de conteúdo com inteligência artificial, sendo sete desses direcionados para crianças. O g1 entrou em contato com os youtubers para saber quantos livros foram vendidos desde que foram anunciados – dois deles em dezembro e um janeiro de 2024 –, mas não teve retorno até a publicação desta reportagem. Livros anunciados na Amazon feitos por inteligência artificial Reprodução/Amazon 'Basta ter cores chamativas', orienta um dos tutoriais ✏️ Na maioria dos vídeos, os youtubers explicam comandos que os espectadores precisam seguir, como pedir ao ChatGPT para que escreva a história. 🎨 Além das diretrizes tecnológicas, os youtubers também apontam detalhes específicos que devem existir no conteúdo infantil, como a locução e as cores. "Galera, lembrando que como é canal e vídeo infantil basta ter cores chamativas, músicas animadas e movimento que já vai fazer sucesso, não precisa ser tão detalhista ta?". Sobre a locução, eles indicam que o espectador utilize uma voz infantil para captar a atenção das crianças. Uma das tecnologias sugeridas pelos youtubers é o Kreado.AI – a tecnologia oferece 140 idiomas, mais de mil tipos de vozes e reproduz 800 caracteres em áudios. Quanto às cores, eles ressaltam que é preciso ser chamativo para reter a atenção da criança. O g1 entrou em contato com o YouTube para confirmar quantos vídeos infantis são produzidos com o uso de inteligência artificial e quantos vídeos que ensinam sobre como criar esse tipo de conteúdo existem na plataforma, mas a rede social não se posicionou até a publicação desta reportagem. Vídeos no YouTube que ensinam a fazer conteúdos para crianças com IA Reprodução/YouTube Falta de representatividade e moral da história repetida Apesar da facilidade e rapidez tecnológica, os conteúdos para crianças feitos com IA são criticados por especialistas, especialmente por dois motivos: personagens em sua maioria brancos e moral da história sempre igual. Os personagens criados por IA são na maioria das vezes muito parecidos e pouco diversos. E, segundo os especialistas, isso ajuda na predisposição das crianças desenvolverem algum preconceito. “Se você procurar uma imagem de princesa, provavelmente receberá personagens brancas, loiras e de olhos claros. Dificilmente aparecerá outras etnias ou raças”, explica Agnaldo Arraio, professor de faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP). Por exemplo, no vídeo: "Criar vídeos animados digitando texto com inteligência artificial gratuita", com 61 mil visualizações, do canal @chamadatech, a IA criou uma menina branca, sendo que o youtuber pediu apenas que a personagem tivesse "cabelos cacheados cor de mel e olhos que brilhavam como estrelas". No último ano, este canal publicou 21 vídeos ensinando como criar conteúdos infantis. Em outro canal, do @thiagofelizola, o vídeo: "Como criar desenhos animados usando IA & ChatGPT [Grátis]" mostra que a tecnologia criou um menino branco, sendo que não havia nenhum pedido específico sobre o tom de pele. (veja imagens abaixo). Procurados pelo g1, o dono do canal, Thiago Felizola, afirmou que não pensa na cor de pele dos personagens para criar os vídeos. "Peço de maneira genérica e (a inteligência artificial) me mostra isso mesmo". Já o @chamadatech não respondeu até a publicação desta reportagem. "Na prática, esses personagens (sempre brancos) podem induzir crianças a padrões que não as ajudem a reconhecer ou valorizar outras culturas", diz o professor de pedagogia da USP. "Mas ele ressalta que, a depender de como a tecnologia é usada, (os pais e as crianças) podem ter experiências diferentes na educação. Mas é preciso usar a IA com pensamento crítico". Personagens brancos nos conteúdos criados por IA para crianças @chamadatech e @thiagofelizola/YouTube Outro problema pedagógico apontado é que os textos produzidos pela inteligência artificial são muito semelhantes – ou seja, a "moral da história" é muitas vezes a mesma, prejudicando o aprendizado infantil. Em uma nota divulgada em 2021, a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Audrey Azoulay, afirmou que ler muitos livros – consequentemente, com diferentes narrativas – ajuda explorar várias ideias e culturas. No vídeo do @chamadatech, o ChatGPT criou uma história sobre Sofia, uma garota que encontra uma árvore mágica e pede para que seu animal comece a falar para poderem brincar juntos, e o desejo é realizado. A história, segundo o vídeo, tem a moral de que o amor e o companheirismo não têm barreiras. O tema foi abordado de forma parecida no vídeo do @thiagofelizola. O youtuber pediu apenas que a inteligência artificial criasse uma história "infantil e emocionante" com aproximadamente 200 palavras. A tecnologia produziu a história de um menino chamado Leo, que sonhava em tocar as estrelas. Então, uma estrela-cadente caiu em suas mãos, e ele a ajudou, "com amor e companheirismo" a fazer com que ela voltasse para o céu. "Ensinamos a criar histórias morais de amor e amizade, bem melhor do que muitos desenhos que ensinam sobre bruxas fantasmas, etc", diz o canal @ReinaldoeMayara, que também explica como fazer conteúdo infantil com IA aos seus espectadores. O g1 entrou em contato com o ChatGPT para entender por que as histórias sugeridas são parecidas, mas não teve retorno até a publicação desta reportagem. Conteúdos não informam que foram criados com IA Além de problemas pedagógicos, os especialistas destacam outra desvantagem – e dessa vez focado nos pais: a falta identificação de quais livros digitais ou vídeos foram criados por IA. Isso porque ainda não há regras específicas para desenhos infantis na Amazon ou no YouTube, por exemplo. Os três livros digitais do canal @ReinaldoeMayara disponíveis na Amazon não informam que são feitos por inteligência artificial. Os youtubers apenas disseram em um dos vídeos disponíveis no YouTube que usaram IA para criar os ebooks. E para o livro digital não ser detectado como feito por IA, o canal ressalta que: "(Depois que pedir para o ChatGPT criar o conteúdo), você deve reescrever a sua história, (e então) usar a plataforma Smodin, para detectar se o texto foi gerado por humanos ou não. Você pode ir trocando as palavras, mudando alguns sentidos", diz a youtuber, no vídeo "Como Criar um livro de história infantil corretamente para vender na Amazon KDP". A Amazon solicita que o autor apenas informe se o produto foi totalmente gerado por IA. Segundo o documento de diretrizes da empresa, caso as ferramentas tecnológicas tenham sido usadas para auxiliar na escrita ou edição, por exemplo, não há necessidade da comunicação do uso da ferramenta. O g1 entrou em contato com a empresa para entender se existe alguma perspectiva de mudança nas regras, mas não teve retorno até a publicação desta reportagem. Print do vídeo "Ganhe dinheiro no YouTube com esse canal dark simples de criar e que monetiza rápido" Reprodução/YouTube/@CanalClaYOliveiraOficial O YouTube, por sua vez, criou em março um selo que obriga o youtuber a informar se houve o uso de IA apenas em determinadas situações, como a troca do rosto de uma pessoa por outra ou a representação realista de eventos fictícios. "O objetivo é fortalecer a transparência com os espectadores e construir confiança entre os criadores e seu público", informou a empresa em nota. Porém, até o momento, a plataforma de vídeos não exige que os criadores informem se a inteligência artificial foi usada na etapa de produção, como a geração de roteiros, ideias de conteúdo ou quando a mídia for irrealista – como um desenho infantil.

G1

Tue, 16 Apr 2024 07:21:55 -0000 -


Influenciadores divulgam dicas de como produzir (e lucrar) com vídeos e livros criados com base em conteúdos gerados por ferramentas como o ChatGPT. Os riscos de crianças consumirem conteúdos gerados por Inteligência Artificial Cada vez mais populares nas redes sociais, conteúdos gerados por inteligência artificial (IA) voltados para o público infantil viraram motivo de alerta entre especialistas. Baixa qualidade pedagógica, ponto de vista enviesado e pouca diversidade (refletida, por exemplo, na ausência de personagens negros) são alguns dos problemas apontados. Esse nicho tem sido impulsionado por influenciadores que ensinam como produzir, em questão de minutos, livros digitais e animações para crianças – além de explicarem como fazer dinheiro com esses produtos. Os vídeos mais assistidos no YouTube, por exemplo, chegam a bater 300 mil visualizações. O uso de ferramentas de IA, como o ChatGPT, da empresa OpenAI, é relativamente novo. Tanto que adultos ainda enfrentam dificuldade para lidar com os conteúdos gerados por esses softwares – se determinada informação é verdadeira ou falsa, como os casos de deepfake. Quando se trata de crianças, então, a situação exige ainda mais cuidados. É o que explica Débora Cardoso, professora de pedagogia da Universidade Presbiteriana Mackenzie. As crianças são pessoas em desenvolvimento e funcionam como esponjas. O que elas consumirem pode interferir no desenvolvimento delas. Ela pondera, no entanto, que as crianças do século 21 já nasceram na era digital, então é preciso encontrar um equilíbrio para o uso da tecnologia na infância. Além do consumo de conteúdos gerados por IA, a popularização da tecnologia abre espaço para que as crianças utilizem essas ferramentas – e isso também é motivo de preocupação para especialistas. Veja, abaixo, quais são os problemas para as crianças que podem ser agravados em decorrência dessa tecnologia. 🧠 Preguiça mental Segundo Álvaro Machado Dias, professor livre-docente da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o uso excessivo e ferramentas de IA e o consumo de conteúdos de baixa qualidade produzidos por meio dessas ferramentas podem deixar o cérebro preguiçoso. como identificar: para o professor, os pais conseguem identificar que a criança está usando IA se passou a ter mais tempo livre. Por exemplo, passou a fazer as lições de casa em menor tempo. riscos: se esses vídeos estão sendo usados para otimizar o tempo, reduzindo os esforços cerebrais, a criança pode desenvolver um "enferrujamento mental", alertam os especialistas. Além disso, elas podem até desenvolver uma dificuldade cognitiva de prestar atenção em mais de um assunto. o que fazer: Tirar o acesso ao computador pode até ser uma solução fácil, mas pouco funcional, alerta o especialista. O ideal é motivar o aprendizado da criança e, se for usar inteligência artificial, que seja ao lado dos responsáveis. A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) recomenda que crianças com menos de 13 anos não acessem ferramentas de IA. A OpenAI, dona do ChatGPT, também indica a mesma idade. Porém, não há restrição etária para acessar. 📖 Manipulação A criança tem poucas experiências de vida e repertórios que a ajudem ter pensamentos críticos. Por isso, os vídeos feitos por IA podem atrapalhar o discernimento sobre o que é certo ou errado, assim como o processo de tomada de decisões. Como identificar: para a professora do Mackenzie, a criança manipulada demonstra mudanças de comportamento – podem ficar mais agressivas ou tristes, sentimentos que antes não eram comuns. Esses sentimentos, segundo a especialista, podem aflorar se, por exemplo, a criança pedir para os pais comprarem um brinquedo que sempre aparece em um vídeo feito por IA e não conseguir o que quer. riscos: Agnaldo Arraio, professor de faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), ressalta que entre os riscos está o entendimento do que é certo ou errado. "Se diariamente nos deparamos com adultos sendo manipulados pela desinformação, que supostamente já são escolarizados e teriam as competências para discernir o que é real e o que é manipulado, imagine uma criança muito pequena que ainda não teria essa possibilidade de discernimento". o que fazer: Arraio sugere acompanhar as crianças durante o uso da IA pode ser um dos melhores caminhos. “Proibir não funcionaria, pois elas [crianças] poderiam acessar escondido e longe da possibilidade de acompanhamento de adultos”, afirma. 🧑🏾 Estereótipos e preconceito A criança pode desenvolver algum tipo de preconceito a depender do conteúdo consumido. Isso porque, segundo especialistas, a tecnologia pode apresentar personagens dentro de padrões de raça e gênero, por exemplo, prejudicando o acesso às diferenças, criando bolhas e falta de repertório em termos de diversidade. Como identificar: segundo os especialistas, observar a criança é a melhor saída: se fala algo preconceituoso, se faz alguma piada ou tira sarro de outro colega, seja pela cor ou por algum problema físico, por exemplo. Além disso, indicam observar se os conteúdos produzidos por IA e consumidos pelas crianças têm tons pejorativos. riscos: o principal risco é a criança continuar com pensamentos preconceituosos e estereotipados, podendo chegar a praticar bullying com colegas de sala, por exemplo. o que fazer: Débora Cardoso, professora do Mackenzie, afirma que o primeiro contato que a criança pode ter com falas preconceituosas é no âmbito familiar. Dessa forma, os pais precisam ficar atentos aos discursos e conversas que a criança escuta. Além disso, precisam ficar em contato com a escola para ver se o filho está convivendo com colegas que também tenham falas problemáticas. 🫂 Problemas na socialização: O uso excessivo de tecnologia pode inibir a criança de ter vontade de conviver com colegas de sala. Assim como pode, desde cedo, colocá-las em uma bolha virtual, limitando suas oportunidades de ter contato com novas culturas. como identificar: Crianças gostam de ficar sozinhas, ressalta a professora do Mackenzie Débora Cardoso. Porém, é necessário ficar atento se estão gastando mais tempo no celular do que com os colegas de sala, por exemplo. E se a criança está conversando apenas sobre o universo da internet ou consegue falar sobre outros assuntos. riscos: de acordo com o professor da USP Agnaldo Arraio, a forte presença das máquinas no cotidiano das crianças pode desumanizar qualquer pessoa – ou seja, “o risco de deixar a criança exposta apenas às máquinas é quase que tirar o direito de acesso às diferenças que existem no mundo”. o que fazer: os especialistas recomendam que os pais tentem controlar o tempo que o filho fica no celular. Não é preciso tirar o aparelho da criança, mas ficar de olho no conteúdo que é consumido. Além disso, é indicado que os responsáveis ofereçam mais tempo ao filho, para conseguirem se divertir juntos, sem internet. Como esses conteúdos são produzidos Vídeos que ensinam a fazer conteúdos com IA para crianças Reprodução/YouTube O conteúdo para crianças feitos com IA também são criticados pelos especialistas, especialmente por dois motivos: "moral da história" sempre igual e personagens em sua maioria brancos. No primeiro caso, a criança fica presa a apenas uma visão de mundo; no segundo caso, elas podem desenvolver algum tipo de preconceito Segundo especialistas, os textos de IA não são diversos – ou seja, a moral é muitas vezes a mesma, prejudicando o aprendizado infantil. Em uma nota divulgada em 2021, a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Audrey Azoulay, afirmou que ler muitos livros – consequentemente, com diferentes narrativas – ajuda explorar várias ideias e culturas. As imagens desses conteúdos, por sua vez, retratam personagens na maioria das vezes muito parecidos, sem contemplar a diversidade. E, segundo os especialistas, isso ajuda na predisposição das crianças desenvolverem algum preconceito. “Se você procurar uma imagem de princesa, provavelmente receberá personagens brancas, loiras e de olhos claros. Dificilmente aparecerá outras etnias ou raças”, explica Arraio, professor da USP. ""Na prática, esses personagens (sempre brancos) podem induzir crianças a padrões que não as ajudem a reconhecer ou valorizar outras culturas". Por exemplo, no vídeo: "Criar vídeos animados digitando texto com inteligência artificial gratuita", com 61 mil visualizações, do canal @chamadatech, a IA criou uma menina branca, sendo que o youtuber pediu apenas que a personagem tivesse "cabelos cacheados cor de mel e olhos que brilhavam como estrelas". Em outro canal, do @thiagofelizola, o vídeo: "Como criar desenhos animados usando IA & ChatGPT [Grátis]" mostra que a tecnologia criou um menino branco, sendo que não havia nenhum pedido específico sobre o tom de pele. (veja imagens abaixo). Personagens brancos nos conteúdos criados por IA para crianças @chamadatech e @thiagofelizola/YouTube Procurados pelo g1, o dono do canal @thiagofelizola, Thiago Felizola, afirmou que não pensa na cor de pele dos personagens para criar os vídeos. "Peço de maneira genérica e (a inteligência artificial) me mostra isso mesmo". Já o canal @chamadatech não respondeu até a publicação desta matéria.

G1

Tue, 16 Apr 2024 07:21:21 -0000 -


Segundo a Eve Air Mobility, empresa de mobilidade urbana responsável pelos eVTOLs da Embraer, o objetivo é iniciar a operação até o fim de 2026. Conceito do eVTOL da Eve, subsidiária da Embraer Divulgação/Eve Mesmo que isso ainda pareça distante, é possível que, em pouco mais de dois anos, carros voadores estejam se deslocando no céu do Brasil. Isso porque a previsão da Embraer é que os eVTOLs (sigla em inglês para 'veículo elétrico de pouso de decolagem vertical') entrem em operação até o fim de 2026. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp Com isso, as empresas brasileiras que já encomendaram carros voadores da companhia de aviação sediada em São José dos Campos (SP) têm se planejado para poder oferecer viagens no país. Leia aqui um guia completo sobre os carros voadores da Embraer De acordo com Eve Air Mobility, corporação de mobilidade urbana responsável pelos eVTOLs da Embraer, já há cartas de intenções para até 2.850 carros voadores para operadores de helicópteros, companhias aéreas, empresas de leasing e plataformas de voos compartilhados em todo o mundo. Ao todo, são 29 clientes espalhados por todos os continentes. No Brasil, dos 2.850 eVTOLs, são 335 veículos encomendados, sendo que 100 são para a Avantto, 50 para a Helisul, 50 para a OHI (Revo), 40 para a FlyBIS, 25 para a Flapper e 70 para a Voar. O g1 entrou em contato com as seis empresas brasileiras que já encomendaram carros voadores para entender como elas pretendem usá-los no país. Confira abaixo: Embraer anuncia parceria com aérea para carro voador operar transporte urbano nos EUA Divulgação/Embraer Flapper A empresa confirmou que, até o momento, encomendou 25 carros voadores, que estão previstos para serem entregues entre 2025 e 2027. Além do Brasil, há previsão de que eles possam ser usados também em outros países da América. Atualmente, a Flapper tem como foco voos de táxi aéreo, como por exemplo para operações de ‘transfer’ (transporte de um passageiro de/ou para aeroportos), e viagens de curta distância, como de Guarulhos para São Paulo, de São Paulo para Angra dos Reis, Porto Seguro para Trancoso e Rio de Janeiro para Angra dos Reis. Os carros voadores, portanto, vão reforçar esse tipo de operação, que já é feita pela empresa com outros veículos aéreos. “A ideia é substituir as atuais operações da frota tradicional de táxi aéreo por aeronaves de nova geração, mais econômicas, seguras e silenciosas. A maior oportunidade é abrir o mercado para um público totalmente novo, que hoje utiliza carros de alto padrão para se deslocar até seu destino, seja a negócios ou a lazer”, explica a Flapper. Conceito da área interna do eVTOL mostra cidade do Rio de Janeiro, mas primeiros testes na cidade usarão helicópteros Divulgação/Embraer Em relação aos preços, a empresa informou que pretende oferecer voos mais baratos do que os que são feitos de helicóptero. “Os clientes poderão reembolsar entre R$ 500 e R$ 1.000 por voo. Com o tempo, à medida que a capacidade das aeronaves e de suas baterias melhorarem - e as operações se tornarem totalmente autônomas - esperamos que o preço caia para R$ 300 por passageiro”. Atualmente, um ‘transfer’ de helicóptero entre o aeroporto de Guarulhos e a avenida Brigadeiro Faria Lima custa de R$ 1,5 mil a R$ 2 mil. Como funciona "Carro Voador" da Embraer ? OHI (Revo) A OHI (Revo) informou que tem trabalhado para desenvolver requisitos operacionais e infraestruturas necessários para receber 50 carros voadores da Eve Air Mobility. De acordo com a empresa, ao menos numa fase inicial a ideia é incluir os eVTOLs em rotas com distâncias de voo menores, como por exemplo a rota de Guarulhos. “O principal objetivo é tornar os voos mais verdes, acessíveis e sustentáveis”, explica. Também conforme a companhia, ainda não é possível estimar um custo exato para esse serviço, mas a expectativa é que os carros voadores diminuam o valor de investimento dos passageiros. “Estamos comprometidos em criar um futuro em que os voos urbanos serão mais democráticos e neutros em carbono”, garante a OHI (Revo) Embraer anuncia fabricação de carro voador em Taubaté FlyBIS Com carta de intenções para aquisição de até 40 aeronaves, a FlyBis terá como foco inicial desenvolver a mobilidade aérea urbana no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Posteriormente, o objetivo será expandir o serviço para outros países da América do Sul, como Argentina e Uruguai. “Planejamos oferecer o serviço de mobilidade aérea urbana e “transfer” para aeroportos em Porto Alegre e Florianópolis. A FlyBIS também tem foco no turismo na região da Serra gaúcha (Gramado e Bento Gonçalves) e no litoral norte de Santa Catarina (Balneário Camboriú)”, diz a empresa. Em relação ao preço, a empresa comentou que também não consegue prever um valor para viagens com os carros voadores neste momento. eVTOL vai começar operação com espaço para quatro passageiros mais um piloto Divulgação/Eve Voar Dos 70 carros voadores encomendados pela Voar, 15 já foram selecionados para serem usados na capital paulista, para “melhorar a eficiência dos serviços de transporte aéreo na região, considerando a importância econômica e logística de São Paulo no cenário nacional”, conforme afirma a empresa. Além disso, a empresa prevê também usar os veículos em diversas outras cidades do país, como por exemplo Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Natal, Recife, Goiânia, Ribeirão Preto, Florianópolis e Balneário Camboriú. “As principais áreas metropolitanas e destinos turísticos serão estruturados pela Voar levando em consideração as necessidades específicas dos eVTOLs incluindo espaço para pousos e decolagens, além da infraestrutura de recarga elétrica das aeronaves”, afirma. A empresa informou ainda que o custo do serviço será influenciado por diversos fatores, mas que o objetivo é oferecer preços acessíveis. Conceito de eVTOL da Eve, empresa da Embraer Divulgação/Eve Helisul A Helisul conformou que já encomendou 50 carros voadores da Embraer e que eles serão usados para viagens de turismo e voos panorâmicos. A empresa também afirmou que “é muito cedo para ter uma noção de preço”. O g1 entrou também em contato com a Avantto, mas não obteve retorno da empresa. As diferenças entre helicóptero, eVTOL e avião elétrico Daniel Ivanaskas/Arte g1 Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina

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Tue, 16 Apr 2024 06:00:08 -0000 -


Manifestação ocorre dias após o bilionário Elon Musk, dono da rede social, ter atacado Moraes e dito que não cumpriria ordens de bloqueio de contas emitidas pelo magistrado. Elon Musk em foto de 16 de junho de 2023 REUTERS/Gonzalo Fuentes/File Photo A defesa da plataforma X (ex-Twitter) no Brasil informou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que a rede social vai continuar a cumprir integralmente quaisquer ordens emitidas pela corte e também pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A manifestação dos advogados da plataforma no Brasil ocorre dias após o dono da rede social, o bilionário Elon Musk, ter atacado Moraes e dito que não cumpriria ordens de bloqueio de contas emitidas pelo magistrado. "Por fim, conforme já comunicado à Polícia Federal, a X Brasil informa que todas as ordens expedidas por esse egrégio Supremo Tribunal Federal e egrégio Tribunal Superior Eleitoral permanecem e continuarão a ser integralmente cumpridas pela X Corp", disse a defesa do X no Brasil ao Supremo nesta segunda-feira (15). No documento, a filial brasileira do X também informa ao STF que a X Corp, dos Estados Unidos, foi intimada pelo Comitê Judiciário da Câmara dos Deputados dos EUA a fornecer informações sobre as ordens do Supremo brasileiro em relação à moderação de conteúdo, e comprometeu-se a manter Moraes informado de quaisquer informações que recebesse sobre o tema "em cumprimento ao seu dever de transparência e lealdade processual". Na sexta-feira (12), o governo suspendeu novos contratos de publicidade com a X, rede onde investiu R$ 5,4 milhões em publicidade, de acordo com dados do Portal da Transparência. Entre 2023 e 2024, foram R$ 654.152,85. Nos últimos dias, sem citar Musk, Lula deu algumas declarações que foram interpretadas como indiretas ao dono do X. LEIA TAMBÉM: Barroso considera polêmica de Musk 'assunto encerrado', mas avisa que haverá consequências se leis não forem respeitadas Representante do X no Brasil renuncia ao cargo, aponta ficha da Junta Comercial de SP Ameaças de Elon Musk de não cumprir ordens judicias geram críticas de presidentes de dois poderes Moraes havia determinado a abertura de inquérito contra Musk por crimes de obstrução de Justiça, inclusive em organização criminosa, e incitação ao crime depois de ele ter dito que publicaria as demandas do magistrado e supostamente mostraria como essas solicitações violariam "a lei brasileira". A última manifestação da defesa do X do Brasil destoa da posição inicialmente adotada pela plataforma no caso. Advogados do X chegaram a pedir uma isenção sobre o caso e queriam que Moraes tratasse diretamente com a matriz da companhia nos EUA ao alegarem que não tinham qualquer capacidade de interferir na administração da plataforma, tampouco autoridade sobre decisões relativas a ordens judiciais. O ministro do Supremo, contudo, rejeitou o pedido da X do Brasil e chegou a dizer que a posição inicial beirava a má-fé.

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Tue, 16 Apr 2024 00:53:41 -0000 -


Reclamações começaram na manhã desta segunda-feira (15), mas diminuíram após às 15h. Usuários notaram falha nos stories do Instagram Unsplash Alguns usuários do Instagram perceberam instabilidade no aplicativo nesta segunda-feira (15). A maior parte das reclamações foi sobre os stories, que, em alguns casos, estavam sendo publicados apenas com uma tela preta, sem imagem ou texto. O problema começou a ser notado por volta das 10h40, de acordo com o site Downdetector, que reúne relatos de vários países. O número de notificações no Brasil, porém, se manteve baixo, chegando a 176 por volta das 14h40. Mas desde as 15h os registros foram diminuindo. Número de reclamações no site Downdetector aumentou a partir das 10h nesta segunda-feira (15) Reprodução A equipe do g1 procurou a Meta para entender sobre o problema, mas não obteve resposta até o momento da publicação dessa reportagem. No X, antigo Twitter, alguns usuários compartilharam a dificuldade em publicar um story. Usuários apontam instabilidade no Instagram Reprodução/X Alguns usuários relataram instabilidade no Instagram Reprodução/X Usuários relatam problemas nos Stories do Instagram Reprodução/X Leia também: Apple Pay e Carteira do Google: como pagar por aproximação com iPhone e Android WhatsApp atualiza visual; veja o que mudou e quais são as críticas WhatsApp passa a não permitir fazer 'print' da foto de perfil em celulares Android Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Celular perdido? Veja como localizar iPhone e Android pelo computador ou por app

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Mon, 15 Apr 2024 16:23:45 -0000 -


Com o avanço da tecnologia e bilhões de pessoas em todo o mundo que utilizam plataformas de redes sociais, o que acontece com a presença online de uma pessoa após sua morte virou um grande tema. O marido de Hayley Smith, Matthew, morreu de câncer, aos 33 anos, há mais de dois anos BBC/Divulgação “Algumas pessoas não sabem que Matthew faleceu, ainda veem seu aniversário e escrevem parabéns em seu perfil. Não é particularmente agradável.” O marido de Hayley Smith, Matthew, morreu de câncer, aos 33 anos, há mais de dois anos. E ela ainda luta para saber o que fazer com as contas dele nas redes sociais. “Tentei transformar a conta de Matthew no Facebook em uma página de memorial, e o que é pedido é que você envie a certidão de óbito”, diz a profissional do setor de caridade que mora no Reino Unido. “Já fiz isso mais de 20 vezes e simplesmente não funciona – nada acontece. Não tenho energia para entrar em contato com o Facebook e tentar resolver o problema.” O que é uma conta memorial? Com o avanço da tecnologia e bilhões de pessoas em todo o mundo utilizando plataformas de redes sociais, o que acontece com a presença online de alguém após sua morte tornou-se um grande tema. As contas permanecem vivas e ativas, a menos que um parente informe à plataforma de rede social em questão que a pessoa faleceu. Algumas plataformas oferecem a opção de encerrar o perfil após a notificação oficial do falecimento por um familiar, enquanto outras oferecem alternativas. Por exemplo, quando a Meta – a empresa proprietária do Facebook e do Instagram – recebe uma certidão de óbito, a conta da pessoa que faleceu pode ser apagada ou transformada em uma página de “memorial” – o que significa que a conta seria congelada no tempo e convertida em uma página de lembrança do usuário, permitindo que as pessoas postem fotos e recordações. As plataformas abordam a questão de diferentes formas, mas todas as empresas priorizam a privacidade do falecido Getty Images via BBC Uma mensagem in memoriam aparece ao lado do nome do usuário e ninguém poderá fazer login na conta se o usuário original não tiver anteriormente fornecido um “contato de legado” – um membro da família ou um amigo autorizado a gerenciar o conteúdo ou solicitar a desativação do perfil. No Facebook, as contas transformadas em memorial não são recomendadas a potenciais amigos virtuais como “Pessoas que você talvez conheça”, e os usuários da lista de amigos da pessoa falecida não receberão notificação do aniversário. O Google, proprietário do YouTube, Gmail e Google Fotos, oferece a opção de alterar as configurações de “conta inativa” para decidir o que acontecerá com as contas e dados uma vez que fiquem inativos por um determinado período de tempo. O X (antigo Twitter) não oferece a opção de manter o perfil em memória do dono e só é possível desativar a conta em caso de falecimento ou impossibilidade de uso do proprietário. “Existem várias abordagens, mas todas as empresas priorizam a privacidade do falecido”, diz Joe Tidy, correspondente de tecnologia do Serviço Mundial da BBC. “Nenhum detalhe de login será compartilhado, e você só poderá acessar determinados dados, como fotos e vídeos, com solicitações específicas que às vezes precisam de ordem judicial.” As plataformas sociais mais novas, como TikTok e Snapchat, no entanto, não possuem caminhos específicos. 'Fui colocada em deepfake pornô pelo meu melhor amigo' Devemos preparar um legado digital? Perfis ativos de usuários falecidos podem representar um problema caso dados, fotos ou outros conteúdos caiam nas mãos erradas, alerta Sasa Zivanovic, especialista em crimes cibernéticos e ex-chefe do departamento de crimes de alta tecnologia do Ministério do Interior da Sérvia. Isso pode acontecer ao serem baixados alguns dados do perfil, mas também assumindo o controle de toda a conta. “Fotografias, dados e vídeos podem ser usados para criar contas falsas com nome falso, extorquir dinheiro de conhecidos e amigos que não sabem que a pessoa em questão faleceu”, afirma. James Norris, presidente da Digital Legacy Association do Reino Unido, destaca que é importante que todos pensem no conteúdo que compartilham nas redes sociais e façam uma cópia de segurança sempre que possível. Ele ressalta que no Facebook, por exemplo, você pode baixar um arquivo completo de suas fotos e vídeos e repassá-lo para seus familiares. “Assim, se eu fosse diagnosticado com uma doença terminal e tivesse um filho pequeno que não estivesse no Facebook, eu poderia baixar todas as minhas fotos e vídeos, remover as mensagens - porque não gostaria que meu filho visse minhas mensagens privadas -, selecionar minhas fotos favoritas e escrever uma história sobre cada uma delas”, diz ele. Ele acredita que planejar o que você quer que aconteça com suas contas de rede social após sua morte é crucial e aconselha as pessoas a prepararem um legado digital. “Em última análise, as redes sociais são um negócio. Essas plataformas não são as guardiãs do seu legado digital”, afirma. “O guardião do seu legado digital é você.” Mesmo assim, ele acredita que as plataformas de rede social poderiam facilitar o processo para os parentes em luto. “Ações como aumentar a conscientização sobre o que a plataforma oferece e quais ferramentas estão disponíveis são importantes porque nem todo mundo sabe que elas existem”, diz ele 'Eram meu rosto e minha voz, mas era golpe': como criminosos 'clonam pessoas' com inteligência artificial 'Legado digital não diz respeito apenas às redes sociais' “O legado digital é um grande tema”, alerta Sarah Atanley, enfermeira investigadora da Marie Curie, uma instituição de caridade com sede no Reino Unido que presta cuidados e apoio a pessoas com doenças terminais e a seus entes queridos. Ela enfatiza que as pessoas precisam pensar não apenas em suas contas nas redes sociais, mas em tudo o que possuem digitalmente e no que fazer com esse material em caso de morte. Sarah Atanley diz que o legado digital não envolve apenas mídias sociais Getty Images via BBC “Fotografias e vídeos digitais podem conter muitas memórias. Mas hoje fazemos bastante gestão financeira online, em termos de serviços bancários”, diz ela. “Depois, há contas de música geradas para criar listas de reprodução, e temos visto um aumento na utilização de jogos online, em que as pessoas dedicam muito tempo e esforço à criação dos seus avatares e à vida num ambiente online." “Então, acho que vale a pena dizer que o legado digital não diz respeito apenas a redes sociais.” Ela concorda que é importante começar a pensar sobre o que possuímos digitalmente e o que queremos que aconteça com o material. “Queremos que alguém assuma o controle de nossas contas de rede social? Queremos que alguém nos homenageie? Queremos poder passar um álbum de fotografias digitais aos nossos filhos? Ou queremos imprimi-lo como as pessoas costumavam fazer e ter um belo álbum de fotos impresso que possamos passar para alguém depois de morrermos? O legado digital é definitivamente algo que precisa ser pensado e falado.” Para Hayley e Matthew, no entanto, esse não foi um assunto fácil de discutir. “Eu realmente não falei com Matt sobre isso quando ele estava nos últimos dias, porque ele realmente não queria falar sobre a morte”, diz ela. “Ele queria viver o máximo que pudesse, mas depois ficou gravemente doente. Ele não era ele mesmo. Então, ele não foi capaz de responder às minhas perguntas.” Eles estavam casados ​​há pouco mais de um ano quando Matthew foi diagnosticado com glioblastoma em estágio 4 em julho de 2016, aos 28 anos. “Sua vida está prestes a mudar para sempre e não para melhor”, disse o médico, ao comunicar que Matthew tinha um tumor cerebral e que precisava imediatamente de uma cirurgia para salvar sua vida. Embora a cirurgia e a quimioterapia tenham corrido bem, com o tempo o tumor voltou a crescer e Matthew foi informado que teria apenas mais um ano de vida. “O nome dele estava em tudo. Em nossas contas, em absolutamente tudo que eu tinha”, diz Hayley. “Tive que transferir tudo e foi muito difícil. Levei quase 18 meses para fazer toda a administração digital que era necessário fazer.” Ela diz que ainda quer tornar a página de Matthew no Facebook num memorial, mas não está tratando disso no momento. “Acho muito doloroso ficar constantemente olhando para um documento que é uma certidão de óbito. É por isso que tenho evitado fazer isso, porque é um pedacinho de papel horrível. Só acho que é realmente um processo excessivamente complicado e que as empresas deveriam torná-lo mais fácil para as pessoas enlutadas”, conclui. ChatGPT lança seu modelo de inteligência artificial, assista ao vídeo abaixo e conheça Conheça o Sora, gerador de vídeos realistas da dona do ChatGPT Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual

G1

Sun, 14 Apr 2024 17:13:47 -0000 -


Evento que acontece no Riocentro até quinta (18) reúne startups de tecnologia e potenciais investidores de todo o mundo. Entre os palestrantes, destaque para os presidentes do Google Brasil e da BYD Brasil, e da líder de soluções globais do TikTok na América Latina. Web Summit Rio conecta empreendedores e investidores de tecnologia e inovação Desde segunda-feira (15), o Rio de Janeiro é a capital da tecnologia e da inovação na América Latina. Essa é a proposta do Web Summit Rio 2024, maior evento do setor no mundo, que chega à sua 2ª edição na cidade. A expectativa da Prefeitura do Rio é que, por dia, 40 mil pessoas passem pelo Riocentro para aprender, ensinar e desenvolver novas ideias. Os organizadores apostam no Web Summit como um ponto de encontro, uma oportunidade de novos negócios em escala global, além de uma ferramenta de conexão entre empreendedores, investidores e curiosos por um mercado em expansão. Os ingressos para o evento desse ano já estão esgotados. Ao todo, são mais de 600 palestrantes e mil startups apresentando seus negócios e buscando um lugar ao sol. Em vários palcos espalhados pelo Riocentro, lideranças globais e personalidades da inovação vão abordar assuntos variados como: marketing, inteligência artificial, saúde, criptomoedas, comércio eletrônico, big data e muito mais. Nessa edição, os temas mais relevantes giram em torno da aplicação da inteligência artificial e das ações dos governos para efetivar sua regulamentação, além da interferência da geopolítica na tecnologia e o uso de matrizes energéticas. Ronaldo Cohin vence disputa de pitch em 2023 Sam Barnes/Web Summit Rio/Divulgação Entre os nomes mais badalados estão: o presidente do Google Brasil, Fábio Coelho; Tyler Li, presidente da BYD Brasil; Gabriela Comazzetto, líder de soluções globais do TikTok na América Latina; e o cantor e compositor Gilberto Gil. Confira alguns destaques: Jens Nielsen, CEO da Fundação Mundial do Clima; Mike Brock, CEO TBD e incentivador do bitcoin; Daniel Moczydlower, CEO Embraer-X; Luciana Santos, ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação; Martin Kocher, ministro do Trabalho e Economia do Governo da Áustria; Bianca Andrade (Boca Rosa), influenciadora; Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro; Luiza Trajano, presidente da Magazine Luiza; Gabriela Comazzetto, líder de soluções globais do TikTok na América Latina; Tyler Li, presidente BYD Brasil; Fábio Coelho, presidente do Google Brasil; Txai Suruí, ativista climático; Gustavo Vitti, CHRO Ifood; KondZilla, produtor musical Gilberto Gil, cantor e compositor; João Gomes, cantor; Bruno Gagliasso, embaixador da UNICEF; Marcos Senna, diretor de marketing do Flamengo; Diego Ribas, ex-jogador de futebol profissional e fundador do Podcast 10 e Faixa; Gilberto Silva, ex-jogador de futebol; Flávia Alessandra, atriz e apresentadora; Otaviano Costa, ator e apresentador; Luccas Neto, criador de conteúdo; Mari Maria, influenciadora e CEO da Mari Maria Maquiagem; Claudio Castro, governador do Rio de Janeiro; Marcelo Braga, presidente IBM Brasil; Tarciana Medeiros, CEO do Banco do Brasil. Veja todos os palestrantes no site do Web Summit Rio. Confira a programação completa clicando aqui. R$ 33 milhões por dia na economia do Rio A expectativa da Prefeitura do Rio de Janeiro é que o maior evento de tecnologia do mundo possa injetar na economia local cerca de R$ 33 milhões por dia de encontro. A projeção do município sobre o impacto econômico do evento aponta para um total de R$ 1,5 bilhão, somando as seis edições do Web Summit já previstas no calendário do Rio, entre 2023 e 2028. O estudo “Potenciais Impactos Econômicos do Web Summit Rio (2024-2028)”, elaborado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico do Rio de Janeiro também fala sobre a projeção de público nos próximos anos. O município espera ver o número de pessoas presentes no evento o dobrar, na comparação entre a 1ª e 2ª edições. Web Summit deve injetar R$ 1,5 bilhão no Rio em 6 anos Arte g1 Os três dias de evento podem atrair mais de 120 mil pessoas para as palestras que acontecerão no Riocentro, revelou o levantamento da prefeitura. O estudo da prefeitura fez uma projeção de público para os próximos anos do Web Summit no Rio. O município acredita que as edições seguintes vão crescer gradativamente, até chegar em 2027 com 70 mil pessoas por dia, mantendo esse nível em 2028. Nesse sentido, a estimativa de público no acumulado das seis edições do evento é de 933 mil pessoas presentes. Hotéis cheios A expectativa da Prefeitura do Rio começou a se concretizar nesse final de semana que antecede o Web Summit. Hotel Sheraton da Barra da Tijuca Divulgação/ Sheraton De acordo com uma pesquisa do HotéisRIO, a taxa média de ocupação hoteleira na cidade está em 72,36% durante o período do evento, de 15 a 18 de abril. Esse desempenho é ligeiramente acima da média registrada por conta do evento em 2023, que ficou com 72,25%. Como o evento será realizado no Riocentro, a maior demanda (86,78%) foi por hotéis localizados na região da Barra da Tijuca e do Recreio dos Bandeirantes, ambos na Zona Oeste e próximos ao local do evento. Em seguida, a pesquisa aponta maior procura nos bairros da Zona Sul, Ipanema e Leblon (75,81%), Flamengo/Botafogo (69,80%), Copacabana/Leme (67,03%).

G1

Sun, 14 Apr 2024 08:00:19 -0000 -


Documento mostra que Diego de Lima Gualda apresentou carta de renúncia no dia 8 de abril, dois dias após Elon Musk atacar Alexandre de Moraes no antigo Twitter. A rede X vai ser derrubada pelo STF? O representante e administrador da rede social "X" no Brasil, Diego de Lima Gualda, apresentou carta de renúncia ao cargo, de acordo com documento da Junta Comercial de São Paulo. A renúncia foi protocolada no dia 8 de abril, dois dias depois de o dono da rede social, Elon Musk, atacar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo a ficha cadastral da empresa, Gualda foi designado representante do X no Brasil em agosto de 2023. O documento cita que ele foi nomeado como procurador e administrador da rede social no país. Além disso, Gualda, que é advogado, também ocupou cargo de diretor jurídico do antigo Twitter no Brasil. Antes do X, ele trabalhou em outras empresas, inclusive como representante do Yahoo. O g1 tenta entrar em contato com o advogado. Governo tira publicidade do X, diz Secom Musk e Moraes Twitter passou a se chamar X Alamy via BBC No dia 6 de abril, Elon Musk usou a própria rede social para acusar Alexandre de Moraes de censura e de ameaçar prender funcionários da rede social no Brasil. Ele também disse que poderia reativar perfis bloqueados por determinações judiciais. No dia seguinte, Moraes determinou que a conduta de Elon Musk fosse investigada e ordenou que o antigo Twitter não desobedeça às decisões judiciais, sob pena de multa de R$ 100 mil para cada perfil bloqueado que for reativado. Na decisão, Moraes afirmou ter visto indícios de obstrução de Justiça e incitação ao crime nas atitudes de Musk. Além disso, o ministro entendeu que o bilionário usou as redes sociais para espalhar desinformação e desestabilizar instituições do Estado Democrático de Direito. "Na presente hipótese, portanto, está caracterizada a utilização de mecanismos ilegais por parte do 'X'; bem como a presença de fortes indícios de dolo do CEO da rede social 'X', Elon Musk, na instrumentalização criminosa anteriormente apontada e investigada em diversos inquéritos", escreveu. Em outro trecho da decisão, o ministro escreveu em letras maiúsculas: "AS REDES SOCIAIS NÃO SÃO TERRA SEM LEI! AS REDES SOCIAIS NÃO SÃO TERRA DE NINGUÉM!" Após a decisão de Moraes, Elon Musk fez novos ataques ao ministro. O bilionário publicou que Moraes é um "ditador brutal" e que tem o presidente Lula "na coleira". A Polícia Federal deve ouvir representantes no Brasil da rede X nos próximos dias. LEIA MAIS: Milei se encontra com Elon Musk e oferece apoio para o bilionário em investigações do STF no Brasil Eventual pedido de depoimento de Musk exigiria cooperação internacional Comissão de Segurança da Câmara, reduto de oposicionistas, aprova moção de aplauso e louvor a Musk VÍDEOS: mais assistidos do g1

G1

Sat, 13 Apr 2024 04:13:42 -0000 -


Não ficou claro como esse apoio poderia acontecer. Após ameaças de Musk, dono da plataforma X, ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, Moraes solicitou a investigação do bilionário pela Justiça brasileira. Milei se encontra com Elon Musk em 12 de abril de 2024. Reprodução/redes sociais O presidente da Argentina, Javier Milei, e o dono da rede social X (antigo Twitter), Elon Musk, se encontraram no Texas, nos Estados Unidos, nesta sexta-feira (12). Milei ofereceu apoio a Musk nos processos da Justiça brasileira em que o bilionário está sendo investigado, disse o porta-voz do presidente argentino, Manuel Adorni. (Leia mais abaixo) Não ficou claro como esse apoio de Milei a Elon Musk poderia acontecer. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Nos últimos dias, Elon Musk teve desavenças com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes nas redes sociais, em que o bilionário dono do X utilizou sua plataforma para atacar Moraes e ameaçar reativar contas desativadas em processos movidos pelo tribunal. Segundo Adorni, Milei e Musk também prometeram trabalhar juntos para promover soluções de livre mercado. Após ameaças de Musk a Moraes, o ministro determinou a investigação do bilionário americano e ordenou que a rede X não desobedeça a ordens judiciais dadas pelo STF. (Leia mais abaixo) Saiba quem é Elon Musk, bilionário americano dono da rede social X Relembre o histórico do embate entre Musk e Judiciário brasileiro Ataques a Moraes Desde o último domingo (7), Elon Musk vem atacando Alexandre de Moraes e ameaçando reativar perfis de usuários bloqueados na rede social X pela Justiça brasileira no âmbito de dois inquéritos que Moraes é relator no STF: o das milícias digitais: que investiga ações orquestradas nas redes para disseminar informações falsas e discurso de ódio, com o objetivo de minar as instituições e a democracia. o do 8 de janeiro: que investiga a tentativa de golpe no Brasil por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. "Por que você está exigindo tanta censura no Brasil?", questionou Musk, em inglês. No curso das apurações dos inquéritos, ao longo dos últimos anos, Moraes determinou que as redes sociais bloqueassem a conta de alguns investigados. De acordo com o ministro, eles usavam as plataformas para o cometimento das práticas irregulares, que estão sendo investigadas. Investigação Após as ameaças e ataques de Elon Musk a Alexandre de Moraes, o ministro do STF determinou que a conduta do empresário seja investigada em novo inquérito. Moraes também incluiu Musk entre os investigados no inquérito já existente das milícias digitais. O ministro ordenou ainda que a rede X não desobedeça a nenhuma ordem da Justiça brasileira. E estipulou multa de R$ 100 mil para cada perfil que seja reativado irregularmente. Para investigar Musk, Moraes afirmou que viu indícios de obstrução de Justiça e incitação ao crime nas atitudes do bilionário nos últimos dias. A Polícia Federal deve ouvir representantes no Brasil da rede X nos próximos dias. LEIA TAMBÉM: Ameaça de Irã atacar Israel é 'real', diz Casa Branca; países orientam cidadãos a não viajar para a região Após pacto, idosa de 80 anos guarda cadáver de amiga em maleta por 1 ano no Chile Príncipe William faz primeira aparição pública desde anúncio de câncer da princesa Kate Javier Milei, presidente da Argentina, se encontrou com Elon Musk, dono do X (antigo Twitter) no Texas, Estados Unidos, em 12 de abril de 2024. Reprodução/redes sociais

G1

Fri, 12 Apr 2024 18:12:13 -0000 -


Processadores vão concorrer com semicondutores de IA das gigantes Intel e Nvidia. Além disso, elas entram na disputa com outras big techs que têm seus próprios chips, como Amazon e Microsoft. Meta e Google revelam nova geração de chip de inteligência artificial AP/Reuters A Meta, dona do Facebook, do Instagram e do WhatsApp, e a Alphabet, controladora do Google, anunciaram nesta semana a nova geração de seus chips (processadores) de inteligência artificial exclusivos para empresas. Segundo a agência Reuters, a Meta já planejava implementar uma nova versão de um chip de data center para lidar com a crescente quantidade de potência de computação para executar produtos de IA no Facebook, Instagram e WhatsApp. A nova geração, chamada de MTIA, será capaz de alcançar três vezes o desempenho de seu processador de primeira geração, disse a companhia. Já o Google afirma que o seu equipamento, chamado de Axion, vai ajudar a aprimorar aplicativos, bancos de dados, caches de memória, processamento de mídia e treinamento de IA, de acordo com o Business Insider. Com esses anúncios, Google e Meta agora podem reduzir a dependência de empresas como Intel e Nvidia, que são grandes fabricantes de semicondutores, segundo o portal de tecnologia The Verge. Além disso, as big techs passam a concorrer com Intel e Nvidia, mas não só com elas, já que Amazon (Web Services) e a Microsoft (Azure) também têm seus próprios processadores. Veja abaixo detalhes dos novos equipamentos: Meta MTIA Meta MTIA Divulgação/Meta A taiwanesa TSMC vai produzir a nova geração de chip de IA da Meta. O equipamento é chamado MTIA e foi criado exclusivamente para data centers (ou centros de dados, na tradução para o português). Segundo a empresa, o semicondutor é capaz de fornecer "recomendações de alta qualidade aos usuários". Ele faz parte de um amplo esforço no processo de desenvolvimento de chip de silício personalizado da empresa, que inclui também olhar para outros sistemas de hardware. O equipamento ajudará a Meta a reduzir sua dependência dos chips de IA da Nvidia e a reduzir seus custos de energia em geral. Além de construir os chips e hardware, a Meta tem feito investimentos significativos no desenvolvimento de software necessário para aproveitar o poder de sua infraestrutura da forma mais eficiente. A empresa disse que possui vários programas em andamento "que visam expandir o escopo do MTIA", incluindo o suporte a cargas de trabalho ainda mais complexos. Google Axion Google Axion Divulgação/Google Produzido pela britânica Arm, o processador da gigante das buscas também foi desenvolvido para data centers e pode lidar com qualquer atividade, desde anúncios no YouTube até fazer análise de big data, dentre outras, segundo o Washington Post. "O Axion oferece desempenho e eficiência energética líderes do setor e estará disponível para clientes do Google Cloud ainda este ano", disse a empresa. "Os clientes poderão usar o Axion em muitos serviços do Google Cloud, incluindo Google Compute Engine, Google Kubernetes Engine, Dataproc, Dataflow, Cloud Batch e muito mais", completou. Eles são uma das poucas alternativas viáveis aos avançados processadores da Nvidia, embora os desenvolvedores só possam adquiri-lo por meio da plataforma de nuvem do Google e não comprá-los diretamente. A empresa disse que ele tem desempenho superior aos chips x86 e aos chips Arm de uso geral na nuvem. Robô que faz vídeo com inteligência artificial comete gafes Robô que faz vídeo com inteligência artificial comete gafes Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Vídeos com ajuda a pessoas em mercados ganham milhões de visualizações Vídeos com ajuda a pessoas em mercados ganham milhões de visualizações

G1

Fri, 12 Apr 2024 13:08:25 -0000 -


Distribuição de prêmios com fins beneficentes precisa de autorização do Ministério da Fazenda e deve cumprir várias exigências. Sorteios identificados pelo g1 não informam seus números de registros nem quais instituições serão beneficiadas. Emerson Falkevicz e Willian Braz Reprodução/Instagram As redes sociais têm sido usadas por influenciadores com milhões de seguidores para divulgar vídeos em que fazem doações a pessoas que precisam de ajuda. Alguns deles, além das doações, fazem sorteios com vendas de números, com a promessa de reverter o valor arrecadado para projetos sociais. Segundo especialistas, sorteios filantrópicos só podem ser realizados por empresas ou organizações da sociedade civil, e não por pessoas físicas, e dependem de autorização do Ministério da Fazenda. Quando em desacordo com a lei, essa prática pode ser classificada como uma rifa, considerada uma contravenção penal (como acontece com o jogo do bicho). Isso porque a modalidade envolve pagar para participar de um jogo cujo resultado depende exclusivamente da sorte. "O problema está no ato de pagar por um número em troca da mera possibilidade de receber um prêmio que você não tem como controlar", explica o advogado Thiago Valiati, especialista em direito administrativo e sócio do escritório Razuk Barreto Valiati. Influencers ganham milhões de visualizações com vídeos que mostram ajuda a pessoas em supermercados e nas ruas Quem são os influenciadores que fazem os sorteios? Entre os criadores de conteúdo que promovem os sorteios estão Emerson Falkevicz, que tem 6,1 milhões de seguidores no Instagram, e Willian Braz, que reúne 1,9 milhão. Também conhecidos como Emerson Resolve e Willian da Bondade, eles publicam em suas páginas vídeos de doações em dinheiro ou em alimentos a pessoas que encontram nas ruas. Os dois dizem que os sorteios são usados para arrecadar dinheiro para suas doações. Nas campanhas mais recentes, os influenciadores prometeram distribuir carros e celulares de luxo e oferecem o pagamento em dinheiro. Os sites divulgados pelos dois influenciadores dizem que os sorteios são baseados nos resultados da Loteria Federal. Ambos afirmam que valor arrecadado será revertido em ações filantrópicas, mas não detalham as instituições que serão beneficiadas. O g1 perguntou ao Ministério da Fazenda se as empresas Emerson Falkevicz, ligada ao influenciador, e Lorenza Empreendimentos e Desenvolvimento Pessoal Ltda., apontada como organizadora dos concursos de William Braz, tinham autorização para a realização de promoções comerciais. A pasta negou. O g1 entrou em contato com os dois, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. A página promovida por Falkevicz diz ainda que a campanha cumpre a lei por envolver um sorteio filantrópico que destina o que arrecada para "ajudar pessoas necessitadas com alimentos, educação, saúde". Sorteio promovido por Emerson Falkevicz, também conhecido como Emerson Resolve Reprodução Sorteio promovido por Willian Braz, também conhecido como Willian da Bondade Reprodução Entenda as regras para sorteios A realização de sorteios, por si, não é ilegal. Porém, a prática deve cumprir uma série de requisitos estabelecidos pela Lei nº 5.768, de 1971, que trata da distribuição gratuita de prêmios. Entre vários pontos, a lei determina que: os sorteios precisam de autorização do Ministério da Fazenda por meio do Sistema de Controle de Promoções Comerciais (SCPC), que permite consultar promoções em andamento por meio deste link; não pode haver distribuição de prêmios em dinheiro; a distribuição de prêmios só pode ser feita por pessoas jurídicas, como empresas e organizações da sociedade civil, e não por pessoas físicas; os sorteios com fins beneficentes só podem ser realizados por organizações da sociedade civil que se dediquem exclusivamente a atividades filantrópicas; os sorteios devem obedecer aos resultados da extração das Loterias Federais. Os sorteios voltados para causas sociais se enquadram nas chamadas "operações filantrópicas", que têm requisitos mais rígidos, segundo Valiati. "Por exemplo, deve haver prova de que a propriedade dos bens a sortear tenha se originado de doação de terceiros devidamente formalizada", diz o advogado. E o recurso arrecadado, necessariamente, precisa ser revertido para a atividade ao qual as entidades foram criadas. "Não são autorizados sorteios que proporcionem lucros imoderados. E a autorização não pode ser utilizada para explorar de sorteios como forma de renda", diz o advogado Gleibe Pretti, professor da faculdade Estácio. Em qualquer modalidade de sorteio, é preciso dar informações claras aos participantes. "A divulgação deve ser ampla e transparente, informando o regulamento, a data e o local do sorteio, e o contato de quem está organizando", afirma Pretti. A distribuição de prêmios sem autorização ou em desacordo com a regulamentação pode levar à cassação da autorização, à proibição de realização de sorteios por até dois anos e a multa de até 100% do valor total dos prêmios. Vídeos com ajuda a pessoas em mercados ganham milhões de visualizações

G1

Fri, 12 Apr 2024 10:35:42 -0000 -


Fenômeno não acontece só no Brasil. De um lado, há quem defenda o incentivo a fazer o bem; do outro, especialistas em direitos humanos criticam exposição de pessoas em situação de vulnerabilidade. Vídeos com ajuda a pessoas em mercados ganham milhões de visualizações Uma câmera se aproxima de uma pessoa que está pedindo dinheiro para comprar alimentos em um supermercado. Quem está filmando pergunta: “Topa entrar e comprar tudo o que você quiser?” A gravação acompanha o indivíduo selecionando, emocionado, os produtos nas prateleiras, e termina com ele agradecendo imensamente pelo auxílio. 📱Esse enredo, com variações, tem se multiplicado nas redes sociais. Os vídeos produzidos a partir de cenas como a descrita acima alcançam milhões de visualizações para os influencers que os produzem. 🤳🏽O g1 encontrou, no Instagram e no TikTok, sete produtores de conteúdo brasileiros que criam vídeos com esse perfil, de vários locais do país, como Curitiba, São Paulo e Maceió. Todos são homens e têm entre 1 milhão e 6 milhões de seguidores (leia mais abaixo). Outras páginas replicam esse material, ampliando o alcance. 🌍 O fenômeno não acontece só no Brasil. Existem vídeos semelhantes em perfis do México, de Portugal e dos Estados Unidos. O maior youtuber do mundo, o americano Mr Beast, dedica uma seção de seu canal a ações do tipo e afirma já ter dado mais de 20 milhões de refeições a pessoas necessitadas. O youtuber também produz vídeos em que mostra doações de alto valor, como uma casa doada de gorjeta a um entregador de pizza. Em uma versão brasileira, um influencer entregou, de presente, uma moto ao entregador. Sorteios filantrópicos feitos por influenciadores: o que diz a lei 'Quero que este gesto se multiplique', diz influenciador Com a divulgação dos vídeos, os produtores de conteúdo dizem que querem influenciar positivamente quem assiste. “A ideia de divulgar essas ações nas redes sociais tem o propósito de inspirar e motivar outras pessoas a fazerem o mesmo. Quero que esse gesto se multiplique”, disse Felipe Martins, um músico de Maceió que tem as redes sociais como principal fonte de renda. Perguntado sobre quanto já doou a terceiros, ele não revelou. “Nunca me interessei em calcular esses valores, pois para mim o gesto de carinho e a ação solidária estão acima de tudo”. Professor de educação física em Natal, Leandro Pessoa contou que inicialmente ajudava pessoas nas ruas sem filmar. Mas, ao registrar as ações e divulgar, passou a ver o impacto que causava. "Recebi muitas mensagens lindas dos meus seguidores falando que, através do vídeo, eu mudei o dia deles. Pessoas com depressão, ansiedade, que se sentem outras depois que assistem aos meus vídeos". Pessoa disse ter gastado mais de R$ 20 mil nos vídeos de ajuda, e que o dinheiro que ganha vem sobretudo das aulas que dá, e não da monetização nas redes. Empresário e influencer de São Paulo que mescla os vídeos de ajuda com outros de culinária, Alex Granig afirmou já ter doado mais de R$ 100 mil – e outros R$ 500 mil por meio de vaquinhas virtuais que promove em seus canais. "Hoje a minha renda é diversificada. Tenho imóveis, ações, criptomoedas e diversos canais na internet, além do canal Alex Granig, que é de ajudas sociais. Sou criador de diversos canais, como Nayara Granig (a mulher dele), Bruxinha das Receitas, entre outros, em diversos idiomas", descreveu o influenciador. 'Idolatria, cancelamento... Tudo isso vira engajamento', diz psicanalista “Minha intenção com os vídeos não é expor a vida de ninguém, mas, sim, ajudar e inspirar você que tá assistindo a fazer o bem pelo próximo também”, justificou-se, em uma postagem, o influenciador Emerson Falkevicz, conhecido como “Emerson Resolve”, de Mafra (SC). Para o psicanalista e analista de cultura e comportamento Lucas Liedke, este formato de conteúdo, de fato, pode passar uma mensagem positiva, como a de "inspirar algumas pessoas a também fazerem doações para quem está em situação de vulnerabilidade" ou a de "se envolver em algum tipo de trabalho social”. Contudo, há também quem critique a exposição dos beneficiados, em comentários nas próprias contas dos influenciadores. Liedke entende que este tipo de conteúdo pode instigar diversas reações - todas elas, entretanto, podem se traduzir em interações com as contas dos influenciadores nas redes sociais. “É um tipo de conteúdo que é alegre, mas é triste, parece correto, mas parece errado, e isso gera afetos conflitantes em quem está assistindo. Faz as pessoas quererem se posicionar contra ou a favor, gera discussão, desperta idolatria ou tentativas de cancelamento, e tudo isso vira engajamento [nas redes]”. Ações sociais gravadas podem parecer atitude nobre, mas não são, diz socióloga Segundo a doutora em serviço social e mestre em sociologia Jucimeri Isolda, os influencers se beneficiam financeiramente com a projeção desses vídeos nas redes. Para ela, há uma exploração da pobreza das pessoas que recebem ajuda. “É explorada a sua condição de indignidade, de vulnerabilidade extrema, de situação de pobreza, de precarização e de desproteção. Pode parecer uma atitude nobre, mas não é”, afirmou. “Subalternidade é o que tem de pior na condição da vulnerabilidade, porque é essa falta total de protagonismo e autonomia até para dizer ‘não, não quero participar disso’”. É permitido filmar essas pessoas sem consentimento? A advogada Luciana Marin Ribas, doutora em direitos humanos pela USP, ressaltou o direito à imagem das pessoas filmadas. "Se você filma alguém e veicula sua imagem, é necessário ter autorização expressa dessa pessoa", explicou. Os influencers que responderam à reportagem, Felipe Martins, Leandro Pessoa e Alex Granig, afirmam que solicitam a autorização de imagem de todas as pessoas que aparecem nos vídeos. Emerson Falkevicz (conhecido como "Emerson Resolve"), Willian Braz (conhecido como "Willian da Bondade"), Iago Felipe (conhecido como "Iago Milionário") e Derick Silverio não responderam aos questionamentos do g1. Idosa ganhou R$ 500 de influencer e R$ 600 de homem que não a filmou Isa Nascimento dos Santos, de 74 anos, ou dona Isa, como é conhecida, mora sozinha em uma casa na Zona Leste de São Paulo. Ela é de Jequié, na Bahia, e chegou à capital paulista aos 18 anos. Trabalhou a maior parte da vida como empregada doméstica e cozinheira, e, nos últimos dois anos, passou a vender panos de prato na rua. Ela tem o sonho de, antes dos 80 anos, voltar para Jequié e comprar sua primeira casa própria. “A gente fica cansada, mas não pode desistir. Eu não tenho mais idade para isso, mas eu preciso [trabalhar]”. Neste ano, Isa recebeu ajuda do influencer Willian Braz (“O Cara da Bondade”), enquanto estava sentada na calçada com suas mercadorias. O influenciador a abordou e deu R$ 500 – valor que a idosa leva, em média, uma semana para conseguir com as vendas. O vídeo da ação no Instagram de Willian rendeu mais de um milhão de visualizações. Isa Nascimento dos Santos, de 74 anos, vende panos de prato nas ruas de São Paulo. Paula Paiva Paulo/g1 ➡️Ao g1, Isa relatou que não sabia que estava sendo filmada e que não foi solicitada sua autorização. No entanto, ela disse que não vê problema nisso e não se incomodou em ver sua imagem na internet. “Deus tem posto muitas pessoas boas no meu caminho, outras pessoas também fazem isso”, afirmou. Ela contou que essa foi a segunda maior ajuda que já recebeu. Em outra ocasião, um homem que passou na rua e pediu seus dados fez um depósito de R$ 600 em sua conta. Neste caso, o gesto não foi divulgado. Pegadinhas, sorteios e até exigência de ficar pelado Sorteio promovido por Emerson Falkevicz, também conhecido como Emerson Resolve Reprodução Os vídeos apresentam uma variedade de abordagens. Enquanto alguns influenciadores simplesmente documentam a doação, outros condicionam o auxílio a pegadinhas e jogos de alternativas. Veja abaixo: 🔴É o caso de Iago Felipe, que se denomina “Iago milionário” nas redes. Em um vídeo, ele diz a um menino em uma loja de brinquedos: “Se você não falar no microfone, eu compro o que você quiser. Entendeu a brincadeira?”. A criança, então, responde com gestos, "e ganha o direito de escolher os itens da loja. 🔴Em outra situação, o influenciador Willian Braz aborda uma idosa na rua e oferece: "Dez reais ou girar a roleta?". Na roleta, a senhora tem a chance de ganhar até R$ 150 ou não ganhar nada. 🔴Num outro vídeo, Derick Silvério desafia dois grupos a montar quebra-cabeças e realizar gincanas -- pelados. O prêmio final é de R$ 1 milhão de reais. “[Você] Se perdeu no conteúdo, mano, antes você ajudava as pessoas sem humilhar elas”, disse um seguidor em um comentário. 🔴Há ainda dois produtores de conteúdo, Emerson Falkevicz e Willian Braz, que promovem sorteios de carros de luxo como BMWs em suas páginas. Esse tipo de sorteio precisa seguir regras: deve ser autorizado pelo Ministério da Fazenda, e só pode ser feito por empresas ou organizações da sociedade civil, e não por pessoas físicas; a venda de números só pode ser feita por instituições filantrópicas que queiram arrecadar fundos. Os sorteios promovidos pelos dois influenciadores não informam a instituição que receberá o dinheiro ou o número de registro no governo federal. O g1 perguntou ao Ministério da Fazenda se as empresas Emerson Falkevicz, ligada ao influenciador, e Lorenza Empreendimentos e Desenvolvimento Pessoal Ltda., apontada como organizadora dos concursos de William Braz, tinham autorização para a realização de promoções comerciais. A pasta negou.

G1

Fri, 12 Apr 2024 10:34:46 -0000 -


Estudo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico do Rio de Janeiro mostra o impacto econômico do maior evento de tecnologia do mundo em setores como hotelaria e alimentação. Levantamento também faz projeção para as próximas edições que acontecerão no município até 2028. Maior feira de tecnologia do mundo, Web Summit Rio Globoplay/Reprodução A Prefeitura do Rio de Janeiro está bastante otimista com a segunda edição do Web Summit Rio esse ano na cidade. A expectativa é que o maior evento de tecnologia do mundo possa injetar na economia local cerca de R$ 33 milhões por dia de encontro. O evento, que acontece entre 15 e 18 de abril, no Riocentro, na Zona Oeste do Rio, reúne startups de tecnologia e potenciais investidores de todo o mundo, além de nomes de destaque do mercado, que vão falar sobre suas experiências e novidades do setor. A projeção do município sobre o impacto econômico do evento aponta para um total de R$ 1,5 bilhão, somando as seis edições do Web Summit já previstas no calendário do Rio, entre 2023 e 2028. O estudo “Potenciais Impactos Econômicos do Web Summit Rio (2024-2028)”, elaborado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico do Rio de Janeiro também fala sobre a projeção de público nos próximos anos. O município espera ver o número de pessoas presentes no evento o dobrar, na comparação entre a 1ª e 2ª edições. “No ano passado foram cerca de R$ 17 milhões por dia inseridos na economia da cidade, pela presença de turistas que vem fazer negócios no Rio de Janeiro e dos cariocas. Esse ano a gente espera que tenha pelo menos R$ 33 milhões de impacto na economia", comentou o secretário Chicão Bulhões. De acordo com a Secretaria Municipal de Ciência e Tecnologia, a realização de um megaevento como Web Summit fortalece o ecossistema de tecnologia e inovação carioca. "Este é mais um importante passo na direção de transformar o Rio na capital da tecnologia e inovação na América Latina, principalmente pelas conexões que um evento desse porte proporciona". 40 mil pessoas por dia Se a edição de estreia do Web Summit no Rio de Janeiro, em 2023, teve ingressos esgotados e um total de 63 mil pessoas (21 mil ingressos vendidos para cada um dos três dias de evento), a expectativa para esse ano é de 40 mil pessoas por dia. Os três dias de evento podem atrair mais de 120 mil pessoas para as palestras que acontecerão no Riocentro. Segundo o secretário de Desenvolvimento Urbano e Econômico do Rio, Chicão Bulhões, esse volume de pessoas interessadas no evento é que alavancar o impacto na economia local. "A vinda do Web Summit para o Rio, um dos maiores eventos de inovação e tecnologia do mundo, têm como objetivo tornar a cidade a capital de inovação da América Latina, fortalecendo o desenvolvimento econômico do Rio, movimentando a economia e gerando emprego e renda para os cariocas", disse Bulhões. O estudo da prefeitura fez uma projeção de público para os próximos anos do Web Summit no Rio. O município acredita que as edições seguintes vão crescer gradativamente, até chegar em 2027 com 70 mil pessoas por dia, mantendo esse nível em 2028. Nesse sentido, a estimativa de público no acumulado das seis edições do evento é de 933 mil pessoas presentes. R$ 191 milhões em 2024 O estudo também apresenta números detalhados por setores e as áreas que serão positivamente afetadas pela realização do evento na cidade. Além disso, o material aponta a evolução do impacto entre os seis anos de Web Summit no Rio. O impacto econômico diário do evento em todos os setores da economia carioca pode passar de R$ 17,5 milhões em 2023, para R$ 33,3 milhões em 2024. Em 2026, a prefeitura espera que esse número ultrapasse os R$ 50 milhões por dia de evento. Só o setor de hotelaria, o mais beneficiado pela presença do Web Summit no Rio, pode sair dos R$ 9 milhões de impacto diário, da edição de 2023, para R$ 17,2 milhões, esse ano. A projeção do município indica que até 2028 esse número ultrapasse os R$ 30 milhões por dia. Web Summit deve injetar R$ 1,5 bilhão no Rio em 6 anos Arte g1 Já o impacto diário no setor de alimentação, com bares e restaurantes, pode chegar a R$ 11,5 milhões, em 2028. O valor do impacto no setor, em 2023, foi de 3,5 milhões por dia. A expectativa para esse ano é de uma injeção de R$ 6,6 milhões no setor por cada dia do evento. De acordo com os estudos da prefeitura, o impacto econômico de todo o evento em 2023 foi de R$ 100,5 milhões. Em 2024, a projeção geral é de R$ 191,4 milhões. Em 2028, último ano dos seis eventos já programados para acontecer no Rio, o município espera um impacto total superior aos R$ 300 milhões. Somando as seis edições do Web Summit já previstas no calendário do Rio, entre 2023 e 2028, a projeção do município aponta para um total de R$ 1,5 bilhão de impacto econômico na cidade. Aumento de arrecadação do ISS Além da injeção de R$ 1,5 bilhão na economia carioca, a prefeitura também aposta em um crescimento na arrecadação do Imposto Sobre Serviços (ISS). Em 2023, o Rio arrecadou R$ 409,5 milhões de impostos (ISS) do setor de tecnologia, o que correspondeu a 7,1% da arrecadação total. Segundo a prefeitura, esse foi o quinto maior pagador de imposto da cidade no ano passado. O ISS de Tecnologia, no período entre 2017 e 2022, foi responsável pela arrecadação de R$ 2,7 bilhões para os cofres municipais. A expectativa para os seis anos seguintes, entre 2023 e 2028, é de aumentar a arrecadação total do ISS de Tecnologia no período para R$ 3,6 bilhões. Para esse aumento, o estudo considera a forte presença do Web Summit na cidade, com suas edições anuais, mas também destaca a inauguração do Porto Maravalley, o maior hub de inovação e educação do país, além de programas e projetos como o IMPA Tech, Sandbox.Rio, Programadores Cariocas, ISS Tech, ISS Neutro, entre outros. 'Point de selfie' no Web Summit Rio, no Riocentro g1 Rio Para o prefeito Eduardo Paes (PSD), o Web Summit e os projetos na área da tecnologia e inovação fazem parte do plano do atual governo municipal para transformar a cidade na "capital da inovação na América Latina". "Queremos atrair cada vez mais empresas e startups para cá. O Rio vem se transformando, de olho nas oportunidades, para se posicionar como um protagonista no mapa global do mercado de tecnologia", explicou Paes. Investimento no setor Ainda nesta quinta-feira (18), o prefeito participa da inauguração do Porto Maravalley, o maior hub de inovação e educação do país, na região portuária da cidade. Em construção desde novembro de 2022, o Porto Maravalley tem como objetivo reunir empresas, startups, investidores, academias e centros de pesquisa em um mesmo espaço, proporcionando conexão e negócios entre os diversos agentes desse ecossistema. O espaço também contará com uma área voltada para a formação e capacitação de profissionais de tecnologia. Esse lado acadêmico será administrado pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), instituição de educação superior inaugurada em dezembro de 2023. O Porto Maravalley conta com uma área de 10 mil m2, onde o município investiu cerca de R$ 37 milhões para a realização das obras e compra de mobiliário. "O Web Summit é parte de uma estratégia maior da prefeitura. Ele traz as pessoas para a cidade, os estrangeiros e pessoas de todo o Brasil. E também serve para os cariocas fazerem negócios. Mas o mais importante é quando eles chegarem aqui, eles verem os projetos que estão acontecendo na cidade. Até porque, no final do dia, o que a gente quer é que mais empresas invistam no Rio e estejam aqui no Rio abrindo esses negócios ou investindo também em empresas cariocas", comentou Chicão Bulhões. Sobre o Web Summit Com o intuito de reunir startups de tecnologia e potenciais investidores de todo o mundo, o Web Summit, o maior evento de tecnologia e inovação do mundo, chega ao Rio de Janeiro para sua segunda edição na próxima segunda-feira (15). O evento de 2023, primeiro a ocorrer fora da Europa, contou com mais 100 horas de palestras, com 300 palestrantes convidados, e mais de 700 startups. Web Summit deve injetar R$ 1,5 bilhão no Rio em 6 anos Divulgação A conferência tecnológica que teve seu primeiro evento em Dublin, na Irlanda, em 2009, costuma atrair especialistas e interessados nas indústrias: fintechs, auto techs, energy techs, venture capital, soluções de software empresariais, comércio eletrônico, deeptech, inteligência artificial, big data, entre outros. O Web Summit 2024 dará grande destaque para os seguintes temas: aplicação da inteligência artificial e ações dos governos para efetivar sua regulamentação, além da interferência da geopolítica na tecnologia e o uso de matrizes energéticas. Entre os destaques da edição carioca desse ano estão confirmados: Gilberto Gil, KondZilla, Bianca Andrade, Txai Suruí, Fábio Coelho, Camila Loures, Luccas Neto, Luiza Trajano e a norte-americana Meredith Whittaker, presidente da Signal, que vai participar de uma das mesas mais aguardadas, sobre as diferentes camadas da indústria de IA.

G1

Thu, 11 Apr 2024 21:47:22 -0000 -


Usuários relatam falhas no serviço do aplicativo de delivery nas redes sociais. Empresa afirma que todos os pedidos e pagamentos afetados estão em tratativa para estorno e nenhum cliente, parceiro ou entregador será prejudicado. Entregador da Ifood Divulgação O aplicativo de delivery iFood apresenta instabilidade na tarde desta quinta-feira (11), segundo relatos de usuários nas redes sociais. Os problemas começaram por voltas das 14h e, uma hora depois, o site Downdetector, que monitora e reúne relatos de problemas no uso de serviços na internet, já registrava mais de 600 reclamações. Segundo o Downdetector, o principal problema é a finalização de compras, seguido de falhas no aplicativo. Downdetector mostra falha no iFood nesta quinta-feira Reprodução Procurado pelo g1, o iFood confirma que o aplicativo passou por um período de instabilidade na tarde desta quinta-feira e diz que o problema já foi resolvido. "A empresa afirma que todos os pedidos e pagamentos afetados estão em tratativa para estorno e nenhum cliente, parceiro ou entregador será prejudicado." No X (antigo Twitter), usuários também relatam a instabilidade. Uma pessoa escreveu que fez o pedido, pagou com cartão e já teve o valor debitado da conta, mas o aplicativo diz que o pagamento não foi processado. "Eles não respondem nem devolvem meu dinheiro", disse. Outras pessoas relatam o mesmo problema. Veja abaixo. Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Um smartphone sem apps

G1

Thu, 11 Apr 2024 18:07:04 -0000 -


Serão abertas vagas em diversos níveis, de estágio a cargos de liderança, como resultado de parceria para ocupar prédio no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), em São Paulo. Escritório do Google em São Paulo Divulgação/Google O Google planeja inaugurar seu Centro de Engenharia em São Paulo somente em 2026, mas já tem vagas abertas para o futuro espaço. A empresa não dá um número exato, mas espera contratar centenas de pessoas para cargos que vão do nível de estágio até liderança. As novas oportunidades incluem as áreas de engenharia de software, segurança, ciência de dados, entre outras. Quem for contratado vai começar a trabalhar em outros escritórios do Google e, posteriormente, poderá ser realocado para o futuro Centro de Engenharia. O primeiro espaço do tipo da empresa no Brasil, em Belo Horizonte, tem cerca de 200 funcionários. A expansão da equipe no país é resultado da parceria que o Google firmou para ocupar um prédio de 7.000 m² no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), nos arredores da Universidade de São Paulo (USP). "Isso é um dos passos na nossa jornada de mostrar que o Brasil é uma potência para talentos de engenharia e chave para o ecossistema global de inovação do Google", disse Alexandre Freire, diretor de engenharia do Google no Brasil e líder do projeto de implantação do novo espaço da empresa em São Paulo. Em entrevista ao g1, Freire explicou que os profissionais não serão contratados apenas para traduzir produtos da empresa para o português: "Vamos criar coisas aqui no Brasil que depois lançaremos para o resto do mundo". E o líder de recrutamento da empresa na América Latina, Daniel Borges, destacou o que é valorizado em candidatos nos processos seletivos da companhia. Os executivos adiantaram que: 🤝 O Google vai contratar profissionais de diversos níveis e prepara um programa de estágio para sua equipe na cidade de São Paulo, bem como vagas exclusivas para pessoas pretas e pardas e pessoas com deficiência – algumas delas estão disponíveis no link goo.gle/vagasBR; 🛠️ Do ponto de vista técnico, a empresa valoriza desenvolvedores que consigam trabalhar em várias posições na área de programação e que entendam conceitos básicos de ciência de computação, como escrever códigos eficientes; 📝 Vagas de engenharia de software exigem habilidades em inglês e experiência com linguagens de programação, além de graduação na área; 👍 Vontade de aprender coisas novas, trabalho em equipe e liderança são alguns dos valores buscados pela área de recrutamento. Veja mais detalhes sobre os pontos abaixo: Como será o Centro de Engenharia do Google em SP? Quais são as vagas disponíveis? O que o Google procura em profissionais? Como é o processo seletivo no Google? E se um candidato não atender aos requisitos? Como será o Centro de Engenharia do Google em SP? O Google anunciou em fevereiro o plano de criar na cidade de São Paulo o seu segundo Centro de Engenharia no Brasil – já existe um em Belo Horizonte, inaugurado em 2005, que também foi o primeiro do tipo para a empresa na América Latina. O espaço na capital paulista será usado principalmente na criação de soluções de privacidade e segurança para o Google, mas também será aberto para pessoas de fora participarem de cursos e treinamentos relacionados a ferramentas da empresa. A estrutura também será usada para abrigar um espaço de acessibilidade, em que desenvolvedores e autoridades poderão testar ferramentas usadas na internet por pessoas com deficiência e discutir como torná-la mais inclusiva. >>>Volte ao topo<<< Cientista e engenheiro de dados estão em alta; veja como entrar na área Quais são as vagas disponíveis? O Google já tem dezenas de vagas abertas em seu site para trabalhos como cientista de dados e consultor de segurança e privacidade — carreiras que estão em alta no mercado —, engenheiro de software e gerente de produto. Haverá posições exclusivas para pessoas pretas e pardas e pessoas com deficiência. A empresa espera ampliar a lista de oportunidades em diversos níveis. "Vamos trazer bastante gente em início de carreira com um programa de estágio que vamos lançar em São Paulo", adiantou o diretor de engenharia Alexandre Freire. "Mas também vamos contratar pessoas em posições de liderança". >>>Volte ao topo<<< O que o Google procura em profissionais? Desenvolvedores do Google trabalham principalmente com linguagens de programação TypeScript, Java, C++ e Go. Mas o diretor de engenharia explicou que a empresa busca profissionais capazes de atuar em várias posições. "No Google, temos um perfil bem generalista. Engenheiro de software deve poder resolver os problemas do stack inteiro [ou 'full stack', nome dado para desenvolvedor que pode atuar em todas as áreas de programação]", disse Freire. Mais do que saber linguagem e pacote de programação em alta, "o importante é ter a base sólida dos conceitos fundamentais de ciência da computação que não vão sair de moda", disse o executivo. Uma das qualidades valorizadas pela empresa é a capacidade de criar códigos que não consumam a capacidade de servidores de forma desnecessária. "Na nossa escala, o pessoal precisa saber escrever um algoritmo eficiente e conseguir explicar quanto tempo vai demorar para rodá-lo". >>>Volte ao topo<<< Programação ainda vale a pena? Dá dinheiro? Profissionais contam como está o setor (e dão dicas) E a empresa também costuma valorizar características pessoais de seus contratados. "Do meu ponto de vista, duas coisas importantes são a vontade de aprender e não ter medo de desafios que parecem ser impossíveis", disse Freire. "Tentamos sempre ter impacto enorme em escala inimaginável. Se você entrou aqui, é para resolver problemas grandes para bilhões de pessoas. Tem que estar com essa gana de poder encarar desafios que parecem ser muito grandes". O executivo destaca ainda que a empresa busca profissionais que demonstrem capacidade de colaboração. "Você deve ser uma pessoa que sabe jogar em time. Pode ser um superespecialista, mas você só vai ter um impacto maior se você trabalhar junto com os seus colegas". Alexandre Freire, diretor de engenharia do Google no Brasil Divulgação/Google Daniel Borges, líder de recrutamento do Google na América Latina, pontuou que a liderança também é uma característica buscada em profissionais de todos os níveis. "Medimos a liderança por meio da capacidade de resolver problemas de forma autônoma e proativa e conseguir navegar por situações ambíguas. Esses são atributos de Googleyness (termo utilizado para definir características e comportamentos valorizados pelo Google)", afirmou. >>>Volte ao topo<<< Como é o processo seletivo no Google? No processo seletivo, o Google busca entender como as experiências dos candidatos se relacionam com o cargo que eles estão buscando, explicou Borges. "Para vagas de engenharia de software, o Google exige graduação nas áreas de ciências da computação ou engenharia de software, ou experiência prática equivalente, além de habilidades de comunicação em inglês e experiência com linguagens de programação", resumiu. Para vagas de profissionais de tecnologia da informação (TI), a seleção costuma ter as duas etapas abaixo após o recebimento do currículo: 👤 Contato com o recrutador, que buscam identificar como o candidato lida com resolução de problemas e vivencia seu dia a dia no trabalho 💻 Entrevistas técnicas sobre código e design de sistemas, em que são discutidos temas como estrutura de dados e algoritmos Imagem de projeto do centro de engenharia do Google em São Paulo, previsto para ser inaugurado em 2026 Divulgação/Google As exigências variam de acordo com o grau de experiência esperado na vaga. O profissional de nível intermediário "deve ser capaz de conduzir o desenvolvimento e o progresso dos projetos, além de resolver problemas e orientar os membros mais juniores do time". Já a liderança "deve ser responsável pelos resultados e saber como resolver problemas complexos, ao mesmo tempo em que inspira e influencia os demais". O Google também conta com esta página, em que oferece detalhes sobre como as contratações são feitas, e um canal no YouTube com dicas sobre cada posição. >>>Volte ao topo<<< E se o candidato não atender aos requisitos? A empresa diz que tem um compromisso de aumentar a representatividade em sua força de trabalho ao redor do mundo e, por isso, além de se inscrever em cursos, é possível concorrer a vagas em programas de inclusão do Google. Um deles é o Prep Tech, que dá a mulheres e/ou pessoas que se declaram pretas, pardas e indígenas um curso preparatório para o processo seletivo na área de engenharia de software. O programa está com inscrições abertas até 12 de maio, e as inscrições podem ser feitas neste link. O curso será realizado pela internet e vai durar quatro meses. Os selecionados vão estudar dados, algoritmos e inglês, além de acompanhar palestras de funcionários do Google e participar de um programa de mentoria. Imagem de projeto do Centro de Engenharia do Google em São Paulo, previsto para ser inaugurado em 2026 Divulgação/Google >>>Volte ao topo<<< LEIA TAMBÉM: Programação ainda vale a pena? Dá dinheiro? Profissionais contam como está o setor (e dão dicas) Segurança da informação tem salário de R$ 38 mil, mas não encontra profissionais; veja como entrar O que faz um engenheiro de dados? Profissão tem salário alto e deve bombar em 2024 Segurança da informação em alta: veja como entrar no setor Programação em alta: veja como começar no setor

G1

Thu, 11 Apr 2024 08:30:06 -0000 -


Bilionário, que no fim de semana ameaçou descumprir decisões do STF, também compartilhou fake news sobre sistema eleitoral dos EUA e foi desmentido por autoridades de 3 estados americanos. Elon Musk, em junho de 2023, em Paris, na França REUTERS/Gonzalo Fuentes Antes de atacar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e ameaçar descumprir decisões judiciais, Elon Musk usou o X (antigo Twitter), do qual é dono, para questionar a condenação de um político da Bélgica por compartilhar memes racistas e uma ação que tramita na Justiça alemã contra um político por uso de slogan nazista. Musk também usou o X para compartilhar uma mensagem falsa sobre o sistema eleitoral dos Estados Unidos, que foi desmentida por governos de três estados. Participe do canal do g1 no WhatsApp Elon Musk: de onde vem a fortuna do bilionário e quais empresas ele comanda Quem é Elon Musk Para Pablo Ortellado, professor da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador das redes sociais, os ataques ao STF são mais graves, por embutirem uma ameaça de descumprimento de decisão judicial. Veja mais sobre os três casos abaixo e, a seguir, a avaliação do especialista. 🔴12 de março: Musk questiona condenação por racismo na Bélgica O ex-parlamentar e ativista de extrema direita belga Dries Van Langenhove foi condenado a 1 ano de prisão por espalhar conteúdos racistas e nazistas por meio de um aplicativo de conversas. Os conteúdos, segundo a agência de notícias Associated Press, incluíam piadas macabras sobre diversos temas, da fome na África aos campos de concentração do Holocausto. “O réu elogiou a ideologia nazista, que causou e continua a causar sofrimento incalculável a inúmeras pessoas. O processo mostrou que ele quer minar a sociedade democrática e substituí-la por um modelo social de supremacia branca”, afirmou o juiz Jan Van den Berghe, segundo a agência de notícias Associated Press. No dia 12 de março, Musk usou uma publicação do político no X para perguntar se mais alguém havia sido condenado a prisão por "enviar esse meme em um grupo de conversa", e retuitou uma publicação de uma ativista holandesa de extrema direita que chamou a condenação de “tirania total". Após as postagens do bilionário, o secretário de estado belga para a Recuperação Econômica e Investimentos Estratégicos, Thomas Dermine, respondeu a Musk, ainda no X, que "na Bélgica, o racismo não é uma opinião. É um crime", e acrescentou que "a liberdade de expressão termina onde o ódio começa”. 🔴6 de abril: Musk pergunta 'por que é ilegal' usar slogan nazista Em 6 de abril, Björn Höcke, líder da ala mais radical do partido de extrema direita Alternativa para a Alemanha (AfD), escreveu no X que seria julgado na cidade alemã de Halle por uma citação em que, segundo o político, "expressou seu patriotismo incorretamente". Höcke vai ser julgado por ter usado, em um evento de campanha de 2021, a frase “Tudo pela Alemanha” – lema de um movimento paramilitar nazista, segundo a agência de notícias alemã Deutsche Welle. O político investigado alega que a frase foi “tirada de contexto”. No mesmo dia, Musk perguntou, também no X: "por que isso é ilegal?" Na Alemanha, qualquer apologia ao nazismo é crime. O Código Penal alemão proíbe negar publicamente o Holocausto e divulgar propaganda nazista. Isso inclui compartilhar imagens como suásticas, usar um uniforme da SS e fazer declarações apoiando a ideologia nacional-socialista. LEIA TAMBÉM CASO MARIELLE: Com Câmara dividida, CCJ analisa hoje prisão do deputado Chiquinho Brazão ECONOMIA: Inflação desacelera e sobe 0,16% em março; alta em 12 meses é de 3,93% 🔴2 de abril: Musk compartilha fake sobre sistema eleitoral dos EUA Em 2 de abril, Musk compartilhou um post de uma conta anônima que afirmava haver fraude no sistema eleitoral americano. A mensagem afirmava, falsamente, que havia um crescimento no número de eleitores que se registraram com documentos de identidade sem foto no Texas, no Arizona e na Pensilvânia. O texto indicava que esse seria um caminho para que imigrantes ilegais participassem das eleições nos EUA. No mesmo dia, Donald Trump – o virtual candidato republicano à Presidência em 2024 – repercutiu o assunto em sua rede social. “Quem são todos aqueles eleitores que se registraram sem documento de identidade com foto no Texas, Pensilvânia e Arizona??? O que está acontecendo???”. No dia seguinte, a secretária de Estado do Texas, Jane Nelson, desmentiu as alegações e os números divulgados pela conta anônima. O governo da Pensilvânia também negou o texto falso. “Os dados citados em uma postagem viral em uma mídia social em abril de 2024 NÃO representam o número de eleitores recém-registrados na Pensilvânia, e qualquer afirmação em contrário é falsa”. Stephen Richer, que faz parte da administração eleitoral do estado do Arizona, também respondeu a Musk, desmentindo os números alardeados. Musk não se retratou nem apagou o post. Ataque no Brasil é mais grave, afirma pesquisador Para Pablo Ortellado, professor da USP e coordenador do Monitor do Debate Político Digital, o ataque de Musk às instituições brasileiras é mais grave do que esses outros três episódios. Em suas publicações, Musk ameaçou descumprir decisões de Moares, a quem chamou de "ditador brutal", e defendeu o impeachment do magistrado. Para o pesquisador, nas postagens sobre Alemanha, Bélgica e EUA, Musk "está sendo um tuiteiro, meio troll". "Aqui [no Brasil], não. Ele deu um passo a mais, ele claramente disse que vai descumprir uma ordem judicial”, ressalta Ortellado. Para o pesquisador, as ações de Musk nesses casos "tem a ver com a posição da direita com a ideia de que os sistemas constitucionais defendem demais as minorias e limitam as maiorias". Guga Chacra: por que Musk não critica a China e a Arábia Saudita Musk já se declarou um "absolutista da liberdade de expressão", e estudos indicam que, após a compra do antigo Twitter pelo bilionário, o discurso de ódio cresceu na plataforma. Para Guga Chacra, comentarista e mestre em relações internacionais pela Columbia University de Nova York, Musk é hipócrita ao dizer que defende a liberdade de expressão. "A gente não pode esquecer que ele fabrica a Tesla na China, a China proíbe o Twitter, e ele jamais ousou fazer uma crítica a China", afirmou Chacra ao Estúdio i, da GloboNews. " "A Arábia Saudita condena as pessoas a [vários] anos e até a décadas na prisão por posts críticos ao esquartejador [príncipe herdeiro da Arábia Saudita] Mohammed bin Salman. O Elon Musk jamais ousou questionar, criticar, citar de forma minimamente negativa o esquartejador Mohammed bin Salman." Salman é acusado de ser responsável pela morte do jornalista Jamal Khashoggi, que foi esquartejado em 2018 na embaixada da Arábia Saudita na Turquia. 'É um hipócrita que morre de medo das ditaduras da China e da Arábia Saudita', diz Guga Chacra ao analisar polêmica criada por Elon Musk Veja outras polêmicas de Elon Musk envolvendo autoridades e decisões judiciais

G1

Wed, 10 Apr 2024 10:01:24 -0000 -


Setor é fundamental para inteligência artificial, mas ainda faltam pessoas qualificadas e nem todas as empresas têm olhado com atenção para esse universo, segundo quem está na área. 'Pode ser mais complicado para quem está iniciando', diz cientista dados sobre setor Gustavo Ramos/Arquivo Pessoal O paraense Gustavo Ramos, de 27 anos, é um cientista de dados, uma das profissões que estão no auge no mundo da TI (tecnologia da informação), principalmente por ser muito ligada à inteligência artificial. Formado em matemática, ele chegou a dar aulas em uma escola. E o domínio com números e estatísticas contribuiu para o aprendizado e a migração para a ciência de dados, no ano passado. Enquanto batalha por um emprego fixo, Gustavo aposta em trabalhos remotos e mantém uma comunidade on-line chamada "Açaí com Dados", para troca de ideias sobre o setor e para promover a profissão na Região Norte. O QUE FAZ? O cientista é responsável por trazer destaques e soluções para a empresa a partir do que é coletado pelo engenheiro de dados. Então, a estatística está muito presente no dia a dia desses profissionais, o que foi favorável para Gustavo. Cientistas de dados também trabalham mais próximo da inteligência artificial generativa, um tipo de IA capaz de criar novos conteúdos a partir de ferramentas como o ChatGPT. Daí a carreira estar em ascensão. Dados obtidos pelo g1 com a plataforma de empregos Catho mostram que a média salarial em 2024 para o cientista de dados está em R$ 7.801. Comparada a outras carreiras da área de dados, como analista e engenheiro, é a que tem uma remuneração maior. A remuneração de um cientista, em nível intermediário, pode chegar a R$ 18.700 ao mês, aponta um estudo da consultoria Robert Half divulgado no fim de 2023. Para líderes, chega a R$ 24.100. A luta dos iniciantes Gustavo ainda luta para chegar a esses patamares. O primeiro "job" em TI foi conquistado ainda em 2023, junto a uma empresa de varejo, onde ele conseguiu tirar R$ 1.200. Como freelancer, atualmente ganha pouco mais de R$ 2 mil por mês e sonha em ter um emprego com contrato CLT. Mas diz ter dificuldades para encontrar oportunidades, pois muitas empresas preferem contratar quem já tem experiência. "Na minha situação atual, como eu divido as contas da casa com outra pessoa, o valor me atende bem, mas, claro, eu gostaria de ganhar mais", diz Gustavo. Para aumentar as chances, o paraense passou a estudar a linguagem de programação Python — uma das mais importantes para a área — e fez curso técnico de ciência de dados. Uma reportagem do g1 publicada no último domingo (7) deu mais dicas para quem quer entrar na ciência de dados e também em profissões correlatas, como de engenharia e de análise de dados. "Aqui na minha região, mesmo, não se encontra tanto emprego em dados. Por isso, eu tento procurar oportunidades remotas", conta Gustavo, que mora em Ananindeua, na região metropolitana de Belém. Ainda faltam investimentos O matemático também afirma que, mesmo com a área de dados em alta, muitas empresas ainda estão atrasadas no investimento, um cenário que é confirmado por Suelane Garcia Fontes, coordenadora técnica do centro de ciência de dados do Insper. Segundo ela, existe um movimento das empresas para olharem mais para os dados, mas ainda falta maturidade para o "como investir". "Muitas (empresas) contratam o cientista e acham que só ele é suficiente. Falta maturidade para entender como estruturar isso dentro da companhia. Às vezes, ela está tão incipiente que não pensa em ter o analista e o engenheiro", explica Suelane. A coordenadora também destaca o fato de a área ser muito nova e faltarem profissionais qualificados. "Você precisa estudar e se empenhar bastante porque o setor de tecnologia muda muito rápido. Para crescer (como cientista de dados), é preciso ter conhecimentos mais sólidos", recomenda. Bruna Zamith, especialista e cientista de dados da Amazon Brasil, alerta sobre a falta de diversidade no mercado. "De alguma forma, os dados deveriam refletir a realidade. Só que, para que eles reflitam a realidade, é preciso diversidade de informações e tem que evitar vieses", diz. "E, para que isso aconteça, a gente precisa de pessoas diversas trabalhando com dados, o que ainda é inexistente na área", finaliza. Segurança da informação em alta: veja como entrar no setor Segurança da informação em alta: veja como entrar no setor Programação em alta: veja como começar no setor  Programação em alta: veja como começar no setor

G1

Wed, 10 Apr 2024 08:30:07 -0000 -

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o texto anterior foi 'polemizado' e perdeu condições de ser votado. Líderes partidários da Câmara decidiram em reunião nesta terça-feira (9) mudar o relator do projeto da Regulação das Redes Sociais e criar um grupo de trabalho para debater o assunto. O primeiro relator do texto foi o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP). A avaliação dos líderes é que Silva não conseguiu fazer o debate avançar e deixou seu texto se contaminar por polêmicas. Ainda não está definido quem será no novo relator. Também não foi estabelecido um prazo para o grupo de trabalho concluir os debates sobre o novo texto. Com a mudança de relator e a criação do grupo de trabalho, as discussões em torno do projeto devem recomeçar praticamente da estaca inicial. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou após a reunião de líderes que o texto anterior foi "polemizado" e perdeu as condições de ser votado na Casa. "Simplesmente não tem acordo. Não é questão de governo e oposição. É posição individual de cada parlamentar." "Por mais esforço e consideração que tenhamos pelo relator Orlando, não tivemos tranquilidade e apoio parlamentar para votação no plenário da Câmara", disse Lira. "O texto foi polemizado", completou. Segundo o presidente da Câmara, o grupo de trabalho funcionará por entre 30 e 45 dias. Na sequência, o projeto seguirá para o plenário da Casa. A intenção de líderes partidários é que o texto pode se expandir para além dos temas da fake news e legislar também sobre inteligência artificial. A discussão sobre o projeto de lei (PL) da Regulação das Redes Sociais voltou com força ao Congresso após os ataques do dono do X (antigo Twitter) ao Judiciário brasileiro. Musk chamou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de ditador e ameaçou descumprir ordens da Justiça e reativar contas bloqueadas no X por terem divulgado informações falsas e ataques às instituições democráticas. Os bloqueios ocorreram no curso de inquéritos dos quais Moraes é o relator. O atual texto sobre a regulação das redes, que está na Câmara, foi aprovado pelo Senado ainda em 2020. Em 2023, estava prestes a ser votado pelos deputados, mais foi deixado de lado por falta de consenso e pressão das big techs (as grandes empresas das plataformas sociais). 'Gerou uma polêmica muito grande', diz Orlando Silva, ex-relator do PL das Redes Sociais O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na esteira dos ataques de Musk, disse nesta segunda (8) que a regulação é "inevitável". O mesmo defende o governo. A decisão agora está com a Câmara. O grupo de trabalho deve debater também a regulação da Inteligência Artificial. Esse ponto, atualmente, não está no PL da Regulação das Redes. Questionado por jornalistas sobre os ataques e ameaças de Musk, Lira disse: "Não tenho nada a comentar sobre isso". O que prevê o projeto hoje Com a troca do relator e a retomada dos debates, o PL deve sofrer importantes alterações. Hoje, o texto prevê os seguintes pontos principais: Responsabilização das redes A última versão do parecer protocolado por Orlando Silva na Câmara estabelece que as plataformas poderão ser responsabilizadas civilmente por conteúdos criminosos publicados por usuários, desde que seja comprovado que a empresa ignorou riscos e abriu mão de mecanismos de moderação. A responsabilização também ocorrerá quando os conteúdos criminosos forem veiculados por meio de instrumentos pagos de impulsionamento e publicidade. As medidas alteram o Marco Civil da Internet, que prevê que os provedores somente poderão ser responsabilizados quando, após ordem judicial, não removerem conteúdos criminosos. Dever de cuidado Pelo texto, as empresas devem adotar um protocolo para analisar riscos relacionados às plataformas e seus algoritmos. Essa avaliação deverá abordar, por exemplo, a disseminação de conteúdos contra o Estado Democrático de Direito e publicações de cunho preconceituoso. A partir dessa análise, as empresas terão de adotar medidas para atenuar os riscos. O projeto também cria o chamado “dever de cuidado”, que, se ignorado, pode levar à responsabilização da plataforma. O mecanismo determina que os provedores precisam atuar de forma "diligente" para prevenir ou mitigar conteúdos ilícitos veiculados nas plataformas. A negligência da empresa ou a identificação de riscos pode levar à abertura de um protocolo de segurança. Com o início do procedimento, as plataformas poderão ser responsabilizadas por omissões em denúncias de usuários contra conteúdos criminosos disponíveis nas redes sociais. A moderação de conteúdo também está prevista no projeto. Segundo o texto, o procedimento deve seguir os “princípios da necessidade, proporcionalidade e não discriminação”. Estabelece, ainda, que as decisões a respeito de publicações devem ser comunicadas aos usuários, com os fundamentos da medida e os mecanismos de recurso. Decisões judiciais A proposta estabelece que as plataformas digitais devem cumprir, em até 24 horas, as decisões judiciais de derrubada de conteúdo criminoso. O descumprimento pode ser punido com multa de até R$ 1 milhão por hora, que pode ser triplicada se o conteúdo tiver sido impulsionado por recursos pagos. As publicações removidas e os dados de acesso do usuário responsável pelo conteúdo deverão ser armazenados por seis meses. Segundo o texto, a plataforma deve comunicar às autoridades indícios de ameaças à vida de uma pessoa. Punições Além de responsabilizações no Judiciário, as empresas que descumprirem as medidas previstas no texto poderão, por exemplo, ser punidas com: advertência multa diária de até R$ 50 milhões multa de até 10% do faturamento da empresa no Brasil multa por usuário multa de até R$ 50 milhões por infração e suspensão temporária das atividades no Brasil A proposta também prevê que todas as empresas que tiverem operações no Brasil deverão ter representantes jurídicos no país.

G1

Tue, 09 Apr 2024 19:25:56 -0000 -


Uma das pessoas mais ricas do mundo, Musk ganha dinheiro com empresas de mídia social, aeroespacial, infraestrutura e automotiva. Atualmente, ele tem uma fortuna que se aproxima de US$ 200 bilhões. Elon Musk, presidente-executivo da Tesla, Paris, França 16/06/2023 REUTERS/Gonzalo Fuentes O nome do bilionário Elon Musk vem ganhando os holofotes no Brasil após ele ter feito postagens na rede social X, antigo Twitter, atacando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e ameaçando descumprir ordens da Corte. Com uma fortuna avaliada em US$ 195 bilhões, Musk é, hoje, a segunda pessoa mais rica do planeta, segundo a Forbes. Ele só está atrás do francês Bernard Arnault, presidente do grupo de luxo LVMH, que administra a Louis Vuitton e a Sephora. Já na lista da Bloomberg, o bilionário é considerado o terceiro mais rico do mundo, com US$ 186 bilhões, atrás de Arnault e Jeff Bezos, fundador da Amazon. A riqueza de Musk vem de ao menos seis grandes empresas, como X, Tesla e SpaceX. Ele também teve participação em outras companhias, como a OpenAI, criadora do ChatGPT, que ele acabou deixando em 2018. A seguir, conheça os negócios de Musk e de onde vem sua fortuna. 🏤 Primeiras empresas de Musk Seu primeiro empreendimento foi a Zip2, uma empresa que criou em 1995 com seu irmão Kimbal e com o amigo Greg Kouri e que oferecia um diretório para encontrar empresas on-line. Ela foi vendida em 1999 para a Compaq. Pouco depois dessa venda, Musk fundou a X.com, que era uma empresa de serviços financeiros on-line e de e-mail. Um ano depois de criada, a companhia se fundiu com a Confinity, que tinha um serviço de transferência de dinheiro chamado PayPal – que acabou virando o nome do negócio. Entusiasta do bitcoin e de outras criptomoedas, ele também já se aventurou pelos ramos de energia solar, do transporte ultrarrápido, da internet via satélite e da neurociência. Leia também: 👨‍🦳 Quem é Elon Musk 🎧 O ASSUNTO: como o bilionário entrou na mira de Moraes Musk ataca a soberania nacional, diz secretário de políticas digitais do governo federal 🐦 X, antigo Twitter O Twitter é a empresa mais recente no portfólio de Elon Musk. A aquisição foi feita em 25 de abril de 2022 e, segundo a agência Reuters, o bilionário pagou US$ 44 bilhões pela rede social. Para levantar esse montante, Musk precisou de empréstimos e vendeu ações da Tesla, que passou a operar em queda na bolsa. De acordo com a CBC News, estima-se que, hoje, a plataforma vale cerca de 71% menos do que valia quando Musk a comprou, segundo uma avaliação de mercado divulgada em janeiro de 2024. Antes mesmo de adquiri-la, o empresário já era um usuário frequente do Twitter e, após a aquisição, prometeu "melhorias" na rede social. Segundo ele, a plataforma tinha um "potencial tremendo" e deveria ser uma espécie de "arena" de defesa da liberdade de expressão. Em maio de 2023, o bilionário escolheu Linda Yaccarino, ex-NBCUniversal, para assumir o cargo de presidente-executiva do Twitter. Musk passou a cuidar das áreas de design de produtos e novas tecnologias. 🚗 Tesla Desde 2004, Elon Musk é o maior acionista e o presidente-executivo da fabricante de carros elétricos fundada em 2003 pelos engenheiros Martin Eberhard e Marc Tarpenning. Diferente de outras empresas dele, a Tesla está listada na bolsa de valores de Nova York. Em 2021, era avaliada em cerca de US$ 700 bilhões e chegou, em alguns momentos, a ultrapassar montadoras tradicionais como Ford e General Motors, que têm números de produção e vendas muito maiores. Musk impulsionou a empresa a ponto de abrir uma fábrica na China, grande consumidora de carros elétricos, além da Alemanha. Com o braço Tesla Energy, a companhia também produz painéis para captação de energia solar. A Tesla ganhou notoriedade pela adoção de um polêmico sistema de semiautonomia para os carros, o Autopilot, que permite que eles dirijam sozinhos por um certo tempo, desde que o motorista mantenha as mãos no volante. Alguns acidentes e flagrantes de condutores dormindo a bordo desses veículos tornam o recurso bastante controverso até hoje. 🚀 SpaceX Em 2002, Musk fundou a SpaceX, voltada ao transporte aeroespacial. Ele também é o presidente-executivo da empresa. A SpaceX se especializou no desenvolvimento e lançamento de foguetes reutilizáveis, algo que não existia na indústria e que pode baratear as viagens. O primeiro lançamento de um foguete da companhia só aconteceu em 2008. Dez anos depois, a fim de testar seu foguete mais poderoso até então, Musk mandou um carro da Tesla para o espaço. Depois, passou a enviar satélites e também já transportou gente para fora da Terra. Em 2021, a SpaceX conquistou um marco importante no turismo espacial com o lançamento de 4 pessoas "comuns" à órbita da Terra – que até então só tinha recebido astronautas profissionais. O ricaço também faz planos para a colonização de Marte com a SpaceX. Para isso, desenvolve supernaves, como a Starship, com a qual realiza testes, ainda sem tripulantes, desde 2023. Em março, SpaceX fez seu melhor voo teste da Starship, maior nave do mundo 🛰️ Starlink A Starlink é um braço da SpaceX voltado para fornecimento de internet via satélite. Nesse segmento, Musk também concorre com Bezos e sua Blue Origin. Ambos trabalham nas chamadas "constelações de satélites", que têm o objetivo de levar conexão para áreas remotas em todo o planeta. A SpaceX está à frente na corrida e já lançou mais de 1.800 unidades. A empresa atua inclusive no Brasil, sobretudo na Amazônia. O Ibama já apontou que a expansão da tecnologia de Musk naquela também impulsiona atividades ilegais, como no garimpo. Quem é Elon Musk? 🧠 Neuralink A Neuralink é uma startup de neurociência de chips cerebrais cofundada por Musk em 2016. A empresa também tinha como criador o engenheiro Tim Hanson, que trabalhou por dois anos com o bilionário e saiu da empresa em 2018. O chip produzido pela Neuralink "conectar cérebros a computadores". O objetivo é que, no futuro, pessoas com limitações motoras possam controlar dispositivos eletrônicos, como computadores e celulares, apenas com o pensamento. Recentemente, Musk noticiou que a Neuralink fez seu primeiro implante de chip em um cérebro humano. A empresa não é a única a investir nesta tecnologia. O bilionário também tem a ambição de, mais à frente, usar o chip para alcançar a telepatia. Ele diz que isso ajudaria a humanidade a prevalecer em uma suposta guerra contra a inteligência artificial, mas especialistas adiantam que a prática não é viável. The Boring Company Musk possui ainda a The Boring Company, que projeta um sistema semelhante a um trem-bala que depende de um túnel modificado para atingir altas velocidades (sistema apelidado de "hyperloop"). Segundo o portal de tecnologia The Verge, a Boring Company começou perfurando em um estacionamento da SpaceX, na Califórnia (EUA). Agora, a empresa tenta promover os seus negócios em outras áreas e já conta com túneis em Los Angeles, Las Vegas e Chicago. O objetivo da empresa é aliviar e agilizar o tráfego de veículos em grandes cidades. Em 2022, a empresa valia quase US$ 6 bilhões, segundo a CNN norte-americana. Elon Musk ataca a soberania nacional, diz secretário de políticas digitais do governo federal Veja outras polêmicas de Elon Musk envolvendo autoridades e decisões judiciais O caso Musk e a regulação de redes sociais

G1

Tue, 09 Apr 2024 15:59:41 -0000 -


Imóvel de 57m² com sala, banheiro, cozinha e dois quartos custa R$ 120 mil. Segundo o Crea, construção deve seguir as mesmas determinações legais que obras tradicionais. Casa impressa em 3D tem 52m² Grupo Katz/Divulgação Já imaginou morar em uma casa que não foi construída com tijolo, areia e reboco? Essa realidade já é possível e tem um exemplar à mostra em Nova Lima, na Grande BH. O imóvel foi impresso em 3D e tem acabamentos, louças e mobiliário – e custa R$ 120 mil. De acordo com a empresa responsável pela construção, a técnica utilizada possibilita a criação de estruturas feitas a partir de microconcreto, matéria-prima que promete garantir mais resistência, durabilidade e economia. Segundo Daniel Katz, presidente do Grupo Katz e cofundador da Cosmos 3D, empresa responsável pela construção do protótipo, o primeiro imóvel vendido será construído na região da Costa do Descobrimento, na Bahia. Veja mais fotos da casa impressa em 3D ao final desta reportagem. Impressão A impressora usada na construção pesa quase três toneladas e ocupa um espaço de 11,91 metros de comprimento, 6,58 metros de largura e 4,22 metros de altura. A casa de 57m² tem sala, cozinha, banheiro, dois quartos – ou um quarto e um escritório. Por ser controlada por um software e um robô, a impressora chama a atenção pelo grau de precisão, reduzindo o desperdício a quase zero. Neste primeiro modelo foram necessários oito dias para a conclusão da obra, sendo quatro para o processo de impressão, dois para a montagem e outros dois para acabamentos e decorações. Mesmo sendo impressa com tecnologia 3D, a obra precisa de fundação, segundo informou Katz. “A Cosmos 3D está desenvolvendo o projeto de um prédio de até cinco pavimentos para habitação popular. A impressora oferece infinitas possibilidades de execução, para os mais variados projetos, o que oferece extrema flexibilidade de ideias para os clientes tanto para impressão de casas quanto para mobiliários e afins”, disse. LEIA TAMBÉM VIOLÊNCIA: Após morte de estudante em tiroteio, universidade federal no Rio suspende aulas GOIÁS: Funcionária entra na Justiça após demissão e acaba tendo que restituir empresa em R$ 100 mil SÃO PAULO: Amigo de motorista do Porsche passa por 2ª cirurgia e acorda do coma induzido Modelo de casa impressa em 3D que custa R$ 120 mil Grupo Katz/Divulgação Legislação O gerente do Departamento de Fiscalização do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG), Nicolau Neder, disse que, independentemente do tipo de obra, de alvenaria ou impressa em 3D, o trabalho tem que seguir determinações legais e da engenharia civil. Além disso, Neder falou que o projeto arquitetônico precisa sempre de aprovação da prefeitura da cidade onde a obra será realizada. Na impressão 3D as regras não mudam. É preciso ter os projetos da fundação, arquitetônico, hidrossanitário e de eletricidade (leia mais abaixo). Como está sendo feita a primeira 'impressão' 3D de casa com dois andares dos EUA Bairro com casas feitas em impressora 3D começa a ser inaugurado no Texas Responsável técnico Para a construção em 3D, Neder explicou que o responsável técnico também é uma das exigências mantidas. Ele falou ainda que o profissional que executa o projeto e a construtora têm que ser habilitados. O engenheiro afirmou que todas os projetos de construção civil devem ter segurança, porque a técnica utilizada é de responsabilidade de quem executa o trabalho. “O profissional habilitado é a garantia de que o serviço será realizado da melhor forma possível”, ressaltou. O gerente disse também que toda construção deve apresentar projetos complementares, como o de eletricidade e o hidrossanitário (leia mais abaixo). Projetos Hidrossanitário O projeto hidrossanitário engloba toda a distribuição de água fria, água quente, esgoto e água pluvial na edificação. Ele é essencial para que a água que vem da concessionária chegue até as peças de utilização, como chuveiro e torneiras, por exemplo. Fundação O projeto de fundação é o responsável por garantir a estabilidade e a segurança da estrutura, seja ela uma casa, um prédio, uma ponte, etc. Arquitetônico O projeto arquitetônico ou projeto de arquitetura é a atividade técnica da criação de uma obra de arquitetura. Eletricidade O projeto de eletricidade garante a correta instalação elétrica em uma obra. Arquitetos e engenheiros devem seguir uma série de cálculos que são aplicados de acordo com as normas. Veja fotos da casa Projeto de casa impressa em 3D é sustentável ambientalmente Grupo Katz/Divulgação Banheiro construído em impressão 3D Grupo Katz/Divulgação Casa em 3D pode ter dois quartos ou um quarto e um escritório Grupo Katz/Divulgação Parede feita em microconcreto e impressa em 3D Grupo Katz/Divulgação Veja vídeo de quando a primeira casa de tecnologia 3d foi colocada à venda nos EUA, em 2021: Primeira casa com tecnologia 3D está à venda nos EUA Vídeos mais assistidos do g1 Minas

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Tue, 09 Apr 2024 09:00:57 -0000 -


Apesar de salários que podem passar de R$ 20 mil, setor vive escassez de profissionais por falta de qualificação e exige bastante de quem está trabalhando nele. Gabrielle Azevedo, de 27 anos, é engenheira de dados Arquivo pessoal A brasiliense Gabrielle Azevedo, de 27 anos, é engenheira de dados em um app de delivery brasileiro, para o qual trabalha remotamente. Ela é responsável pela engenharia de plataformas, gerenciando a infraestrutura de ferramentas de visualização de dados da companhia. Gabrielle conta que, em vários momentos de sua carreira, pensou em pedir demissão do emprego porque sua área exige muito conhecimento — até por isso, esse setor vive uma escassez de profissionais (entenda mais abaixo). Outras pessoas procuradas pelo g1 e que trabalham com dados confirmam o que Gabrielle diz. Uma reportagem do g1 publicada no último domingo (7) contou que a engenharia de dados está em alta, oferece bons salários e como é trabalhar nesse cargo e em outros relacionados à área, como cientista e analista de dados. 🎲 O que faz um engenheiro de dados? É responsável por projetar, construir e gerenciar a infraestrutura de dados de uma organização. Esse profissional garante que os dados sejam disponíveis, confiáveis e estejam prontos para serem utilizados pelos demais times da empresa. A profissão é uma das mais procuradas pelas empresas, na área da TI (tecnologia da informação), segundo levantamento da consultoria Robert Half. 🤑 E o salário é alto mesmo? Dados obtidos pelo g1 com a plataforma de empregos Catho mostram que, em 2024, a média salarial do engenheiro de dados está em R$ 6.927. "Os engenheiros tiveram incremento salarial de 7% neste ano. Isso indica que as empresas estão investindo mais em estruturação, análise e engenharia de dados", diz Fabio Maeda, diretor da unidade de candidatos da plataforma de vagas. Para um profissional experiente, a remuneração média mensal fica em torno de R$ 24 mil, segundo a Robert Half. Leia também: Quem é Elon Musk, bilionário que entrou na mira de Alexandre de Moraes Dificuldades, estudo e crescimento Gabrielle começou a trabalhar no iFood como analista de dados, mas logo mudou para engenharia, por recomendação de um chefe. "Ele falou que engenharia seria mais interessante para mim e que eu tinha feito um bom trabalho até ali, me estimulando a migrar", conta. A jovem é formada em engenharia de produção pela Universidade de Brasília (UnB) e teve seu primeiro contato com dados em 2018, quando era estagiária da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Gabrielle em uma palestra de dados Arquivo pessoal Atualmente, Gabrielle recebe cerca de R$ 11 mil com carteira assinada (CLT) e reconhece que o salário nesse setor é realmente alto. No entanto, ela dá alguns alertas para quem pensa em investir nessa profissão. "Eu acho que o mais difícil é você conseguir entrar na área. Você precisa iniciar já sabendo de muita coisa, como construção de banco de dados, SQL, nuvem (cloud), versionamento de código e mais", descreve. Quem é do ramo lembra que nem sempre a graduação é o único caminho para trabalhar como analista, engenheiro ou cientista de dados. Cursos superiores podem ajudar a pessoa a ter uma base mais sólida, mas um primeiro contato com cursos disponíveis na internet já é algo vantajoso. "É preciso ter uma certa experiência. A curva de aprendizado também é bem maior do que as outras áreas da TI", completa. Veja mais dicas para começar em dados. Segundo Gabrielle, talvez, seja melhor iniciar em outra área de dados, como analista ou cientista, para depois migrar para a engenharia. O que fazem o cientista e o analista de dados Gabrielle também admite que não é uma área fácil nem para quem já tem alguma experiência. Como em outras áreas da TI, o estudo constante se torna essencial, porque tecnologia muda o tempo todo. "Eu gosto muito do que eu faço e da empresa onde trabalho, mas só no ano passado eu consegui parar em falar sobre demissão. A engenharia de dados cobra muito da gente", diz. "Parei de pensar em me demitir ao perceber que o mercado desacelerou, pagando menos em outros cargos. E a minha área está em alta e é muito difícil de entrar nela, ou seja, seria perder uma chance muito grande", reflete. "Então, só pensei que valeria a pena continuar tentando porque a empresa é ótima, meu time, também." É o fim da bolha? Vagas de tecnologia devem passar por uma desaceleração dos salários, dizem especialistas Quem já conseguiu se qualificar, passa a ficar mais exigente em relação às vagas. Esses profissionais muitas vezes são atraídos por companhias estrangeiras, que pagam em euro ou dólar, permitindo até que a pessoa trabalhe do Brasil. Esse tipo de oferta mais atraente faz com que o mercado interno tenha dificuldades para reter os talentos. "Quando vira sênior, você não quer mais trabalhar para companhias brasileiras porque dá para ganhar muito mais recebendo em dólar, e trabalhando do Brasil. Eu já recebi uma proposta para receber US$ 7 mil por mês de uma empresa gringa", diz Gabrielle. Segurança da informação em alta: veja como entrar no setor Segurança da informação em alta: veja como entrar no setor Programação em alta: veja como começar no setor  Programação em alta: veja como começar no setor  Jovens estão trocando o Google pelo TikTok na hora fazer pesquisas Jovens estão trocando o Google pelo TikTok na hora fazer pesquisas

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Tue, 09 Apr 2024 08:30:09 -0000 -


Bilionário nascido na África do Sul é dono do X, antigo Twitter, desde 2022. Também comanda a fabricante de carros elétricos Tesla e a empresa SpaceX, de voos espaciais, que tem um braço dedicado à internet por satélite, a Starlink. Quem é Elon Musk? Elon Musk, bilionário nascido na África do Sul, é figurinha constante na mídia por suas inúmeras polêmicas. Desde o último sábado (7) vem postando ataques ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e ameaçando descumprir ordens da Corte na rede social X, antigo Twitter. Musk comprou o Twitter em 2022 e uma de suas medidas foi trocar o nome que a plataforma teve por mais de 15 anos. A rede social já era usada pelo empresário como a principal forma de ele se comunicar com o público e atacar desafetos. Seu perfil tem, atualmente, mais de 180 milhões de seguidores. Antes de ser dono do X, Musk já era famoso por estar à frente da fabricante de carros Tesla, uma das primeiras a apostar somente em modelos elétricos, e da SpaceX, empresa de voos espaciais. Com ela, o magnata tem planos para colonizar Marte. A SpaceX tem ainda um braço voltado à internet via satélite chamado Starlink, que atua inclusive no Brasil. Ele também foi um dos fundadores da OpenAI, criadora do ChatGPT. Em 2022, Musk chegou a ser o homem mais rico do mundo. No último ranking anual da "Forbes", divulgado na semana passada, estava em segundo lugar, com um patrimônio avaliado em US$ 195 bilhões. Leia nesta reportagem: A trajetória de Musk Quais são as empresas do bilionário 8 filhos, a mãe é TikToker e ele diz não ter casa Colecionador de polêmicas Por que Musk comprou o Twitter A trajetória de Musk Elon Musk em foto de 13 de agosto de 2021 Patrick Pleul/Reuters Filho mais velho de um sul-africano e de uma canadense de classe alta, Musk nasceu em Pretória, na África do Sul, em 1971. Ele já foi casado duas vezes e teve oito filhos. Musk viveu na África do Sul até 1989, quando se mudou para o Canadá pouco antes do seu aniversário de 18 anos. Começou a faculdade na Queen's University em Ontário, no Canadá, mas, no meio da graduação, se mudou para a Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, onde se naturalizou cidadão americano. É bacharel em física e economia. Musk aprendeu a programar sozinho e criou jogos na adolescência. Seu primeiro empreendimento foi a Zip2, uma empresa que criou em 1995 com seu irmão Kimbal e com o amigo Greg Kouri e que oferecia um diretório para encontrar empresas on-line. A companhia foi vendida em 1999 para a Compaq. Pouco depois dessa venda, Musk fundou a X.com, que era uma empresa de serviços financeiros on-line e de e-mail. Um ano depois de criada, a companhia se fundiu com a Confinity, que tinha um serviço de transferência de dinheiro chamado PayPal – que acabou virando o nome do negócio. Em outubro de 2002, a eBay adquiriu a PayPal por US$ 1,5 bilhão em ações. Em 2004, Musk se tornou o maior investidor e assumiu o comando da recém fundada fabricante de carros elétricos Tesla, bem antes de montadoras tradicionais apostarem nesse tipo de veículo (leia mais aqui). Alguns meses antes, em 2002, Musk havia criado a sua empresa mais ambiciosa: a SpaceX, de transporte aeroespacial (saiba mais). Entusiasta do bitcoin e de outras criptomoedas, ele também já se enveredou pelos ramos de energia solar, do transporte ultrarrápido, da internet via satélite e da neuciência (leia mais). A primeira aparição dele no ranking dos bilionários da revista "Forbes" foi em 2012, com a fortuna estimada em US$ 2 bilhões. Dez anos depois, ele somava US$ 219 bilhões, quando ocupou o topo da lista pela primeira vez. Em 2021, Musk foi eleito a "Personalidade do Ano" em 2021 pela revista "Time". Em 2023, sua biografia foi lançada pelo jornalista Walter Isaacson, o mesmo que escreveu a história de Steve Jobs em 2011. Voltar ao topo Quais são as empresas do bilionário ⚡TESLA Tesla inaugura fábrica em Xangai, na China Yilei Sun/Reuters Desde 2004, Elon Musk é o maior acionista e o presidente-executivo da fabricante de carros elétricos Tesla, fundada em 2003 pelos engenheiros Martin Eberhard e Marc Tarpenning. Com sede em Austin, no Texas, nos EUA, a empresa entrou no ramo quando poucas marcas apostavam nesse tipo de veículo; o primeiro modelo foi lançado em 2009. Foi a partir daí que Musk começou a ganhar atenção da mídia. A Tesla também obteve notoriedade pela adoção de um polêmico sistema de semiautonomia para os carros, o Autopilot, que permite que eles dirijam sozinhos por um certo tempo, desde que o motorista mantenha as mãos no volante. Alguns acidentes e flagrantes de condutores dormindo a bordo desses veículos tornam o recurso bastante controverso até hoje. Musk impulsionou a empresa a crescer a ponto de abrir uma fábrica na China, grande consumidora de carros elétricos, além da Alemanha. Com o braço Tesla Energy, a companhia também produziu painéis para captação de energia solar. Empresa com ações na bolsa de Nova York, a Tesla chegou, em alguns momentos, a ultrapassar montadoras tradicionais como Ford e General Motors, que têm números de produção e vendas muito maiores. 🚀SPACEX Missão da SpaceX em 2021 foi um marco para o turismo espacial AFP/Inspiration4 Antes de se juntar à Tesla, Musk fundou, em 2002, a SpaceX, voltada ao transporte aeroespacial. Ele também é o presidente-executivo da empresa. A SpaceX se especializou no desenvolvimento e lançamento de foguetes reutilizáveis, algo que não existia na indústria e que pode baratear as viagens. O primeiro lançamento de um foguete da companhia só aconteceu em 2008. Dez anos depois, a fim de testar seu foguete mais poderoso até então, Musk mandou um carro da Tesla para o espaço. Depois, passou a enviar satélites e também já transportou gente para fora da Terra. Em 2021, a SpaceX conquistou um marco importante no turismo espacial com o lançamento de 4 pessoas "comuns" à órbita da Terra – que até então só tinha recebido astronautas profissionais. Musk não estava a bordo, mas, com o sucesso da missão, ofuscou de certa forma seus concorrentes no segmento, os também bilionários Jeff Bezos, dono na Amazon, e Richard Branson, da Virgin Galactic. O ricaço também faz planos para a colonização de Marte com a SpaceX. Para isso, desenvolve supernaves, como a Starship, com a qual realiza testes, ainda sem tripulantes, desde 2023. 🛰️ STARLINK Primeiros satélites Starlink sobrevoam o observatório CTIO no Chile Tim Abott/CTIO A Starlink é um braço da SpaceX voltado para fornecimento de internet via satélite. Nesse segmento, Musk também concorre com Bezos e sua Blue Origin. Ambos trabalham nas chamadas "constelações de satélites", que têm o objetivo de levar conexão para áreas remotas em todo o planeta. A SpaceX está à frente na corrida e já lançou mais de 1.800 unidades. A empresa atua inclusive no Brasil, sobretudo na Amazônia. O Ibama já apontou que a expansão da tecnologia de Musk naquela também impulsiona atividades ilegais, como no garimpo. OUTROS NEGÓCIOS 🧠 Ele também está envolvido na Neuralink, startup de neurociência que quer "conectar cérebros a computadores". O objetivo é que, no futuro, pessoas com limitações motoras possam controlar dispositivos eletrônicos, como computadores e celulares, apenas com o pensamento. Recentemente, Musk noticiou que a Neuralink fez seu primeiro implante de chip em um cérebro humano. A empresa não é a única a investir nesta tecnologia. O bilionário também tem a ambição de, mais à frente, usar o chip para alcançar a telepatia. Ele diz que isso ajudaria a humanidade a prevalecer em uma suposta guerra contra a inteligência artificial, mas especialistas adiantam que a prática não é viável. 🤖 Musk também foi um dos fundadores da Open AI, de inteligência artificial, a qual deixou em 2018. Quatro anos depois, a startup se tornou famosa pela criação do robô conversador ChatGPT. O bilionário, que passou a ser um crítico da OpenAI, criou sua própria empresa de inteligência artificial, a xAI. em 2023. 🚅 Musk possui ainda a The Boring Company, que projeta um sistema semelhante a um trem-bala que depende de um túnel modificado para atingir altas velocidades (sistema apelidado de "hyperloop"). Voltar ao topo 8 filhos, mãe TikToker e sem casa própria Elon Musk levou o filho X AE A-XII para visita ao presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, em Nova York, em 17 de setembro de 2023 Murat Cetinmuhurdar/PPO via Reuters A biografia "Elon Musk" , lançada em 2023, mostra o empresário como um homem infantilizado, que tirou suas ideias sobre o mundo de videogames, quadrinhos e livros de ficção científica, conforme reportou o "Fantástico", em entrevista com o autor, o jornalista Walter Isaacson. Segundo o escritor, Musk é obcecado com a ideia da humanidade estar em perigo na Terra, daí a ideia de colonização em Marte. Isso também explicaria por que ele teve tantos filhos. A LETRA X - O bilionário também seria fascinado pela letra X, uma influência dos personagens de X-Men. Além de a letra renomear o Twitter e batizar modelos de carros da Tesla , ela também aparece nos excêntricos nomes de herdeiros de Musk. Em 2020, ele deu o impronunciável nome de X AE A-XII a seu sexto filho, com a então namorada, a cantora canadense Grimes. Dois anos depois, já separada de Musk, ela afirmou que teve também uma filha com o bilionário, chamada Exa Dark Sideræl Musk. E, em 2023, a biografia do empresário revelou um terceiro bebê do ex-casal chamado Techno Mechanicus. Musk já era pai de cinco filhos do casamento com a autora de livros Justine Musk: gêmeos nascidos em 2004 e trigêmeos nascidos em 2006 — todos com nomes menos complicados, entre eles Xavier (também um personagem de X-Men). O casal ainda perdeu o primeiro bebê, que sofreu morte súbita algumas semanas após o nascimento. Após se divorciar de Justine, Musk se casou com a atriz inglesa Talulah Riley, de quem também se separou. Em 2015, Musk tirou seus cinco filhos mais velhos de uma prestigiada escola para crianças superdotadas e criou a Ad Astra, um centro privado de ensino em Los Angeles, nos EUA. Filha de Musk, Vivian Jenna Wilson, que é uma mulher trans, retificou seu nome em 2022 e não quis manter o sobrenome do pai. Ela justificou a mudança por causa de sua identidade de gênero e "pelo fato de eu não viver ou desejar estar relacionada com meu pai biológico de qualquer forma". 🏠 NADA DE CASA PRÓPRIA - Apesar de tantos investimentos, Musk já disse que vive em imóveis de amigos. "Seria problemático se eu tivesse gastado bilhões de dólares em consumo pessoal. Na verdade eu nem possuo casa própria. Estou ficando em casa de amigos. Se eu for para a baía, onde tem a engenharia da Tesla, eu percorro por quartos vagos de casas de amigos. Eu não tenho iate, eu não tiro férias", afirmou. MÃE E MODELO - A mãe de Musk, Maye, também é frequentadora das redes sociais. Modelo, ela tem atualmente mais de 1,5 milhão de seguidores no Instagram e 1 milhão no X, onde costuma defender o filho. Kimbal Musk, irmão mais novo de Elon Musk, também tem perfis públicos nas redes, onde se apresenta como chef, empreendedor e filantropo. Ele faz parte do conselho da Tesla. Elon Musk e a mãe dele, Maye Musk, no Met Gala 2022 Dimitrios Kambouris / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP AUTISMO - Em maio de 2021, durante uma aparição no programa americano "Saturday Night Live", Musk revelou que tem Síndrome de Asperger, um tipo de autismo leve. "Sei que disse ou postei coisas estranhas, mas é assim que meu cérebro funciona. Para qualquer pessoa que ofendi, só quero dizer: reinventei os carros elétricos e estou enviando pessoas a Marte em um foguete", declarou. "Vocês acharam que eu seria um cara normal e relaxado?" Assim o biógrafo Isaacson definiu Musk ao Fantástico: "Ele meio que tem personalidades múltiplas. Numa reunião faz piadas, é gentil e inspirador e tem ótimas ideias. Aí alguém diz algo que pra ele é um gatilho, e ele entra num estado que uma das amigas chama de 'modo demoníaco', muito severo com as pessoas. E aí quando volta, ele mal se lembra do que fez." Voltar ao topo Colecionador de polêmicas Musk está longe de ser um ricaço discreto. Gosta de dar entrevistas e posta quase que diariamente no X. Já apresentou por uma noite o programa de humor americano "Saturday Night Life", que só recruta celebridades, frequenta o baile Met Gala e já foi filmado fumando um cigarro de maconha durante participação em um podcast transmitido ao vivo pelo YouTube. Elon Musk fumou cigarro de maconha durante entrevista ao podcast do comentarista de Joe Rogan, em setembro de 2018 Reprodução/YouTube No antigo Twitter, seu canal preferido para se comunicar com milhões de seguidores, dispara mensagens que podem causar "terremotos" nos mercados de ações e de criptomoedas. Ele já foi até punido por isso por autoridades americanas, após um post sobre a Tesla, em 2018. Apesar de ser usuário superativo, Musk sempre se mostrou um crítico das regras do Twitter. Ele entendeu, por exemplo, que a rede social "censurou" Donald Trump ao bani-lo, no começo de 2021. A medida foi tomada, segundo o Twitter, por violação de política de uso da plataforma depois da invasão do Capitólio promovida por apoiadores do ex-presidente que não aceitavam o resultado das eleições de 2020 — uma desconfiança que Trump alimentou em seus posts nas redes. Musk acabou devolvendo o perfil a Trump depois de comprar a plataforma, em 2022. Durante a pandemia, Musk também tuitou duvidando do coronavírus e criticando o lockdown e a obrigatoriedade da vacina. Um de seus bate-bocas mais famosos na rede foi com um mergulhador que fez parte da equipe que salvou crianças presas por 9 dias em uma caverna na Tailândia, em 2018. O caso comoveu o mundo. O bilionário disse que poderia ceder um minissubmarino da SpaceX para o resgate, que era difícil e delicado. Vernon Unsworth, o mergulhador, chamou a sugestão de "manobra de relações públicas" e disse que Musk poderia "enfiar o submarino onde dói". A partir daí, os dois trocaram agressões verbais a ponto de o empresário chamar Unsworth de pedófilo. O caso foi parar na Justiça. Veja mais polêmicas de Musk. Voltar ao topo Por que Elon Musk comprou o Twitter Elon Musk e o Twitter: Uma relação antiga e polêmica Em março de 2022, o bilionário fez para assumir o controle total do Twitter, que não foi bem recebida pelos acionistas. A compra só foi concluída depois de uma longa "novela" de seis meses, entre idas e vindas. A cronologia da compra do Twitter por Musk O relacionamento entre Musk e a rede social tinha começado com a compra de 9,2% da empresa, ainda em março de 2022, o que o tornava o maior acionista individual da plataforma. A operação só veio a público no mês seguinte, pouco antes da notícia de que Musk queria ser o dono do Twitter. Semanas depois, saiu o acordo para a compra por US$ 44 bilhões. Musk disse que pagaria uma parte "do próprio bolso", com a venda de ações da Tesla, e, para o restante, precisou de empréstimos. Em julho de 2022, Musk chegou dizer que desistiria da compra, depois de levantar suspeitas sobre os dados do percentual de contas falsas existentes na plataforma. Ele também questionava o valor de mercado do Twitter. A rede social chegou a ir à Justiça para exigir o cumprimento do acordo. Mas, em setembro, no limite do prazo previsto, o negócio se concretizou. Em outubro, Musk assumiu a rede social, chegando à sede da empresa segurando uma pia, para fazer uma piada com a palavra "sink" ("pia", em inglês). Elon Musk entra na sede do Twitter carregando uma pia Reprodução/Twitter PREOCUPAÇÃO COM MODERAÇÃO - Ao se tornar o dono do Twitter, o bilionário prometeu que faria mudanças na moderação de conteúdo, o que gerou preocupação imediata com relação ao combate à desinformação nas redes. Isso porque o magnata sempre fez críticas à política de uso do Twitter. No comunicado da compra, Musk ressaltou que "a liberdade de expressão é a base de uma democracia em funcionamento'" e que o Twitter é "a praça da cidade digital onde assuntos vitais para o futuro da humanidade são debatidos". Ainda em 2022, ele reativou a conta de Donald Trump, após uma enquete na plataforma terminar com resultado favorável ao ex-presidente americano. O perfil de Trump havia sido banido da rede em 2021 por violação das regras, após a invasão do Congresso americano por um grupo de apoiadores dele que não aceitavam o resultado das eleições de 2020 — uma desconfiança que Trump alimentou em seus posts nas redes. O Facebook e o YouTube também puniram Trump com suspensão de sua conta. Na época, Musk considerou que o ex-presidente foi alvo de censura. No entanto, perfis de jornalistas foram bloqueados na "era Musk", sem que os motivos fossem explicados. O bloqueio aconteceu em um momento em que a imprensa criticava a forma como o bilionário conduzia a rede social. A rede X vai ser derrubada pelo STF? DEMISSÕES E EMOJI DE 💩 - Musk chegou a dizer que não queria comprar o Twitter para "fazer dinheiro". Mas, segundo a imprensa americana, ele prometeu aos bancos que emprestaram dinheiro para o negócio que poderia reduzir os salários dos executivos e do conselho da empresa, em um esforço para tirar custos da rede social, e desenvolveria novas maneiras de monetizar tuítes. Ao assumir o comando da plataforma passou a cobrar pelo selo de verificação de perfis, com a criação do plano pago Twitter Blue, e realizou diversas rodadas de demissão em massa de funcionários, inclusive do então presidente-executivo. Musk ficou por 6 meses como CEO do Twitter, até nomear a atual ocupante do cargo, Linda Yaccarino. Durante esse tempo, jornalistas que procurassem o time de comunicação da empresa recebiam como resposta um emoji de cocô. Sob a gestão da Yaccarino, a rede social mudou de nome e de logotipo. Voltar ao topo Leia também outras curiosidades sobre Elon Musk: Seis segredos para o sucesso do homem mais rico do mundo A misteriosa e exclusiva escola criada por Musk para educar seus filhos Executivo diz que não tem casa própria e mora em imóveis de amigos Em post, bilionário desafia Putin para um duelo

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Mon, 08 Apr 2024 19:24:11 -0000 -

Presidente do Congresso deu a declaração na esteira dos ataques de Elon Musk, dono da rede X, ao ministro Alexandre de Moraes e às decisões judicias do Brasil. Pacheco defendeu a aprovação do PL da Regulação das Redes. O presidente do Congresso e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou nesta segunda-feira (8) que a regulamentação das redes sociais é "inevitável" e "fundamental". Pacheco deu a declaração na esteira dos ataques que o bilionário Elon Musk, dono da rede social X, fez ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e às decisões judiciais no Brasil. Musk chegou a ameaçar desobedecer ordens da Justiça brasileira e reativar contas no X (antigo Twitter) bloqueadas por ordem judicial por espalharem desinformação, discurso de ódio ou ataques à democracia. Em consequência, o ministro determinou a investigação do empresário por obstrução de Justiça e incitação ao crime. Pacheco falou sobre o tema após uma reunião com ministros do governo e líderes governistas no Congresso para tratar da pauta de votações dos próximos dias. “Acho que é algo inevitável [regulação das redes]. Precisamos ter uma disciplina legal em relação a isso. Sob pena de haver discricionariedade por parte das plataformas, que não se sentem obrigadas a ter um mínimo ético do manejo dessas informações e desinformações. Ao mesmo tempo, a participação do Poder Judiciário tendo que discutir questões relativamente ao uso dessas redes sociais sem que haja uma lei”, afirmou o senador. Moraes determina que bilionário Elon Musk seja investigado no Brasil Pacheco mencionou um projeto de regulamentação das Redes Sociais que já foi aprovado em 2020 pelo Senado, mas travou na Câmara no ano passado, depois da pressão contrária das grandes empresas de tecnologia. "O Senado aprovou, em 2020, um projeto de regulamentação das plataformas digitais. Considero isso fundamental. Não é censura, não é limitação à liberdade de expressão. São regras para o uso dessas plataformas digitais, para que não haja captura de mentes, de forma indiscriminada, que possa manipular desinformação, disseminar ódio, violência, ataques a instituições", afirmou o presidente do Congresso. Agora, com as declarações de Musk, ganhou força novamente na Câmara a tentativa de aprovar o PL das Regulação das Redes Sociais (entenda mais abaixo o que o texto diz). O relator na Câmara, deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), já informou que vai pedir para a Câmara para o projeto ser pautado. De acordo com Pacheco, as redes sociais viraram um “campo completamente sem lei”, que permite a veiculação de conteúdos criminosos com o objetivo de aumentar a base de usuários e, consequentemente, o lucro. “Com mais adesão, tudo se resume a lucro, à busca por dinheiro, nessa história. É uma busca indiscriminada, antiética e criminosa pelo lucro”, disse. Pacheco argumentou que as redes sociais, pelo impacto que têm na sociedade, devem exercer um papel cívico, e isso implica responsabilidade com o conteúdo que divulgam. "Há um papel cívico que deve ser exercido pelas plataformas digitais de não permitir que esse ambiente não seja de vale tudo, para que haja adesão de pessoas e, com isso, gere mais lucro para as plataformas digitais. Espero que a Câmara possa evoluir para que a gente possa ter uma lei, uma lei federal", declarou o senador. Leia também: Elon Musk, dono do X, ataca Alexandre de Moraes e ameaça reativar contas bloqueadas pela Justiça 'Toda e qualquer empresa que opere no Brasil está sujeita à Constituição', diz Barroso em nota após ameaças de Elon Musk O que diz o PL da Regulação das Redes Sociais Alguns dos principais pontos do PL em discussão na Câmara são: Responsabilização das redes A última versão do parecer protocolado por Orlando Silva na Câmara estabelece que as plataformas poderão ser responsabilizadas civilmente por conteúdos criminosos publicados por usuários, desde que seja comprovado que a empresa ignorou riscos e abriu mão de mecanismos de moderação. A responsabilização também ocorrerá quando os conteúdos criminosos forem veiculados por meio de instrumentos pagos de impulsionamento e publicidade. As medidas alteram o Marco Civil da Internet, que prevê que os provedores somente poderão ser responsabilizados quando, após ordem judicial, não removerem conteúdos criminosos. Dever de cuidado Pelo texto, as empresas devem adotar um protocolo para analisar riscos relacionados às plataformas e seus algoritmos. Essa avaliação deverá abordar, por exemplo, a disseminação de conteúdos contra o Estado Democrático de Direito e publicações de cunho preconceituoso. A partir dessa análise, as empresas terão de adotar medidas para atenuar os riscos. O projeto também cria o chamado “dever de cuidado”, que, se ignorado, pode levar à responsabilização da plataforma. O mecanismo determina que os provedores precisam atuar de forma "diligente" para prevenir ou mitigar conteúdos ilícitos veiculados nas plataformas. A negligência da empresa ou a identificação de riscos pode levar à abertura de um protocolo de segurança. Com o início do procedimento, as plataformas poderão ser responsabilizadas por omissões em denúncias de usuários contra conteúdos criminosos disponíveis nas redes sociais. A moderação de conteúdo também está prevista no projeto. Segundo o texto, o procedimento deve seguir os “princípios da necessidade, proporcionalidade e não discriminação”. Estabelece, ainda, que as decisões a respeito de publicações devem ser comunicadas aos usuários, com os fundamentos da medida e os mecanismos de recurso. Decisões judiciais A proposta estabelece que as plataformas digitais devem cumprir, em até 24 horas, as decisões judiciais de derrubada de conteúdo criminoso. O descumprimento pode ser punido com multa de até R$ 1 milhão por hora, que pode ser triplicada se o conteúdo tiver sido impulsionado por recursos pagos. As publicações removidas e os dados de acesso do usuário responsável pelo conteúdo deverão ser armazenados por seis meses. Segundo o texto, a plataforma deve comunicar às autoridades indícios de ameaças à vida de uma pessoa. Punições Além de responsabilizações no Judiciário, as empresas que descumprirem as medidas previstas no texto poderão, por exemplo, ser punidas com: advertência multa diária de até R$ 50 milhões multa de até 10% do faturamento da empresa no Brasil multa por usuário multa de até R$ 50 milhões por infração e suspensão temporária das atividades no Brasil A proposta também prevê que todas as empresas que tiverem operações no Brasil deverão ter representantes jurídicos no país. Regulação da Inteligência Artificial Pacheco e o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) também defenderam a aprovação de um outro projeto, voltado especificamente para a regulação de ferramentas de inteligência artificial. O texto, que foi protocolado pelo próprio presidente do Senado, tem sido debatida por uma comissão, que deve apresentar, em breve, um parecer. A aprovação tem sido tratada como prioridade para Pacheco em 2024. “A internet é um advento extraordinário, mas precisa ser usada para o progresso da nação, e não para disseminação de estupidez, de violação a instituições”, afirmou o senador. 'Comodismo' Em entrevista na noite desta segunda-feira (8) à GloboNews, o autor do projeto, Alessandro Vieira (MDB-SE), disse que existe um certo comodismo em não se pautar o tema no Congresso. "Existe mais marcadamente na Câmara, mas também no Senado uma consequência muito negativa da polarização, que é o comodismo. Você congela as discussões. É mais simples, é muito fácil você mobilizar eleitorado, consolidar bases trabalhando com mentiras, desinformação, e polarização pura, do que você se dedicar para compreender o tema", disse. Segundo ele, o projeto foi amplamente discutido junto à sociedade civil e às empresas. "Eu falava para eles [empresas]: vocês não querem ter uma lei, vocês vão ter uma decisão do TSE [Tribunal Superior Eleitoral]. E é isso o que está acontecendo. O judiciário não tem a capacidade de fazer isso com a profundidade necessária. Isso é um papel do legislativo, mas se o legislativo não faz e o judiciário é demandando, ele naturalmente vai vai decidir", pontuou. Ainda de acordo com Vieira, a falta de legislação implica em não impedir tragédias que têm relação com as redes sociais. "E a gente está vendo e é, infelizmente, deve continuar acontecendo, porque tem muita gente mais preocupada em manter o seu engajamento alto para poder ter público fidelizado para as próximas eleições e não tem preocupado com as tragédias. Você tem uma declaração histriônica, meio ridícula de um bilionário dono de uma rede social, mas semanalmente a gente tem casos de suicídio, incitação a automutilação, abusos praticados pelas redes sociais e que ficam acobertados pela falta de legislação, é um drama que o Brasil tá enfrentando e que a gente não tem uma chave de saída ainda", prosseguiu.

G1

Mon, 08 Apr 2024 18:11:49 -0000 -


Embate entre o dono do X, Elon Musk, e o ministro Alexandre de Moraes, do STF, reacendeu discussão sobre proposta que responsabiliza plataformas pela veiculação de conteúdos falsos. Alexandre de Moraes e Elon Musk. Rosinei Coutinho/SCO/STF e REUTERS/Gonzalo Fuentes Os recentes embates entre o dono do X (antigo Twitter), Elon Musk, e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reacenderam a discussão sobre a necessidade de o Congresso aprovar um projeto de regulamentação das plataformas digitais – o chamado PL da Regulação das Redes Sociais. Nos últimos dias, Musk fez investidas contra decisões do STF sobre bloqueio de perfis no X. No sábado (6), o empresário afirmou que não cumpriria determinações de Moraes, e reativaria contas bloqueadas, desrespeitando ordens judiciais. Em reação, Moraes estabeleceu multa diária de R$ 100 mil para cada perfil que o X reativar sem autorização. O ministro também ordenou a abertura de investigação contra a plataforma e a inclusão de Musk no inquérito das milícias digitais. Diante do movimento de Musk, ministros e parlamentares passaram a defender a regulamentação das redes sociais. O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), relator do PL da Regulação das Redes Sociais, disse que pedirá ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), incluir a proposta na pauta de votações. O projeto torna crime a promoção ou financiamento de divulgação em massa de mensagens com conteúdo inverídico por meio de contas controladas por robôs. Também prevê mudanças na responsabilização de plataformas por conteúdos criminosos, além de estabelecer prazos para o cumprimento de decisões judiciais. O PL da Regulação das Redes Sociais já foi aprovado pelo Senado, mas não conseguiu avançar na Câmara. Em 2023, Lira chegou a entrar no circuito de articulação. Em maio passado, ao avaliar que não havia votos suficientes para aprovar o texto, ele adiou a análise da proposta no plenário da Casa. De lá para cá, o deputado analisou possíveis fatiamentos, mas o projeto não caminhou. Críticas da bancada evangélica e a pressão das big techs — gigantes do mercado da tecnologia que controlam redes sociais — sobre os parlamentares são vistas como os principais fatores do recuo do texto na Câmara. A interlocutores, no último ano, Arthur Lira chegou a sinalizar que o texto só receberia novo fôlego se houver uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que obrigue o Congresso a legislar sobre o tema. Veja nesta reportagem o que diz o PL da Regularização das Redes Sociais (clique no link para seguir ao conteúdo): responsabilização das redes dever de cuidado decisões judiciais punições Moraes, STF, inclui Elon Musk, dono do X, no inquérito das milícias digitais Responsabilização das redes A última versão do parecer protocolado por Orlando Silva na Câmara estabelece que as plataformas poderão ser responsabilizadas civilmente por conteúdos criminosos publicados por usuários, desde que seja comprovado que a empresa ignorou riscos e abriu mão de mecanismos de moderação. A responsabilização também ocorrerá quando os conteúdos criminosos forem veiculados por meio de instrumentos pagos de impulsionamento e publicidade. As medidas alteram o Marco Civil da Internet, que prevê que os provedores somente poderão ser responsabilizados quando, após ordem judicial, não removerem conteúdos criminosos. Voltar Dever de cuidado Pelo texto, as empresas devem adotar um protocolo para analisar riscos relacionados às plataformas e seus algoritmos. Essa avaliação deverá abordar, por exemplo, a disseminação de conteúdos contra o Estado Democrático de Direito e publicações de cunho preconceituoso. A partir dessa análise, as empresas terão de adotar medidas para atenuar os riscos. O projeto também cria o chamado “dever de cuidado”, que, se ignorado, pode levar à responsabilização da plataforma. O mecanismo determina que os provedores precisam atuar de forma "diligente" para prevenir ou mitigar conteúdos ilícitos veiculados nas plataformas. A negligência da empresa ou a identificação de riscos pode levar à abertura de um protocolo de segurança. Com o início do procedimento, as plataformas poderão ser responsabilizadas por omissões em denúncias de usuários contra conteúdos criminosos disponíveis nas redes sociais. A moderação de conteúdo também está prevista no projeto. Segundo o texto, o procedimento deve seguir os “princípios da necessidade, proporcionalidade e não discriminação”. Estabelece, ainda, que as decisões a respeito de publicações devem ser comunicadas aos usuários, com os fundamentos da medida e os mecanismos de recurso. Voltar Entenda o PL da Regulação das Redes Sociais Decisões judiciais A proposta estabelece que as plataformas digitais devem cumprir, em até 24 horas, as decisões judiciais de derrubada de conteúdo criminoso. O descumprimento pode ser punido com multa de até R$ 1 milhão por hora, que pode ser triplicada se o conteúdo tiver sido impulsionado por recursos pagos. As publicações removidas e os dados de acesso do usuário responsável pelo conteúdo deverão ser armazenados por seis meses. Segundo o texto, a plataforma deve comunicar às autoridades indícios de ameaças à vida de uma pessoa. 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G1

Mon, 08 Apr 2024 14:39:49 -0000 -


Total de operações desta sexta superou as 178,7 milhões de transações registradas em 6 de março de 2024 – que era o recorde anterior. Transações via PIX bateram recorde em 5 de abril Reprodução/Jornal Hoje O Banco Central informou que as transações via PIX bateram um novo recorde nesta sexta-feira (5): foram 201,6 milhões de operações em um único dia. O total de operações desta sexta superou as 178,7 milhões de transações registradas em 6 de março de 2024 – que era o recorde anterior. O recorde coincidiu com um dia de instabilidade registrada pelos bancos no acesso de clientes à plataforma. O BC, no entanto, disse que o serviço estava funcionando normalmente. "Os números são mais uma demonstração da forte adesão de pessoas e empresas ao Pix, meio de pagamento lançado pelo Banco Central em novembro de 2020", avaliou o Banco Central. O PIX é um sistema de pagamentos em tempo real desenvolvido pelo Banco Central e está em funcionamento desde novembro de 2020. Em 2022, o PIX se tornou principal instrumento do mercado, com 29% das transações, superando o cartão de crédito. Em todo o ano de 2023, as transferências de recursos e os pagamentos feitos por meio do PIX, somaram R$ 17,18 trilhões. O Banco Central prevê lançar uma nova funcionalidade para o PIX em 28 de outubro deste ano: o Pix automático. Essa modalidade do Pix vai permitir que o cliente agende previamente pagamentos que ele já sabe que precisará fazer a empresas. O Pix automático poderá ser usado, por exemplo, para pagar: contas de água e luz escolas e faculdades academias, condomínios parcelamento de empréstimos Mais de 35 milhões de transferências por PIX no valor de um centavo foram realizadas em 2023 Esse tipo de pagamento já pode ser feito através do débito automático, mas na avaliação do Banco Central, o Pix automático terá a capacidade de alcançar mais pessoas. Outra modalidade do Pix, chamada de Pix agendado recorrente, também será obrigatória a partir de outubro de 2024. O Pix agendado poderá ser usado, por exemplo, para: Mesada Doação Aluguel entre pessoas físicas Prestação de serviço por pessoas físicas (como diarista, terapia, educador físico etc)

G1

Mon, 08 Apr 2024 12:15:43 -0000 -


Inteligência artificial atual é considerada 'estreita' ou 'fraca'. Mas princípios para uma nova tecnologia mais avançada ainda não existem. - GETTY IMAGES No último ano, a inteligência artificial deixou de ser apenas uma peça de ficção científica ou uma ferramenta restrita às gigantes de tecnologia e caiu no domínio público. Na verdade, a inteligência artificial já vinha sendo usada no dia a dia das pessoas há anos, mas nem sempre essas tecnologias eram rotuladas com esse nome. As buscas por termos no Google ou assistentes de voz como a Siri são exemplos de inteligência artificial que estão sendo usadas pelo público há anos. Mas o mundo começou a abrir os olhos para a inteligência artificial a partir de 30 de novembro de 2022, com o lançamento do ChatGPT e suas habilidades quase "humanas" de realizar tarefas. O ChatGPT consegue redigir artigos em qualquer formato - como cartas, relatórios ou até mesmo poemas -, responder perguntas complexas ou resumir o conteúdo de determinados textos. Outras ferramentas que usam a mesma tecnologia conseguem gerar imagens ou sons novos a partir de ordens expressas dos usuários. Em um artigo de julho, a revista Nature disse que o ChatGPT conseguiu "quebrar o teste de Turing" - a ideia de uma máquina que consegue interagir com humanos sem que eles percebam que se trata de uma máquina. Por mais impressionante que seja o ChatGPT - e seus concorrentes que chegaram ao mercado desde então, como o Gemini do Google e o Copilot da Microsoft - quem trabalha desenvolvendo inteligência artificial diz que a humanidade está apenas na infância desta tecnologia. Até agora todos esses sistemas que citamos nesta reportagem são exemplos de uma mesma categoria conhecida como inteligência artificial "estreita" ou "fraca". Os computadores conseguem "imitar" o comportamento dos humanos para resolver problemas específicos, como gerar um texto ou analisar grandes volumes de dados. Mas o próximo passo das empresas de tecnologia e cientistas da computação é mais ambicioso. Existe uma corrida para se alcançar o que vem sendo chamado de Inteligência Artificial Geral (IAG) — uma nova geração da tecnologia que virou uma espécie de Santo Graal da indústria. O que é Inteligência Artificial Geral? Inteligência Artificial Geral poderia ajudar a criar diagnósticos e tratamentos personalizados na medicina GETTY IMAGES A Inteligência Artificial Geral ainda é uma teoria -- na prática ela não existe atualmente. A tecnologia existente hoje permite que computadores realizem tarefas específicas: dirijam um carro, joguem jogos complexos ou respondam perguntas elaboradas. A Inteligência Artificial Geral aproxima os computadores ainda mais dos humanos, com uma capacidade de usar o conhecimento de forma mais abstrata. "Nós temos muita dificuldade de falar sobre essa inteligência artificial geral, porque ainda não conseguimos nem definir exatamente o que é inteligência. A inteligência artificial seria comparável à humana, mas as máquinas já superam os humanos em muitas atividades", diz Esther Luna Colombini, professora do Instituto de Computação da Unicamp. "Elas fazem cálculos muito complexos em tempo recorde, mas não por isso necessariamente elas são mais inteligentes. Ao mesmo tempo, elas são muito ruins para fazer coisas que pra gente parecem triviais, como reconhecer a face de uma pessoa, ou ser capaz de pegar um conceito que você aprendeu e levar isso para outro cenário." Essas habilidades mais sofisticadas são justamente o que cientistas da área estão tentando aperfeiçoar. "A IA Geral vai possuir uma capacidade humana de transformar o conhecimento de uma área para a outra", explica Ana Cristina Bichara, professora de computação da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). "Isso é uma capacidade humana. Por exemplo, um médico que entenda de uma certa especialidade é capaz de usar esses conhecimentos para resolver outro problema médico." Além disso, a Inteligência Artificial Geral teria outra habilidade tipicamente humana: a de entender o que ela ainda não entende -- e buscar maneiras de se aprofundar nessas lacunas. "Dependendo de como eu enquadro o problema, eu posso achar uma solução ou não. Se eu reenquadrar o problema, eu posso achar soluções inovadoras em que eu não tinha nem pensado." Essa capacidade de abstração de pensamento permitiria que a Inteligência Artificial Geral realizasse tarefas que hoje são impossíveis tanto para humanos como para computadores, como encontrar diagnósticos e planos de tratamento específicos para pacientes a partir da análise de dados médicos. Ou descobrir formas de atacar o problema das mudanças climáticas, também a partir de análises aprofundadas sobre dados já disponíveis hoje. Diante de um problema científico, a atual inteligência "estreita" só é capaz de realizar experimentos e testar hipóteses de acordo com ideias elaboradas por humanos. Caso houvesse a inteligência artificial geral, que se pretende criar, a própria máquina seria capaz de elaborar hipóteses — algo impensável hoje. Como chegar lá? Um dos grandes problemas de se atingir o desejado Santo Graal da Inteligência Artificial Geral é que não existe hoje clareza sobre qual seria o princípio tecnológico que permitiria que uma máquina tivesse um grau de abstração parecido com o dos humanos. A atual tecnologia — a inteligência artificial estreita — é baseada em um modelo matemático de redes neurais, que segue princípios matemáticos. Algumas das teorias que sugeriam que seria possível chegar a essa tecnologia são bem antigas, ainda dos anos 1950. Mas realizar uma tarefa complexa exigia um nível de processamento de dados que as máquinas só começaram a ter recentemente. Por exemplo, digamos que se tente fazer um computador reconhecer dígitos escritos a mão por humanos - de 0 a 9. Essa capacidade é banal para uma pessoa, mas razoavelmente complexa para uma máquina. Inteligência artificial estreita é capaz de reconhecer dígitos escritos por pessoas GETTY IMAGES O processo das redes neurais, que permite que uma máquina faça isso, é separado em diferentes camadas. Na primeira camada (chamada de "input layer"), é colocada uma imagem do dígito escrita à mão. Na última camada (a "output layer"), coloca-se o dígito correto - o número que queremos que o computador produza como resposta. Entre as duas camadas, há diversas camadas ocultas ("hidden layers") que fazem todo o trabalho. Aqui, a imagem é dividida em pequenas partes -- e cada uma dessas partes é descrita em termos matemáticos. Em cada uma das camadas ocultas, essas partes vão sendo estudadas. comparadas com o número final desejado e aprimoradas. Por exemplo, um dígito "1" costuma ser escrito com um rabisco vertical longo. Ao identificar rabiscos assim, o computador vai "aprendendo" que rabiscos verticais longos provavelmente se referem ao número "1". E ele "aprende" as características de todos os números, baseados nessas pequenas partes. Essa tarefa é repetida diversas vezes, e a cada erro, o modelo matemático usado pelo computador vai sendo corrigido, até atingir uma eficiência grande. É esse aprendizado "profundo" que faz com que uma máquina consiga realizar tarefas que parecem humanas. E no caso da Inteligência Artificial Geral? No caso da Inteligência Artificial Geral não existe sequer um princípio teórico bem definido. Cientistas estão testando diferentes ideias que permitiriam que as máquinas emulassem comportamentos humanos bem mais complexos do que apenas a lógica — como criatividade, percepção e aprendizado. Alguns acreditam que seria possível alcançar essa tecnologia desenvolvendo ainda mais as atuais redes neurais artificiais — com maior sofisticação dos modelos e maior capacidade de processamento das máquinas. No exemplo anterior, isso seria alcançado aumentando o número de camadas na rede neural. Carros autônomos são exemplos de inteligência artificial estreita, ou fraca GETTY IMAGES Mas alguns dizem que isso por si só não seria suficiente para se dar um salto tecnológico dessa magnitude no campo da inteligência artificial. Seria preciso, por exemplo, construir modelos e computadores que se assemelham mais com os humanos na forma como percebem o mundo ao seu redor e fazem conexões entre os objetos. As grandes empresas de tecnologia — Google, Meta, Microsoft e Amazon, além de diversas outras startups — estão em uma corrida bilionária para atingir o "Santo Graal" da computação. Por enquanto não existe sequer uma perspectiva de quando a IAG seria criada. Mas há pessoas preocupadas com o potencial destrutivo que ela poderia ter. Ian Hogwarth é diretor de uma fundação recém-criada pelo governo britânico para pesquisar inteligência artificial. Em um artigo publicado no ano passado no jornal Financial Times, ele alertou que a Inteligência Artificial Geral seria uma espécie de “Deus em forma de inteligência artificial” — por conta de seus poderes quase ilimitados. “Recentemente, a competição entre algumas empresas para criar uma IA semelhante a Deus se acelerou muito. Elas ainda não sabem como perseguir esse objetivo com segurança e não estão sendo supervisionadas. Elas estão correndo em direção à linha de chegada sem entender o que pode estar do outro lado.” A preocupação é que sistemas de inteligência artificial como esses poderiam causar danos grandes à humanidade, seja por serem totalmente imprevisíveis ou por poderem ser desenvolvidos por agentes com más intenções. Preocupações semelhantes estão por trás de um pedido feito no ano passado por diversas personalidades do mundo da tecnologia, como Elon Musk e Steve Wozniak, para que pesquisas sobre IA sejam interrompidas por seis meses. A OpenAI, empresa por trás do ChatGPT, ressalta na página sobre seu projeto de Inteligência Artificial Geral os perigos que existem na tecnologia. "A IAG também apresentaria sérios riscos de uso indevido, acidentes drásticos e perturbações sociais. Dado que a vantagem da IAG é tão grande, não acreditamos que seja possível ou desejável que a sociedade interrompa o seu desenvolvimento para sempre; em vez disso, a sociedade e os desenvolvedores precisam descobrir como fazer do jeito certo."

G1

Sun, 07 Apr 2024 15:17:15 -0000 -


Anúncio ocorre semanas após a fabricante do iPhone ser multada em 1,84 bilhão de euros pela UE por prejudicar a competição de suas rivais, no segmento musical, por meio de restrições impostas na App Store. Logo da Apple Unsplash/ Zhiyue A Apple anunciou na sexta-feira (5) medidas para facilitar que aplicativos de streaming de música presentes na App Store em países da União Europeia informem seus usuários sobre outras formas de comprar serviços digitais, cumprindo assim uma regra do bloco europeu. O anúncio ocorre semanas após a fabricante do iPhone ser multada em 1,84 bilhão de euros pela UE por prejudicar a competição de suas rivais no segmento musical por meio de restrições impostas na App Store. A Comissão Europeia afirmou em março que as restrições configuravam condições comerciais injustas e que a empresa deveria parar com tal conduta. Após uma reclamação, em 2019, protocolada pelo serviço de streaming sueco Spotify, a Comissão acusou a Apple no ano passado de impedir a empresa e outros aplicativos de informarem usuários sobre formas de pagamento fora da App Store. Ainda na sexta, a Apple anunciou que vai permitir que desenvolvedores de aplicativos de música convidem os usuários a fornecerem seu endereço de email para receberem um link que os redireciona para o site da empresa, a fim de efetuarem lá a aquisição de conteúdos e serviços musicais, e informá-los sobre onde e como comprar itens, bem como o preço. A empresa disse que o anúncio traz "ainda mais" flexibilidade aos aplicativos de música, incluindo o Spotify, que possui 56% do mercado europeu. O Spotify não respondeu imediatamente a um pedido para comentar o caso. Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Os bastidores, as estratégias e a rotina de quem ganha a vida vendendo vídeos de sexo

G1

Sun, 07 Apr 2024 13:46:21 -0000 -


Com desafio de encontrar mão de obra qualificada, profissões seguem em alta em 2024 porque empresas valorizam cada vez mais o uso de dados na tomada de decisões. O g1 conversou com pessoas envolvidas nessas áreas para entender como está o mercado de trabalho. Cientista e engenheiro de dados estão em alta e têm salário que pode passar de R$ 20 mil; veja como entrar Arquivo pessoal No universo da tecnologia da informação (TI), as áreas de cientista e engenheiro de dados são as atuais queridinhas do momento. Elas oferecem salários realmente atrativos, mas encontram barreiras para procurar profissionais. ➡️ Eis a explicação: elas são relativamente novas e fazem parte do boom da IA generativa. As empresas estão atrás de quem realmente domina o assunto, mas são poucos aqueles que estão preparados. Quem já conseguiu se qualificar, passa a ficar mais exigente em relação às vagas. Esses profissionais muitas vezes são atraídos por companhias estrangeiras, que pagam em euro ou dólar, permitindo até que a pessoa trabalhe do Brasil. Esse tipo de oferta mais atraente faz com que o mercado interno tenha dificuldades para reter os talentos. "Quando vira sênior, você não quer mais trabalhar para companhias brasileiras porque dá para ganhar muito mais recebendo em dólar, e trabalhando do Brasil. Eu já recebi uma proposta para receber US$ 7 mil por mês de uma empresa gringa", conta a engenheira de dados Gabrielle Azevedo, de 27 anos. Outra profissão relacionada é a de analista de dados. Ela não tem tanta valorização como as outras duas nem remuneração tão alta, mas a possibilidade de crescimento profissional existe (entenda abaixo). "Dados são gerados e consumidos o tempo todo e qualquer área pode se beneficiar deles. Isso explica o porquê de estes setores estarem em alta", diz Bruna Zamith, cientista de dados da Amazon Brasil. "Hoje em dia, não tem como você fazer inteligência artificial sem ter dados. O engenheiro vai dar suporte, mas o cientista vai ter a habilidade de criar os modelos generativos, por exemplo", diz Suelane Garcia Fontes, coordenadora técnica do centro de ciência de dados do Insper. O g1 conversou com três profissionais que têm a mesma idade (27 anos), mas que estão em trajetórias e momentos de carreira diferentes. Eles falam sobre suas experiências, desafios e como está o mercado de engenharia, ciência e análise de dados. O g1 também ouviu professores e uma cientista de dados da Amazon Brasil, que falam mais sobre o mercado e dão dicas para quem tem interesse em investir nessas carreiras. Nesta reportagem, você saberá: O que fazem esses profissionais? E como está o salário? Onde posso trabalhar com dados? Preciso de formação profissional? Cursos gratuitos e comunidades de dados O que dizem os profissionais 🧑‍🔬 O que fazem esses profissionais? ➡️ Um engenheiro de dados é responsável por projetar, construir e gerenciar a infraestrutura de dados de uma organização. Esse profissional garante que os dados sejam disponíveis, confiáveis e prontos para serem utilizados pelos demais times da empresa. ➡️ O cientista de dados faz a análise dos dados obtidos pelo engenheiro e descobre coisas a partir deles. Com essas informações em mãos, ele vai trazer destaques e soluções. A estatística está muito presente no dia a dia dele. Além disso, vale observar que o cientista trabalha mais próximo de inteligência artificial generativa, um tipo de IA capaz de criar novos conteúdos a partir de ferramentas como o ChatGPT. ➡️ Já o analista vai usar os dados para preparar gráficos e gerar relatórios que ilustrem uma situação. Em outras palavras, ele traduz e transforma os dados em informações que apoiam a tomada de decisões de negócios pelo cientista, por exemplo. ⚠️ Ainda existem outros profissionais com funções relacionadas a essas acima, como engenheiros de analytics, engenheiros de plataforma de dados, engenheiros de machine learning, especialistas em DataOps e por aí vai, explica Artemísia Weyl, professora de programação e de engenheira de dados. >>>Volte ao topo<<< Leia também: Quem é Elon Musk, bilionário que entrou na mira de Alexandre de Moraes 🤑 E como está o salário? Dados obtidos pelo g1 com a plataforma de empregos Catho mostram que a média salarial em 2024 do cientista de dados está em R$ 7.801, enquanto a do engenheiro fica em R$ 6.927. Quando olhamos para o analista, a média fica em R$ 3.094, segundo o Vagas.com. Tanto o levantamento da Catho como o da Vagas.com foram feitos nos primeiros meses deste ano. Fabio Maeda, diretor da unidade de candidatos da Catho, diz que houve aumento na média salarial de profissionais na área de dados entre 2023 e 2024. "Os cientistas e os engenheiros tiveram incremento salarial de 3% e 7%, respectivamente. Isso indica que as empresas estão investindo mais em estruturação, análise e engenharia de dados". Para a consultoria Robert Half, os números podem ser ainda maiores no caso do cientista de dados. O estudo divulgado no fim de 2023 mostrou que um iniciante, que ainda está se desenvolvendo, pode receber em média R$ 14.400. Um profissional intermediário pode tirar R$ 18.700 ao mês, enquanto os líderes têm uma remuneração de R$ 24.100. "Depois da pandemia, quando houve uma série de demissões, as empresas não queriam mais pagar aqueles salários altos. Só que depois elas voltaram a contratar, mas com salários menores. Ainda assim, a remuneração para essas áreas está acima da média em relação a outras profissões", analisa Isabela Marinho Rangel, fundadora da comunidade Data & Analytics Fórum. Note que a pessoa que faz análise de dado tem média salarial menor em relação ao cientista e ao engenheiro. Segundo o profissional Raphael Pavan, isso acontece porque esse cargo é um pouco mais antigo, ao contrário do cientista e do engenheiro, que são novos (entenda mais abaixo). >>>Volte ao topo<<< 🏢 Onde posso trabalhar com dados? Ainda segundo a Robert Half, os setores que vão liderar as contratações de profissionais de dados este ano são bancos, indústrias, seguradoras, empresas de educação e de saúde. Isso também quer dizer que não existem limitações para estas três profissões. É possível encontrar oportunidades em empresas de varejo, alimentos, bebidas, comunicação, saúde, no setor do agronegócio, dentre outros. Apesar disso, Bruna Zamith, da Amazon Brasil, faz um alerta sobre a falta de diversidade nessas áreas. "De alguma forma, os dados deveriam refletir a realidade. Só que, para que eles reflitam a realidade, é preciso diversidade de informações e tem que evitar vieses", diz. "E, para que isso aconteça, a gente precisa de pessoas diversas trabalhando com dados, o que ainda é inexistente na área", completa. >>>Volte ao topo<<< 🎓 Preciso de formação profissional? Assim como em outras áreas da tecnologia da informação, especialistas dizem que a graduação nem sempre é o único caminho para trabalhar como analista, engenheiro ou cientista de dados. Um primeiro contato com cursos disponíveis na internet já é algo vantajoso e o estudo constante se torna essencial, porque tecnologia muda o tempo todo. Segundo especialistas ouvidos pelo g1, os cursos superiores podem ajudar a pessoa a ter uma base mais sólida. "Caso a pessoa não tenha graduação e queira atuar na área, ela precisa entrar em uma faculdade de estatística, ciência da computação ou atualmente no curso tecnólogo de ciência de dados, por exemplo", diz a professora especializada em dados Artemísia Weyl. Engenharia de computação, análise e desenvolvimento de sistemas, banco de dados, física ou matemática (estas últimas exigem complemento em TI, posteriormente) são outras graduações que podem ajudar. >>>Volte ao topo<<< 🫧 Cursos gratuitos e comunidades de dados Edumi: trata-se de uma organização da sociedade civil (OSC) que tem como objetivo capacitar jovens de baixa renda para o mercado de tecnologia, com foco na área de dados. Oferece conteúdos, exercícios e mentorias para os novatos. PyLadies: comunidade dedicada para mulheres que têm interesse em trabalhar com tecnologia e linguagem Python. Realiza encontros on-line e presencial sobre o tema. Data Girls: comunidade que busca promover o aprendizado, networking e colaboração para mulheres na ciência de dados e na inteligência artificial. Possui grupos de discussões no Telegram e no Discord. Programa de aprendizado do Data Analyst: pensado para quem pensa em atuar como analista de dados, esse curso gratuito do Google Cloud abordando temas como big data, machine learning, SQL, entre outros. Programa de aprendizado do Data Engineer: outro curso gratuito do Google Cloud para quem tem interesse em engenharia de dados. Aborda processamento de dados, criação de pipelines, fundamentos de big data e mais. Açaí com Dados: comunidade com grupo no WhatsApp para troca de ideias sobre o universo de dados e promover a profissão na região Norte do país. >>>Volte ao topo<<< O que dizem os profissionais Gabrielle Arquivo pessoal A brasiliense Gabrielle Azevedo, de 27 anos, é engenheira de dados no iFood. Ela é responsável pela engenharia de plataformas, gerenciando a infraestrutura de ferramentas de visualização de dados da companhia. Lá, ela começou como analista de dados, mas logo mudou para engenharia por recomendação de um chefe. "Ele falou que engenharia seria mais interessante para mim, e que eu tinha feito um bom trabalho até aqui, me estimulando a migrar", conta. A jovem é formada em engenharia de produção pela Universidade de Brasília (UnB), teve seu primeiro contato com dados em 2018, quando era estagiária da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Um ano depois, ela começou a estagiar no Google, em São Paulo, onde atuava analisando dados dentro do setor de marketing, entre outras tarefas relacionadas. Gabriele Arquivo pessoal Atualmente, Gabrielle recebe cerca de R$ 11 mil com carteira assinada (CLT) e reconhece que o salário nesse setor é realmente alto. No entanto, ela faz alguns alertas necessários para quem pensa em investir nessa profissão. "Eu acho que o mais difícil é você conseguir entrar na área. Você precisa iniciar já sabendo de muita coisa, como construção de banco de dados, SQL, nuvem (cloud), versionamento de código e mais. É preciso ter uma certa experiência. A curva de aprendizado também é bem maior do que as outras áreas da TI", conta. "Eu gosto muito do que eu faço e da empresa onde trabalho, mas só no ano passado eu consegui parar em falar sobre demissão. A engenharia de dados cobra muito da gente", diz Gabrielle. "Parei de pensar em me demitir ao perceber que o mercado desacelerou, pagando menos em outros cargos. E a minha área está em alta e é muito difícil de entrar nela, ou seja, seria perder uma chance muito grande. Então, só pensei que valeria a pena continuar tentando porque a empresa é ótima, meu time, também", completa. Gustavo Arquivo pessoal O paraense Gustavo Ramos, de 27 anos, é um cientista de dados, uma das profissões que mais está no auge no universo dos dados. Ele trabalha como freelancer e sonha em conseguir uma oportunidade fixa com contrato CLT. Gustavo é formado em matemática e chegou a dar aulas em uma escola. O domínio com números e estatísticas contribuiu para o aprendizado e migração para a ciência de dados. Ele ainda passou a estudar a linguagem de programação Python e fez um curso técnico de ciência de dados. Como freelancer, quando há demanda, ele consegue tirar entre R$ 2.000 a R$ 2.200 por mês. O primeiro "job" com isso foi conquistado em 2023 para uma empresa de varejo, onde ele conseguiu tirar R$ 1.200. "Aqui na minha região, mesmo, não se encontra tanto emprego em dados. Por isso, eu tento procurar oportunidades remotas", conta Gustavo, que reside na cidade de Ananindeua, na região metropolitana de Belém. Assim como na engenharia de dados, as empresas têm dado preferência para profissionais mais experientes, revela Gustavo. "Para iniciantes, que é o meu caso, é um pouco mais complicado de encontrar vagas". Raphael Pavan Arquivo pessoal O analista de dados Raphael Pavan, de 27 anos, vive em Campinas, no interior de São Paulo, e, hoje, trabalha para o banco Agibank. Ele conta que, embora seja apaixonado pela profissão, reconhece que ela não é tão queridinha como as demais, quando se olha para a remuneração. "A nossa profissão existe há mais tempo em relação ao engenheiro e ao cientista. Então, a galera que já manjava um pouco dados conseguia assumir o papel do analista, mas de modos bem diferentes, de forma simplificada", explica. Segundo Suelane, professora do Insper, o analista não faz modelagem e predições como o cientista, por exemplo. "O analista é um princípio e, de fato, é uma profissão mais comum porque ela já existia", confirma. "Apesar disso, o analista consegue ter um bom salário e tem bastante oportunidade no mercado. As possibilidades de crescimento contam muito a favor, também. Consequentemente, o salário vai aumentando", diz Raphael. Raphael é formado em ciência da computação pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e trabalha com dados desde 2018, sempre como analista, incluindo estágios. Passou por várias instituições financeiras, por empresas de educação e startups. Inicialmente, o seu objetivo não era trabalhar como analista de dados, já que buscou por vagas em ciência da computação. Por fim, ele acabou entrando no universo do analista, quando foi chamado para estagiar em uma empresa brasileira do setor financeiro, a Elo. "Eu me apaixonei de cara. Como estagiário, mesmo, eu já pude entregar bastante coisa legal. Ali, eu já assumia responsabilidades do analista", conta. Hoje, mais experiente, ele diz que esse profissional precisa conhecer bem o negócio em que ele atua. Por exemplo, se você trabalha para um banco, é importante estudar sobre mercado financeiro. Se for atuar para uma empresa de app de delivery, é importante analisar o comportamento do cliente na hora de pedir comida. Raphael também reforça que a pessoa que deseja entrar nessa área precisa saber se comunicar. O analista é quem vai chegar nas reuniões e fazer apresentações em público — traduzir o que os dados dizem. "E, claro, não importa se você quer ser analista, engenheiro ou cientista, você tem que saber SQL e linguagem Python, porque são fundamentais para trabalhar com dados. Eu acho que, em breve, Python vai ser o novo 'inglês fluente obrigatório' na nossa área", finaliza Pavan. >>>Volte ao topo<<< Programação em alta: veja como começar no setor  Programação em alta: veja como começar no setor  Segurança da informação em alta: veja como entrar no setor Segurança da informação em alta: veja como entrar no setor 5 dicas para começar na carreira de TI 5 dicas para começar na carreira de TI

G1

Sun, 07 Apr 2024 11:57:45 -0000 -


Corte atinge trabalhadores que estavam envolvidos no projeto Apple Car, que seria o primeiro carro da big tech, segundo um site especializado. Empresa disse que não vai comentar. Fachada da loja da Apple em Manhattan, em Nova York, em 21 de julho de 2015 REUTERS/Mike Segar A Apple está demitindo mais de 700 funcionários na Califórnia (EUA), segundo um documento do Departamento de Desenvolvimento de Emprego do estado obtido pelo site de tecnologia 9to5Mac. Só em Cupertino, onde está a sede da big tech, serão mais de 600 demitidos. Também houve corte em outras cidades da Califórnia onde a companhia tem escritório, como em Santa Clara e San Diego — nesta última, serão 120 pessoas demitidas. O g1 procurou a Apple para obter mais detalhes, mas a empresa disse que "não comentará no momento". Os funcionários foram informados sobre o desligamento no dia 28 de março e alguns deles já não poderão mais entrar nos escritórios da Apple a partir de 27 de maio, de acordo com o portal CNBC. Segundo o 9to5Mac, os cortes afetam pessoas que atuavam no projeto Apple Car, que poderia ser o primeiro carro feito pela empresa de Tim Cook. Rumores recentes de sites especializados afirmam que a Apple desistiu da ideia de ter um automóvel em seu portfólio. Entre os demitidos, também estão pessoas que poderiam atuar no desenvolvimento de telas Micro-LED. Os sites especializados afirmam que a companhia planejava produzir seus próprios displays Micro-LED para o Apple Watch, seu relógio inteligente. Hoje, a Apple terceiriza a fabricação de seus produtos. A taiwanesa Foxconn é uma da companhias que fabrica os iPhones para a big tech. LEIA TAMBÉM: Por que Taiwan é tão importante no mercado de chips e como uma interrupção na produção poderia afetar o mundo Como descobrir a senha do seu Wi-Fi no Windows e no Mac? Elon Musk, Zuckerberg, Jeff Bezos: as pessoas mais ricas da tecnologia em 2024, segundo a Forbes Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Duelo de celulares: Galaxy S24 x iPhone 15 Duelo de celulares: Galaxy S24 x iPhone 15 Samsung lança Galaxy S24 em três versões Samsung lança Galaxy S24 em três versões

G1

Fri, 05 Apr 2024 14:54:09 -0000 -


Elgin, LEDVance, Steck e TP-Link iluminam bem com luz branca, mas o brilho deixa a desejar quando começam a trocar de cores. Guia de compras: teste com lâmpadas conectadas Vitor Souza Pereira/g1 Lâmpadas inteligentes simplificam a iluminação de casa e são um primeiro passo para ter um lar automatizado. 💡 Elas podem ser programadas para acender em horários específicos, deixam a tonalidade da luz mais clara ou colorida e tornam os ambientes mais aconchegantes à noite. Até dançam conforme a música, literalmente. E, se quiser, dá para comandar as luzes usando a voz. O Guia de Compras testou 5 lâmpadas com conectividade wi-fi. Os modelos estão mais baratos, mais fáceis de configurar e oferecem mais funcionalidades que os analisados no início de 2022. As lâmpadas testadas foram: Elgin SmartColor 10W Elgin SmartColor 30W LEDVance Smart+ Steck Lâmpada LED RGBW Wi-Fi 12W TP-Link Tapo L530E As lâmpadas custavam entre R$ 50 e R$ 130 nas lojas on-line consultadas no início de abril. Em 2022, o preço começava em R$ 70. O que os produtos da avaliação têm em comum: Soquete padrão E27, igual ao das lâmpadas LED convencionais São capazes de mostrar 16 milhões de cores Controle por app no celular (Android ou iOS) ou assistente de voz (Alexa/Google) São bivolt Quatro das lâmpadas testadas têm potência entre 8,7W e 12W, as mais comuns encontradas nas lojas on-line. A exceção no comparativo é a Elgin SmartColor 30W, a única que o Guia de Compras encontrou com a potência de 30W. Demais lâmpadas de 30W estavam disponíveis apenas na cor branca, sem opções de conectividade wi-fi nem opção colorida. OUTROS GUIAS: SEM COLOCAR NO ARROZ: o que fazer se o celular cair na água? IPHONE ANTIGO: saiba até qual versão ainda vale a pena comprar PRIVACIDADE: o que usar para destruir dados de etiquetas e embalagens TODOS OS GUIAS DE COMPRAS Vale ressaltar que lâmpadas conectadas precisam ser encaixadas em dispositivos como luminárias e abajures, não no teto de uma sala em um grande candelabro. O motivo é simples: o interruptor precisa ficar ligado o tempo inteiro – mesmo apagada, a lâmpada segue conectada para saber se vai acender ou precisa cumprir alguma programação de cena. Se a lâmpada for ligada direto em um spot no teto, existe a chance de esbarrar no interruptor e cortar a energia por acidente. Veja a seguir o que cada lâmpada consegue oferecer e leia a conclusão ao final da reportagem. Elgin SmartColor 10W A Elgin SmartColor 10W é uma lâmpada de configuração rápida, com ótimo desempenho na luz branca (fria ou quente). Como ocorre na grande parte desses dispositivos, a iluminação colorida não é tão brilhante. O modelo é o mais barato da avaliação, sendo vendido na faixa dos R$ 50 nas lojas on-line consultadas em abril. A garantia é de 1 ano. Outros dois modelos da avaliação são bastante similares à Elgin SmartColor 10W – a LEDVance Smart+ e a TP-Link Tapo L530E. São lâmpadas com potência na faixa entre 8 e 10W (equivalentes a 60W em uma luz LED tradicional) e com quantidade de lúmens (número que indica quanto brilha uma lâmpada) similar, na faixa dos 800 lúmens para os três modelos. Isso significa que são bem claras com a luz branca, mas a iluminação colorida é mais fraquinha, como dá para ver abaixo na comparação com as demais lâmpadas. Veja abaixo os cinco modelos comparados, com brilho no máximo: De cima para baixo: Elgin 10W, Elgin 30W, LEDVance, Steck e TP-Link Henrique Martin/g1 A lâmpada pode ser instalada em luminária ou spot e requer o uso de um app da fabricante, chamado Elgin Smart, que vai guiar no processo de conectar a lâmpada à rede wi-fi da casa. É preciso fazer um cadastro de conta por e-mail e criar uma senha no aplicativo. O app é bastante similar ao utilizado pela Steck em sua lâmpada conectada – as duas empresas usam uma plataforma chamada Tuya, que pode ser personalizada de acordo com cada fabricante. App da Elgin para controle de lâmpada conectada Reprodução Pelo Elgin Smart, é possível programar a iluminação, como acender a lâmpada antes do pôr do sol, ajustar cenas como trabalhar, ler ou deixar luz suave e sincronizar as cores com a música que está sendo reproduzida no ambiente. Esse recurso musical utiliza o microfone do celular que está com o app instalado e é mais indicado para uso em festas. A luz muda mesmo – e rápido – de acordo com as batidas da canção em reprodução. O app também serve para conectar a lâmpada da Elgin a assistentes digitais, como Alexa ou Google Assistente. Desse modo, usando o aplicativo do smartphone ou um alto-falante conectado, é possível acionar a lâmpada com a voz. Também dá para comandar outros itens de casa inteligente da mesma marca, como câmeras, por exemplo. Elgin SmartColor 30W A Elgin SmartColor 30W é a maior, mais cara e mais potente lâmpada da avaliação. O modelo custava R$ 130 nas lojas da internet pesquisadas em abril e a garantia é de 1 ano. Quando colocada ao lado da sua “irmã" Elgin SmartColor 10W, dá para entender os motivos de ser a mais cara e maior em tamanho. Apesar do bocal compatível com o padrão E27 (de rosquear), essa lâmpada é muito grande – e não cabe em qualquer luminária. Lâmpada da Elgin de 30W ao lado da de 10W Henrique Martin/g1 A fabricante indica que esse modelo de 30W é feito para uso em ambientes com bastante espaço: garagens, varandas e salões de festas. A Elgin, porém, ressalta que essa lâmpada não deve ser utilizada em áreas de churrasqueiras, por conta do calor. Vale notar que a Elgin SmartColor 30W é o único modelo que o Guia de Compras encontrou com essa potência (e cores) nas lojas on-line. Demais lâmpadas de 30W estão disponíveis apenas na cor branca, sem outras cores ou conectividade wi-fi. A luz branca é bastante forte e preenche todo o ambiente com muito brilho tanto no modo branco como o colorido, por conta dos 30W de potência. Isso é equivalente a uma lâmpada convencional de 150W. Em lúmens, são 2.600 – mais que o triplo de algumas das concorrentes na avaliação (Elgin, LEDVance e TP-Link). A configuração é feita pelo mesmo app Elgin Smart, usado pela lâmpada SmartColor 10W. Dá para programar horários, definir perfis de iluminação e sincronizar a luz com música. Durante os testes feitos em um spot convencional, foi o único modelo que esquentou bastante durante o uso, sendo necessário esperar esfriar para poder trocar. A recomendação da fabricante de requerer bastante espaço se mostrou bastante válida. LEDVance Smart+Wifi Clássica A 9W A LEDVance Smart+Wifi Clássica A 9W é uma lâmpada conectada de configuração rápida e simples, vendida na faixa dos R$ 70 nas lojas on-line consultadas em abril. A garantia da fabricante é de 2 anos. É o único modelo da avaliação compatível com o padrão Matter para casa conectada. O Matter é uma espécie de "tradutor universal" para a casa conectada, fazendo com que aparelhos de vários fabricantes – como lâmpadas, câmeras de segurança, aspiradores-robô, fechaduras, entre outros – falem a mesma "língua", usando um só aplicativo, independentemente da marca. Mas o Matter ainda é muito recente e depende da adoção no mundo real – marcas como Apple, Samsung, Amazon e Google já se comprometeram a lançar produtos compatíveis com o padrão. Na iluminação, a LEDVance Smart+Wifi Clássica A 9W é bastante parecida com o modelo de 10W da Elgin e o de 8,7W da TP-Link: ótimo brilho na cor branca – ajustável entre tons frios e quentes –, mas mais reduzido nos tons coloridos. Na hora da instalação, o aplicativo pediu um cadastro rápido com envio de código de segurança por e-mail, a senha da rede wi-fi e encontrou rápido o dispositivo. Os controles pelo app são mais refinados na comparação com os da Elgin e da Steck. Dá para definir por tom – vermelho ou azul, por exemplo – ao clicar na cor, definindo o nível de saturação e de brilho. App da LEDVance para controle da lâmpada – com padrão Matter Reprodução O aplicativo também tem ajustes de modos de uso (trabalho, leitura, entre outros), permite programação de horários e controle da luz por música, assim como os comandos por voz (com Alexa ou Google Assistente). Steck RGBW Wi-Fi 12W Entre as lâmpadas da avaliação, a Steck Lâmpada LED RGBW Wi-Fi 12W é uma das mais poderosas – tem 12W de potência, perdendo nesse quesito apenas para a Elgin SmartColor 30W. A lâmpada custava R$ 70 nas lojas on-line pesquisadas no início de abril. A garantia da fabricante é de 1 ano. A potência maior do modelo da Steck reflete em uma luz mais forte e brilhante, tanto no modo branco como colorido. Os 12W do LED são equivalentes a uma lâmpada convencional de 75W. Dá para ver na imagem abaixo – tirada no escuro, apenas com a lâmpada do teste acesa e na mesma configuração da câmera para todos os modelos – que a Steck permite ver a cor da parede atrás no modo branco, algo mais escondido nas concorrentes. Steck RGBW Wi-Fi 12W Henrique Martin/g1 O aplicativo – chamado apenas Steck – é “gêmeo" do utilizado pela Elgin, apenas com cores diferentes. No teste de 2022, isso foi visto em outras marcas de lâmpadas conectadas, como Geonav, Positivo e Intelbras, que usam uma plataforma chamada Tuya – que é adaptada de acordo com o fabricante, compartilhando os recursos. App da Steck: igual ao da Elgin Reprodução Os recursos de Elgin e Steck são os mesmos, com as mesmas telas para comandar vários aparelhos conectados da marca, ajustar os temas e programações de iluminação, configurar assistentes digitais e até sincronizar a luz com música. Só muda o nome mesmo. TP-Link Tapo L530E 8W A TP-Link Tapo L530E é a lâmpada conectada de menor potência da avaliação – 8,7W – mas com os mesmos 806 lúmens (número que indica quanto brilha uma lâmpada) do modelo da LEDVance, de 10W. O dispositivo custava na faixa dos R$ 70 nas lojas on-line consultadas em abril, com garantia de 2 anos da fabricante. A iluminação fornecida pela TP-Link Tapo é similar à encontrada na Elgin SmartColor 10W e na LEDVance Smart+. As luzes na cor branca (com tons quentes ou frios) iluminam bastante, mas as coloridas deixam um pouco a desejar – algo comum a quase todos os modelos da avaliação. O aplicativo da TP-Link, porém, tem algumas diferenças em comparação com os demais apps. A configuração padrão – com e-mail, código de acesso e senha – é similar aos outros, mas o aplicativo Tapo permite um controle mais refinado da iluminação, como ocorre com o app da LEDVance. Dá para escolher a cor direto em uma lista, sem precisar ficar navegando por uma roda de cores (como na Elgin e Steck). O aplicativo para celular Tapo também é o único entre os avaliados com informações sobre consumo de energia das lâmpadas, o que ajuda a entender melhor – e talvez dar uma ideia – do quanto será gasto por dia, semana e mês. Tapo: com informações sobre consumo de energia Reprodução Pelo Tapo, é possível ainda configurar modos de uso predefinidos, , programar os temporizadores de iluminação e até mesmo definir se a lâmpada deve acender aos poucos, com brilho progressivo, em vez de acender com o brilho total de uma só vez. 💡Conclusão CUSTO-BENEFÍCIO: Entre as cinco lâmpadas testadas, dois modelos apresentam a melhor relação custo e benefício. A Elgin SmartColor 10W, tem um brilho forte no branco, não muito no colorido, mas é a mais barata da avaliação – na faixa de R$ 50 ou menos. O modelo da Steck também merece destaque por ter a lâmpada de tamanho convencional (tirando a Elgin SmartColor 30W) com o brilho mais forte e que deixa um ambiente colorido ou branco bem iluminado, sem passar a sensação de que fica muito escuro no local. PARA MAIOR BRILHO: a Elgin SmartColor 30W é, sem dúvida, a lâmpada mais brilhante do teste. Mas é preciso levar em consideração o preço (em torno dos R$ 130) e que ela é um produto grande, que não cabe em qualquer luminária e requer bastante espaço para instalação. O QUE MUDOU DE 2022 PARA CÁ: Dá para dizer que as lâmpadas conectadas estão mais fáceis de configurar – os apps apresentam menos erros no geral e encontram os dispositivos bem mais rápido. Apesar de grande parte das lâmpadas de 2022 também estar na faixa dos 800 lúmens, a impressão é que as lâmpadas de 2024 estão mais brilhantes no modo colorido. E recursos como sincronização da luz com música não existiam na primeira avaliação. COMO FORAM FEITOS OS TESTES: As lâmpadas foram usadas algumas horas por dia em março, sendo avaliadas as funções de acender e apagar em horários programados, ajustar modos de iluminação (como trabalho, lazer, leitura, foco, por exemplo) e uso de outras funcionalidades, como a sincronia com música ambiente. As lâmpadas foram escolhidas baseadas em outras marcas populares nas lojas on-line que não tinham sido testadas na avaliação anterior. Apenas a Ekaza não enviou um modelo. Os produtos foram enviados por empréstimo e serão devolvidos. ATENÇÃO COM O WI-FI: todas as lâmpadas do teste requerem um roteador compatível com redes 2,4GHz, que fornecem maior estabilidade de sinal pela casa. As fabricantes indicam que alguns equipamentos fornecidos por operadoras de telefonia, como modems com Wi-Fi, podem não funcionar com as lâmpadas. Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável.  Saiba o que fazer se o celular cair na água

G1

Fri, 05 Apr 2024 10:00:32 -0000 -


Em entrevista à BBC, jovem inglesa conta como descobriu que o responsável por usar sua imagem era um de seus melhores amigos. 'Fui colocada em deepfake pornô pelo meu melhor amigo' GETTY IMAGES via BBC “Jodie” encontrou fotos suas usadas em pornografia deepfake na internet — e, na sequência, descobriu algo ainda mais chocante. Em entrevista ao programa de rádio File on 4, da BBC, ela contou sobre o momento em que percebeu que o responsável era um de seus melhores amigos. AVISO: contém linguagem ofensiva e descrições de violência sexual. Na primavera de 2021, Jodie (nome fictício) recebeu um link para um site de pornografia de uma conta de e-mail anônima. Ao clicar, ela se deparou com imagens explícitas e um vídeo do que parecia ser ela fazendo sexo com vários homens. O rosto de Jodie havia sido adicionado digitalmente ao corpo de outra mulher — o que é conhecido como “deepfake”. Alguém havia postado fotos do rosto de Jodie em um site de pornografia, dizendo que ela o deixava “muito excitado” — e perguntando se outros usuários do site poderiam fazer "pornografia fake" com ela. Em troca dos deepfakes, o usuário se oferecia a compartilhar mais fotos de Jodie e detalhes sobre ela. Falando pela primeira vez sobre a experiência, Jodie, que está agora com 20 e poucos anos, relembra: “Eu gritava, chorava, mexia violentamente no meu telefone para entender o que estava lendo e o que estava vendo." “Sabia que aquilo poderia realmente arruinar minha vida”, acrescenta. Jodie se forçou a navegar pelo site pornô, e conta que sentiu seu “mundo inteiro desmoronar”. Ela havia se deparado com uma imagem específica — e percebido algo terrível. Uma série de acontecimentos desconcertantes Não era a primeira vez que Jodie havia sido alvo. Na verdade, era o ápice de anos de abusos anônimos online. Quando Jodie era adolescente, ela descobriu que seu nome e fotos estavam sendo usados ​​em aplicativos de relacionamento sem o seu consentimento. Isso durou anos, e ela chegou a receber uma mensagem no Facebook de um estranho, em 2019, que disse que iria encontrá-la na estação de Liverpool Street, em Londres, para um encontro. Ela contou ao desconhecido que não era com ela que ele vinha falando. E lembra que ficou “nervosa”, porque ele sabia tudo sobre ela, e havia conseguido encontrá-la online. Ele foi atrás dela no Facebook depois que a “Jodie” do aplicativo de relacionamento havia parado de responder. Em maio de 2020, durante o lockdown imposto pela pandemia de covid-19 no Reino Unido, Jodie também foi alertada por um amigo sobre uma série de contas no Twitter que estavam postando fotos dela, com legendas sugerindo que ela era uma profissional do sexo. "O que você gostaria de fazer com a pequena adolescente Jodie?", dizia uma legenda ao lado de uma imagem de Jodie de biquíni, que havia sido retirada de sua conta privada nas redes sociais. As contas do Twitter responsáveis pela postagem destas imagens tinham nomes como “expositor de vagabunda” e “chefe pervertido”. Todas as imagens que estavam sendo usadas, Jodie havia compartilhado em suas redes sociais com amigos próximos e familiares — com mais ninguém. Ela descobriu depois que estas contas também postavam imagens de outras mulheres que ela conhecia da universidade, assim como de sua cidade natal, Cambridge. “Naquele momento, tive uma sensação muito forte de que estava no centro daquilo, e que aquela pessoa estava tentando me machucar”, afirma. Leia também: O que fazer se o celular cair na água? Um quarto dos celulares vendidos no Brasil é irregular OpenAI, dona do ChatGPT, revela nova ferramenta de clonagem de voz Contra-ataque Jodie começou a entrar em contato com as outras mulheres nas fotos para avisá-las, incluindo uma amiga próxima que vamos chamar de Daisy. “Eu simplesmente me senti mal”, conta Daisy. Juntas, as amigas descobriram muitas outras contas no Twitter postando fotos delas. “Quanto mais a gente procurava, pior ficava”, diz Daisy. Ela enviou mensagens aos usuários do Twitter, perguntando onde eles haviam conseguido as fotos. A resposta foi que as fotos eram “envios” de remetentes anônimos que queriam que fossem compartilhadas. “É um ex-namorado ou alguém que se sente atraído por você”, respondeu um usuário. Daisy e Jodie elaboraram uma lista de todos os homens que seguiam ambas nas redes sociais — e que poderiam acessar os dois álbuns de fotos. As amigas concluíram que devia ser o ex-namorado de Jodie. Ela o confrontou, e o bloqueou. Por alguns meses, as postagens pararam — até que alguém entrou em contado por um e-mail anônimo. “Desculpe permanecer anônimo”, dizia o e-mail, “mas vi que esse cara estava postando fotos suas em subreddits (comunidades da plataforma Reddit) medonhos. Sei que isso deve ser muito assustador". Jodie clicou no link e foi direcionada à rede social Reddit, onde um usuário havia postado fotos de Jodie e de duas amigas dela, numerando-as: 1, 2 e 3. Outras pessoas online foram convidadas a participar de um jogo — com qual destas mulheres você faria sexo, se casaria ou mataria. Abaixo da postagem, 55 pessoas já haviam comentado. As fotos utilizadas no site eram recentes, e haviam sido postadas depois que Jodie bloqueou o ex-namorado. As amigas perceberam então que haviam culpado a pessoa errada. Seis semanas depois, a mesma pessoa anônima entrou em contato novamente por e-mail – desta vez, para alertar sobre os deepfakes. 'A traição máxima' Ao elaborar a lista, Jodie e Daisy descartaram alguns homens em quem confiavam completamente, como membros da família — e o melhor amigo de Jodie, Alex Woolf. Jodie e Alex estabeleceram um forte laço de amizade quando eram adolescentes — foi o amor que compartilhavam pela música clássica que aproximou os dois. Alex Woolf (entrevistado aqui no programa Newsnight, da BBC) era um dos melhores amigos de Jodie BBC Jodie buscou consolo em Woolf quando descobriu que seu nome e fotos estavam sendo usados ​​em aplicativos de relacionamento sem o seu consentimento. Woolf se formou em música pela Universidade de Cambridge e ganhou o prêmio de Jovem Compositor do Ano da BBC em 2012, além de ter aparecido no programa britânico Mastermind em 2021. “Ele [Woolf] estava muito consciente dos problemas enfrentados pelas mulheres, especialmente na internet”, diz Jodie. "Eu realmente achava que ele era partidário." No entanto, quando ela viu as imagens pornográficas deepfake, havia uma foto dela de perfil com a imagem do King's College, da Universidade de Cambridge, atrás. Ela se lembrava claramente de quando havia sido tirada — e que Woolf também estava na foto. Ele também foi a única pessoa com quem ela havia compartilhado a imagem. Era Woolf quem havia se oferecido para compartilhar mais fotos originais de Jodie em troca das mesmas serem transformadas em deepfakes. “Ele sabia o impacto profundo que aquilo estava tendo na minha vida”, diz Jodie. "E ainda assim, ele fez isso." 'Completamente envergonhado' Em agosto de 2021, Woolf, de 26 anos, foi condenado por retirar imagens de 15 mulheres, incluindo Jodie, das redes sociais e enviá-las para sites de pornografia. Ele foi condenado a 20 semanas de prisão, com liberdade condicional por dois anos, e a pagar a cada uma de suas vítimas £ 100 de indenização. Woolf disse à BBC que está “totalmente envergonhado” do comportamento que levou à sua condenação — e que está “profundamente arrependido” por suas ações. “Penso no sofrimento que causei todos os dias, e não tenho dúvidas de que continuarei a fazer isso pelo resto da vida”, afirmou. “Não há desculpas para o que fiz, nem posso explicar adequadamente por que agi de forma tão desprezível com base nesses impulsos na época.” Woolf nega ter qualquer relação com o assédio que Jodie sofreu antes dos eventos pelos quais ele foi acusado. Para Jodie, descobrir o que seu amigo havia feito foi a "traição e humilhação máxima”. "Repassei todas as conversas que tivemos, quando ele havia me consolado, me apoiado e sido gentil comigo. Era tudo mentira", diz ela. Entramos em contato com o X (antigo Twitter) e o Reddit sobre as postagens. O X não respondeu, mas um porta-voz do Reddit declarou: "Imagens íntimas não-consensuais (NCIM, na sigla em inglês) não têm lugar na plataforma Reddit. O subreddit em questão foi banido". O site pornô também foi retirado do ar. Em outubro de 2023, o compartilhamento de pornografia deepfake se tornou um crime como parte da Lei de Segurança Online no Reino Unido. Há dezenas de milhares de vídeos deepfake online. Uma pesquisa recente descobriu que 98% são pornográficos. Jodie está indignada, no entanto, com o fato de que a nova lei não criminaliza uma pessoa que pede a outras para criarem um deepfake, que foi o que Alex Woolf fez. Também não é ilegal criar um deepfake. “Isso está afetando milhares de mulheres, e precisamos ter leis e ferramentas adequadas para impedir que as pessoas façam isso”, ela conclui. Influenciadora chinesa viraliza ao mostrar produtos à venda por apenas 3 segundos em lives; VÍDEO Influenciadora chinesa viraliza ao mostrar produtos à venda por apenas 3 segundos em lives Apple Vision Pro: veja ao vídeo abaixo para saber primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual

G1

Thu, 04 Apr 2024 07:01:12 -0000 -


País asiático atingido por terremoto na última quarta-feira (3) produz 90% dos semicondutores mais avançados do planeta. Seus clientes são big techs, montadoras e indústrias de todo o mundo. Por que Taiwan é considerada potência na fabricação de chips e como uma interrupção na produção pode impactar o mundo Getty Images Os Estados Unidos concentram as principais empresas de tecnologia do mundo, como Apple, Amazon e Microsoft. Mas o "coração" dos produtos dessas e de muitas outras companhias, o chip, é produzido principalmente em um lugar bem longe dali: Taiwan. Na última quarta-feira (3), o país asiático foi atingido pelo terremoto mais forte registrado lá em 25 anos, e fábricas de chips chegaram a paralisar algumas operações ao longo do dia para avaliar os impactos. Os primeiros relatos são de que não houve danos graves. Mas o tremor levantou a preocupação sobre como um desastre natural poderia desestabilizar o fornecimento desses componentes e causar um baque ainda maior do que a recente "crise dos chips", que atingiu a indústria entre 2020 e 2023 e freou até a produção de carros. ⚡Afinal, o que é um chip? É um componente muito pequeno, feito de material semicondutor, principalmente o silício (encontrado na areia). O chip contém um circuito eletrônico e é considerado semicondutor porque deixa passar menos eletricidade do que o cobre, por exemplo, mas não chega a ser um isolante. Fazendo a eletricidade passar e parar de passar, os chips permitem, por exemplo, que aparelhos eletrônicos executem comandos ao apertar de um botão ou que dados sejam armazenados, entre muitas funções. 🤳 Quem depende dos chips: não é só celular que tem chip... ele está no cartão do banco, nas geladeiras, nas máquinas de lavar, em lâmpadas de LED, nos aviões. Nos carros atuais, são usados milhares de chips em diversos sistemas, como computador de bordo, gerenciamento do motor e controle de navegação. ‘Guerra dos Chips’: como Taiwan se tornou centro de disputa política e econômica entre China e EUA ⚙️Por que Taiwan domina: os EUA inventaram o chip, mas hoje o país asiático produz 90% dos modelos mais avançados usados no mundo. Inclusive aqueles necessários para desenvolver inteligência artificial, que são bastante sofisticados. Taiwan investiu no ramo a partir dos anos 70, deixando de ser uma região conhecida pela produção agrícola e se transformando no centro de exportação dos chips mais avançados do mundo. Como grupo de jovens engenheiros tornou Taiwan uma potência em microchips A maior companhia do setor em todo o mundo fica lá. Fundada em 1987, a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) fornece componentes para clientes como a Apple, criadora do iPhone, e a Nvidia, que se tornou uma das empresas mais valiosas do mundo graças ao desenvolvimento de chips mais complexos, aqueles usados para inteligência artificial. "Praticamente todo celular, a maioria dos computadores e qualquer banco de dados do mundo tem chips produzidos pela TSMC e só ela é capaz de produzir. 90% dos chips de processamento mais avançados do planeta saem de lá", diz Chris Miller, historiador e autor de "A Guerra dos Chips". Fábrica de chips da TSMC, a maior produtora do mundo no setor, sediada em Taiwan Taiwan Semiconductor Manufacturing Co., Ltd. O império da TSMC inclui nove fábricas em Taiwan. A empresa também está construindo uma unidade no Japão e pretende ter outras nos EUA e na Alemanha. Ela emprega 73 mil pessoas, de acordo com a "Forbes". Segundo o "The New York Times", a Coreia do Sul , onde fica a Samsung, está logo atrás de Taiwan no "poder" de fabricação de chips. Só que os semicondutores taiwaneses ainda são menores e mais rápidos que os sul-coreanos. O domínio de Taiwan causou até uma crise política com os EUA, que, por meio de sanções, “proibiram” o país de exportar a tecnologia para a China, alegando que os chineses querem desenvolver armas táticas de guerra. Do Vale do Silício a Taiwan: veja a evolução tecnológica mundial da produção dos chips O que acontece se a produção de chips parar O mercado de chips já vive uma crise e impacta várias empresas de diferentes setores. Uma possível paralização poderia agravar o cenário. A pandemia de coronavírus impulsionou a venda de dispositivos eletrônicos para as pessoas trabalharem em casa, lembra? Ao mesmo tempo, a indústria automotiva reduziu a demanda por chips no início da pandemia, mas voltou com força no final de 2020. No entanto, as montadoras sentiram dificuldade para conseguir os semicondutores que necessitavam, inclusive modelos mais simples de chips. Em 2022, várias fabricantes pararam e deixaram de produzir veículos devido à falta deles. Um levantamento da consultoria Gartner divulgado em 2021 indicou que a escassez também atrasou o lançamento e a oferta de celulares. O que dizem as principais empresas De acordo com a agência Reuters, a TSMC disse que suspendeu o trabalho temporariamente em suas fábricas após o terremoto para avaliar os impactos. Ainda nesta quarta, em nota enviada à agência NPR, informou que apenas "um pequeno número de equipamentos foi danificado, em certas unidades", impactando parcialmente as operações. "Em todo caso, não houve prejuízo em ferramentas essenciais", afirmou a empresa. A United Microelectronics Corp (UMC), rival da TSMC no país, disse que todos os funcionários estavam seguros e que suas fábricas funcionavam normalmente na última quarta, ainda segundo informações da Reuters. Algumas máquinas foram desligadas, mas a empresa trabalhava para reiniciá-las. A NPR apontou que, considerando o volume de produção concentrado no país, analistas de mercado dizem que, mesmo interrupções mínimas pode atrasar o envio da produção e gerar prejuízos de milhões de dólares. Fantástico mostra centro de pesquisa de chips nos EUA; veja VÍDEO Fantástico mostra como funciona uma fábrica de chips; veja VÍDEO Veja no Fantástico uma disputa mundial que coloca em risco a produção e o comércio de chips Veja no Fantástico uma disputa mundial que coloca em risco a produção e o comércio de chips

G1

Thu, 04 Apr 2024 07:00:29 -0000 -


Usuários do Brasil e diversos países relataram por volta das 15h que não estavam conseguindo enviar mensagens e que o feed não carregava. Queixas começaram a diminuir cerca de meia hora depois. WhatsApp, Instagram e Facebook apresentam instabilidade nesta quarta-feira WhatsApp, Instagram e Facebook apresentam instabilidade no Brasil e no mundo na tarde desta quarta-feira (3). O site Downdetector, que reúne relatos de instabilidade em sites de plataformas, registrou mais 100 mil reclamações de usuários do Brasil sobre problemas para enviar mensagens no WhatsApp. No Instagram, foram mais 4 mil notificações de usuários que não estavam conseguindo atualizar o feed. No Facebook, as reclamações passaram de 800 no Brasil. Os registros de instabilidade começaram por volta das 14h50 e atingiram o seu pico às 15h20. Após este horário, as notificações começaram a diminuir. A falha também gerou diversos memes (veja ao fim da reportagem). O que diz a Meta A Meta, dona do WhatsApp, Instagram e Facebook, afirmou em uma postagem no perfil do WhatsApp no Twitter (hoje chamado X) que estava ciente de que "algumas pessoas" estavam com problemas para acessar o aplicativo e que trabalhava para resolver o problema. Além do Brasil, houve reclamações em países como Estados Unidos, França, Chile e Canadá. Nos EUA, por exemplo, os relatos de erros para usar o WhatsApp passaram de 20 mil, enquanto no Instagram, chegaram a 5 mil, e, no Facebook, a 1 mil. Perfil do WhatsApp no X se pronuncia após instabilidade X/Reprodução WhatsApp apresenta instabilidade nesta quarta-feira (3). Reprodução Downdetector Usuários relataram instabilidade no Instagram nesta quarta-feira (3) Downdetector/Reprodução Facebook também apresenta instabilidade nesta quarta-feira Downdetector Relatos no Twitter WhatsApp apresenta instabilidade nesta quarta-feira (03) Reprodução/Twitter WhatsApp e Instagram apresentam instabilidade nesta quarta-feira (03) Reprodução/Twitter WhatsApp e Instagram apresentam instabilidade nesta quarta-feira (03) Reprodução/Twitter WhatsApp apresenta instabilidade nesta quarta-feira Reprodução/Twitter

G1

Wed, 03 Apr 2024 18:19:45 -0000 -


Você não precisa mexer nas configurações do roteador para descobrir a credencial da sua rede. Computadores que rodam Windows e MacOS podem exibir a senha da sua internet nos ajustes do sistema. Como descobrir a senha do Wi-Fi salva no Windows e no Mac? Unsplash/Joseph Frank Vamos supor que você comprou um celular novo. Só que, na hora de configurá-lo, se deu conta de que esqueceu a senha do seu Wi-Fi. E agora? O que fazer? Felizmente, é possível descobrir a senha da sua rede de internet sem mexer nas configurações do seu roteador. Para isso, você só precisa entrar nos ajustes de um computador que já esteja conectado à sua rede. Tanto notebooks Windows como os Macs, da Apple, têm o recurso de visualização. Veja como fazer: Como descobrir a senha do meu Wi-Fi 💻 Windows 11 toque no botão iniciar (ícone do Windows) e, depois, "Configurações"; agora, vá na opção "Redes e internet", localizada no canto direito; depois, toque em "Wi-Fi" e "Propriedades de [nome da sua internet]"; desça a página até "Exibir a chave de segurança do Wi-Fi" e, então, toque no botão "Exibir" para visualizar a senha. 💻 Windows 10 toque no botão iniciar (ícone do Windows) e, depois, "Configurações"; vá em "Rede & Internet", "Status" e "Rede e Centro de Compartilhamento". em seguida, ao lado de "Conexões", selecione o seu Wi-Fi; em Status do Wi-Fi, selecione "Propriedades sem fio"; depois, vá na guia "Segurança" e selecione a caixa "Mostrar caracteres". A senha do seu Wi-Fi será exibida na área "Chave de segurança". 🍎 MacOS (MacBook) no Mac, abra o Finder, depois "Aplicativos" no canto superior esquerdo e "Utilitários"; em seguida, toque em "Acesso às chaves" e, no canto esquerdo, toque em "Sistemas"; depois, na barra de pesquisa (Buscar), procure pelo nome da sua rede Wi-Fi e clique duas vezes em cima dela; uma outra janela será aberta e, então, marque a caixa "Mostrar senha". O sistema pedirá para você inserir a sua senha de administrador do notebook. Feito isso, pronto, você já pode visualizar a senha da sua rede. LEIA TAMBÉM: Como recuperar conta do Instagram após esquecer a senha Golpes no PIX: veja 7 dicas para não cair em ciladas virtuais WhatsApp libera novas opções de formatação de mensagens; veja como usar Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Robô que faz vídeo com inteligência artificial comete gafes Robô que faz vídeo com inteligência artificial comete gafes Jovens estão trocando o Google pelo TikTok na hora fazer pesquisas Jovens estão trocando o Google pelo TikTok na hora fazer pesquisas

G1

Wed, 03 Apr 2024 08:30:15 -0000 -


Ranking revela que os principais bilionários do planeta 'estão mais ricos do que nunca' e no setor da tecnologia não foi diferente. Zuckerberg, Bill Gates, Steve Ballmer, Larry Page, Sergey Brin e o chefão da Nvidia são os principais destaques. Musk, Zuckerberg e Bill Gates: por que os bilionários da tecnologia estão 'mais pobres' em 2023 Reprodução A Forbes divulgou nesta terça-feira (2) o ranking das pessoas mais ricas do mundo em 2024. A lista concentra alguns bilionários do setor da tecnologia. Zuckerberg, Bill Gates, Steve Ballmer, Larry Page e Sergey Brin foram os que mais viram suas fortunas decolarem de um ano para o outro. Também chama a atenção o crescimento de Jensen Huang, presidente do Nvidia: ele tinha US$ 21 bilhões em 2023 e esse número saltou para US$ 77 bilhões em 2024 (saiba mais sobre ele). Em 2023, o seleto clube apresentava queda em sua riqueza, devido ao aumento das taxas de juros e a desvalorização das ações. Agora, o cenário é outro: os bilionários "estão mais ricos do que nunca", segundo a revista. Veja quem são: 1º Elon Musk Elon Musk veste fantasia para festa de Halloween da modelo Heidi Klum, em Nova York Evan Agostini/Invision/AP Fortuna em 2023: US$ 180 bilhões Fortuna em 2024: US$ 195 bilhões Dono do X (ex-Twitter), da Tesla e da SpaceX, Elon Musk é hoje a segunda pessoa mais rica do mundo, atrás apenas do francês Bernard Arnault, presidente do grupo de luxo LVMH. Em 2023, a riqueza de Musk despencou para US$ 180 bilhões. Segunda a Forbes, a queda naquele ano foi motivada após ele desembolsar US$ 44 bilhões para adquirir o Twitter. A compra fez com que as ações da Tesla despencassem, afetando sua riqueza. Agora, a riqueza do sul-africano alcançou US$ 195 bilhões. 2º Jeff Bezos Jeff Bezos, fundador da Amazon, em 6 de junho de 2019. AP Photo/John Locher Fortuna em 2023: US$ 114 bilhões Fortuna em 2024: US$ 194 bilhões Jeff Bezos, fundador da gigante do varejo Amazon e novamente o terceiro homem mais rico do mundo, também viu sua fortuna saltar de US$ 114 bilhões em 2023 para US$ 194 bilhões agora em 2024. Bezos já foi o homem mais rico do mundo em julho de 2017 e entre 2018 e 2021. Ele já caiu para o quarto lugar, mas voltou para o terceiro em 25 de janeiro de 2023, quando a fortuna do indiano Gautam Adani - anteriormente o terceiro mais rico - caiu. LEIA TAMBÉM: Taylor Swift e Magic Johnson entram para a lista de bilionários da Forbes Bilionários da Forbes: veja quem são as mulheres mais ricas em 2024 3º Mark Zuckerberg Mark Zuckerberg Reprodução / Instagram Fortuna em 2023: US$ 64,4 bilhões Fortuna em 2024: US$ 177 bilhões No caso do Mark Zuckerberg, presidente-executivo da Meta (Facebook, Instagram e WhatsApp), seu patrimônio voltou a crescer, atingindo agora US$ 177 bilhões. A Forbes lembra que "ninguém ganhou mais, em termos de dólares, do que Zuckerberg" em 2024. Segundo a revista, enquanto a Meta fazia demissões ao longo do ano passado e investia em inteligência artificial (IA), as ações da empresa triplicaram, contribuindo para a riqueza de Zuckerberg. Em 2014, ele chegou a ser o terceiro homem mais rico do setor de tecnologia dos Estados Unidos. Na época, ele tinha uma fortuna avaliada em US$ 34 bilhões. 4º Larry Ellison Larry Ellison, fundador da Oracle. Oracle PR via Hartmann Studios Fortuna em 2023: US$ 107 bilhões Fortuna em 2024: US$ 141 bilhões Larry Ellison, cofundador da empresa de softwares Oracle, ocupa a quinta colocação como pessoa mais rica do planeta. Para se ter ideia da evolução, o empresário estava em oitavo lugar na lista dos mais ricos em 2022. Na lista de 2023, comparado a outros bilionários da tecnologia, Larry já estava em uma situação melhor, sem registrar queda no patrimônio. Assim como Musk, ele investiu na montadora Tesla e atuou no conselho da empresa de 2018 até 2022. 5º Bill Gates Bill Gates disse que mudanças fundamentais ocorrerão por meio da inteligência artificial Getty Images via BBC Fortuna em 2023: US$ 104 bilhões Fortuna em 2024: US$ 128 bilhões Bill Gates é outro nome conhecido que também viu sua riqueza despencar em 2023. O fundador da Microsoft tinha US$ 129 bilhões em 2022, US$ 104 bilhões em 2023 e, agora, US$ 128 bilhões. Gates foi presidente-executivo da Microsoft por 25 anos, permaneceu como presidente até 2014 e deixou o conselho em 2020. Atualmente, ele tem investimentos em dezenas de empresas e é um dos maiores proprietários de terras agrícolas nos EUA. Ele já foi a pessoa mais rica do mundo entre 1995 e 2017, com intervalos em 2008, 2010 e 2013. Perdeu o posto definitivamente quando foi ultrapassado por Jeff Bezos. 6º Steve Ballmer Steve Ballmer Arquivo pessoal Fortuna em 2023: US$ 80 bilhões Fortuna em 2024: US$ 121 bilhões Steve Ballmer, ex-presidente-executivo da Microsoft, figura no ranking da Forbes na 10ª colocação, com US$ 121 bilhões em fortuna em 2024. Ballmer liderou a Microsoft no período de 2000 a 2014. Após a sua saída, ele focou na filantropia, doando mais de US$ 2 bilhões em um fundo recomendado por doadores, segundo a Forbes. 7º Larry Page Larry Page Photo credit: niallkennedy on Visualhunt.com Fortuna em 2023: US$ 79 bilhões Fortuna em 2024: US$ 114 bilhões Larry Page é cofundador do Google e tem hoje uma fortuna de US$ 114 bilhões, um crescimento expressivo em relação ao número de 2023. Page deixou de ser CEO da controladora do Google, a Alphabet, em 2019, mas permaneceu como membro do conselho e acionista controlador. Hoje, ele é um investidor fundador da empresa de exploração espacial Planetary Resources e financia as startups de carros voadores Kitty Hawk e Opener. 8º Sergey Brin Sergey Brin, em foto de 27 de junho de 2012 Paul Sakuma/AP Photo Fortuna em 2023: US$ 76 bilhões Fortuna em 2024: US$ 110 bilhões Fundador do Google junto a Page, Sergey Brin é outro destaque, com sua fortuna alcançando US$ 110 bilhões em 2024. Brin deixou o cargo de presidente da Alphabet (dona do Google) em dezembro de 2019, mas continuou como acionista controlador e membro do conselho. Fugindo do antissemitismo, Brin migrou da Rússia para os Estados Unidos aos 6 anos. Ele é, hoje, um dos imigrantes mais ricos do país. 9º Michael Dell Michael Dell Reprodução/X Fortuna em 2023: US$ 50 bilhões Fortuna em 2024: US$ 91 bilhões Michael Dell é fundador da companhia com seu nome, a Dell Technologies. A empresa foi fundada em 1984 em um dormitório universitário e, hoje, é um dos destaques no ramo da computação. Assim como seus colegas, Michael está mais rico em 2024, com um patrimônio de US$ 91 bilhões. Em 2020, ele tinha US$ 22 bilhões no bolso. Depois, avançou para US$ 55 bilhões em 2022 e voltou a cair no ano passado para US$ 50 bilhões. 10º Jensen Huang Jensen Huang, fundador da empresa de tecnologia NVIDIA. Reprodução/Instagram/NVIDIA Fortuna em 2023: US$ 21 bilhões Fortuna em 2024: US$ 77 bilhões Nascido em Taiwan, Jensen Huang é cofundador da Nvidia, fabricante de chips e semicondutores que tem se tornado a queridinha na bolsa de valores norte-americana graças aos investimentos que tem feito em IA. Huang presidente a companhia desde a sua fundação, em 1993. E o império fez com que ele se tornasse agora a 20ª pessoa mais rica do mundo no ranking geral da Forbes. Para se ter ideia da evolução, em 2022, Huang tinha uma riqueza avaliada em US$ 20 bilhões. Esse número saltou para US$ 21 bilhões em 2023 e, agora, ela está em US$ 77 bilhões. CEO do TikTok é questionado sobre sua nacionalidade no Senado dos EUA Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual

G1

Tue, 02 Apr 2024 13:26:35 -0000 -


Com uma amostra de apenas 15 segundos da voz, a nova IA, chamada de Voice Engine, é capaz de duplicar a fala dessa pessoa. Empresa diz que 'planeja manter a tecnologia sob estrito controle até que sejam implementadas medidas de segurança'. OpenAI Reuters/Dado Ruvic/Illustration A OpenAI, empresa por trás do ChatGPT, revelou uma ferramenta de clonagem de voz, chamada de Voice Engine, que pode duplicar a fala de alguém com base em uma amostra de apenas 15 segundos da voz da pessoa. A ferramenta ainda não está disponível para todo mundo e a empresa planeja manter ela sob estrito controle até que sejam implementadas medidas de segurança para impedir falsificações de áudio destinadas a enganar os ouvintes. "Reconhecemos que gerar fala que se assemelha às vozes das pessoas apresenta sérios riscos, que estão especialmente em destaque em um ano de eleições", disse a empresa em comunicado. "Estamos envolvendo parceiros dos Estados Unidos, governos, mídia, empresas de entretenimento, educação, sociedade civil e outros setores para garantir que estamos incorporando seus feedbacks conforme construímos", acrescentou. Pesquisadores de desinformação temem o uso generalizado de softwares alimentados por inteligência artificial (IA) em um ano eleitoral. Admitindo esses problemas, a OpenAI afirmou que está "adotando uma abordagem cautelosa e informada para um lançamento mais amplo devido ao potencial de uso indevido de vozes sintéticas". A OpenAI disse que seus parceiros que estão testando o Voice Engine concordaram com as regras, incluindo a necessidade de consentimento explícito e informado de qualquer pessoa cuja voz seja duplicada. Também deve ficar claro para o público quando as vozes que estão ouvindo são geradas por IA, acrescentou a empresa. "Implementamos um conjunto de medidas de segurança, incluindo marca d'água para rastrear a origem de qualquer áudio gerado pelo Voice Engine, bem como monitoramento proativo de como ele está sendo usado", garantiu a companhia. Em fevereiro, a OpenAI também revelou um modelo de inteligência artificial que cria vídeos realistas a partir de texto curtos. Batizado de Sora, ele foi liberado para análises de especialistas e ainda não está disponível ao público. "O Sora pode criar vídeos de até 60 segundos com cenas altamente detalhadas, movimentos de câmera complexos e vários personagens com emoções vibrantes", explica a empresa. Robô da criadora do ChatGPT que gera vídeos com IA a partir de textos comete gafes; veja exemplos Conheça o Sora, gerador de vídeos realistas da dona do ChatGPT Conheça o Sora, gerador de vídeos realistas da dona do ChatGPT ChatGPT: como usar o robô no dia a dia ChatGPT: como usar o robô no dia a dia

G1

Mon, 01 Apr 2024 11:39:41 -0000 -


Demis, uma criança prodígio do xadrez, projetou e programou um jogo multimilionário chamado Theme Park na adolescência, antes de ir para a Universidade de Cambridge. Demis quer ver as crianças abraçarem a capacidade de adaptação num 'mundo em rápida mudança' Getty Images/via BBC Os pais que "arrancam os cabelos" porque os filhos passam horas no videogame deveriam, em vez disso, encorajar o uso criativo da tecnologia, defende um milionário inglês, que é referência em inteligência artificial (IA), à BBC. 💻Sir Demis Hassabis avalia que as crianças deveriam ser encorajadas a criar e a fazer programação no computador. ♟️O cofundador e chefe do DeepMind do Google joga xadrez e videogame desde a infância. O Google comprou a empresa dele por £ 400 milhões (R$ 2,5 bilhões) em 2014. Demis disse ao programa Today, da Radio 4 da BBC, que os jogos o ajudaram a ter sucesso. "É importante alimentar a parte criativa, não apenas jogar", disse. "Você nunca sabe onde as paixões podem te levar, então eu apenas encorajaria os pais a deixarem seus filhos realmente apaixonados pelas coisas e, então, desenvolverem habilidades por meio disso." Ele acredita que as crianças precisam estar prontas para se adaptarem ao que será um "mundo em rápida mudança" e "abraçar essa adaptabilidade". Demis, uma criança prodígio do xadrez, projetou e programou um jogo multimilionário chamado Theme Park ainda na adolescência, antes de ingressar na Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Depois de se formar, ele fundou uma empresa de videogames, completou um doutorado em neurociência e foi cofundador da DeepMind em Londres no ano de 2010, que posteriormente foi vendida ao Google. Na quinta-feira (28/3), ele postou no X (o antigo Twitter) que estava "encantado" em receber o título de cavaleiro britânico pelos serviços prestados à IA. Ele disse à BBC que o título de cavaleiro foi o reconhecimento do que ele e sua equipe fizeram para "semear todo o campo e a indústria da IA", além de sua contribuição para a vida britânica. Demis disse que não se arrependia de ter vendido a DeepMind há 10 anos, pois considerava o Google a empresa certa, com o poder computacional necessário para assumir o negócio. "À época, não havia capacidade no Reino Unido para angariar as centenas de milhões de dólares que seriam necessários para assumir as coisas do ponto de vista global", disse ele. Demis Hassabis (à direita) participou de evento sobre segurança da IA com Rishi Sunak, o primeiro-ministro do Reino Unido Getty Images/via BBC O uso da IA para imitar pessoas em vídeos deepfake tem causado preocupação, incluindo o uso de rostos e vozes de pessoas da vida real em vídeos de sexo gerados pelas ferramentas mais avançadas. Christopher Doss, pesquisador da Rand Corporation, um centro de pesquisa em política internacional, disse que detectar vídeos deepfake se transformou em "uma corrida armamentista entre aqueles que estão tentando detectá-los e aqueles que estão tentando evitar a detecção". Há também preocupações de que a forma como a IA é treinada, usando dados disponíveis publicamente, possa levar a um "viés de algoritmo". Esta é uma preocupação particular, pois é implementada para automatizar a tomada de decisões, como a escolha dos currículos relevantes para os candidatos a uma determinada vaga de emprego. À medida que essa indústria se desenvolve rapidamente, o primeiro-ministro britânico Rishi Sunak realizou a primeira conferência sobre a segurança da IA em 2023, onde disse reconhecer que havia uma "ansiedade" sobre o impacto que as novas ferramentas poderiam ter no trabalho, mas disse que elas aumentariam a produtividade ao longo do tempo. Neste evento, Demis assinou uma declaração que diz: "Mitigar o risco de extinção por causa da IA deveria ser uma prioridade global, juntamente com outros riscos, como as pandemias e a guerra nuclear". Em declarações ao editor de negócios da BBC, Simon Jack, Demis disse que não se via como um Robert Oppenheimer, o criador da bomba nuclear. Ele disse que a atual geração de cientistas está ciente dos "alertas" sobre o poder da tecnologia e "os riscos" envolvidos se tal poder não for "administrado corretamente". Ele acrescentou que a IA tem um "impacto positivo inacreditável" que é "mais amplo que o [poder] nuclear".

G1

Sat, 30 Mar 2024 17:27:01 -0000 -


Imagem de seta com o texto 'clique aqui' viralizou no X, antigo Twitter, mas muitos usuários não entenderam sobre o que se trata. Ferramenta 'ALT' de transcrição de imagem traz possibilidade de incluir mensagens ocultas. Imagem de fundo branco com uma seta e o texto "Clique Aqui" viralizou no X. Reprodução/X Quem abriu o X, antigo Twitter, nesta sexta-feira (29) deu de cara com várias contas oficias de influencers, usuários comuns e até empresas que postaram a mesma imagem: um fundo branco com uma seta e o texto "Clique Aqui". Mas nem todo mundo entendeu como funciona essa nova "trend", que usa um recurso de descrição de imagem originalmente criado para a acessibilidade de pessoas com deficiência para deixar mensagens ocultas. "Do nada minha timeline cheia de clique aqui", "que p*** é essa de clique aqui?" e "não aguento mais esse clique aqui" foram alguns dos comentários dos usuários confusos. Print de post no X com a mensagem: "A rede social X amanheceu assim no dia 29/03". Reprodução/X Descrição de imagem A descrição de imagem, também chamada de texto alternativo, é uma forma de aumentar a acessibilidade para pessoas cegas, com baixa visão, ou que usam programas de leitura de texto. No X, ela é representado pelo selo "ALT" que aparece ao clicar sobre uma imagem, e não foi criada agora. Na página oficial da rede social há um tutorial que ensina como utilizá-la. Por exemplo, se o usuário posta uma foto de uma flor, há a possibilidade de acrescentar uma legenda acessível que descreva aquela imagem, como algo do tipo: "Foto mostra a mão de uma pessoa segurando um botão de rosa vermelha sobre um fundo escuro". Mas a trend do "Clique aqui" usa o recurso para escrever mensagens não relacionadas à imagem. Páginas de empresas usaram para fazer propaganda de produtos ou serviços, influencers usaram para divulgar horários em que fariam transmissões ao vivo, e muitos usuários publicaram palavrões ou piadas. O movimento gerou críticas de quem considera que as pessoas com deficiência estão sendo prejudicadas. "As marcas entrando nessa de Clique Aqui desvirtuando o real propósito da aplicação que é permitir que as pessoas com deficiência visual 'vejam' o que tem na imagem 🤡", escreveu o usuário da conta @STENl0. Já o jornalista Rodrigo Alves, do perfil "Vida de Jornalista", usou o próprio recurso ALT para fazer a crítica. "Se você é uma pessoa cega, a imagem da trend é a frase Clique Aqui e uma seta apontando para o ALT. Se você não é uma pessoa cega e clicou no ALT só pela trend, faz favor de tomar vergonha e passar a usar a ferramenta pra descrever as imagens, assim pessoas com deficiência visual também conseguem saber o que você postou 😉", escreveu. Post do perfil "Vida de Jornalista" critica a trend que usa o ALT para fins que não sejam descrição de imagem. Reprodução/X

G1

Fri, 29 Mar 2024 13:05:12 -0000 -


Tendo imigrado para os Estados Unidos aos 9 anos sem falar inglês, Jensen Huang acabou fundando a Nvidia, uma das empresas de tecnologia mais valiosas do mundo. Jensen Huang chegou aos EUA quando tinha 9 anos e não sabia falar inglês Getty Images via BBC No nome da Nvidia, a empresa fundada por Jensen Huang em 1993, misturam-se três elementos reveladores: NV, para "nova/próxima visão" (a visão do que está por vir); VID, uma referência a vídeo — pois a empresa começou focando no desenvolvimento de placas gráficas para computadores —; mas também a palavra "invidia", que é usada em latim para se referir à inveja. E, julgando pelos resultados surpreendentes que essa empresa tecnológica teve no último ano, é provável que esse seja realmente o sentimento que tanto a empresa quanto seu fundador despertaram em seus concorrentes. Entre março de 2023 e março de 2024, o valor das ações da Nvidia saltou de US$ 264 para US$ 886, levando sua avaliação total para mais de US$ 2 trilhões e tornando-a a terceira empresa de capital aberto mais valiosa do mundo, ultrapassando a Alphabet (Google), Amazon e Meta; e ficando atrás apenas da Microsoft e da Apple. A rápida multiplicação do valor da Nvidia é explicada pela febre em torno da inteligência artificial e pelo fato de esta empresa ser fornecedora de mais de 70% dos chips que tornam essa tecnologia possível. Chips em alta: por que a Nvidia está crescendo mais do que 'big techs' Mas estes, por sua vez, não existiriam se não fosse pela visão de Huang, que apostou neste mercado quando ele praticamente ainda não existia e, dessa forma, contribuiu para torná-lo realidade. Hoje, como recentemente declarou a revista Wired, Huang é considerado "o homem da hora, do ano e talvez da década"; enquanto Jim Cramer, analista de investimentos da rede americana CNBC, afirmou que o fundador da Nvidia supera Elon Musk como visionário. A história de Huang, no entanto, não foi isenta de dificuldades, riscos e muito trabalho, incluindo muitas horas gastas lavando banheiros e servindo mesas como garçom. Infância no reformatório Jensen Huang nasceu em Taipei, capital de Taiwan, em 1963. Ele passou parte da infância no próprio país e na Tailândia, até que seus pais decidiram enviá-lo com seu irmão para os Estados Unidos. Os meninos não falavam inglês e foram recebidos pelos tios, também imigrantes, que os mandaram para estudar no Instituto Oneida Baptist, em Kentucky. Na época, o instituto parecia mais um reformatório do que uma escola comum. Segundo um boletim publicado pela escola em 2016, os dois irmãos receberam permissão para morar, comer e trabalhar na instituição que, na época, só oferecia cursos de bacharelado. Eles frequentavam as aulas da Escola Primária Oneida. O pequeno Jensen Huang foi encarregado de lavar os banheiros. "Os meninos eram realmente difíceis", comentou o empresário em entrevista à rádio pública americana NPR em 2012. "Todos tinham navalhas no bolso e, quando havia brigas, não era bonito de se ver. Os meninos ficavam feridos." Apesar de todas essas dificuldades, Huang sempre declarou que aquela foi uma grande experiência e que ele apreciou seu tempo no instituto. Em 2016, ele e sua esposa, Lori, doaram US$ 2 milhões (cerca de R$ 10 milhões) para a construção de um edifício com classes e dormitórios para meninas naquele centro educativo. Tirando a sorte grande Poucos anos depois, os meninos se mudaram para Oregon. Eles se reuniram com os pais, que também migraram para os Estados Unidos. Huang frequentou a Universidade Estadual de Oregon, onde estudou Energia Elétrica. Ele conta que foi ali que seus olhos se abriram para "a magia por trás" dos computadores. E também foi ali que a "sorte" o levou a conhecer sua esposa Lori, sua companheira de práticas de laboratório. Lori era uma das três alunas que frequentavam um curso com 80 estudantes. Em uma palestra ministrada na universidade em 2013, Huang destacou como ele também ele conhecido por acaso os dois cofundadores da Nvidia, Chris Malachowsky e Curtis Priem. "De forma geral, estou dizendo que o acaso é muito importante para o sucesso", afirmou ele. Os três fundadores da Nvidia tiveram a ideia de criar a empresa durante um café da manhã em uma lanchonete da rede de fast food Denny's em San José, na Califórnia. A lanchonete recebeu uma placa que recorda o ocorrido, depois que, em 2023, a empresa de tecnologia chegou a ser cotada pela primeira vez no valor de US$ 1 trilhão (cerca de R$ 5 trilhões). Os microchips da Nvidia estão desempenhando um papel protagonista na revolução em IA Getty Images via BBC Huang tem uma relação de longa data com a Denny's. Foi em uma lanchonete daquela rede em Portland que ele conseguiu seu primeiro emprego com 15 anos de idade, lavando pratos, limpando mesas e trabalhando como garçom. "Excelente escolha trabalhista", declarou ele. "Recomendo encarecidamente a todos que tenham seu primeiro emprego no setor de restaurantes, que ensina a ser humilde e trabalhar duro." Huang costuma comentar que era bom nas tarefas do restaurante. "Meu primeiro trabalho antes de ser CEO [diretor-executivo] foi lavar pratos e me saí muito bem", destacou ele recentemente, em uma palestra na Escola de Graduação em Negócios de Stanford. O empresário declarou também que trabalhar no Denny's o ajudou a superar sua extrema timidez. "Eu ficava horrorizado com a possibilidade de precisar falar com as pessoas", contou ele ao jornal The New York Times. Apostando no desconhecido Huang se formou engenheiro em 1984. "Um ano perfeito para me formar", segundo ele. Foi naquele ano que começou a era dos computadores pessoais, com o lançamento dos primeiros computadores Mac. Ele fez mestrado em Engenharia Elétrica na Universidade de Stanford. O curso levou oito anos. Paralelamente, ele trabalhou em diversos cargos em empresas de tecnologia, como a Advanced Micro Devices (AMD) e a LSI Logic, que abandonou pouco antes de fundar a Nvidia. Em palestra ministrada em 2013 na Universidade Estadual de Oregon, ele contou que, antes de criar a empresa, os três fundadores se fizeram três perguntas: Este trabalho é algo que "realmente adoraríamos" fazer? Vale a pena realizar este trabalho? Este trabalho é algo "realmente difícil" de realizar? "Hoje me faço essas mesmas perguntas o tempo todo", disse ele. "Porque você não deveria fazer nada que não adore. E só deve trabalhar nas coisas que importam na sua vida." Parte da sua filosofia de trabalho se baseia em apostar nessas coisas importantes, mesmo quando não existe um mercado claro estabelecido. "Não encontramos inspiração no tamanho do mercado, mas na importância do trabalho, pois a importância do trabalho é um indicador precoce do mercado futuro", afirmou ele, na Escola de Graduação em Negócios de Stanford. Jensen Huang, fundador da empresa de tecnologia Nvidia Reprodução/Instagram/NVIDIA Huang também recomendou que as pessoas retornem constantemente aos princípios básicos. Ele garantiu que isso cria muitas oportunidades. Aplicando este tipo de ideias, Huang criou uma empresa com estrutura bastante horizontal. Nela, mais de 40 pessoas se reportam diretamente a ele. E Huang também incentiva a comunicação transversal e de baixo para cima. Ele explicou que esta é uma forma de facilitar o fluxo de ideias e informações – e também se manter atualizado sobre as melhores sugestões da equipe. "Liderar as pessoas para que elas consigam fazer grandes coisas, inspirar, empoderar e ajudar os outros – estas são as razões da existência da equipe gerencial, para servir a todos os demais trabalhadores da empresa", indicou ele, na palestra em Stanford. A julgar pelos resultados da Nvidia, esta filosofia funciona. Mas é claro que não evitou que a empresa passasse por momentos difíceis. O primeiro deles chegou muito rapidamente. Depois de passar os dois primeiros anos da Nvidia procurando soluções tecnológicas para evitar o alto preço da memória DRAM, seu preço caiu em 90%. Esta redução fez com que todo o esforço investido se tornasse inútil e ainda abriu as portas para dezenas de outras empresas começarem a concorrer no desenvolvimento dos melhores chips gráficos. Mas a Nvidia conseguiu redirecionar seus esforços e, em 1999, lançou a Unidade de Processamento Gráfico (GPU, na sigla em inglês), um tipo de microprocessador que redefiniu os jogos por computador. A partir dali, a empresa continuou trabalhando no desenvolvimento da computação acelerada por GPU, um modelo que aproveita o uso em massa dos processadores gráficos paralelos e permite acelerar o trabalho de programas que exigem grande poder de computação, como a análise de dados, simulações, visualizações e a inteligência artificial. A aposta na IA fez disparar o preço das ações da Nvidia, fazendo com que a fortuna pessoal de Huang atingisse US$ 79 bilhões (cerca de R$ 395 bilhões). Com isso, segundo a revista Forbes, ele se tornou o 18º homem mais rico do mundo. E Huang pode ainda ir mais além, graças à posição de quase monopólio da Nvidia na produção desses superchips. As previsões são de que sua demanda siga crescendo no futuro próximo. Como destacou um analista de Wall Street mencionado na revista The New Yorker, "existe uma guerra em andamento no campo da inteligência artificial e a Nvidia é o único vendedor de armas". Ao que parece, a sorte de Jensen Huang pode continuar melhorando no futuro. Primeiro paciente da Neuralink mostra como chip cerebral funciona Neuralink faz demonstração com 1º paciente a receber seu chip cerebral

G1

Thu, 28 Mar 2024 07:01:27 -0000 -


Mas ela teve que mudar a técnica depois que uma rede social impôs restrições. Especialistas explicam quais são os pontos problemáticos e o que pode ser aproveitado no método. Influenciadora chinesa viraliza ao mostrar produtos à venda por apenas 3 segundos em lives Três segundos. Esse era o tempo máximo que a influenciadora chinesa Zheng Xiang Xiang costumava usar para divulgar cada um de seus produtos à venda em uma rede social. As transmissões ao vivo eram feitas no Douyin, a versão chinesa do TikTok , mas trechos das "lives" extravasaram a rede local e têm viralizado há alguns meses em outras plataformas mundo afora. Neles, a vendedora mostra os objetos num ritmo que mais parece o de uma caixa de supermercado passando produtos pelo leitor de código de barras. Ela segura o item por alguns segundos, diz apenas o preço e passa para o próximo (veja no vídeo acima). Os produtos vão de roupas a calçados, secadores de cabelo e até cabides, adquiridos pela influenciadora e sua equipe diretamente de distribuidores para revenda. Em entrevistas na imprensa chinesa, Xiang Xiang disse ter arrecadado de 75 milhões de yuans (cerca de R$ 51,6 milhões) em uma série de "lives" durante um feriado chinês. 'Live shopping': o método que fez Virgínia comemorar faturamento de R$ 22 milhões Em todos os vídeos, ela mantém um mesmo padrão visual: vestido e luvas pretos, cabelo preso, batom vermelho, produtos em caixas laranja que lembram as da marca de luxo francesa Hermès. Para especialistas em marketing e negócios, esta é uma das características adotadas pela influenciadora que podem ser aproveitadas por outros empreendedores (leia mais abaixo). O ponto mais problemático, claro, é o fato de que ela não dava quase nenhuma informação sobre os produtos. Tanto que a Xiang Xiang se viu obrigada a mudar a tática quando o Douyin entendeu que esse "método" prejudicava a experiência de compra e impôs restrições. A vendedora então, passou mostrar os itens por um pouco mais de tempo: 18, 20 e até 60 segundos. E, agora, explica como utilizar o produto e o material de que ele é feito, entre outros detalhes. Influenciadora chinesa mostra produtos por apenas 3 segundos em lives Zheng Xiang Xiang/Kuaishou Por que fez sucesso? Para especialistas de marketing e negócios ouvidos pelo g1, a estratégia da chinesa deu resultado porque estimula a compra por impulso, além de gerar conexão com os consumidores a partir de "lives" repetitivas e previsíveis. Segundo eles, a influenciadora também aproveitou uma tendência bastante apreciada na internet, de vídeos cada vez mais curtos e diretos. E, ao apresentar os produtos rapidamente, Zheng Xiang Xiang trabalha com uma técnica muito poderosa em vendas: o princípio de escassez. "Essa estratégia mexe com a cabeça das pessoas de maneira inconsciente, tipo: 'É bom você comprar logo porque vai ficar sem. Mostrei o produto por 3 segundos. Não quis? Teve alguém que quis'", diz Fernando Moulin, especialista em negócios, transformação digital e experiência do cliente. Para a publicitária Emilia Rabello, que é fundadora do Nós, uma empresa que apoia empreendedores da periferia, essa estratégia é uma forma de levar para o mundo digital o dinamismo que já é muito observado no comércio popular brasileiro. Produtos são apresentados durante lives Arquivo Pessoal Como se inspirar? O "live shopping" (ou "live commerce"), modelo de vendas por meio de transmissões ao vivo pela internet, é um mercado consolidado na China, mas ainda precisa amadurecer em países como o Brasil, afirma Moulin, que também dá aulas na ESPM, no Insper e na Live University. “A China se adaptou a esse tipo de comércio, principalmente depois da pandemia. Mas, no Brasil, isso nem sempre emplaca", observa. "E não tem resposta certa, tem que testar com seu consumidor. Pode ser que tenha uma resposta positiva ou negativa, dependendo do seu público-alvo.” A influenciadora Virgínia Fonseca é uma das adeptas mais famosas da técnica. Em 2023, ela disse ter faturado R$ 22 milhões em uma "live" de 13 horas. No caso, a brasileira detalhava bem mais os produtos do que a chinesa. Para Moulin, as "marcas têm que ser criativas e ousadas, tentando novos formatos de venda para o público mais jovem". "É uma geração muito antenada, que usa as redes sociais o tempo inteiro, e a gente ainda é muito conservador. Esses consumidores mais jovens já fazem mais buscas dentro do TikTok do que do próprio Google. Então, tem muita coisa mudando rápido e o empreendedor precisa testar." Como fazer seu negócio bombar com vídeos na web: empresários influencers dão 10 dicas práticas Outros pontos destacados pelos especialistas: 👉 Ter um padrão para os vídeos: aparecer sempre com o mesmo visual e no mesmo ambiente ajuda a criar uma sensação de consistência, familiaridade e confiança, ensina a professora de marketing Maiara Kososki, da PUC-PR. “É uma pessoa completamente desconhecida, mas parece que está se tornando uma amiga sua. Você já espera como ela vai se vestir, se comportar, o que facilita o processo de compra”, diz. "As pessoas acham que têm que ficar mudando o tempo todo nas redes sociais, mas a repetição é o que faz dar certo. Sempre ter a mesma aparência ou um cenário, um jargão, algo que a pessoa se familiarize para gerar confiança." 👉 Ser rápido e prático: “Nessa guerra por atenção na internet, quanto mais sucinto você é mais sucesso você tem. Por isso, cada vez mais, os vídeos são menores”, afirma a publicitária Emilia Rabello. Para ela, Zheng Xiang Xiang teve sucesso com a técnica da venda rápida por fazer um conteúdo simples, que resume o que o consumidor quer saber sobre o produto. "Mostra a cor, o tamanho real na frente de uma pessoa e os principais aspectos", diz. Não demorar demais em um item também é o conselho de Maiara Kososki. “Quanto mais produtos você apresentar, maior a probabilidade de uma pessoa comprar." Mas Moulin reforça o risco embutido se o vendedor for rápido demais, como era Xiang: "Se o consumidor comprar por impulso e acabar achando que levou gato por lebre, pode haver um volume de devolução de produtos muito grande. E isso mata qualquer negócio". A dica dele é "ter bons produtos para que, ao comprar, o consumidor não se sinta lesado por não ter tido informações suficientes". 'Dá um Google' está com os dias contados? Entenda por que jovens preferem o TikTok na hora de fazer pesquisas

G1

Wed, 27 Mar 2024 08:03:23 -0000 -


Entidade culpa os marketplaces, dizendo que falta fiscalização contra produtos contrabandeados. Imagem de arquivo mostra pessoa usando celular Tânia Rêgo/Agência Brasil O volume de celulares vendidos ilegalmente no Brasil mais que dobrou em apenas um ano, diz a associação de fabricantes de produtos eletroeletrônicos (Abinee). Segundo dados divulgados pela entidade na última terça-feira (26), a quantidade de aparelhos ilegais passou de 10% do mercado total de telefones celulares no Brasil em 2022 para 25% no último trimestre de 2023, fechando o ano com um total de 6,2 milhões. O estudo cita levantamento da empresa de pesquisa de mercado IDC. A Abinee estima que 90% do total de smartphones contrabandeados hoje no Brasil sejam vendidos via marketplaces, com valor 38% abaixo do praticado no mercado oficial. E que, com isso, R$ 4 bilhões deixem de ser arrecadados em impostos em função da evasão fiscal com esses produtos. "O problema é que o modelo de venda dos marketplaces facilita a venda de produtos irregulares, uma vez que um site abarca diferentes vendedores, e muitos deles agem na ilegalidade", afirmou Humberto Barbato, presidente da associação, sem citar nomes de locais de venda. O que fazer se o celular cair na água? O que dizem as lojas Procurado pela Reuters, o Mercado Livre, maior marketplace do Brasil, disse atuar "proativamente" para coibir tentativas de mau uso de sua plataforma. "Assim que um produto irregular é identificado na plataforma, o anúncio é excluído e o vendedor notificado, podendo até ser banido definitivamente", afirmou a companhia em nota, reiterando que colabora com a Anatel e com fabricantes de celulares no combate a mercadorias irregulares. A Amazon disse que exige por contrato que todos os produtos ofertados no site possuam licenças, autorizações, certificações e homologações necessárias, e declarações de que cumprirão as leis aplicáveis. "A eventual infração dessas obrigações previstas em contrato pode acarretar a suspensão e interrupção das vendas dos seus produtos, a consequente destruição de qualquer inventário existente nos centros de distribuição da Amazon sem direito a reembolso, bem como o bloqueio da sua conta de vendedor", afirmou a empresa. A Aliexpress, outro gigante do comércio eletrônico, não respondeu de imediato a pedido de comentários da Reuters. VÍDEO: Saiba o que fazer se seu celular for roubado Saiba se está sendo vigiado: veja sinais um celular infectado com aplicativo espião

G1

Wed, 27 Mar 2024 03:00:20 -0000 -


Ação foi cotada a US$ 66,36 até as 12h55 (horário de Brasília) na Nasdaq, uma das principais bolsas de valores do mundo. Donald Trump REUTERS As ações da (TMTG) Trump Media e Technology Group subiram 40% nesta terça-feira (26) na Nasdaq, uma das principais bolsas de valores do mundo, que fica em Nova York, nos Estados Unidos. O valor atingiu US$ 66,36 até as 12h55 (horário de Brasília), marcando o primeiro dia de negociações da rede social Truth Social, lançada por Donald Trump. Pouco depois da abertura das operações na bolsa, as ações, muito procuradas, tiveram que ser suspensas por alguns minutos. A estreia da TMTG no mercado acontece após fusão com a Digital World Acquisition, que levou 29 meses. Com isso, ele entrou, pela primeira vez, no grupo das 500 pessoas mais ricas do mundo. A participação maioritária de Trump na empresa foi avaliada US$ 5,89 milhões. Ele detém cerca de 60% das ações. Juntas, as empresas subiram mais de 700% desde que o acordo foi anunciado, consolidando o status da TMTG como gigante do setor de tecnologia. Essa abertura de capital representa um alívio financeiro para o ex-presidente (2017-2021), que enfrenta várias acusações judiciais em diferentes frentes.

G1

Tue, 26 Mar 2024 20:41:25 -0000 -


Deixar o telefone no arroz? Nem pensar. Tem que secar bem o aparelho com um pano e deixar em um local com bastante fluxo de ar. Aprenda também a identificar o quão protegido é o seu smartphone. Saiba o que fazer se o celular cair na água O celular caiu na água ou, por algum acidente, ficou encharcado. Mas, calma, dá para tentar salvar o smartphone. O Guia de Compras reuniu as indicações dos fabricantes com as melhores recomendações para tentar resolver o problema. Nada de colocar o aparelho dentro de um pote com arroz, hein? ✅Clique aqui para seguir o canal do Guia de Compras do g1 no WhatsApp Veja a seguir o que fazer e o que não fazer no caso de derrubar água (ou algum outro líquido) no telefone. E entenda qual é o nível de proteção do seu aparelho. O que fazer: Desligue o aparelho imediatamente. "A umidade no dispositivo pode causar sérios danos ou corrosão na placa-mãe", orienta a Samsung. Talvez precise dar um banho: as fabricantes também indicam que pode ser necessário remover impurezas que tenham entrado no telefone – como água do mar (que tem sal), da piscina (com cloro) ou resíduo de alguma bebida. Nesse caso, a recomendação das marcas é mergulhar o celular em água limpa por 1 a 3 minutos e enxaguar. Use um pano seco para remover o excesso de líquido na parte externa. Sem excesso: Tente remover o líquido restante batendo de leve no topo do aparelho, com o conector USB apontado para baixo. Bote para secar: Coloque o telefone em um local seco e com bastante fluxo de ar – pode ser perto de um ventilador. A água irá evaporar aos poucos. Será que está pronto para usar? Caso surja na tela um alerta de umidade – que aparece em iPhones e alguns modelos Samsung Galaxy –, ainda pode ter um resto de água no conector ou nos pinos do cabo. Continue com o telefone em uma área seca, com bastante fluxo de ar, entre 24 horas (na recomendação da Apple) e 48 horas (de acordo com o site da Motorola). Use um carregador sem fios: se for preciso recuperar alguma informação urgente do celular e ele estiver descarregado, uma alternativa – caso seja compatível – é utilizar um carregador sem fios, para evitar o uso de cabos. Não se esqueça de secar a traseira do telefone antes. Nem toda situação de exposição à água é igual. Se o problema não for resolvido, é recomendável procurar a assistência técnica do fabricante do celular para uma avaliação técnica. O que não fazer: Nada de arroz: Não coloque o smartphone em um recipiente ou saco de arroz. "Pequenas partículas de arroz podem causar danos", diz a Apple, em nota em seu site de suporte. Não use o cabo com o aparelho molhado. Com isso, os pinos do conector ou do cabo podem ser corroídos e causar dano permanente ou interromper o funcionamento, ressalta a Apple. Não use acessórios: Nem pense em usar uma fonte externa de calor, como secador de cabelos, ou de ar comprimido para tentar remover o líquido. O vento quente do secador pode, por exemplo, descolar a tampa traseira do equipamento e outros componentes internos. Nada de cotonete: Sempre existe a tentação de usar um cotonete ou palito para enxugar o celular: os resíduos de algodão (ou outro material) podem ficar presos dentro dos orifícios dos alto-falantes ou do conector USB-C (no caso dos Androids e do iPhone 15) ou Lightning (para iPhones 14 e anteriores). E aí é mais um estrago em potencial. Celular dentro d'água Sergey Meshkov/Pexels Qual o nível de proteção do seu aparelho? Telefones mais antigos tinham partes móveis, como tampas, gavetas para cartões de memória e baterias removíveis. E eram mais suscetíveis a danos por umidade. Os aparelhos mais modernos têm poucas partes móveis e fica tudo “travado” em uma única peça. Esse tipo de projeto ajuda a impedir entrada de água, mas ainda deixa alguns espacinhos livres: as aberturas dos alto-falantes, do microfone, da gaveta para o cartão SIM da operadora e o conector do cabo de energia. Os fabricantes de smartphones passaram a certificar os equipamentos pela classificação IP. Esse é um código criado pela IEC (Comissão Eletrotécnica Internacional, em inglês) que ajuda a identificar a proteção e a resistência dos aparelhos contra poeira, impacto e líquidos. O primeiro dígito da classificação informa a proteção contra objetos sólidos. O segundo dígito, a proteção contra água: O que significam os números na proteção IP? Aparelhos mais caros são resistentes à água, com a classificação IP67 (profundidade máxima de 1 metro por até 30 minutos) ou IP68 (profundidade máxima de 1,5 metro por até 30 minutos). Ou seja, dá pra dar um mergulho rápido para tirar uma foto embaixo da piscina sem ficar com medo de danificar o aparelho. Mas, se passar do tempo, esse mesmo “mergulho" pode estragar mesmo o aparelho e levar à perda da garantia. "O dispositivo pode ficar encharcado”, complementa a Samsung. "A exposição a condições fora desses parâmetros não está coberta pela garantia”, comenta a Motorola. Celulares mais básicos contam com a classificação IP53 ou IP54, que garante proteção contra poeira, borrifos ou respingos de água. Um exemplo com essa proteção é a linha Redmi, da Xiaomi– mas esses não podem mergulhar. iPhone 'antigo': até qual versão ainda vale a pena comprar? Veja a seguir uma lista com sete smartphones com proteção IP68 disponíveis nas lojas da internet. Os preços dos aparelhos começavam em R$ 2.200 e chegavam até R$ 11.000 nos vendedores on-line consultados em março. Apple iPhone 14 Apple iPhone 15 Pro Max Asus Zenfone 10 Motorola Edge 40 Motorola Edge 40 Neo Samsung Galaxy A55 Samsung Galaxy S24 Ultra Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável.

G1

Tue, 26 Mar 2024 10:00:28 -0000 -


Carteiras digitais permitem armazenar cartões de crédito e débito no celular, além de guardar documentos e outras informações importantes, como ingressos de shows e passagens aéreas. Aplicativos de carteira digital do Google e da Apple podem ser usados para fazer pagamento por aproximação e compras online Naipo.de/Unsplash A e o Google oferecem aplicativos que funcionam como carteiras digitais. Eles são usados principalmente para guardar dados de cartões de crédito e débito, mas também permitem armazenar documentos e informações sobre ingressos de shows e passagens aéreas, por exemplo. Como o nome indica, o Apple Pay só está disponível para aparelhos da Apple. A Carteira do Google pode ser usada apenas no Android. Em ambos, o celular precisa ter NFC (sigla para "comunicação por campo de proximidade"), presente na maioria dos dispositivos lançados nos últimos anos. Veja a seguir detalhes sobre as carteiras digitais do Google e da Apple: O que é uma carteira digital? As carteiras digitais são seguras? Como usar a carteira digital? Quais são os cartões compatíveis? O que mais dá pra guardar na carteira digital? 🛜 O que é uma carteira digital? Uma carteira digital é um aplicativo que permite armazenar dados de pagamento, como cartões de crédito e débito, que podem ser usados em lojas físicas ou na internet. Em lojas físicas, basta seguir o procedimento do aplicativo e aproximar o celular da maquininha de pagamento (veja mais abaixo). Nas compras online, é possível inserir no formulário de pagamento os dados sobre cartões que estão armazenados na sua conta. Em alguns casos, a loja virtual também pode exibir um botão para pagar com o Apple Pay ou a Carteira do Google. 🔒 As carteiras digitais são seguras? As duas carteiras usam várias camadas de segurança para proteger as informações financeiras dos usuários. As principais medidas presentes em ambas as ferramentas incluem: ➡️ Criptografia: as informações nas carteiras são criptografadas nos bastidores do aplicativo, ou seja, elas são embaralhadas e transformadas em uma sequência de código. Essa ação dificulta a leitura do dado por pessoas não autorizadas. ➡️ Token: em vez do número real do cartão, os serviços criam um código virtual para representá-lo. É o token que é enviado para o estabelecimento em que você faz a compra. Assim, o número real do cartão nunca é compartilhado. ➡️ Senhas: as plataformas exigem senhas para liberar o acesso do usuário ao aplicativo. Elas variam entre PIN (sequência numérica), impressão digital ou até reconhecimento facial. 📲 Como usar a carteira digital? Carteira do Google: pode ser baixada na loja de aplicativos Play Store, por meio deste link. Siga as instruções para instalar e conectar o aplicativo à sua conta do Google. Para cadastrar um cartão ou documento, siga os passos abaixo: Na tela inicial da Carteira do Google, toque em "Adicionar à Carteira"; Em seguida, selecione a opção "Cartão de débito ou crédito"; Alinhe a câmera do celular ao cartão físico, como indicado, ou insira os dados manualmente; Clique em "Salvar"; Aceite os termos do emissor do cartão; Conclua a verificação no aplicativo do banco. Para pagar, basta desbloquear a tela do celular, aproximá-lo da maquininha por alguns segundos (não é preciso abrir o aplicativo Carteira do Google) e, se necessário, seguir as instruções que aparecerão na tela. Carteira do Google Divulgação/Google No Apple Pay: o Carteira (também conhecido como Wallet) é o app que para permite guardar dados como cartões de crédito e débito, ingressos, cartões de embarque e comprovantes de vacinação. Os cartões salvos na Carteira podem fazer pagamentos pelo Apple Pay, seguindo esse passo a passo: Toque no botão "Adicionar +"; Escolha "Cartão de Débito ou Crédito"; Toque em "Continuar"; Posicione o cartão na moldura ou selecione "Inserir Dados Manualmente"; Aceite os termos do emissor do cartão; Conclua a verificação no aplicativo do banco. Para pagar, clique duas vezes no botão à direita (se o iPhone tiver Face ID) ou no botão Home (se o celular tiver Touch ID). Depois, aproxime o aparelho próximo do leitor de pagamentos até que ele mostre um "OK" e um sinal de verificação na tela. Como adicionar cartão na Carteira (Wallet) da Apple Reprodução/Apple 💳 Quais são os cartões compatíveis? Os modelos de carteira digital aceitam as principais bandeiras, como Mastercard e Visa, e bancos, como Caixa, Bradesco, Itaú, Nubank e Banco do Brasil, entre outros. Desde que foram lançadas no Brasil, as plataformas têm ampliado o número de cartões aceitos. É possível consultar a lista completa de bancos aceitos no site do Apple Pay e da Carteira do Google. 📄 O que mais dá pra guardar na carteira digital? Sim. Também é possível usar as carteiras da Apple e do Google para armazenar passagens aéreas, ingressos, certificados de vacinação e controles de acesso a espaços com fechaduras inteligentes. O Google destaca que, em algumas cidades, seu aplicativo pode ser usado no transporte coletivo. Já a Apple afirma que sua carteira serve para guardar dados de algumas redes de vale-alimentação. Leia também: Você sabe identificar uma imagem que foi manipulada com inteligência artificial? Foto de Kate: clique e veja detalhes que despertaram desconfiança sobre a imagem Lei da União Europeia que regula big techs entra em vigor; entenda Golpe do cartão por aproximação: veja como agem os criminosos

G1

Tue, 26 Mar 2024 07:00:41 -0000 -


Aeronave alcançou 440 km/h, ainda abaixo da velocidade do som. Fabricante Boom Supersonic diz que modelo fará voos supersônicos nos próximos testes, como parte do desenvolvimento de seu principal projeto, o Overture. Avião supersônico XB-1 faz primeiro voo, ainda abaixo da velocidade do som A fabricante Boom Supersonic informou que seu avião supersônico XB-1 completou o primeiro voo na sexta-feira (22). A aeronave serve como modelo de teste para o principal supersônico da empresa, o Overture, que deve fazer o primeiro voo somente em 2027. Neste teste, o XB-1 alcançou altitude de 7.160 pés (cerca de 2.200 metros) e atingiu velocidade de 440 km/h, ainda abaixo da velocidade do som (Mach 1, ou cerca de 1.230 km/h). Agora, a equipe da Boom Supersonic pretende realizar novos testes para confirmar o desempenho do XB-1 e fazer voos ainda mais rápidos, em que a aeronave atingirá velocidade supersônica. A empresa disse que o avião atingiu os objetivos de velocidade, altitude e estabilidade que estavam previstos. Essa verificação foi feita com a ajuda da T-38, uma aeronave de perseguição que seguiu o avião durante o voo. O XB-1 decolou e pousou em uma pista na cidade de Mojave, na Califórnia. Este foi o local em que o avião Bell XB-1 fez o primeiro voo supersônico da história, em 1947. Apple, Google e Meta viram alvo de investigações da União Europeia Avião supersônico XB-1 durante seu 1º voo de teste, em 22 de março de 2024 Divulgação/Boom Supersonic O primeiro voo do XB-1 é mais um passo para o retorno dos aviões supersônicos civis, já que ele serve como base para o desenvolvimento do Overture, um avião maior que é apontado como o sucessor do Concorde, que operou até 2003. Segundo a Boom Supersonic, o avião de teste tem sido usado para validar itens que serão usados no Overture, como um sistema de câmeras no nariz da aeronave e o acabamento em fibra de carbono. Concorde e Overture: quais as diferenças entre os aviões supersônicos Avião supersônico XB-1 toca o solo após seu 1º voo, em 22 de março de 2024 Divulgação/Boom Supersonic Como será voar no Overture? O avião Overture deverá ter o dobro da velocidade das aeronaves atuais e alcançar 1.800 km/h quando estiver sobrevoando o mar. Em voos sobre o continente, a aeronave terá desempenho 20% superior, segundo a fabricante. A duração de um voo de Miami a Londres, que hoje é de cerca de 10 horas, cairia para cerca de 5 horas com o novo modelo. Quem é o dono do TikTok e por que a rede desperta desconfiança de políticos nos EUA Conheça o Overture, projeto de avião supersônico que pode chegar a 1.800 km/h E a alta velocidade não deverá ser incômoda para quem estiver no avião: a Boom Supersonic diz que, como o Overture ficará acima da maioria das áreas de turbulências, o voo será mais suave do que os das aeronaves convencionais. Além disso, a empresa afirma que o avião não será tão barulhento para regiões habitadas. Em geral, este tipo de aeronave produz um estrondo quando ultrapassa a velocidade do som por conta da chamada pós-combustão, que não será usada pelo Overture. Saiba mais sobre o que pode ser o jato supersônico mais veloz do mundo: 🏃 Velocidade máxima de 1,7 Mach (ou 1,7 vez a velocidade do som), o que na altitude de cruzeiro (60 mil pés ou cerca de 18 km) representa aproximadamente 1.800 km/h; ⛽ 7.867 km de autonomia; 💺 Capacidade para transportar até 80 passageiros; ️✈️ 61 metros de comprimento e 32 metros largura; 💰 130 unidades encomendadas por American Airlines, United Airlines e Japan Airlines. As diferenças entre os aviões supersônicos Conceito do avião supersônico Overture Divulgação/Boom Supersonic Relembre o último voo do Concorde, em 2003

G1

Mon, 25 Mar 2024 17:41:58 -0000 -


Segundo a Comissão Europeia, essas empresas não estão em conformidade com a Lei de Mercados Digitais, implementadas em 7 de março. Violações podem resultar em multas de até 10% do faturamento anual global das empresas. Logo da União Europeia. Reuters Apple, Google e Meta serão investigadas por possíveis violações da Lei dos Mercados Digitais, disseram órgãos reguladores da União Europeia nesta segunda-feira, o que pode resultar em multas pesadas para as empresas. A lei, em vigor desde 7 de março, exige que seis grandes empresas de tecnologia - que fornecem serviços como mecanismos de busca, redes sociais e aplicativos de bate-papo usados por outras empresas - cumpram as orientações a fim de garantir a igualdade de condições a seus rivais e oferecer mais opções aos usuários. As violações podem resultar em multas de até 10% do faturamento anual global das empresas. A Comissão Europeia disse que suspeita que as medidas adotadas por essas corporações não estão em conformidade efetiva com a lei. A autoridade de concorrência da UE investigará as regras da Alphabet sobre direcionamento no Google Play e autopreferência no Google Search, as regras da Apple sobre direcionamento na App Store e a tela de escolha do Safari e o "modelo de pagamento ou consentimento" da Meta. Perguntado se a Comissão estava apressando o processo, o chefe do setor na UE, Thierry Breton, disse que as investigações não deveriam ser uma surpresa. "A lei é a lei. Não podemos simplesmente sentar e esperar", disse ele a jornalistas. Breton disse que a Meta - que introduziu um serviço de assinatura sem anúncios na Europa em novembro do ano passado - deveria oferecer opções alternativas gratuitas. Da mesma forma, o Google e a Apple introduziram novas taxas para alguns serviços. Um porta-voz da Meta disse que a empresa está se esforçando para cumprir a orientação da lei. O Google, que afirmou ter feito mudanças significativas em seus serviços, disse que defenderá sua abordagem nos próximos meses. A Apple disse estar confiante de que seu plano está em conformidade com a nova lei. Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Vestido que muda de cor: roupa digital desenvolvida pela Adobe altera o visual com toque

G1

Mon, 25 Mar 2024 12:46:43 -0000 -


Heloisy Pereira Rodrigues, de 24 anos, fez seis meses de odontologia quando decidiu se aventurar no curso de AI. Ela e mais 14 estudantes concluíram o bacharelado na Universidade Federal de Goiás (UFG). Conheça a estudante da UFG que é a 1ª mulher do Brasil a se formar em Inteligência Artificial Heloisy Pereira Rodrigues, de 24 anos, é a 1ª mulher do Brasil a se formar em Inteligência Artificial, em Goiânia. Natural de Ceres, ela chegou a fazer seis meses de odontologia, mas segunda ela, não era o que queria de verdade. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram “Fiquei sabendo da criação do curso de AI na colação de grau da minha irmã. Pesquisei sobre o mercado de trabalho e me agradou muito, vi que a área correspondia com a que sempre tive facilidade, exatas, e resolvi me aventurar”, disse Heloisy. Ela começou o curso em 2020 e terminou no fim de 2023 na Universidade Federal de Goiás (UFG), no instituto de Informática do Campus Samambaia, em Goiânia. No país todo, o curso de graduação em IA só é oferecido pela UFG, e a estudante foi a única mulher da turma de 15 formandos. LEIA TAMBÉM Goiás sedia debate internacional sobre ética no setor público e Inteligência Artificial Evento no Grupo Jaime Câmara com psicanalista Jorge Forbes discute inteligência artificial e seus impactos Heloisy conta que o curso, de bacharelado em Inteligência Artificial, além de ser chamado de IA, em inglês, artificial intelligence, é também chamado carinhosamente de BIA pelos bacharéis. Heloisy Pereira Rodrigues, de 24 anos, é a primeira mulher do Brasil a se formar em Inteligência Artificial, na UFG Acervo pessoal “É um curso totalmente diferente dos outros. Ele trabalha a mentalidade empreendedora, resolução de problemas e tudo aliado à técnica. É promovido o contato com empresas privadas, por meio de projetos de pesquisa e desenvolvimento (p&d), o que contribui muito com o nosso crescimento profissional no decorrer do aprendizado”, disse Heloisy. Ao g1, ela contou que em relação as áreas de IA, gosta mais de processamento de linguagem natural, que é fazer a máquina entender as falas humanas. “Um dos desafios pode ser um pouco de matemática, mas nada impossível. É se manter sempre atualizado, pesquisar e buscar conhecimento constante. Recomendo fazer, é um curso que podemos aplicar os conhecimentos em qualquer área como na saúde, agro, varejo, call center, etc”, contou ela. 1ª mulher formada em AI no Brasil Heloisy Pereira Rodrigues, de 24 anos, durante graduação em Inteligência Artificial Acervo pessoal Heloisy disse que o contato com as empresas durante o curso contribui e ajuda os alunos a conhecer o mercado de trabalho antes mesmo de se formar. Além disso, possibilita que os estudantes ganhem bolsas bem remuneradas em projetos desenvolvidos na universidade. “É um sentimento muito bom, principalmente de gratidão e alegria. Saber que eu consegui finalizar e poder ser inspiração para outras mulheres é muito gratificante. A tecnologia é uma área de mulheres também, devemos cada vez mais conquistar esses espaços”, contou Heloisy. Ela avaliou que falta incentivo para meninas jovens se aventurarem nesta área. Desde criança são os meninos que mexem no computador, entram em games no pc e acabam se atraindo mais pela área. “As meninas não são incentivadas a jogar no computador, ainda não possuem muitas referências de mulheres que mexem com isso, então é mais difícil quererem algo que desconhecem, mas p espaço está lá, só é necessário querermos acessá-lo. Somos capazes de chegar longe”, afirmou Heloisy. Heloisy Pereira Rodrigues, de 24 anos, e a família durante colação de grau em Inteligência Artificial Acervo pessoal Ela contou que é importante a formação na área devido à grande possibilidade de resolver problemas da sociedade, de diversas áreas, contribuindo para um mundo melhor. “A minha percepção é que a IA vem para nos ajudar a sermos mais humanos, voltarmos para tarefas que são mais subjetivas, que requerem nossos pensamentos e entendimentos, e não fazermos tarefas maçantes e repetitivas. Alguns empregos serão extintos, mas com certeza precisaremos de novos empregos, mais especializados, e você tem que saber se adaptar às novas possibilidades”, disse Heloisy. 📱 Veja outras notícias da região no g1 Goiás. 📱 Participe dos canais do g1 Goiás no WhatsApp e no Telegram. VÍDEOS: últimas notícias de Goiás

G1

Mon, 25 Mar 2024 07:00:22 -0000 -


Plataforma alterou o tom de verde da marca, o desenho dos botões e a posição do menu, que passou a ser exibido na parte de baixo da tela em aparelhos Android e incomodou alguns usuários. WhatsApp mudou posição dos botões no Android e recebeu críticas dos usuários Reprodução O WhatsApp tem feito mudanças em seu visual que vão desde o tom de verde da sua marca até o estilo dos botões do aplicativo. As alterações são pequenas, mas não deixaram de ser percebidas e até criticadas, por alguns usuários (veja todas abaixo). Nas redes sociais, há várias reclamações sobre os ajustes, principalmente o que em passou a mostrar os botões do menu na parte debaixo da tela em celulares com sistema Android – até então, as opções "Conversas", "Atualizações", "Comunidades" e "Ligações" apareciam na parte superior do app. O novo visual será implementado de forma gradual para todos os usuários e não poderá ser revertido, segundo o WhatsApp. "Essas mudanças foram feitas para proporcionar uma experiência mais moderna no WhatsApp, além de deixar o app mais acessível e fácil de usar", disse a plataforma. Veja abaixo as mudanças no visual do WhatsApp: as abas, que costumavam ficar na parte superior da tela, agora aparecem na parte inferior nos celulares Android. o tom de verde do logotipo foi alterado e as cores do aplicativo ficaram mais intensas, para ajudar os usuários a focarem nas áreas mais importantes da tela, diz a empresa. o modo escuro agora é ainda mais escuro, e o modo claro tem mais áreas na cor branca, para facilitar a leitura, segundo o WhatsApp. ícones e botões ganharam formatos e cores diferentes. informações e textos agora possuem um espaçamento maior entre eles. o logotipo do WhatsApp passa a ser exibido na aba "Conversas". LEIA TAMBÉM: WhatsApp passa a não permitir fazer 'print' da foto de perfil em celulares Android Câmara dos EUA aprova projeto de lei que pode banir TikTok no país As mulheres que são vítimas de 'stalking': 'Tenho medo de sair de casa e não voltar' Initial plugin text Initial plugin text O Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Primeiro paciente da Neuralink mostra como chip cerebral funciona Neuralink faz demonstração com 1º paciente a receber seu chip cerebral Veja primeiras impressões sobre o Apple Vision Pro Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual

G1

Sat, 23 Mar 2024 17:08:53 -0000 -


Gigante da tecnologia é acusada de usar seu poder no mercado de celulares para obter mais dinheiro dos consumidores nos EUA. Por sua vez, empresa diz que processo está 'errado nos fatos e na lei'. Tim Cook, CEO da Apple, apresenta o iPhone 11 Pro durante evento no Steve Jobs Theater, em Cupertino, Califórnia Stephen Lam/Reuters O processo do Departamento de Justiça dos EUA e de mais quinze estados americanos contra a Apple fez com que a dona do iPhone perdesse US$ 113 bilhões em valor de mercado na quinta-feira (21), segundo informações da Bloomberg. A big tech vem sendo acusada de monopolizar ilegalmente o mercado de smartphones no país. Na quinta, as ações da empresa caíram 4,1%, fazendo com que o seu valor de mercado despencasse em bilhões, registrando uma perda acumulada em 2024 em 11%, segundo a Bloomberg. Ela também teve um desempenho inferior ao Nasdaq 100 (bolsa de valores americana que reúne empresas de tecnologia) e ao S&P 500, que tem as 500 maiores empresas do mundo que estão listadas na bolsa de Nova York e na Nasdaq. As ações da Apple, cujo valor de mercado atingiu um pico de US$ 3,081 trilhões em dezembro de 2023, encerraram o ano passado com um ganho de 48%. Junto da Microsoft, elas estão entre as empresas mais valiosas do mundo. Processo contra a Apple A Apple se junta a uma lista de grandes empresas de tecnologia processadas pelos reguladores dos EUA, incluindo Google, Meta e Amazon, durante as administrações do ex-presidente Donald Trump e do presidente Joe Biden. O Departamento de Justiça alega que a Apple usa seu poder de mercado para obter mais dinheiro de consumidores, desenvolvedores, criadores de conteúdo, artistas, editores, pequenas empresas e comerciantes. "Os consumidores não deveriam ter que pagar preços mais altos porque as empresas violam as leis antitruste", disse o procurador-geral Merrick Garland , em comunicado. "Se não for contestada, a Apple apenas continuará a fortalecer o seu monopólio dos smartphones". Segundo a Bloomberg, a Apple disse que o processo está "errado nos fatos e na lei". Disse ainda que ele pode "abrir um precedente perigoso" e que irá se defender. LEIA TAMBÉM: As mulheres que são vítimas de 'stalking': 'Tenho medo de sair de casa e não voltar' VÍDEO: paciente que recebeu 1º implante da Neuralink mostra como chip cerebral funciona 'Carro voador' chinês aguarda liberação para fazer testes no Brasil; conheça o projeto Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual CEO do TikTok é questionado sobre sua nacionalidade no Senado dos EUA CEO do TikTok é questionado sobre sua nacionalidade no Senado dos EUA Duelo de celulares: Galaxy S24 x iPhone 15 Duelo de celulares: Galaxy S24 x iPhone 15

G1

Fri, 22 Mar 2024 14:03:24 -0000 -


À medida que a inteligência artificial é incorporada ao fluxo de trabalho das empresas, algumas delas estão dando aos funcionários um dia a mais para descansar. Empresas estão dando aos funcionários um dia extra de descanso Getty Images – via BBC Trabalhar quatro dias e receber pagamento por cinco é um sonho de muitos profissionais. Um sonho que parecia inatingível, mas que virou realidade em algumas empresas depois das mudanças radicais do ambiente de trabalho causadas pela pandemia. E, à medida que novos dados e informações sobre o assunto vão surgindo, cada vez mais empresas consideram adotar esse novo modelo — principalmente depois dos resultados positivos de testes realizados em países como o Reino Unido, a Islândia e Portugal. E os experimentos continuam. Na Alemanha, por exemplo, começou recentemente um teste com 45 empresas. E, em paralelo, um outro fator entrou nessa equação. A inteligência artificial (IA) vem ganhando espaço no ambiente de trabalho – e alguns especialistas acreditam que ela poderá acelerar a adoção da semana de trabalho de quatro dias em muitas empresas. Mais de 90% das empresas que usam IA consideram adotar a semana de quatro dias de trabalho Getty Images – via BBC Dados coletados no final de 2023 pelo portal de notícias e eventos Tech.co, sediado em Londres, confirmam essa possibilidade. A empresa consultou mais de mil gestores norte-americanos para seu relatório de 2024 sobre o Impacto da Tecnologia sobre o Ambiente de Trabalho. Os pesquisadores concluíram que 29% das empresas com semanas de trabalho de quatro dias fazem amplo uso da IA nas suas operações, implementando ferramentas como o ChatGPT e outros programas para agilizar as operações. Como comparação, apenas 8% das empresas que mantêm a semana de trabalho de cinco dias empregam a IA dessa maneira. Além disso, 93% das companhias que adotaram a IA disseram estar abertas à semana de trabalho de quatro dias. E, entre as que não usam inteligência artificial, menos da metade pensa em trabalhar um dia a menos. Menos faltas e mais foco: o que diz quem passa pelo teste da semana de 4 dias no Brasil Na agência de design digital Driftime, com sede em Londres, adotar a IA foi fundamental para que a empresa migrasse para a semana de trabalho flexível de quatro dias. "Delegando as tarefas simples às ferramentas de IA, ganhamos um tempo precioso que antes era perdido nas partes mais lentas do processo", afirma um dos fundadores da empresa, Abb-d Taiyo. Taiyo acredita que faz sentido adotar a semana mais curta, tanto para o bem-estar dos seus funcionários quanto para os resultados da empresa. "Em vez de uma queda na produtividade, observamos uma qualidade incrivelmente alta na entrega, aliada a um ótimo retorno na satisfação dos funcionários", ele conta. "A saúde e a felicidade da nossa equipe têm correlação direta com o alto padrão de trabalho produzido." Getty Images – via BBC Empresas estão automatizando tarefas que antes eram feitas manualmente, permitindo que os funcionários se dediquem a atividades mais complexas Shayne Simpson, diretor da empresa britânica de Recursos Humanos TechNET IT Recruitment, também acredita que a IA tem sido fundamental para o sucesso da semana de quatro dias na sua companhia. A empresa descobriu que as ferramentas de IA economizam 21 horas por semana dos seus consultores de contratação, principalmente ao automatizar tarefas que, antes, eram manuais — como a introdução de dados, e-mails de confirmação, seleção de currículos e contato com os candidatos. Isso reduziu o tempo de preenchimento de cargos vagos na empresa em 10 dias. "Essa economia de tempo permite que a nossa equipe atinja seus objetivos mais cedo durante a semana e que nossos consultores tenham um merecido descanso às sextas-feiras", conta Simpson. Além de estimular a produtividade e a aumentar motivação, a semana de trabalho reduzida também foi importante para atrair novos profissionais para a companhia, segundo ele. "Profissionais experientes são atraídos pela eficiência dos nossos processos e os iniciantes estão ansiosos para adotar as novas ferramentas", explica Simpson. Semana de 4 dias: o que experiências mostram sobre futuro do trabalho As ferramentas de IA certamente estão abrindo caminho para a semana de trabalho de quatro dias em alguns setores, mas a tecnologia não pode gerar a mudança sozinha. A cultura organizacional também é fundamental, segundo a professora de gestão de recursos humanos Na Fu, da Escola de Negócios Trinity, na Irlanda. "Estar aberto para estruturas de trabalho inovadoras, para fazer experiências e, o mais importante, ter uma cultura baseada em altos níveis de confiança são pontos importantes para adotar a semana de trabalho de quatro dias com sucesso", orienta ela. A professora também destaca que, à medida que a transformação digital com a IA avança, os próprios funcionários também devem estar dispostos a se aprimorar. "Em vez de se tornar meros servidores ou cuidadores de máquinas, os profissionais humanos precisam desenvolver novas técnicas que possam promover, complementar e comandar a IA, alcançando resultados melhores", orienta ela. Alguns setores terão mais benefícios com a IA do que outros, principalmente os que conseguirem usar as ferramentas para tarefas que incluem o desenvolvimento de software, criação de conteúdo, marketing e serviços legais, segundo Fu. Getty Images – via BBC Em vários experimentos, funcionários que tiveram um dia a mais para estar com a família e se divertir relataram ficar mais produtivos e felizes com o trabalho Na maioria dos casos, a inteligência artificial ainda terá um longo caminho pela frente até conseguir reduzir substancialmente as horas de trabalho humano. Mas, de qualquer forma, para que a incorporação da IA ao fluxo de trabalho das empresas de fato leve à adoção da semana de quatro dias, é preciso que os executivos comprem a ideia. E a adoção desse modelo pelos gestores irá variar dependendo do propósito e dos valores gerais de cada um, segundo Fu. Algumas empresas poderiam, por exemplo, usar a IA para executar tarefas simples e liberar seus funcionários não para que tenham um dia a mais de folga, mas simplesmente para que assumam novos projetos nesse tempo "livre". Ainda assim e mesmo com reservas, cada vez mais gestores veem a semana de trabalho reduzida como um futuro inevitável graças à tecnologia – incluindo os executivos de algumas das empresas mais rentáveis do mundo. Em outubro de 2023, por exemplo, o CEO (diretor-executivo) da JPMorgan Chase & Co., Jamie Dimon, declarou à Bloomberg TV que "seus filhos irão viver até os 100 anos e provavelmente irão trabalhar três dias e meio por semana." Agora, é esperar para ver. Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Worklife. Veja mais em: O que diz quem passa pelo teste da semana de 4 dias no Brasil

G1

Fri, 22 Mar 2024 08:02:16 -0000 -


Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) apontam para uma média de cerca de 155 casos de stalking registrados por dia nas delegacias brasileiras. Pedido de amizade nas redes sociais foi o início de stalking que virou caso de polícia, conta atriz Getty Images via BBC Quando a atriz Fernanda Antoniassi aceitou em 2020 uma solicitação de amizade de um perfil falso com a foto do ator britânico Henry Cavill, que deu vida ao Super-homem no cinema, ela não imaginava que começaria a ser perseguida por um desconhecido. Fernanda conta que, logo depois, a pessoa por trás do perfil falso passou a interagir com a atriz. “Sabia que era golpe, mas resolvi dar trela para juntar provas e fazer uma denúncia seguindo o conselho de uma amiga advogada.” Passados sete dias, Fernanda resolveu bloquear o perfil em suas redes sociais. “Foi quando ele passou a criar outros perfis e a me mandar solicitação sem parar. Para piorar, em alguns, ele até tentava fazer chamada de vídeo”. Fernanda estava sendo vítima de stalking, termo em inglês que designa o crime de perseguição no qual alguém invade repetidamente a vida privada da vítima presencialmente ou na internet. “Vivi essa situação durante semanas. Ele parava e, depois, voltava. Até que um dia, resolvi atender uma das ligações”. Foi quando, pela primeira vez, Fernanda conseguiu ver seu perseguidor: um homem que ela diz nunca ter visto antes. “Perguntei o que ele queria e disse que já tinha procurado a polícia", conta ela. "Foi quando ele me exigiu dinheiro para não matar minha mãe, porque ele dizia saber onde morava, mesmo sem eu nunca ter lhe falado.” Ao desligar a chamada, a atriz levou as gravações para a polícia. Mas ninguém foi formalmente acusado do crime até agora. “Nesse meio tempo, minha casa passou a ser rondada por carros, meu imóvel foi assaltado e já gravei dois drones a noite rondando a casa onde vivo com meus pais”, diz Fernanda. Stalking: como identificar e o que fazer quando se é vítima de perseguição A atriz que teve que passar a fazer tratamento para ansiedade após o caso: “Tenho medo dele estar mais próximo do que imagino”. Fernanda diz que a última tentativa de contato do perseguidor aconteceu no final de 2023. “Depois que publiquei um relato nas redes sociais, alertando outras mulheres, ele meio que parou, mas ainda sinto receio”, afirma a atriz. "Hoje, tenho medo de sair de casa e não voltar, pois não sei quando estou ou não sendo perseguida.” 'Mudei de endereço para ter paz': os relatos de vítimas de 'stalking', que pode dar 3 anos de prisão Stalking: entenda o que é esse crime, saiba identificar e veja como denunciar 155 casos por dia Histórias como a de Fernanda são mais comuns do que se imagina. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) apontam para uma média de cerca de 155 casos de stalking registrados por dia nas delegacias brasileiras. Para se ter uma ideia, apenas em 2022, 56.560 casos do tipo foram registrados no país. São Paulo (17.019), no Rio Grande do Sul (5.424) e no Paraná (4.801) são os que concentram a maior parte dos registros policiais de stalking no Brasil. Em geral, a maioria dos casos registrados envolvem vítimas mulheres, entre 16 e 24 anos, e homens como perseguidores. "Mas também existem registros de mulheres que perseguem homens”, diz Juliana Brandão, pesquisadora sênior do FBSP. No mundo, o termo stalking começou a ser usado no final da década de 1980 para descrever a perseguição insistente a celebridades pelos seus fãs. No entanto, foi apenas em 1990, na Califórnia, Estados Unidos, que a conduta passou a ser criminalizada pela primeira vez. Atualmente, países como Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e Austrália já possuem legislações específicas para lidar com o stalking. A lei que criminaliza o stalking no Brasil é de 2021 e prevê prisão de seis meses a dois anos e multa para esse tipo de conduta.  A pena pode ser aumentada quando a vítima é criança, adolescente, idoso ou mulher. O crime é definido como perseguição reiterada por qualquer meio, como a internet, que ameaça a integridade física e psicológica de alguém, interferindo na liberdade e na privacidade da vítima. Brandão explica que, por ser um crime novo na legislação brasileira, muitos casos ainda não são registrados, porque muitas vítimas não sabem que esse tipo de atitude é um crime. “Na maioria dos casos, o stalking acontece com o fim de um relacionamento, porém temos notado um crescimento de casos de desconhecidos que passam a perseguir mulheres pelas redes sociais, principalmente, quando estas se recusam a ter contato”, diz Brandão. “Nesse caso, falamos de cyberstalking, cuja perseguição acontece no ambiente virtual e acaba até tendo mais impactos na vida da vítima do que atos presenciais.” Solano de Camargo, presidente da Comissão de Privacidade, Proteção de Dados e Inteligência Artificial da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo, explica que o stalking se diferencia dos demais crimes contra a mulher pelo seu foco na perseguição persistente e indesejada. "Enquanto outros crimes, como a violência doméstica ou o assédio sexual, podem envolver atos isolados ou específicos de violência ou coerção, o stalking caracteriza-se pela repetição e pela persistência do comportamento persecutório”, diz Camargo. Pesquisadores ouvidos pela BBC News Brasil classificam o stalking em três níveis: Leve: inclui comportamentos como seguir a vítima nas redes sociais, enviar mensagens não solicitadas ou e-mails, e outras formas de comunicação indesejada. Embora possa ser perturbador, esse nível de stalking pode não representar uma ameaça física imediata. Moderado: pode envolver ações mais intrusivas, como seguir a vítima em público, aparecer repetidamente em lugares frequentados por ela, realizar ligações telefônicas frequentes ou enviar presentes não solicitados. Esse nível de stalking começa a ter um impacto mais significativo na sensação de segurança da vítima. Grave: caracteriza-se por comportamentos que representam uma ameaça direta à segurança da vítima, como perseguição física, invasão de propriedade, vandalismo, ameaças explicitas ou até mesmo violência física ou moral. Esse nível de stalking requer atenção imediata das autoridades e medidas de proteção para a vítima. Camargo ressalta que o stalking é um crime progressivo, o que significa que pode escalar de um nível mais leve para um mais grave ao longo do tempo. "Por isso, é absolutamente imprescindível que as vítimas de stalking busquem ajuda logo nos primeiros sinais de perseguição, para prevenir a escalada do comportamento abusivo do criminoso”, alerta. Em geral, maioria dos casos envolvem vítimas mulheres entre 16 e 24 anos, aponta especialista Getty Images via BBC 'Tremia de medo' A radialista sul-matogrossense Verlinda Robles começou a ser vítima de stalking em 2017. Tudo começou com uma ligação na rádio. Na época, ela apresentava um programa, e um ouvinte da cidade de Costa Rica, no interior do Mato Grosso do Sul, passou a ligar todos dias oferecendo uma música para Verlinda. “Sempre fui simpática com todos os ouvintes, mas fui percebendo que aquilo não era normal", diz ela. "Agradecia o carinho pelo meu trabalho, mas dizia que aquilo já estava fugindo do normal e pedia para ele parar de ligar.” Mas o pedido não surtiu efeito. O homem voltou a ligar para a rádio e a pedir para falar com a radialista. Verlinda voltou a pedir que ele parasse, mas ela diz que seu perseguidor "não queria entender”. Ela conta que a situação fugiu do controle quando o perseguidor que conseguiu seu número de telefone particular. “Era impressionante, não tinha hora. Ele me ligava no trabalho, a tarde e até de madrugada", diz. "Chegou em um ponto em que eu não atendia mais telefonemas, porque sempre era ele. Eu bloqueava um número, ele me ligava de outro.” Foi quando o perseguidor passou a fazer contato com Verlinda de outras formas e a ligar nos telefones de seus amigos. O homem passou a comprar presentes e a deixar na rádio, mas ela conta que recusava todos e pedia para devolver. "Mas ele continuava. Eu me sentia ofendida, porque já não bastasse a perseguição ele achava que podia me comprar. Lembro que, quando via ele, eu tremia de medo.” Em meio à perseguição, Verlinda resolveu se mudar em busca de novas oportunidades de trabalho. Do norte do Mato Grosso do Sul, a radialista foi morar no sul do Estado, onde acreditava estar livre do seu perseguidor. Passado alguns dias, um colega da rádio onde ela estava trabalhando falou para ela que tinha um homem que estava ligando todo dia me mandando um abraço. Era o perseguidor de Verlinda. Na mesma semana, ela entrou no site da operadora de telefonia para pegar um boleto para pagar sua conta. Foi quando Verlinda viu que já estava paga. "Na hora, achei estranho, pois sabia que não tinha feito o pagamento. Quando fui averiguar com a operadora, descobri que o endereço de entrega da conta tinha sido trocado e quem tinha pago era quem estava me perseguindo.” A radialista resolveu então denunciar o caso em suas redes sociais. A publicação feita em 2019 viralizou. 'Eu vivia com medo de alguém me fazer mal e nem sabia de quem tinha que correr na rua': um relato de quem sofreu com stalking Print de conversa entre Fernanda e perfil que utiliza o nome de ator e a perseguiu Reprodução via BBC "Não sei até hoje como ele conseguiu alterar meu endereço de pagamento. Para eu voltar para o meu endereço, foi uma odisseia.” A radialista também fez um boletim de ocorrência contra o homem e se tornou uma das primeiras vítimas de stalking no Brasil a conseguir uma medida protetiva contra um perseguidor. Verlinda diz que muita gente até hoje pergunta porque ela não o denunciou antes. "Sentia tanta vergonha de chegar na delegacia e os policias acharem que estava querendo aparecer que fui querendo fugir dele, sem procurar ajuda.” Com a medida protetiva, a perseguição cessou, conta Verlinda. Ela soube que, alguns meses depois, seu perseguidor morreu por problemas de saúde, mas os traumas ficaram. “Confesso que até hoje olho embaixo da cama ao chegar em casa por medo de ter alguém me perseguindo", diz. "Não alugo casa sem ter grades na janela; e até para me relacionar com as pessoas tenho dificuldade. É uma sombra que, infelizmente, levo na minha vida.” Como reagir e denunciar Daniel Barros, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (HC) da Universidade de São Paulo (USP), explica que, quando a vítima de stalking é uma pessoa famosa, o perseguidor tem na maioria das vezes um transtorno mental. “O stalking com anônimos, na maior parte dos casos, não tem a ver com transtorno mental, tem a ver com gênero, do sujeito simplesmente não aceitar o fim do relacionamento ou ser rejeitado por alguém”, explica o psiquiatra. Um estudo publicado em 2009, no periódico Law and Human Behavior, que fez um perfil de 200 pessoas condenadas por stalking constatou que, em média, apenas 25% dos casos de perseguição duram mais de um ano. Segundo a pesquisa, o fator que levou à perseguição duradoura foi o vínculo que a vítima tinha com o autor. Assim, no caso de ex-maridos ou ex-namorados perseguidores, o stalking tende a durar mais. “O mais importante é não falar com o perseguidor", afirma Barros. "Não troque mensagem, não fale, não tenha nenhum contato e leve a sério a situação, pois falar com ele tende a aumentar esse comportamento, porque o perseguidor entende que conseguiu o que queria: sua atenção.” Jamila Ferrari, delegada coordenadora das Delegacias de Defesa da Mulher (DDM) do estado de São Paulo diz que o principal sinal de que uma pessoa é vítima de stalking é passa a se sentir ameaçada pelas constantes investidas do perseguidor. “O enfrentamento sem dúvida é feito com informação. Informar constantemente às pessoas de que existe esse crime e punição para quem comete é uma das medidas mais importantes de prevenção”, diz a delegada. Atualmente, a vítima de stalking no Brasil pode procurar ajuda em qualquer delegacia de polícia. Contudo, especialistas dizem ser aconselhável que, em casos mais graves, que a pessoa perseguida busque apoio também de advogados, serviços de assistência psicológica e grupos de apoio. Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil recomendam algumas medidas que podem ajudar a diminuir as chances de ser vítima de stalking: Manter as informações pessoais privadas; Ajustar as configurações de privacidade nas redes sociais; Evitar compartilhar detalhes sobre rotina e localização; Estar atento a comportamentos suspeitos ou pessoas que pareçam estar seguindo ou monitorando de forma persistente. “Nessas situações, mediante provas e identificação do autor, a vítima pode obter na Justiça uma ordem de restrição contra o perseguidor, obrigando-o a manter distância da vítima, sob pena de ser preso em flagrante em caso de violação da ordem”, ressalta Solano. Veja como e quando denunciar o 'stalking', crime de perseguição Daniel Ivanaskas/G1

G1

Fri, 22 Mar 2024 07:01:38 -0000 -


Internautas acharam que tiveram seus perfis hackeados nesta quinta-feira (21). Usuários reclamam de instabilidade no Instagram na noite desta quinta-feira (21) Downdetector/ Reprodução O Instagram desconectou as contas de milhares de pessoas nesta quinta-feira (21). Por conta da falha, alguns usuários desconfiaram de que tinham sido hackeados. Segundo o site Downdetector, que reúne relatos de instabilidade em vários países, os problemas com a rede social começaram por volta das 19h (horário de Brasília). O maior pico de reclamações ocorreu às 20h19, com 1.909 notificações. Ao abrir o aplicativo pelo celular ou desktop, o usuário da rede social receberam a seguinte mensagem: "Você foi desconectado. Entre novamente". Ao clicar no botão "entrar", o login era concluído. As ocorrências foram para: acessar o aplicativo móvel (66%); login (30%); postagem (4%). Procurada pelo g1, a Meta, empresa do Instagram, não retornou até a publicação da matéria. A instabilidade ocupou o topo dos assuntos mais comentados do X (antigo Twitter). Poucos minutos de instabilidade geraram repercussão e até memes: Instabilidade no Instagram gera repercussão no X (antigo Twitter) Reprodução/X Memes gerados após instabilidade do Instagram Reprodução/X Memes após Instagram desconectar contas dos usuários Reprodução/X Memes após o Instagram deslogar perfis dos usuários Reprodução/X Instagram e Facebook fora do ar e... PM procurado por morte de advogado se entrega Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual

G1

Thu, 21 Mar 2024 23:35:23 -0000 -


Departamento de Justiça alega que a big tech usa o seu poder de mercado para obter mais dinheiro de consumidores. Apple afirma que, se o processo for bem-sucedido, a 'capacidade' da companhia de 'criar o tipo de tecnologia que as pessoas esperam' será prejudicada. Logo da Apple Unsplash/ Zhiyue O Departamento de Justiça dos EUA e mais quinze estados americanos processaram nesta quinta-feira (21) a Apple, alegando que a big tech monopolizou ilegalmente os mercados de smartphones. A Apple se junta a uma lista de grandes empresas de tecnologia processadas pelos reguladores dos EUA, incluindo Google, Meta e Amazon, durante as administrações do ex-presidente Donald Trump e do presidente Joe Biden. “Os consumidores não deveriam ter que pagar preços mais altos porque as empresas violam as leis antitruste”, disse o procurador-geral Merrick Garland , em comunicado. “Se não for contestada, a Apple apenas continuará a fortalecer o seu monopólio dos smartphones.” O Departamento de Justiça, que também se juntou ao Distrito de Columbia no processo, alega que a Apple usa seu poder de mercado para obter mais dinheiro de consumidores, desenvolvedores, criadores de conteúdo, artistas, editores, pequenas empresas e comerciantes. A ação civil acusa a Apple de monopólio ilegal sobre smartphones mantido pela imposição de restrições contratuais e pela retenção de acesso aos desenvolvedores, detalhou a agência de notícias Reuters. “Este processo ameaça quem somos e os princípios que diferenciam os produtos da Apple em mercados ferozmente competitivos. Se for bem sucedido, prejudicaria a nossa capacidade de criar o tipo de tecnologia que as pessoas esperam da Apple – onde hardware, software e serviços se cruzam”, afirmou a Apple, em um comunicado. Leia também: Página falsa anuncia 'ingressos' para show esgotado de Caetano e Bethânia em SP O TikTok é mesmo um perigo para o Ocidente? Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Processos e ações contra a big tech A Apple já foi alvo de investigações e ordens antitruste na Europa, Japão e Coreia, bem como ações judiciais de rivais corporativos como a Epic Games. Um dos negócios mais lucrativos da Apple – sua App Store, que cobra comissões dos desenvolvedores de até 30% – já sobreviveu a um longo desafio legal sob a lei dos EUA pela Epic. Embora o processo tenha concluído que a Apple não violou as leis antitruste, um juiz federal ordenou que a Apple permitisse links e botões para pagar por aplicativos sem usar a comissão de pagamento no aplicativo da Apple. Na Europa, o modelo de negócios da App Store da Apple foi desmantelado por uma nova lei chamada Lei dos Mercados Digitais, que entrou em vigor no início deste mês. A Apple planeja permitir que os desenvolvedores ofereçam suas próprias lojas de aplicativos – e, mais importante, que não paguem comissões. Apesar disso, rivais como Spotify e Epic argumentam que a Apple ainda está dificultando a oferta de lojas de aplicativos alternativas. As decisões sobre a App Store da Apple forçaram o Departamento de Justiça a analisar outras práticas da Apple como base para uma reclamação, como a forma como a Apple permite que empresas externas acessem os chips e sensores do iPhone. Empresas de hardware de consumo, como a fabricante de rastreadores inteligentes Tile Inc, reclamam há muito tempo que a Apple restringiu as formas como podem trabalhar com os sensores do iPhone enquanto desenvolvem produtos concorrentes que têm maior acesso. A Apple começou a vender AirTags – que podem ser anexadas a itens como chaves de carros para ajudar os usuários a encontrá-los quando perdidos – vários anos depois que a Tile começou a vender um produto semelhante. Da mesma forma, a Apple restringiu o acesso a um chip no iPhone que permite pagamentos sem contato. Os cartões de crédito só podem ser adicionados ao iPhone usando o serviço Apple Pay da própria Apple. E a companhia também enfrentou críticas por seu serviço iMessage, que só funciona em dispositivos da empresa. Há muito tempo, a big tech argumenta que restringe o acesso a dados do usuários e hardwares do iPhone para outros desenvolvedores por razões de privacidade e segurança. Neuralink faz demonstração com 1º paciente a receber seu chip cerebral

G1

Thu, 21 Mar 2024 14:51:42 -0000 -


Site 'Aos fatos' afirma que o link chegou a aparecer entre os patrocinados na busca do Google, acima do endereço oficial de venda dos ingressos. Reclame Aqui também registra queixas. Maria Bethânia e Caetano Veloso em foto de divulgação da turnê conjunta Divulgação Uma página falsa anunciava na noite da última quarta-feira (20) supostos ingressos para o show esgotado de Caetano Veloso e Maria Bethânia que acontecerá no dia 14 de dezembro, em São Paulo. O site aparecia nos resultados na busca do Google por "ingressos Caetano e Bethânia" por volta das 21h e, durante o dia, chegou a figurar entre os anúncios da plataforma (links patrocinados), acima do endereço da página oficial de vendas, a Ticketmaster Brasil, conforme reportou o site "Aos fatos". Procurado pelo g1, o Google não deu detalhes do site falso que aparecia em seu buscador, mas disse que "age imediatamente" quando identifica "violação às políticas da empresa" (leia o posicionamento). A Ticketmaster Brasil disse que denuncia sites suspeitos usando o seu nome. "Ranking de aparição das buscas ou a promoção destes links é algo que não controlamos", completou (leia abaixo). Sem comprovação da compra Consumidores deixaram relatos sobre o site falso no "Reclame Aqui", que reúne queixas contra empresas. "Procurei no Google por ingresso Caetano e Bethânia e o primeiro endereço localizado foi o caetanoebethania-ticketmaster.com", descreveu um comprador, mencionando o falso domínio. Ele afirmou que não recebeu nenhum tipo de confirmação pelos dois supostos ingressos que adquiriu, o que também foi relatado por outras pessoas que disseram ter comprado no site falso. Site falso anuncia ingressos para show esgotado de Caetano e Bethânia no dia 14 de dezembro, em São Paulo Reprodução Os ingressos para o show do dia 14 de dezembro acabaram ainda durante a manhã de quarta-feira, pouco depois da abertura das vendas para o público geral. Na página oficial, a Ticketmaster Brasil divulgava na noite de quarta que a data está esgotada e que informações serão divulgadas "em breve" sobre uma segunda data anunciada para São Paulo, dia 15 de dezembro. Já no site falso, que usa o nome da Ticketmaster no endereço e copia o visual da página oficial, era possível colocar no carrinho "ingressos" para a data esgotada, na noite de quarta. Nesta quinta, os perfis de Caetano Veloso e Maria Bethânia nas redes também alertaram sobre o site falso. Perfis de Caetano Veloso e Maria Bethânia alertam contra site falso de ingressos para show dos dois artistas. Reprodução/Instagram De acordo com o "Aos fatos", o anúncio do site falso no Google informava o nome de uma pessoa física como responsável pelo impulsionamento e dizia que a identidade do anunciante tinha sido “verificada pelo Google". O que diz o Google Procurado pelo g1, o Google não compartilhou detalhes sobre o site falso e não comentou sobre o impulsionamento do link em sua página. A companhia afirmou que tem políticas robustas para delimitar a forma como as pessoas anunciam em seus serviços. "Quando identificamos uma violação às nossas políticas, agimos imediatamente suspendendo o anúncio e, até mesmo, bloqueando a conta do anunciante. Se algum consumidor suspeitar ou for vítima de golpe, oferecemos uma ferramenta para denunciar violações de nossas políticas". O que diz a Ticketmaster A Ticketmaster afirmou ter um "protocolo" para denunciar anúncios e sites fraudulentos e diz não conseguir controlar esses casos. "Em shows com alta demanda, é comum que as pessoas procurem informações de compras de ingressos em ferramentas de busca e cliquem no primeiro site que lhes aparece, o que muitas vezes não é confiável", diz. "Infelizmente, o ranking de aparição das buscas ou a promoção destes links não é algo que controlamos", diz a empresa. "Não possuímos nenhum vínculo ou parceria com sites de revenda e esses ingressos, quando existem, podem ser falsos, impedindo seu acesso ao evento". Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual CEO do TikTok é questionado sobre sua nacionalidade no Senado dos EUA CEO do TikTok é questionado sobre sua nacionalidade no Senado dos EUA Robô que faz vídeo com inteligência artificial comete gafes Robô que faz vídeo com inteligência artificial comete gafes

G1

Thu, 21 Mar 2024 12:17:38 -0000 -


Nolan, um homem tetraplégico de 29 anos, recebeu o chip da empresa de Elon Musk no fim de janeiro. Em transmissão no X (antigo Twitter), ele mostrou como está usando o equipamento para controlar seu computador. Neuralink faz demonstração com 1º paciente a receber seu chip cerebral A Neuralink, empresa do bilionário Elon Musk, revelou nesta quarta-feira (20) o paciente que recebeu o primeiro implante de chip cerebral da empresa, no fim de janeiro. Em uma transmissão ao vivo no X (antigo Twitter), ele demonstrou como usa o equipamento para controlar seu computador. Noland Arbaugh, um homem de 29 anos, disse que ficou tetraplégico em um acidente de carro oito anos atrás. "Não tenho sensação ou movimento abaixo da área da lesão, abaixo dos ombros", afirmou. Durante a transmissão, conduzida por Bliss Chapman, chefe de software da Neuralink, Nolan contou que uma das coisas que não conseguia fazer com frequência desde o acidente era jogar xadrez. "Agora, tudo está sendo feito com o meu cérebro", disse Nolan. Neuralink faz demonstração com paciente que recebeu 1º implante de chip cerebral Reprodução/Neuralink O vídeo mostrou o ponteiro de um mouse se mexendo na tela do computador, algo que, de acordo com Nolan, estava sendo feito a partir dos seus pensamentos. "Eu tenho muita sorte de fazer parte disso", afirmou. Ele também destacou que o implante não é perfeito e que ainda há alguns problemas. "Não quero que as pessoas pensem que é o fim da jornada, ainda há muito trabalho a ser feito. Mas já mudou a minha vida". Como é o chip cerebral implantado pela empresa de Elon Musk em uma pessoa 1º implante da Neuralink Nolan recebeu o primeiro chip cerebral da Neuralink, mas a empresa ainda não havia revelado o seu nome. O experimento aconteceu oito meses após autorização da Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês). Antes de realizar o implante, a empresa abriu inscrições para voluntários, um processo exclusivo para pessoas com paralisia decorrente de lesão da medula espinhal cervical ou esclerose lateral amiotrófica. Biohacking: como e por que seres humanos estão implantando chips no próprio corpo Empresa de Elon Musk implanta chip em cérebro humano pela primeira vez Musk tem a ambição de, mais à frente, usar o chip para alcançar a telepatia, mas especialistas adiantam que a prática não é viável Arte/g1

G1

Wed, 20 Mar 2024 21:42:32 -0000 -


Órgão do país europeu alega que a gigante das buscas não vem cumprindo acordos firmados em 2019 de remuneração a veículos de imprensa. Por sua vez, empresa diz que valor da multa é 'desproporcional'. França multa Google em 250 milhões de euros por usar conteúdos de mídias Andrew Kelly/Reuters/Arquivo A Autoridade da Concorrência Francesa multou o Google em 250 milhões de euros (R$ 1,36 bilhão) por não cumprir um acordo que obriga a empresa a pagar aos meios de comunicação por utilizar seus conteúdos na internet. Em comunicado, a agência alega que o Google "descumpriu alguns dos seus compromissos assumidos em junho de 2022" no que diz respeito aos direitos da imprensa definidos pelo órgão. Em nota, o Google classificou a multa como "desproporcional" (leia o posicionamento abaixo). Os direitos foram estabelecidos em 2019 por uma diretriz europeia e permitem que jornais, revistas ou agências de notícias recebam pagamentos quando o seu conteúdo é utilizado em buscadores on-line, como o Google, que exibe trechos de notícias da imprensa nas páginas de resultados. A Autoridade critica a big tech por "não ter respeitado quatro dos sete compromissos" e, em particular, por "não ter negociado de boa-fé" com as editoras de imprensa para avaliar a remuneração com base nos direitos. Também destacou que o grupo americano utilizou "conteúdos de editoras e agências de notícias" sem alertá-las, com o objetivo de capacitar seu aplicativo de inteligência artificial Bard, atualmente chamado Gemini. Problema em outros países Segundo o jornal "The New York Times", a Meta, dona do Facebook e do Instagram, também vem entrando em atritos com a Austrália e o Canadá. Os dois países têm projetos que força as big techs a pagarem pelo conteúdo jornalístico que é compartilhado em suas plataformas. A Austrália foi o primeiro país do mundo a apresentar uma lei sobre o tema. Ela foi aprovada em 2021 e, naquele ano, os veículos de comunicação faturaram US$ 200 milhões com a decisão, segundo o jornal "Financial Times". A medida gerou resistência das companhias de tecnologia, especialmente Meta e Google. Em resposta, a empresa de Zuckerberg chegou a bloquear compartilhamento e visualização de notícias por lá. O Google ameaçou bloquear o buscador no país, mas voltou atrás, anunciando acordos com a mídia australiana. O que diz o Google sobre a multa da França Em nota, o Google afirmou que considera o valor da multa "desproporcional" em "relação às infrações" apresentadas pela autoridade francesa. "Assumimos um compromisso porque é hora de virar a página e, como provam os nossos muitos acordos com as editoras, desejamos (...) trabalhar de forma construtiva com as editoras francesas", afirma o Google em um comunicado. "Desde a entrada em vigor da lei, a ausência de medidas regulatórias claras e as sucessivas ações judiciais complicaram as negociações com os editores e impedem-nos de considerar com calma os nossos futuros investimentos no domínio da informação na França", completou. CEO do TikTok é questionado sobre sua nacionalidade no Senado dos EUA CEO do TikTok é questionado sobre sua nacionalidade no Senado dos EUA Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Robô que faz vídeo com inteligência artificial comete gafes Robô que faz vídeo com inteligência artificial comete gafes

G1

Wed, 20 Mar 2024 18:03:59 -0000 -


Saiba quais são as configurações mínimas recomendadas na hora de pesquisar por um novo computador portátil em várias categorias. Pessoa digitando no teclado de um notebook Cottonbro Studio/Pexels Na hora de escolher um novo notebook, faz muita diferença entender termos como SSD, RAM e até mesmo saber qual é a geração do processador – a parte que cuida das tarefas do computador, como rodar programas e navegar na internet. A escolha correta desses componentes pode levar a ter uma máquina de desempenho melhor. ✅Clique aqui para seguir o canal do Guia de Compras do g1 no WhatsApp 💻 O Guia de Compras destacou as principais características de cinco categorias de notebooks: básicos, para estudar e trabalhar, para gamers, 2 em 1 (com telas sensíveis ao toque e que também podem ser usadas como tablets) e topo de linha. Veja abaixo: Guia de Compras: como escolher notebook Barbara Miranda/g1 O que significa cada termo: PROCESSADOR: Quanto mais poderoso e eficiente o processador – o “cérebro” do notebook – mais rápido e suave será o desempenho do notebook em tarefas como navegar na web, rodar programas e jogos. Então, um notebook para estudar não precisa de um chip tão poderoso quanto o de uma máquina para jogar, que exigirá mais desempenho para rodar o game sem travar. As fabricantes de processadores mais utilizadas em notebooks com Windows são a AMD e a Intel. A Apple produz seus próprios chips para computadores, que rodam o sistema operacional Mac OS. Vale notar a geração do chip Intel: Intel Core Ultra (5, 7 e 9), de 14ª geração (i3, i5, i7 e i9) e Series 1 (3, 5 e 7). As gerações anteriores para prestar atenção são a 11ª, 12ª e 13ª (identificadas como Core i3, i5, i7 ou i9). Para AMD, as máquinas com chip Ryzen são as mais recentes (3, 5, 7 e 9). Tanto para chips Intel como AMD, quanto maior o número da família (3, 5, 7 e 9), maior será o desempenho do processador – internamente ele tem mais núcleos para executar tarefas simultâneas, para ficar em um exemplo. Essa diferença também se reflete no preço do notebook: um modelo com Core i3 ou Ryzen 3 será mais barato que um com Core 7 ou Ryzen 7. Para Apple, as classificações são, respectivamente, M3, M2 e M1. RAM: é o local onde os aplicativos e o sistema operacional acessam informações rápidas. A regra aqui é: quanto mais RAM, melhor. As máquinas mais baratas vêm com 4 GB de RAM, mas o mínimo recomendável para qualquer categoria é 8 GB ou mais. Grande parte dos notebooks pesquisados nas lojas on-line já vem com 8 GB de RAM. ARMAZENAMENTO INTERNO: O aconselhável é ter um notebook com SSD, um disco de estado sólido, que é mais rápido que o HD convencional. O mínimo de capacidade é 128 GB (que será ocupado em grande parte pelo sistema operacional Windows), mas também vale a regra de "quanto maior, melhor" para guardar fotos, vídeos, documentos e aplicativos. PLACA DE VÍDEO: Também conhecida como placa gráfica ou GPU (sigla para "unidade de processamento de gráficos", em inglês), é a responsável por toda a parte de processamento visual em um computador: gráficos, vídeos e efeitos – ou tudo que um game utiliza ao rodar. A placa de vídeo pode ser do tipo integrada – que compartilha recursos da máquina – ou dedicada, que não compartilha processamento com o resto do computador. E, conforme mais avançada a placa de vídeo, mais caro fica o notebook. A GPU será indicada pela marca do fabricante: Intel Xe (integrada) ou Intel Arc (dedicada), AMD Radeon ou NVidia GTX/RTX. TELA: O tamanho de tela importa pelo tipo de uso – um modelo de 15 polegadas cabe na mochila e pode não ser muito pesado, sendo indicado para trabalhar e estudar. Já um notebook com display de 17” é mais difícil de levar por aí, mas tem mais "espaço" para rodar vídeos em alta definição e games em tela cheia. O recomendável é que a tela tenha resolução Full HD (1.920 x 1.080 pixels) para mais ter detalhes na visualização. Máquinas mais baratas virão com resolução HD (720p). Os notebooks gamers têm telas com altas taxas de atualização (120Hz, 144Hz ou superior). Isso corresponde a quantas vezes a tela "pisca" para atualizar por segundo. Quanto maior o número, mais rápido o notebook recarrega as informações demonstradas e deixa a sensação de uso com maior fluidez nos games. CHEQUE AS ESPECIFICAÇÕES: as marcas muitas vezes vendem os notebooks com o mesmo nome e configurações técnicas distintas – e isso pode ter uma variação no preço nas lojas on-line. Outros guias: 2 EM 1: g1 testa quatro modelos do portátil PARA ESTUDAR E TRABALHAR: avaliação de 6 notebooks GAMER: como escolher uma máquina para jogar TODOS OS GUIAS DE COMPRAS ATENÇÃO AO SISTEMA OPERACIONAL: alguns fabricantes oferecem versões mais baratas dos seus notebooks com sistema operacional Linux – principalmente nas configurações mais simples. Isso não é um problema para quem precisa apenas editar textos e navegar na web, mas pode ser para quem precisa de aplicativos específicos para Windows ou rodar jogos. Na hora da compra, verifique se tem Windows 11 – a versão mais recente – pré-instalada no computador. Veja a seguir uma lista de notebooks selecionados pelo Guia de Compras, por categoria: Básicos Os modelos de notebooks mais básicos custavam entre R$ 2.100 e R$ 3.000 nas lojas on-line consultadas em março. Acer Aspire 3 ASUS Vivobook Go E1504FA Dell Inspiron Core i3 HP 240 G8 Lenovo Ideapad 3i Para estudar/trabalhar Os notebooks para trabalhar e estudar eram vendidos, em março, na faixa entre R$ 3.500 e R$ 4.400 nas lojas da internet pesquisadas. Acer Aspire 5 Avell B.on Lite New Dell Inspiron 15 LG UltraSlim Samsung Galaxy Book2 Vaio Fe15 2 em 1 Os modelos 2 em 1, com tela dobrável e sensível ao toque, eram vendidos entre R$ 4.800 e R$ 7.900 nas lojas on-line pesquisadas em março. Acer Aspire 5 Spin Touch Lenovo Yoga Slim 6i Samsung Galaxy Book3 360 Para gamers Os notebooks gamers são os modelos com a maior variação de preço, por conta de configurações mais simples ou mais avançadas. O modelo da Lenovo custava na faixa de R$ 5.000 em março, o da Dell, R$ 12.000 e o da Asus, R$ 29.000. Os valores foram consultados nas principais lojas on-line no meio de março. Asus ROG Strix G17 Dell Alienware M16 Lenovo LOQ Topo de linha Notebooks topo de linha, ou premium, oferecem as configurações e recursos mais avançados – é a única categoria que dá para encaixar um modelo recente da Apple. Os preços iam de R$ 12.500 a R$ 16.000 nas lojas on-line pesquisadas em março. Apple MacBook Pro 14" Asus Zenbook 14X OLED Samsung Galaxy Book3 Ultra Esta reportagem foi produzida com total independência editorial por nosso time de jornalistas e colaboradores especializados. Caso o leitor opte por adquirir algum produto a partir de links disponibilizados, a Globo poderá auferir receita por meio de parcerias comerciais. Esclarecemos que a Globo não possui qualquer controle ou responsabilidade acerca da eventual experiência de compra, mesmo que a partir dos links disponibilizados. Questionamentos ou reclamações em relação ao produto adquirido e/ou processo de compra, pagamento e entrega deverão ser direcionados diretamente ao lojista responsável. Guia de compras: como escolher um tablet

G1

Wed, 20 Mar 2024 10:00:22 -0000 -


Duas representantes da fabricante EHang pediram autorizações à Agência Nacional de Aviação Civil para realizarem voos de teste com o eVTOL EH216-S. Na China, o modelo já recebeu sinal verde para ser usado comercialmente. Conheça o "carro voador" chinês que aguarda liberação para ser testado no Brasil Enquanto a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) discute regras para operação do futuro "carro voador" de uma subsidiária da Embraer, um concorrente chinês pode fazer, no Brasil, o primeiro voo de uma aeronave desse tipo na América Latina. O modelo EH216-S é o eVTOL (sigla em inglês para "veículo elétrico de pouso e decolagem vertical") da EHang, empresa chinesa com duas representantes comerciais no Brasil, a AT Global e a GoHobby, que pediram autorizações de voos experimentais à Anac. A agência brasileira também analisa pedidos das fabricantes dos eVTOLs que serão usados por Gol e Azul para que as certificações que receberam em seus países de origem também sejam consideradas no Brasil (saiba mais abaixo). Mas é a EHang que está nas fases mais avançadas de desenvolvimento de um eVTOL. Em outubro, seu modelo recebeu a "certificação tipo" na China, o sinal verde para ser usado em operações comerciais. eVTOL modelo EH216-S, fabricado pela empresa chinesa EHang Reprodução/EHang Segundo a fabricante, o EH216-S pode transportar dois passageiros (sem piloto) em voos de até 30 quilômetros com apenas uma bateria. Já a futura aeronave da Eve, subsidiária da Embraer que prevê seu primeiro voo em 2026, deverá ser capaz de levar até seis pessoas em trajetos de até 100 quilômetros. No futuro, com a operação comercial, o passageiro "vai percorrer 5 ou 10 minutos voando", explicou o presidente-executivo da AT Global, Alexandre Daltro Santos. "É um mercado em que ela [EHang] não tem muito competidor", afirmou o presidente-executivo da GoHobby, Adriano Buzaid. EH216-S: conheça o 'carro voador' da EHang Kayan Albertin/Arte g1 A AT Global tem, na representação comercial da EHang, o primeiro negócio desde sua fundação e planeja receber a primeira aeronave em abril. Depois, o plano é realizar voos de exibições sem passageiros em aeroportos de cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba. A GoHobby, que já atua na venda de drones, tem um eVTOL da EHang desde dezembro de 2023. E espera testar a aeronave entre abril e maio, em um voo não tripulado dentro de um aeroporto no interior de São Paulo. Além de pedidos de voos experimentais do EH216-S, a Anac revisa acordos com possui com outras autoridades aéreas. Os documentos permitem agilizar liberações de aeronaves brasileiras em outros países e de aeronaves estrangeiras no Brasil. Uma mudança nesses acordos permitiria, por exemplo, que o processo de certificação do eVTOL da EHang na China fosse considerado suficiente pela Anac para liberar o veículo no Brasil. "A gente pretende incluir eVTOLs no acordo com a China. É a nossa intenção, já sabendo que eles têm interesse de trazer [aeronaves chinesas] para validação aqui", disse ao g1 o superintendente de Aeronavegabilidade da Anac, Roberto José Honorato. Quem é o milionário da tecnologia que tenta alcançar a juventude eterna O que falta para o eVTOL chinês voar no Brasil? A AT Global e a GoHobby, representantes da EHang, fizeram o primeiro contato com a Anac em meados de 2023 e, agora, precisam resolver pendências de documentação para avançarem com seus pedidos de voos experimentais, segundo a agência. Outra possibilidade é a própria EHang pedir que o seu processo de certificação na China seja validado no Brasil, o que dependeria de um contato entre a CAAC, a autoridade aérea chinesa, e a Anac. eVTOL da EHang durante seu primeiro voo de demonstração com passageiro no Japão, em fevereiro de 2023 Divulgação/EHang O que fazem as representantes da EHang? As representantes da EHang vão atuar como revendedoras da fabricante no país. Buzaid, da GoHobby, disse que a parceria envolve ainda o "treinamento da empresa que adquiriu [um eVTOL] para que, posteriormente, ela consiga as homologações da Anac para poder voar". O executivo afirmou que a GoHobby já teve "um impacto positivo nas vendas" do EH216-S, sem revelar números. Já a AT Global disse ter cartas de intenções para vender 40 aeronaves. Elas só poderão ser entregues quando receberem certificação no Brasil. A AT Global e a prefeitura de Curitiba chegaram a dizer que fariam um voo de teste na cidade, no início de 2023, mas o experimento não aconteceu. À época, houve uma falha de avaliação da representante e da fabricante do eVTOL, explicou Daltro Santos. "Foi 100% pelo fato de ainda não estarmos com a maturidade necessária para regular e fazer isso aqui, junto ao processo da nossa autoridade no Brasil, para organizar e legalizar essa aeronave, que era um protótipo", disse o presidente da AT Global. Veja projetos de eVTOLs que podem ganhar os céus nos próximos anos eVTOL da EHang durante demonstração, em foto divulgada em setembro de 2022 Divulgação/EHang Quanto o eVTOL da EHang custará? O EH216-S tem preço sugerido de US$ 410 mil (cerca de R$ 2 milhões). O valor anunciado pela EHang no início de março passará a ser considerado pela empresa em 1º de abril. A fabricante promove a aeronave como um equipamento útil em diversas finalidades, como táxi aéreo, turismo, transporte aeroportuário e deslocamento em emergências, por exemplo. E o modelo poderá ser comprado por empresas que pretendem operar serviços de eVTOLs. Ainda não é possível projetar quanto custará uma viagem no EHang. Para o presidente da GoHobby, a aeronave chinesa deverá se posicionar em uma categoria sem tantos concorrentes, sem disputar com modelos como o da Eve, subsidiária da Embraer. "Tem o eVTOL de cinco passageiros com alcance de 90 km ou 100 km, mas o preço que essa aeronave vai custar não tem nada a ver com o mercado do EH216-S. Não entram na mesma categoria", afirmou. "O que a EHang está fazendo com o 216-S é a porta de entrada para todas as pessoas que gostariam de voar de eVTOL, todas as empresas que gostariam de ter um eVTOL a um custo menor, se comparado com eVTOLs maiores". O presidente da AT Global seguiu a mesma linha e disse que o "carro voador" chinês não tem a mesma proposta de modelos de fabricantes como Lilium, Joby Aviation e Volocopter, que deverão ser capazes de fazer viagens mais longas, até mesmo entre cidades próximas. "Nossa visão [para o modelo EHang] é entregar aquela última milha, aqueles 20 ou 30 quilômetros, de forma prática em áreas que não necessitem de uma estrutura de vertiporto tão próxima à de um heliponto", afirmou. VÍDEO: como foram os primeiros testes de 'carros voadores' em Nova York Conceito de eVTOL da Eve, subsidiária da Embraer Divulgação/Eve O que falta para outros eVTOLs chegarem? A Anac também analisa o projeto da Eve e abriu consulta setorial para receber opiniões sobre a sua proposta de regras para a aeronave da empresa. A agência diz que pretende fazer uma análise caso a caso, antes de uma regulamentação geral. "Quando a gente fala caso a caso, muitas vezes parece um negócio casuístico. Mas, na verdade, a gente está falando de um processo totalmente transparente", diz Honorato. "A gente faz de uma maneira bem aberta, com a participação de operadoras, empresas". A Anac recebeu ainda um pedido formal de validação da certificação concedida ao modelo da Vertical Aerospace, no Reino Unido, e da Lilium, na União Europeia. No Brasil, os modelos estão envolvidos em parcerias da Gol e da Azul, respectivamente. LEIA TAMBÉM: Eve, da Embraer, prevê 12 milhões de passageiros de eVTOLs em SP e no Rio em 2035 Teve o celular roubado? Veja como proteger acesso a apps de bancos Conheça o Sora, inteligência artificial "irmã do ChatGPT" que cria vídeos a partir de textos eVTOL da EHang Reprodução/EHang As diferenças entre helicóptero, eVTOL e avião elétrico Daniel Ivanaskas/Arte g1 Como foram os primeiros testes de 'carros voadores' em Nova York

G1

Wed, 20 Mar 2024 08:30:07 -0000 -


Homem admitiu ter enviado imagens pornográficas a jovem de 15 anos e a uma outra mulher. WhatsApp, Twitter, Facebook, Instagram e YouTube Alessandro Feitosa Jr/g1 Um homem foi condenado por pedofilia após enviar uma foto de seu pênis ereto a uma jovem de 15 anos. Ele se tornou a primeira pessoa presa por cyberflashing na Inglaterra e no País de Gales. O agressor sexual identificado como Nicholas Hawkes, de 39 anos, da cidade inglesa de Basildon, no condado de Essex, também enviou fotos não solicitadas a uma mulher. A mulher tirou prints da imagem do WhatsApp enviada em 9 de fevereiro e denunciou à polícia no mesmo dia. Hawkes, que admitiu as duas acusações, está preso há pouco mais de 15 meses. O crime praticado por ele foi tipificado de acordo com a Lei de Segurança Online, que entrou em vigor em 31 de janeiro na Inglaterra. Ao anunciar a sentença, a juíza Samantha Leigh disse que Hawkes estava "perturbado" e tinha uma "visão distorcida de si mesmo e de sua sexualidade". O cyberflashing é um ato que normalmente envolve um infrator que envia uma imagem explícita não solicitada a pessoas por meio de uma plataforma online, como aplicativos de mensagens e redes sociais. Celular pode ser aliado para descobrir câmeras escondidas em quartos; veja como se proteger 'Indivíduo perigoso' Hawkes já era fichado como agressor sexual após ter sido denunciado no ano passado por exposição e atividade sexual com uma jovem menor de 16 anos. Agora ele foi condenado a 66 semanas de prisão por dois crimes de envio de fotografia ou filme de órgãos genitais para causar choque, angústia ou humilhação, e por violar ordens judiciais anteriores. Hawkes deve cumprir uma ordem de restrição de 10 anos e estará sujeito a uma ordem de prevenção de danos sexuais de 15 anos, que pode, por exemplo, limitar o acesso dele à internet. James Gray, da Polícia de Essex, disse que o réu "provou ser um indivíduo perigoso". "Os criminosos podem pensar que, ao ofenderem online, têm menos probabilidades de serem pegos, mas esse não é o caso", acrescentou. Hannah von Dadelszen, vice-procuradora-chefe do Leste da Inglaterra, elogiou a rapidez da justiça no caso e disse que a nova legislação é uma ferramenta "realmente importante" para os promotores. "O cyberflashing é um crime grave que deixa um impacto duradouro nas vítimas, mas muitas vezes pode ser descartado como uma 'brincadeira' impensada ou uma piada inofensiva." "Assim como aqueles que cometem atentados ao pudor no mundo físico podem esperar enfrentar as consequências, o mesmo acontece com os infratores que cometem seus crimes online; se esconder atrás de uma tela não o esconde da lei." Como denunciar postagens no Instagram, TikTok e Kwai e em outras redes sociais Foto de Kate: clique e veja detalhes que despertaram desconfiança sobre a imagem "O cyberflashing é um crime degradante e angustiante que não pode ser tolerado ou normalizado", disse o secretário da Justiça, Alex Chalk. "Mudamos a lei para que aqueles que cometem esses atos vis passem algum tempo atrás das grades, e a sentença de hoje é um recado claro de que tal comportamento terá consequências graves." A professora Clare McGlynn, autora de Cyber-flashing: Recognizing Harms, Reforming Laws ("Cyberflashing: reconhecendo danos, reformando leis", em tradução literal), disse ao programa Today da BBC Radio 4 que temia que ainda permanecessem lacunas na lei. Ela disse que era um "limiar difícil" para os promotores provarem se um réu pretendia causar choque, angústia ou humilhação. "Eles dizem que foi uma forma de brincadeira ou que estavam fazendo isso apenas para rir e não tinham intenção de fazer mal", disse McGlynn, da Universidade de Durham. "Mesmo que saibamos que não é o caso, temos que provar a intenção de causar sofrimento." A atriz, apresentadora e comediante Emily Atack Little Gem Productions/BBC TikTok sob pressão: por que a rede desperta desconfiança de políticos nos EUA A questão do cyberflashing foi explorada em um documentário da BBC Two no ano passado chamado Emily Atack: Asking for It? Atack, a atriz, apresentadora e ativista compartilhou sua experiência pessoal de cyberflashing e assédio online. Em declarações ao programa Today, Atack disse que estava "sofrendo em silêncio" depois de ter recebido "milhares e milhares" de imagens não solicitadas online. "Eu estava recebendo mensagens de diferentes homens, diferentes imagens, vídeos — qualquer coisa que você possa imaginar", disse ela, de 34 anos. "Descobri que isso estava realmente destruindo quem eu era como pessoa e questionando todo o meu ser, tudo o que eu era como mulher." "Esses comportamentos foram normalizados desde o início dos tempos e isso é algo que realmente precisamos observar." LEIA TAMBÉM: Teve um nude vazado? Saiba como juntar provas, denunciar e pedir remoção da internet 'Ele quis me aniquilar viva': saiba o que é pornografia de revanche e conheça histórias de vítimas STALKING: saiba quando a perseguição na internet se torna crime Teve um nude vazado? Prática é crime; saiba como denunciar

G1

Wed, 20 Mar 2024 07:00:44 -0000 -


Projeto de lei em tramitação no Congresso americano pode acabar proibindo o aplicativo nos Estados Unidos. O TikTok é mesmo um perigo para o Ocidente? AFP A China criticou um projeto de lei em tramitação no Congresso americano que pode acabar proibindo o TikTok nos Estados Unidos, chamando o mesmo de injusto. É a iniciativa mais recente para fazer frente a uma discussão que dura anos sobre os riscos de segurança do aplicativo que pertence a uma empresa chinesa. Autoridades, políticos e equipes de segurança em vários países ocidentais foram proibidos de instalar o TikTok em seus telefones de trabalho. Mais quais são as três grandes preocupações de segurança cibernética em relação ao aplicativo? E como a empresa responde a elas? 1. TikTok coleta uma quantidade 'excessiva' de dados O TikTok afirma que a coleta de dados do aplicativo está "alinhada com as práticas do setor". Os críticos frequentemente acusam o TikTok de coletar grandes quantidades de dados. Um relatório de segurança cibernética publicado em julho de 2022 por pesquisadores da Internet 2.0, uma empresa cibernética australiana, é geralmente citado como evidência. Os pesquisadores estudaram o código-fonte do aplicativo — e informaram que ele realiza "coleta excessiva de dados". Analistas afirmam que o TikTok coleta detalhes como localização, que dispositivo específico está sendo usado e que outros aplicativos há nele. No entanto, um teste semelhante conduzido pelo Citizen Lab concluiu que "em comparação com outras plataformas populares de rede social, o TikTok coleta tipos semelhantes de dados para monitorar o comportamento do usuário". Da mesma forma, um relatório do Instituto de Tecnologia da Geórgia, do ano passado, concluiu que "o principal fato aqui é que a maioria das outras redes sociais e aplicativos fazem as mesmas coisas". 2. TikTok pode ser usado pelo governo chinês para espionar usuários O TikTok afirma que a empresa é totalmente independente — e “não forneceu dados de usuários ao governo chinês, nem forneceria se fosse solicitado”. Embora isso irrite os especialistas em privacidade, a maioria de nós aceita que entregar grandes quantidades de dados privados é parte do acordo que fazemos com as redes sociais. Em troca dos serviços gratuitos, eles coletam conhecimento sobre a gente, e utilizam o mesmo para vender publicidade na sua plataforma — ou vendem os nossos dados para outras empresas que tentam fazer propaganda para a gente em outro lugar na internet. O problema que os críticos têm com o TikTok é que o mesmo é propriedade da empresa de tecnologia ByteDance, com sede em Pequim, na China — o que faz dele o único aplicativo popular que não é americano. Facebook, Instagram, Snapchat e YouTube, por exemplo, coletam quantidades semelhantes de dados, mas são empresas fundadas nos EUA. A ByteDance, empresa de tecnologia de Xangai, é dona do TikTok e do Douyin GETTY IMAGES Durante anos, legisladores dos EUA, assim como a maior parte do resto do mundo, adotaram uma certa confiança: que os dados coletados por estas plataformas não vão ser utilizados para razões nefastas que possam colocar em risco a segurança nacional. Um decreto assinado em 2020 pelo então presidente americano, Donald Trump, alegou que a coleta de dados pelo TikTok poderia potencialmente permitir à China "rastrear a localização de funcionários públicos e terceirizados, criar dossiês de informações pessoais para chantagem e realizar espionagem comercial". Até agora, as evidências apontam que este é apenas um risco teórico — mas os temores são alimentados por uma lei chinesa vaga aprovada em 2017. O artigo sete da Lei Nacional de Inteligência da China afirma que todas as organizações e cidadãos chineses devem "apoiar, ajudar e cooperar" com os esforços de inteligência do país. Esta frase é frequentemente citada por pessoas que suspeitam não apenas do TikTok, mas de todas as empresas chinesas. Mas os pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Geórgia argumentam que esta frase foi retirada de contexto — e observam que a lei também inclui ressalvas que protegem os direitos dos usuários e das empresas privadas. Desde 2020, os executivos do TikTok têm tentado repetidamente tranquilizar as pessoas de que os funcionários chineses não podem acessar os dados de usuários que não são chineses. Mas, em 2022, a ByteDance admitiu que vários dos seus funcionários baseados em Pequim acessaram os dados de pelo menos dois jornalistas nos EUA e no Reino Unido para rastrear suas localizações e verificar se estavam se encontrando com funcionários do TikTok suspeitos de vazar informações para a imprensa. A porta-voz do TikTok afirma que os funcionários que acessaram os dados foram demitidos. A empresa insiste que os dados dos usuários nunca foram armazenados na China —e está construindo data centers no Texas para processar os dados dos usuários dos EUA, e em locais na Europa para os dados dos cidadãos europeus. Na União Europeia, a empresa também foi muito mais longe do que qualquer outra rede social — e recrutou uma empresa independente de segurança cibernética para supervisionar toda a utilização de dados nas suas instalações europeias. O TikTok afirma que "dados dos nossos usuários europeus são preservados em um ambiente de proteção especialmente concebido — e só podem ser acessados por funcionários autorizados, sujeitos a uma supervisão e verificação rigorosa e independente". 3. TikTok e 'lavagem cerebral' O TikTok argumenta que suas diretrizes "proíbem desinformação que possa causar danos à nossa comunidade ou ao público em geral, o que inclui a prática de comportamento não autêntico coordenado". Em novembro de 2022, Christopher Wray, diretor do FBI, a polícia federal americana, disse ao Congresso dos EUA que "o governo chinês poderia… controlar o algoritmo de recomendações, o que poderia ser usado para operações de influência". A acusação foi repetida muitas vezes. Essas preocupações ganham força pelo fato de que o aplicativo irmão do TikTok, o Douyin — que só está disponível na China — é fortemente censurado e supostamente desenvolvido para viralizar conteúdo educacional e seguro para sua base de usuários jovens. Todas as redes sociais são fortemente censuradas na China, com um exército de policiais que patrulham a internet excluindo conteúdos que criticam o governo ou provocam agitação política. A versão chinesa do TikTok, chamada Douyin, compartilha o mesmo formato do aplicativo GETTY IMAGES No início da ascensão do TikTok, houve casos de censura no aplicativo: uma usuária nos EUA teve sua conta suspensa por discutir o tratamento dado por Pequim aos muçulmanos em Xinjiang. Após uma forte reação negativa do público, o TikTok pediu desculpas e reativou a conta. Desde então, houve poucos casos de censura, além de decisões controversas de moderação com as quais todas as plataformas têm de lidar. Os pesquisadores do Citizen Lab realizaram uma comparação entre o TikTok e o Douyin. E concluíram que o TikTok não aplica a mesma censura política. “A plataforma não aplica uma censura óbvia das postagens”, informaram os pesquisadores em 2021. Os analistas do Instituto de Tecnologia da Geórgia também pesquisaram temas como a independência de Taiwan ou piadas sobre o primeiro-ministro chinês, Xi Jinping. "Vídeos em todas essas categorias podem ser facilmente encontrados no TikTok. Muitos são populares e amplamente compartilhados", concluíram. Risco teórico O panorama geral é, portanto, de receios teóricos — e de riscos teóricos. Os críticos argumentam que o TikTok é um “cavalo de Troia” — embora pareça inofensivo, pode se revelar uma arma poderosa em tempos de conflito, por exemplo. O TikTok já está proibido na Índia, que tomou medidas em 2020 contra o aplicativo e dezenas de outras plataformas chinesas. Mas uma eventual proibição do TikTok pelos EUA pode ter um grande impacto na plataforma, uma vez que normalmente os países aliados costumam acompanhar tais decisões. Isso ficou evidente quando os EUA lideraram, com sucesso, os apelos para impedir a participação da gigante chinesa de telecomunicações Huawei na infraestrutura 5G — mais uma vez, com base em riscos teóricos. É importante observar, é claro, que estes riscos são uma via de mão única. A China não precisa se preocupar com os aplicativos dos EUA porque o acesso dos cidadãos chineses está bloqueado há muitos anos. LEIA TAMBÉM: Como criminosos podem se aproveitar de testes de DNA para roubar dados genéticos SpaceX, de Elon Musk, está construindo rede de satélites espiões para agência de inteligência dos EUA, diz agência WhatsApp passa a não permitir fazer 'print' da foto de perfil em celulares Android CEO do TikTok é questionado sobre sua nacionalidade no Senado dos EUA CEO do TikTok é questionado sobre sua nacionalidade no Senado dos EUA "As futuras gerações nunca vão saber": entenda a trend do momento e faça o quiz do g1 "As futuras gerações nunca vão saber": entenda a trend do momento e faça o quiz do g1 Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual

G1

Tue, 19 Mar 2024 17:13:06 -0000 -


Um hacker teve acesso às informações pessoais de 6,9 milhões de perfis de usuários de uma empresa que oferecia testes. O cotonete esconde informações genéticas preciosas. O que poderá acontecer se esses dados caírem nas mãos erradas? Getty Images via BBC O que você tem de mais pessoal que um criminoso possa roubar? Sua aliança de casamento? Seu celular? E o seu código genético? Em outubro de 2023, um hacker que se identificou como Golem anunciou em um conhecido fórum online de cibercriminosos um surpreendente conjunto de dados roubados da 23andMe, um dos maiores nomes do setor de testes domésticos de DNA. A empresa reconheceu posteriormente que o hacker teve acesso às informações pessoais de 6,9 milhões de perfis de usuários. O ataque parecia ser etnicamente dirigido. Golem se vangloriou de ter conseguido acesso às contas de pessoas com antecedentes judeus asquenazes (com origem na Europa central e oriental), que haviam enviado seu DNA para a 23andMe. Ele ofereceu os dados à venda para quem tivesse condições de pagar. Começaram a circular notícias indicando que o vazamento de dados de sexta-feira, 6 de outubro de 2023, pode até ter tido motivações antissemitas. Uma postagem supostamente atribuída a Golem ofereceu para venda "agrupamentos étnicos direcionados, conjuntos de dados individualizados, estimativas indicadas de origem, detalhes de haplogrupos, informações de fenótipos, fotografias, links para centenas de possíveis parentes e, o principal, perfis de dados brutos". Havia uma escala de preços graduada, que variava de 100 perfis por US$ 1 mil (cerca de R$ 4,94 mil) até 100 mil perfis por US$ 100 mil (cerca de R$ 494 mil). Veja como se proteger e o que fazer se for vítima de vazamentos de dados "Estão em oferta os perfis de DNA de milhões de pessoas, desde os principais magnatas corporativos do mundo até famílias frequentemente mencionadas em teorias da conspiração", prosseguia a postagem, que já foi apagada. Quatorze milhões de pessoas colocaram sua saliva em ampolas e enviaram seu DNA para a 23andMe para análise, em busca de informações sobre sua saúde e ancestralidade. Muitas dessas pessoas não pensaram muito sobre o que estavam fornecendo para aquela empresa. Minha série de programas de rádio sobre as consequências inesperadas dos testes domésticos de DNA para a BBC Rádio 4 chama-se The Gift ("O Presente"), porque muitas pessoas dão esses kits casualmente aos amigos e parentes como presentes de Natal e de aniversário. A empresa define sua missão como "ajudar as pessoas a ter acesso, compreender e se beneficiar do genoma humano". Eu mesmo fiz um teste com a 23andMe enquanto gravava a série. Ele revelou minha própria ancestralidade judia asquenaze. Mas, agora, talvez os meus dados façam parte de um pacote que um hacker tentou vender. Esta situação me fez imaginar se informações sensíveis como nosso código genético poderão, algum dia, ser mantidas em segurança online. Vazamentos de dados acontecem a todo momento, segundo o analista de ameaças Brett Callow, da empresa de cibersegurança Emsisoft. Para ele, "esses incidentes são muito comuns e nenhuma companhia está imune". Mas as informações genéticas formam um tipo de dados muito especial. Você pode alterar suas senhas, seu número de cartão de crédito ou seus dados bancários se eles caírem nas mãos de um hacker. Mas você não pode mudar a sua sequência de DNA. "Quando os seus dados de DNA vazam, não existe absolutamente nada que você possa fazer a respeito", afirma Callow. A busca específica de qualquer grupo com base no que o seu DNA revela sobre sua ancestralidade étnica seria algo profundamente preocupante. A possibilidade de busca de indivíduos com antecedentes judeus ou chineses no vazamento da 23andMe foi levantada por uma série de figuras importantes nos Estados Unidos, como o procurador-geral do Estado de Connecticut e um membro do Comitê de Saúde, Educação, Trabalho e Pensões do Senado americano. Muitas das teorias da conspiração antissemitas envolvem menções a aspectos genéticos dos judeus. Durante o Holocausto, os nazistas forçaram os judeus a usar estrelas amarelas nas roupas para que pudessem ser imediatamente identificados. Agora, um vazamento de dados que incluísse estimativas de etnia fornecidas em relatórios de ancestralidade poderia fazer com que as pessoas judias que fizessem um teste de DNA passassem a ter uma "estrela amarela digital" permanente ao lado dos seus nomes, fotografias e localização geográfica. Como funcionam os testes de DNA que prometem revelar quem são seus ancestrais Vazamentos de dados acontecem a todo momento, mas informações genéticas formam um tipo de dados especial Divulgação Antissemitismo ou autopromoção? Com os dados de metade dos clientes da 23andMe agora nas mãos dos cibercriminosos, o vazamento claramente afetou muito mais do que apenas os seus clientes judeus asquenazes. Afinal, em postagens posteriores no fórum dos hackers, Golem supostamente ofereceu os dados de usuários britânicos, alemães e chineses do 23andMe, além da própria executiva-chefe da empresa, Anne Wojcicki, e do seu ex-marido, do fundador da Google, Sergey Brin, de Elon Musk e de membros da família real britânica. Para Callow, este não foi um ataque antissemita. "Não acredito que o ataque tivesse motivação racial, étnica ou algo similar", afirma ele. "A referência às pessoas judias nessa postagem foi para atrair a atenção, para conseguir mais visualizações." A especialista em hackers Lily Hay Newman, da revista americana Wired, concorda. "É comum tentar embalar e anunciar seus dados para tentar fazer com que outros criminosos os comprem, para que eles pareçam valiosos e atraentes", explica ela. Quando surgiu a notícia do vazamento de dados da 23andMe, a reação ficou relativamente ofuscada. Afinal, a atenção dos grupos judeus estava voltada para os ataques lançados pelo Hamas contra Israel naquele fim de semana e para o aumento dos incidentes de ódio antissemita nas semanas que se seguiram. As senhas mais comuns em vazamentos de dados no Brasil em 2023 Jornalistas especializados em tecnologia que monitoram o fórum de hackers pediram comentários para a 23andMe e a empresa emitiu uma declaração. Segundo ela, nenhum dado genético bruto vazou, mas categorias genéricas, como sexo, ano de nascimento, resultados de ancestralidade genética e localização geográfica, haviam caído nas mãos de um chamado "interveniente ameaçador". Enviei um pedido de entrevista para a 23andMe. Eles se recusaram a apresentar alguém, indicando um blog postado no site da empresa que vem sendo atualizado desde que surgiu a notícia do vazamento de dados. "O interveniente ameaçador conseguiu ter acesso a menos de 0,1%, ou cerca de 14 mil contas de usuários do total de 14 milhões de clientes da 23andMe por preenchimento de credenciais", segundo a declaração da empresa. "Ou seja, os nomes de usuários e senhas que eram usados no site 23andMe.com eram os mesmos usados em outros websites que foram anteriormente comprometidos ou disponibilizados de outra forma." Em outras palavras, o problema foi que os clientes da 23andMe reutilizaram senhas que os hackers haviam conseguido extrair de outros sites. O preenchimento de credenciais não é atividade hacker, estritamente falando. "São os criminosos usando credenciais de login roubadas, como um nome de usuário e senha ou endereço de e-mail e senha, para entrar pela porta da frente da conta", explica Newman. "Para isso, de fato, não é preciso agir como hacker." "Mas realmente sabemos que é muito difícil para os usuários administrar as senhas e que a culpa não deve ser colocada nos usuários", prossegue ele. O vazamento da 23andMe acabou envolvendo muito mais que as 14 mil contas que a empresa afirmou inicialmente que estavam comprometidas. Depois de se infiltrar nessas contas, o hacker conseguiu acumular um conjunto de dados muito maior com uma função do site chamada Parentes de DNA. Esta função permite que os titulares das contas se conectem com parentes genéticos. É uma função popular e é devido a ela que muitas pessoas acabam fazendo esses testes. Em resposta às questões dos jornalistas do site TechCrunch em dezembro de 2023, a 23andMe admitiu que, de fato, foram vazados os dados de 6,9 milhões de usuários — cerca de uma a cada duas pessoas que haviam enviado seu DNA para a empresa. Como lembrar de muitas senhas e torná-las seguras Verificação em duas etapas Quando os bancos de dados guardam informações muito sensíveis, geralmente é preciso mais de uma senha para ter acesso. Imagine quando você entra na sua conta bancária online, por exemplo. A maioria de nós já se acostumou com a verificação em duas etapas, que usa uma confirmação adicional como um código recebido em uma mensagem de texto ou um aplicativo autenticador. Mas o acesso às contas da 23andMe não exigia a verificação em duas etapas até outubro de 2023 — mesmo com todos os dados de ancestralidade genética acoplados às informações geográficas e biográficas ali armazenadas. E esta não foi a primeira vez em que as empresas de testes de DNA tiveram seus bancos de dados invadidos. Em 2018, vazaram os endereços de e-mail e senhas de mais de 92 milhões de usuários da companhia MyHeritage. Mas o vazamento da 23andMe em outubro de 2023 foi o primeiro caso em que os hackers ofereceram os dados para venda. No ano passado, a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos tomou ações contra duas empresas de testes de DNA diretos aos consumidores, a CRI Genetics e a 1Health/Vitagene, por falhas na segurança dos dados de DNA. Independentemente da motivação, qualquer vazamento envolvendo dados genéticos pode ter consequências muito amplas. "Não há forma de saber quem tem acesso agora, quantas pessoas têm acesso ou o que eles podem decidir fazer com isso no futuro", segundo Callow. "Em muitos casos, os dados genéticos realmente sugerem prognósticos de saúde. É algo que pode afetar a empregabilidade de longo prazo de uma pessoa ou talvez a probabilidade de morrer cedo ou de sofrer uma doença debilitadora. Potencialmente, esses dados podem ser de interesse para empregadores ou seguradoras." Como ativar autenticação de dois fatores de WhatsApp, Instagram e Google As informações fornecidas pelas empresas fornecedoras de testes domésticos de DNA aos seus usuários incluem dados sobre sua herança genética e indicadores de saúde Getty Images via BBC Em uma era em que cada vez mais decisões financeiras são tomadas por algoritmos que buscam todas as fontes possíveis de informações sobre um indivíduo, existe a séria possibilidade de prejuízos financeiros e discriminação decorrente de um vazamento de dados genéticos. As companhias de seguros-saúde dos Estados Unidos são impedidas de usar informações genéticas para calcular riscos, mas não existe lei federal que proíba seu uso para o seguro de vida. Com isso, fica fácil imaginar o cenário: dados genéticos vazados podem aumentar os prêmios de seguro ou fazer com que a cobertura seja negada para certos clientes devido aos seus genes – ou pode ser rejeitada a concessão de hipoteca ou empréstimo bancário de longo prazo porque os dados vazados sugerem maior probabilidade de que o tomador do empréstimo desenvolva mal de Alzheimer e venha a falecer antes de poder pagar totalmente o valor emprestado. A 23andMe afirmou que o vazamento de dados dos seus perfis de usuários não incluiu o vazamento de perfis de DNA brutos. Mas o hacker ainda teve acesso aos relatórios de ancestralidade que fornecem estimativas de etnicidade, localização geográfica, ligações a árvores genealógicas e outras informações pessoais. "Sempre que as nossas informações pessoais são expostas, vazadas, hackeadas e entram no ecossistema criminal, elas alimentam o roubo de identidade", afirma Newman. "Mesmo informações amplas, dados geográficos, informações regionais ou questões étnicas podem alimentar a customização de golpes para tentar enganar você." A 23andMe agora enfrenta diversas ações judiciais coletivas nos Estados Unidos, em consequência do vazamento de dados. Em janeiro, a empresa admitiu que os hackers começaram a se infiltrar nas contas dos seus clientes em abril de 2023 e conseguiram prosseguir por cinco meses sem que fossem detectados. "Proteger a segurança e a privacidade dos dados dos nossos clientes permanece sendo total prioridade da 23andMe e continuaremos a investir na proteção dos nossos sistemas e dados", afirma a empresa. Agora, o sistema exige a verificação em duas etapas para que todos os clientes tenham acesso às suas contas, da mesma forma que seus concorrentes, a Ancestry e a MyHeritage. Nenhuma dessas empresas fazia essa exigência antes de outubro de 2023. Mas os pesquisadores também identificaram recentemente outras formas que podem possibilitar a reunião de informações genéticas das pessoas, mantidas pelos serviços genéticos diretos ao consumidor final. Um estudo de cientistas da Universidade da Califórnia em Davis, nos Estados Unidos, demonstrou que é possível reconstruir partes do genoma de uma pessoa se o "adversário" carregar diversos genomas falsificados para identificar coincidências com "parentes". Ativos empresariais Mesmo se fosse possível manter dados sensíveis como o nosso código genético em segurança contra os hackers, não há garantia de que, quando concordamos em compartilhá-los com uma empresa, eles irão permanecer na posse dela. "Essas companhias podem ser compradas – as informações poderiam ser adquiridas desta forma", argumenta Callow. Em dezembro de 2020, a empresa de investimentos de Nova York Blackstone comprou a Ancestry, um dos maiores concorrentes da 23andMe, por US$ 4,7 bilhões (cerca de R$ 23,2 bilhões). "Além dos dados, essas empresas realmente têm muito pouco valor", afirma Callow. "Elas são totalmente impulsionadas pelos dados. Os detalhes genéticos agora podem ser vendidos, comercializados, adquiridos com outros ativos e propriedade intelectual das empresas. O DNA tem valor e esse valor pertence à empresa, não a você." A Blackstone recusou um pedido de comentários apresentado pela BBC a este respeito. Embora a ideia de que meus genes agora existem como ativo de uma empresa é um tanto perturbadora. Mas eu sabia o risco que poderia estar correndo antes de enviar o meu DNA para a Ancestry e a 23andMe. Nenhuma das pessoas com quem conversei para minha série para a BBC lamentou ter realizado um teste de DNA doméstico. Saber quem seus genes dizem que eles são e como eles estão conectados ao mundo mudou a vida deles e valeu a pena qualquer possível risco. Mesmo se você não tiver feito algum desses testes, é provável que você tenha algum parente próximo que tenha feito — e uma versão muito próxima do seu código genético pode estar armazenada em um banco de dados corporativo. Os seus genes talvez já estejam espalhados por aí, de alguma forma. Quem sabe onde eles irão parar? Ouça a série The Gift, da BBC Rádio 4 (em inglês), que deu origem a esta reportagem, no site BBC Sounds. O episódio especial intitulado Hacked trata do vazamento de dados da 23andMe e discute se as informações genéticas podem ser mantidas em segurança online. Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Future. Como denunciar postagens no Instagram, TikTok e Kwai e em outras redes sociais

G1

Tue, 19 Mar 2024 07:00:55 -0000 -


Fontes ouvidas pela Reuters dizem que os equipamentos podem monitorar alvos no solo e enviar esses dados para a inteligência e as autoridades militares dos EUA. Starship na base áerea da SpaceX, no Texas, antes de terceiro lançamento, em foto de 13 de março de 2024 Reuters/Joe Skipper A SpaceX, empresa aeroespacial do bilionário Elon Musk, está construindo uma rede de centenas de satélites espiões sob um contrato secreto com uma agência de inteligência dos EUA, revelaram fontes familiarizadas com o programa à agência Reuters. A rede está sendo construída pela unidade de negócios Starshield da SpaceX por um contrato de US$ 1,8 bilhão assinado em 2021 com o National Reconnaissance Office (NRO), uma agência de inteligência que gerencia satélites espiões, explicaram as fontes. 🚀 SpaceX faz seu melhor voo teste da Starship, mas não completa trajeto Os planos mostram a extensão do envolvimento da SpaceX nos projetos militares e de inteligência dos EUA e ilustram um investimento mais profundo do Pentágono em vários sistemas de satélites em órbita baixa da Terra destinados a apoiar as forças terrestres. Se for bem-sucedido, o programa aumentaria significativamente a capacidade do governo e das forças armadas dos EUA de identificar rapidamente alvos potenciais em praticamente qualquer lugar do mundo. Os satélites podem rastrear alvos no solo e compartilhar esses dados com a inteligência e as autoridades militares dos EUA. Em princípio, isso permitiria que o governo capturasse rapidamente imagens contínuas de atividades no solo em praticamente qualquer lugar, auxiliando as operações militares e de inteligência. Cerca de uma dúzia de protótipos foram lançados desde 2020, entre outros satélites nos foguetes Falcon 9 da SpaceX, disseram três das fontes. O contrato sinaliza a crescente confiança por parte da inteligência do governo dos EUA em uma empresa cujo proprietário entrou em conflito com o governo Biden e gerou polêmica sobre o uso da conectividade por satélite Starlink na guerra da Ucrânia, disseram as fontes. A Reuters não conseguiu determinar quando a nova rede de satélites entrará em operação e não conseguiu estabelecer quais outras empresas fazem parte do programa com seus próprios contratos. A SpaceX, maior operadora de satélites do mundo, não respondeu a vários pedidos de comentários sobre o contrato, seu papel nele e detalhes sobre lançamentos de satélites. O Pentágono encaminhou um pedido de comentário à NRO e à SpaceX. Em uma declaração, o NRO reconheceu sua missão de desenvolver um sofisticado sistema de satélites e suas parcerias com outras agências governamentais, empresas, instituições de pesquisa e nações, mas se recusou a comentar as descobertas da Reuters sobre o envolvimento da SpaceX no esforço. "O National Reconnaissance Office está desenvolvendo o sistema de inteligência, vigilância e reconhecimento baseado no espaço mais capaz, diversificado e resiliente que o mundo já viu", disse um porta-voz. Todas as fontes pediram para permanecer anônimas porque não estavam autorizadas a discutir o programa do governo dos EUA. LEIA TAMBÉM: TikTok sob pressão: quem é o dono do app e por que a rede desperta desconfiança de políticos nos EUA 'As gerações futuras nunca vão entender': trend relembra relações inusitadas entre imagens; faça quiz do g1 e teste seus conhecimentos Câmara dos EUA aprova projeto de lei que pode banir TikTok no país SpaceX faz o melhor voo teste da Starship, maior nave do mundo; veja vídeo SpaceX faz o melhor voo teste da Starship, maior nave do mundo; veja vídeo Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Hyundai apresenta conceito de 'carro voador' na CES 2024 Hyundai apresenta conceito de 'carro voador' na CES 2024

G1

Mon, 18 Mar 2024 14:38:24 -0000 -

Especialista diz que um dos primeiros erros do empreendedor é associar e-mails e dados pessoais com os negócios da empresa. Espaço de beleza calcula prejuízo de R$ 10 mil após ataque hacker; veja como se proteger Tabata Maffini trabalha na área da beleza há mais de 10 anos e, desde 2017, tem o seu próprio espaço em São Paulo (SP). No entanto, mesmo sendo uma empresa pequena, o crescimento nas redes sociais chamou a atenção de criminosos que dão golpes cibernéticos. O ataque foi em 2021. Tabata demorou cerca de oito horas para conseguir recuperar o acesso. Os hackers não aplicaram golpe diretamente nos clientes, mas causaram prejuízo para a empresa, que deixou de vender. “Como a gente ficou algumas horas fora do ar, gerou transtorno para o agendamento de clientes. Então, eu estipulo mais ou menos uns R$ 10 mil, R$ 15 mil que a gente tenha perdido nesse tempo, em agendamentos.” O Brasil é o segundo maior alvo de hackers no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, segundo a empresa multinacional de cibersegurança Trend Micro. Quando se trata de ataques cibernéticos, as pequenas empresas são mais vulneráveis. Por menores que sejam os valores dos golpes, eles podem gerar um ganho em massa para os criminosos, por causa da fragilidade dos sistemas de segurança. Veja dicas para se proteger: O professor de cibersegurança da USP, Luis Mateus da Silva Matos, diz que um dos primeiros erros do empreendedor é associar e-mails e dados pessoais com os negócios da empresa. Foi o caso da Tabata. A equipe da empresa também precisa ser instruída a não clicar em links suspeitos tanto em postagens de redes sociais como em e-mails, alerta o especialista. Além disso, é preciso ter cautela com os remetentes de cobranças e boletos. Segundo o professor, eles podem ser falsificados e se transformar em porta de entrada para os golpes. Depois das invasões, a Tabata adotou a autenticação em dois fatores, que usa uma segunda verificação da identidade do usuário no momento do login. Assim, mesmo que o criminoso saiba a senha, ele será barrado. Tabata Maffini Academy Endereço: Rua Martinico Prado, 167 - Vila Buarque, São Paulo /SP – CEP: 01224-010 Telefone: (11) 98398-8927 E-mail: thayse@brotocomunicacao.com.br Instagram: https://www.instagram.com/tabatamaffiniacademy/ FIAP Endereço: Av. Lins de Vasconcelos, 1222, CEP: 01538-001 Telefone: (11) 3385-8010 Site: fiap.com.br Instagram: https://instagram.com/fiapoficial/ LinkedIn: https://www.linkedin.com/school/fiap/

G1

Sun, 17 Mar 2024 10:40:28 -0000 -


Proposta de banir a rede social do país avança sob o temor de espionagem de dados pela China. Empresa diz que intenção de parlamentares é beneficiar a concorrência. Câmara dos EUA aprova lei que pode banir TikTok do país O TikTok está na mira dos políticos dos Estados Unidos, onde avança um projeto de lei que pode banir a rede social no país. Há alguns anos o aplicativo que tem ao menos 1 bilhão de usuários no mundo, sendo 170 milhões nos EUA, se vê sob pressão no mercado americano. O cerco apertou na última quarta-feira (13), quando foi aprovada na Câmara a proposta que exige que a chinesa ByteDance, dona do TikTok, consiga um novo proprietário para o aplicativo nos EUA ou deixe de atuar no país. O texto seguiu para análise no Senado. O atual presidente-executivo rede social é Shou Zi Chew, um ex-banqueiro de 41 anos que também trabalhou como diretor financeiro da fabricante de celulares Xiaomi (leia mais sobre Chew). O que dizem os EUA - O projeto de lei se baseia no temor de que dados de usuários do TikTok nos EUA possam ser espionados pelo governo da China, uma desconfiança lançada ainda durante o governo de Donald Trump e que acabou se espalhando por outros países. A suposta parcialidade do TikTok no conteúdo exibido também é questionada por alguns políticos. O atual presidente, Joe Biden, já afirmou ser a favor do projeto de lei. Na última semana, no entanto, ele passou a ter um perfil verificado no TikTok de sua campanha à reeleição. O que dizem a China e a ByteDance - O governo chinês se queixa de que os EUA nunca forneceram evidências de que o TikTok ameace a segurança nacional. A ByteDance diz que não armazena dados de usuários na China e entende que o projeto de lei, na verdade, visa beneficiar suas concorrentes. Executivos do Facebook/Instagram e do Google, dono do YouTube, já expressaram preocupação com o crescimento meteórico do TikTok nos últimos anos. Enquanto as principais "big techs" americanas têm seus passos acompanhados de perto por investidores, já que possuem ações na bolsa de valores, existem poucas informações oficiais sobre o faturamento e outros números do aplicativo de vídeos chinês. Esta reportagem vai abordar: Quanto vale o TikTok? Quem são os donos do TikTok? Quem é o "chefão" do TikTok? Qual a desconfiança sobre o TikTok? Onde ficam os dados de usuários do TikTok? Onde o TikTok foi banido/restrito? Quanto vale o TikTok? A ByteDance não tem ações na bolsa de valores e, portanto, não é obrigada a publicar balanços financeiros. Mas fontes disseram ao jornal "Financial Times", na última sexta-feira (15), que a rede social faturou US$ 120 bilhões (R$ 600 bilhões) em 2023, sendo US$ 16 bilhões (R$ 80 bilhões) apenas nos EUA. O jornal afirma que o dinheiro vem principalmente de plataformas populares na China, como o Douyin, versão do TikTok voltada para o mercado asiático. Como comparação, a Meta, dona de Instagram, Facebook e WhatsApp, teve US$ 135 bilhões (R$ 674 bilhões) de faturamento no ano. Ainda segundo o "Financial Times", o TikTok ainda não registrou lucro por conta dos investimentos em sua expansão global, mas o grupo que controla a plataforma teria tido um ganho de US$ 28 bilhões (R$ 140 bilhões) em 2023. Quem são os donos do TikTok? O TikTok é controlado pela ByteDance, empresa chinesa fundada por um grupo liderado por Zhang Yiming, presidente do conselho da companhia até 2021, e Liang Rubo, que ocupa o cargo atualmente. A ByteDance, por sua vez, afirma que é repartida entre três grupos de proprietários: investidores (60%), fundadores (20%) e funcionários (20%). A empresa diz que "não pertence nem é controlada por nenhuma entidade governamental ou estatal". Zhang Yiming, cofundador da ByteDance, em Palo Alto, na Califórnia, EUA, em março de 2020 REUTERS/Shannon Stapleton Quem é o chefão do TikTok? O TikTok é comandado desde 2021 por Shou Zi Chew, um ex-banqueiro de 41 anos que, antes de assumir a rede social, também trabalhou como diretor financeiro da fabricante de celulares Xiaomi. O executivo nasceu em Singapura e, devido à desconfiança sobre uma ligação da rede social com a China, foi questionado algumas vezes sobre a sua nacionalidade em depoimento ao Congresso dos EUA, em fevereiro último. Chew teve que negar algumas vezes que não tem nem nunca solicitou cidadania chinesa e que não possui relação com o Partido Comunista Chinês, que governa a China. CEO do TikTok é questionado sobre sua nacionalidade no Senado dos EUA Em outra audiência, em março de 2023, ele afirmou que a empresa não trabalha com o governo chinês nem nunca recebeu pedidos para compartilhar informações de usuários com autoridades chinesas. "A ByteDance não pertence ao governo chinês nem é controlada por ele", disse Chew. Saiba mais sobre o CEO do TikTok Shou Zi Chew, presidente-executivo do TikTok, em audiência no Congresso dos EUA em março de 2023 Evelyn Hockstein/Reuters Qual a desconfiança sobre o TikTok? As acusações contra o TikTok ganharam força durante o governo do ex-presidente dos EUA Donald Trump, que apontava que a China poderia se aproveitar do poder da empresa para conseguir informações sobre usuários americanos. Em 2020, Trump ordenou o banimento do TikTok e do WeChat, uma espécie de "WhatsApp chinês", a menos que eles conseguissem novos donos para operarem nos EUA. A medida acabou derrubada na Justiça horas antes do prazo definido para o bloqueio do serviço no país. No mesmo ano, a campanha do então candidato à presidência Joe Biden chegou a pedir que seus funcionários deletassem o aplicativo, por segurança. Em 2021, ao assumir a Casa Branca, Biden ordenou uma investigação sobre os supostos riscos de apps ligados a governos de adversários estrangeiros. No ano passado, o Ministério das Relações Exteriores da China se queixou de que os EUA ainda não tinham fornecido evidências de que o TikTok ameaçava a segurança nacional. Rival de Biden nas eleições deste ano, Trump agora diz que ainda considera a plataforma uma ameaça, mas que os "jovens podem ir à loucura" com o banimento. Algoritmo em xeque - Assim como aconteceu com o Twitter (agora X), criticado por permitir a livre circulação de posts que incentivavam a violenta invasão do Capitólio dos EUA, em janeiro de 2021, o "feed" do TikTok também é alvo de questionamentos. Em 2019, o jornal britânico "The Guardian" apontou que a empresa orientava funcionários a barrarem a circulação de vídeos que desagradassem o governo chinês. Em novembro de 2023, a suspeita se virou ao conteúdo relacionado à guerra entre Israel e o Hamas: vídeos com hashtags pró-Palestina tinham muito mais visualizações que vídeos pró-Israel. O TikTok negou priorizar qualquer lado no conflito, mas isso não impediu políticos americanos de apontarem que o serviço é usado para promover interesses chineses. Depois da repercussão, a rede social deixou de exibir um contador de visualizações de hashtags. Um porta-voz disse ao "Washington Post" que a decisão foi tomada para a plataforma ficar em linha com padrões de outras redes. Biden e Trump Jornal Nacional/Reprodução Onde ficam os dados de usuários do TikTok? O TikTok diz que não armazena dados de usuários na China. Segundo a plataforma, as informações ficam em servidores nos Estados Unidos, em Singapura e na Malásia. A rede social afirma ainda que o conteúdo é protegidas por "fortes controles de segurança físicos e lógicos, incluindo pontos de entrada fechados, firewalls e tecnologias de detecção de intrusões". Em 2022, após questionamentos do governo Trump, o TikTok passou a armazenar dados de usuários nos EUA junto à empresa americana Oracle. A empresa criou uma subsidiária chamada U.S. Data Security (USDS) para evitar sua venda para uma companhia dos EUA. O TikTok diz ainda que os dados só podem ser acessados por um grupo restrito de funcionários, que ficam sujeitos a controles de segurança quando precisam visualizar esse tipo de informação. Onde o TikTok foi banido/restrito? A decisão mais próxima de um banimento geral do TikTok foi tomada pelo estado americano de Montana, que anunciou uma regra para proibir o aplicativo que valeria a partir deste ano. Mas a rede social conseguiu derrubar a medida em uma decisão provisória da Justiça. Ainda sob alegação de risco à segurança nacional, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Bélgica, Nova Zelândia e Índia, além da União Europeia, chegaram a vetar o TikTok em celulares oficiais, usados por funcionários de governo. Especialista fala sobre projeto de lei pode banir TikTok nos EUA Jovens estão trocando o Google pelo TikTok na hora fazer pesquisas

G1

Sat, 16 Mar 2024 13:00:10 -0000 -

Qual relação entre Rock in Rio e Christiane Torloni? Por que Dragon Ball está ligado ao atentado terrorista de 11 de setembro? Faça quiz e descubra. "As futuras gerações nunca vão saber": entenda a trend do momento e faça o quiz do g1 A trend “As gerações futuras nunca vão entender a relação entre esses dois personagens” tomou conta das redes sociais. Em resumo, a brincadeira envolve mostrar duas fotos que estão relacionadas, mas só quem lembra do episódio envolvendo as duas imagens em questão vai entender. O g1 resolveu participar da brincadeira e preparou um quiz com alguns casos que fizeram sucesso nos últimos anos – alguns deles inclusive foram noticiados no portal. 🤔 Qual a relação entre o festival Rock in Rio e a atriz Christiane Torloni? Por que o desenho Dragon Ball está ligado ao atentado terrorista de 11 de setembro? E o personagem Pinóquio e uma célebre imagem de uma mulher grávida? Será que você consegue acertar a relação entre os elementos? Faça o quiz e descubra. Qual a relação entre as imagens?

G1

Sat, 16 Mar 2024 09:00:43 -0000 -


Justiça de São Paulo concedeu liminar que reverteu determinação que proibia a empresa de usar a marca no país. Medida anterior foi tomada a pedido da empresa brasileira Meta Serviços em Informática. Fachada da Meta, dona de Facebook, Instagram e WhatsApp, em foto de 7 de março de 2023 Jeff Chiu/AP A Meta, controladora de Instagram, Facebook e WhatsApp, conseguiu uma liminar que suspende temporariamente a decisão que a obrigava a deixar de usar a marca no Brasil. O desembargador Heraldo de Oliveira Silva reverteu a determinação feita no início de março pela Justiça de São Paulo, em favor da empresa brasileira Meta Serviços em Informática. A decisão atendeu a alegação da Meta americana de que a proibição "pode repercutir diretamente na disponibilização dos seus serviços de redes sociais no país". Entenda o caso A Meta brasileira acionou a Justiça por entender que está sendo prejudicada desde que a empresa de Mark Zuckerberg trocou de nome, em outubro de 2021. Na ação, a Meta Serviços em Informática disse que tinha mais de 100 processos judiciais em que consta como ré de forma indevida, porque eles deveriam ser destinados à empresa americana. Em sua decisão anterior, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) deu 30 dias para que a Meta Platforms deixasse de usar a marca no país e definiu multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento. A Meta Serviços em Informática diz que foi fundada em 1990 e que pediu registro da marca junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) em 1996, sendo concedido em 2008. A controladora de Instagram, Facebook e WhatsApp passou a se chamar Meta Platforms em 28 de outubro de 2021, em meio a uma mudança na empresa para apostar no chamado metaverso. Os escritórios Salomão Advogados, Dannemann e Paixão Côrtes representam a Meta neste caso. LEIA TAMBÉM: Câmera do celular pode ser invadida com aplicativo espião; veja como se proteger O que é deepfake e como ele é usado para distorcer realidade Vestido que muda de cor: roupa digital altera o visual com um toque Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual

G1

Fri, 15 Mar 2024 23:50:44 -0000 -


Em comemoração ao Dia Mundial do Consumidor, nesta sexta-feira (15), órgão lança ferramentas para facilitar registro de denúncias. Antes, registros eram feitos apenas presencialmente. Imagem de arquivo mostra pessoa usando celular Tânia Rêgo/Agência Brasil Em comemoração ao Dia Mundial do Consumidor, o Procon lançou, nesta sexta-feira (15), canais eletrônicos para facilitar o registro de reclamações dos consumidores. Agora, as denúncias podem ser feitas por meio do Whatsapp do Procon ou pelo site (veja passo a passo mais abaixo). ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. Até então, os registros só podiam ser feitos presencialmente. Agora, os consumidores vão ter acesso a um formulário, onde podem abrir uma reclamação de forma imediata. Além disso, com as novas ferramentas, o usuário também pode: Tirar dúvidas 🙋‍♀️; Localizar os postos de atendimento do órgão 📍; Acompanhar o andamento da denúncia 👀. Segundo o Procon, cerca de 23 mil denúncias de violações de direitos do consumidor foram registradas pelo órgão em todo o ano de 2023. Passo a passo Para fazer uma reclamação online, o consumidor deve acessar o peticionamento eletrônico e apresentar as seguintes informações: Nomes de pessoas e empresas envolvidas; Data do fato; Onde ocorreu o fato; Quem pode testemunhar; Apresentação de provas; Apresentação de documento de identificação válido (CI, Cadastro de Pessoas Físicas – CPF, Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – CNPJ, Título de Eleitor, Passaporte, Carteira de Trabalho, Carteira Funcional, Carteira de Habilitação (modelo novo) e Certificado de Reservista; Depois da confirmação da reclamação pelo Procon, a empresa reclamada tem 20 dias para se manifestar sobre os fatos apresentados pelo consumidor. Para fazer uma reclamação pelo WhatsApp, basta mandar uma mensagem para o número do Procon: +55 61 3218-772 📲. 📌Veja aqui os endereços no Procon no Distrito Federal, caso prefira fazer a denúncia presencialmente. Dia do Consumidor: dicas para não cair em golpes Compras pela internet aumentam Foto: Serginho Oliveira No Dia do Consumidor, é comum o comércio preparar ofertas exclusivas, mas é importante lembrar que nem todas as promoções são benéficas. O g1 separou algumas dicas do Procon-DF para você não acabar no prejuízo: Falsas promoções: Com recorrência empresas aumentam o valor de produtos na véspera da data comemorativa e em seguida abaixam para simular um desconto. Então, sempre é importante pesquisar o produto antes de realizar uma compra. Lembrando que isso é publicidade enganosa, ou seja proibido por lei e a loja pode ser penalizada por esse tipo de atitude. Produtos com defeito: Alguns lojistas acabam colocando em promoção produtos justamente por apresentarem algum tipo de defeito. Esses item danificados, precisam ser justificados e esclarecidos para os clientes desde de antes de efetuar o pagamento. Se o consumidor não estiver ciente do estado do produto, a empresa pode sofrer penalidade. Confirmação e entrega: Outro problema que acontece com frequência, são lojas online que, quando você finaliza um pedido pela internet, depois o pedido é cancelado. Também é importante perceber se o preço do produto não aumenta depois de você colocar no carrinho. Sempre guarde anúncios, e-mails e comprovantes de compra para conseguir recorrer caso seu produto não chegue em casa ou ocorra alguma alteração de valor de última hora. Redes sociais: Preste atenção na veracidade da página antes de realizar uma compra por redes sociais. Verifique as avaliações que ela possui e sempre procure comprar on-line em lojas indicadas por conhecidos ou que já tem uma relevância. Nunca informe dados pessoais e de cartão de crédito por redes sociais. Desconfie de quem pede essas informações. Oportunidade Única: Cuidado com anúncios de "oportunidade única". Mesmo tendo o Dia do Consumidor, empresas ainda vão realizar promoções durante outros períodos do ano. Então. tenha cautela antes de gastar dinheiro achando que é a última vez que vai encontrar o produto por aquele preço. LEIA TAMBÉM: Maquiadora pode cobrar mais caro de noivas? Saiba o que diz o Procon Leia mais notícias da região no g1 DF.

G1

Fri, 15 Mar 2024 14:51:22 -0000 -


App diz que 'não é possível capturar a tela devido à política de segurança'. Golpistas costumam roubar fotos de perfis para se fazerem passar por outras pessoas e receber dinheiro de amigos e parentes da vítima. Logo WhatsApp Unsplash/Dima Solomin O WhatsApp passou a não permitir fazer print (captura de tela) da foto de perfil em celulares com sistema Android. Ao tentar realizar o registro da imagem, seja de contatos salvos ou não, aparece a seguinte mensagem: "Não é possível capturar a tela devido à política de segurança". A medida dificulta a vida dos golpistas que costumam "roubar" fotos de perfis no WhatsApp para se passarem pela pessoa e pedir dinheiro a parentes e amigos da vítima. Procurada pelo g1, a Meta não fez comentários sobre a medida. WhatsApp libera nova proteção contra roubo de conta; veja como funciona Golpes no Whatsapp: saiba como se proteger Leia também: SpaceX faz seu melhor voo teste da Starship, maior nave do mundo, mas não completa trajeto Saiba como tirar confirmação de leitura de mensagens no Instagram Como identificar se uma imagem foi manipulada

G1

Thu, 14 Mar 2024 19:59:13 -0000 -